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Resolução de questões da terceira lista Sergio Levy Nobre dos Santos Matricula: 404978 September 9, 2018 1. Um projétil é disparado verticalmente para cima com veloci- dade v0. Determine seu movimento, na subida e na descida, admitindo a existência de um atrito de arrastamento propor- cional ao quadrado da velocidade (considere g constante). Faça a análise do movimento para os casos de tempos muito pequenos e tempos muito grandes. Primeiramente na subida, temos a segunda lei de Newton para o eixo y orientado positivamente para cima, sendo c um constante de aproximação de segunda ordem para a força de resistência do ar, m a massa. mv̇y = −cv2y −mg ⇒ v̇y = − cv2y m − g Dividindo ambos os lados por − cv 2 y m − g e depois integrando no tempo de t0 à t, temos: v̇y = − cv2y m − g ⇒ v̇y − cv2y m −g = 1∫ t t0 v̇y − cv2y m −g dt = ∫ t t0 dt⇒ ∫ t t0 v̇y − cv2y m −g dt = t− t0 Fazendo t0 = 0 e na integral a esquerda fazendo v ′ y = vy, logo dv ′ y = v̇ydt, temos:∫ vy v0 1 − cv′2y m −g dv′y = t⇒ ∫ vy v0 1 cv′2y m +g dv′y = −t⇒ ∫ vy v0 1 v′2y + mg c dv′y = − ctm Fazendo a seguinte substuição, v′y = √ mg c tan θ,então dv ′ y = √ mg c sec 2 θdθ, temos:√ c mg ∫ arctan(vy√ cmg ) arctan(v0 √ c mg ) dθ = − ctm√ c mg (arctan(vy √ c mg )− arctan(v0 √ c mg )) = − ct m arctan(vy √ c mg ) = −t √ cg m + arctan(v0 √ c mg ) 1 Portanto, temos a equação da velocidade na subida: vy = √ mg c tan(−t √ cg m + arctan(v0 √ c mg )) Subida Integrado novamente no tempo para obter y(t), tal que y0 = 0, temos:∫ t 0 vy dt = √ mg c ∫ t 0 tan(−t √ cg m + arctan(v0 √ c mg )) dt y(t) = √ mg c ∫ t 0 tan(−t √ cg m + arctan(v0 √ c mg )) dt y(t) = mc (ln(cos(−t √ cg m + arctan(v0 √ c mg ))) − ln(cos(arctan(v0 √ c mg )))) Subida Temos que, na subida, a velocidade vai caindo muito rapido a medida em que o tempo passa e a posição y vai aumentando rapidamente para tempos posteriores, até atingir um máximo que implicará em um veloci- dade nula. Para descida, tomamos o eixo y ainda orientado para cima, aplicamos novamente a segunda lei de Newton, levando em conta que agora a força de resistencia do ar tem sentido oposto e que o projétil parte do repouso v0 = 0, temos: mv̇y = cv 2 y −mg ⇒ v̇y = cv2y m − g Dividindo ambos os lados por cv2y m − g e depois integrando no tempo de t0 à t, temos: v̇y = cv2y m − g ⇒ v̇y cv2y m −g = 1∫ t t0 v̇y cv2y m −g dt = ∫ t t0 dt⇒ ∫ t t0 v̇y cv2y m −g dt = t− t0 Fazendo t0 = 0 e na integral a esquerda fazendo v ′ y = vy, logo dv ′ y = v̇ydt, temos:∫ vy v0 1 cv′2y m −g dv′y = t⇒ ∫ vy v0 1 v′2y − mg c dv′y = ct m ⇒ ∫ vy v0 1 mg c −v′2y dv′y = − ctm Fazendo a seguinte substuição, v′y = √ mg c tanh θ,então dv ′ y = √ mg c sech 2θdθ, temos: √ c mg ∫ arctanh(vy√ cmg ) 0 dθ = − ctm ⇒ √ c mgarctanh(vy √ c mg ) = − ct m Chegamos, então na equação de velocidade para a descida: 2 vy = √ mg c tanh(−t √ cg m ) Descida Integrando no tempo novamente, temos a equação da posição para a de- scida na qual ymax é a altura máxima que o projétil atinge na subida.∫ t 0 vy dt = √ mg c ∫ t 0 tanh(−t √ cg m ) dt y(t) = ymax − mc ln(cosh (−t √ cg m ))Descida Temos que para a descida uma diminuição lenta da velocidade tendo em vista a resistência do ar em oposição com a velocidade. Para tempos muito grande, temos que a velocidade converge para √ mg c que consiste na ve- locidade limite do progétil. 2. Um barco, cuja velocidade inicial é v0, é desacelerado por uma força de atrito F (v) = −beαv. (a) Determine o seu movimento. (b) Determine o tempo e a distância percorrida até o barco parar. a-) Tomando a segunda lei de Newton para esse caso, onde v é a velocidade do barco, k = − bm , temos: mv̇ = −beαv ⇒ v̇ = keαv ⇒ v̇keαv = 1 Integrando no tempo, temos:∫ t 0 v̇ keαv dt = ∫ t 0 dt⇒ ∫ v v0 v′ eαv′ dv′ = kt e−αv − e−αv0 = −αkt e−αv = −αkt+ e−αv0 v(t) = − 1α ln(−αkt++e −αv0) = − 1α ln(α b m t+ e −αv0) Velocidade Integrando e achando a posição, sabendo que x0 = 0, temos: x(t) = − 1α ∫ t 0 ln(α bm t+ e −αv0) dt x(t) = 1kα2 [(α b m t+e −αv0)[ln(α bm t+e −αv0)−1]+e−αv0(v0α+1)] Posição b-) 3 Para v(t′) = 0, o que implicará em um máximo em x(t), temos que t′ = mαb (1− e −αb), que é o tempo que o barco gasta até sua velocidade ir a zero. Subistituindo t′ em x(t), temos: x(t′) = 1kα2 [(α b m t ′ + e−αv0)[ln(α bm t ′ + e−αv0)− 1] + e−αv0(v0α+ 1)] x(t′) = 1kα2 [−1 + e −αv0v0α+ e −αv0 ] x(t′) = mbα2 [1− e −αv0(v0α+ 1)] Distancia percorrida 3. Reproduza o desenvolvimento da seção 2.3 do livro-texto, Mecânica Clássica, de John R. Taylor, páginas 54 a 56, e calcule a correção de segunda ordem para R, em função de Rvac , vy0 e vlim . Tomamos primeiro, a segunda lei de Newton relativo as velocidades no eixo x e y,onde k = −bm mv̇x = −bvx ⇒ v̇x = kvx ⇒ v̇xvx = k mv̇y = mg − bvy ⇒ v̇y = k(vy + gk ) Integrando dos dois lado, fazendo v′y = vy + g k , y0 = 0, x0 = 0, temos a funções de velocidade vx e vy: v̇′y = k(v ′ y) vy(t) = v0ye kt + gk (e kt − 1) velocidade em y vx(t) = v0xe kt velocidade em x Integrando novamente, teremos as funções de posição: y(t) = v0y k (e kt − 1) + gk [ ekt−1 k − t] posição em y x(t) = v0xk (e kt − 1) posição em x Pegando x(t) e fazendo t = 1k ln( kx v0x + 1) e substistituindo em y(t), obte- mos y(x): y(x) = x v0y+g/k v0x − gk2 ln( kx v0x + 1) Que equivalente para τ = mb e vlim = mg b . 4 y(x) = x v0y+vlim v0x + vlimτ ln(1− xv0xτ ) Equação da trajetória Tomando valores x para as quais y(x) = 0, temos a expansão em série de taylor de ln(1− �) = −(�+ � 2 2 + �3 3 + .....), temos, para uma expansão até terceira ordem 0 = R v0y+vlim v0x + vlimτ ln(1− Rv0xτ ) 0 = R v0y+vlim v0x − vlimτ [ Rv0xτ + 1 2 ( R v0xτ )2 + 13 ( R v0xτ )3] Podemos achar Rvac considerando b muito pequeno (o que implica em τ muito grande) na qual seria para um caso ideal(sem resistência do ar). Dividindo ambos os lado por 2v0gR , temos: 2v0xv0y g −Rvac − 2R2vac 3v0xτ = 0 Onde temos que o termo que depende de R2vac vai a zero pelo fato que τ é muito grande. logo, temo que Rvac é: Rvac = 2v0xv0y g Para termos um correção de segunda ordem, devemos o alcançe no vácuo Rvac e subtituir na seguinte expressão: R = 2v0xv0y g − 2R2vac 3v0xτ = Rvac(1− 2Rvac3v0xτ ) R = Rvac(1− 2 2v0xv0y g 3v0xτ ) Logo a correção de segunda ordem é: R = Rvac(1− 4v0y3vlim ) 4. Reproduza a solução do problema do Exemplo 2.6, do livro- texto, Mecnica Clássica, de John R. Taylor, página 63, obtendo o grá�co da Figura 2.10, utilizando o software Maxima ou a lin- guagem de programação Python. Temos uma bola de beisebol de diametro D = 7cm, massa m = 0.15kg. A mesma foi lançada com velocidade v0 = 30m/s fazendo um angulo θ = 50 o com a horizontal. Sabendo que o arrasto é quadratico, ~F (~v) = −cv~v, onde c é a constante de arrasto dado com c = D2γ na qual γ = 0.25Ns2/m4, 5 Figure 1: Comparação entre lançamento com ou sem arrasto(resitência do ar) para a bola de beisebol (D = 7cm,θ = 50o,m = 0.15kg,v0 = 30m/s, γ = 0.25Ns2/m4, c = D2γ) escrevendo a segunda lei de Newton, temos: mv̇x = −cvx √ v2x + v 2 y eixo x mv̇y = −mg − cvy √ v2x + v 2 y eixo y Sem arrasto(c muito pequeno), temos que a segunda lei de Newton �- caria da seguinte forma: mv̇x = 0 eixo x mv̇y = −mg eixo y que resulta nas equações normal com um movimento de velocidade con- stante no eixo x e um polinômio quadrático no eixo y. Resolvendo numericamente a equação diferencial com arrasto(resitência do ar) através da linguagem de programção python e comparando o caso sem arrasto, vemos na �gura 1 para t = 8s. 6 5. Uma partícula carregada de massa m e carga positiva q move- se em um campo elétrico e magnético uniformes, ~E e ~B, ambos apontando na direção z. A força resultante sobre a partícula é ~F = q( ~E + ~v × ~B). Escreva a equação do movimento para a partícula, indicando as equações para as três componentes da força. Resolva essas equações e descreva o movimento da partícula. Temos, primeiramente, ~E = (0, 0, Ez) e ~B = (0, 0,Bz). Escrvendo a segunda lei de Newton nesse caso(onde ~v = (vx, vy, vz) é a velocidade da partícula), temos: m~̇v = q( ~E + ~v × ~B) Temos que ~v × ~B = (vyBz,−vxBz, 0). Reescrevendo em termos das coor- denadas, temos: mv̇x = qvyBz mv̇y = −qvxBz mv̇z = qEz Equação da posição do eixo z trata simplismente de um polinomio quadratico no tempo ao integrar duas vezes, ou seja, z(t) = z0 + v0zt+ qEz 2m t 2. Dividindo porm a equações de vx e vy, chegamos na frequencia ciclotrônica ω = qBzm e tambem em um sistema de equações diferenciais acoplado. mv̇x = ωvy mv̇y = −ωvx Fazendo η = vx + ivy e tomando a primeira derivada, temos: η̇ = −iω(vx + ivy) = −iωη Que tem como solução η = ept ou η = e−pt onde p = −iω Onde fazemos a combinação linear: η = v0x(e pt + e−pt) = v0x(e −iωt + eiωt) = 2v0x cos(ωt) = vx + ivy ⇒ vx = 2v0x cos(ωt) Podemos tomar essa outra combinação linear: 7 η = v0y(−ept + e−pt) = v0y(−e−iωt + eiωt) = 2iv0y sin(ωt) = vx + ivy ⇒ vy = 2v0y sin(ωt) Temos que a equações das velocidade para todo eixos é: vx = 2v0x cos(ωt) eixo x vy = 2v0y sin(ωt) eixo y vz = v0z + qEz m t eixo z Sendo (x0, y0, z0) o ponto inicial da trajetória da particula, integramos as equações da velocidade no tempo e assim obtemos as equações de movi- mento para um ~r(t) = (x(t), y(t), z(t)) que é a posição da particula. x(t) = x0 + 2v0x ω sin(ωt) eixo x y(t) = y0 − 2v0yω cos(ωt) eixo y z(t) = z0 + v0zt+ qEz 2m t 2 eixo z Temos que no plano xy temos apenas um movimento circular devido a atuação da força de lorentz que é uma força central. A coordenada z que a mesma começa de um valor e vai diminuindo e depois atinge um mínimo e cresce. Isso se simplismente pelo fato da atuação da força repulsiva do campo eletrico sobre a carga positiva. 8
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