Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FIBROSE CÍSTICA Prof. Danieli Laignier Marques Prof. Danieli Laignier Marques http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.fibrocis.com.br/manualfisio/fisioterapia3.jpg&imgrefurl=http://www.fibrocis.com.br/manualfisio/fisioterapia.htm&h=184&w=236&sz=12&hl=pt-BR&start=4&tbnid=wsL6RtvLHgf-SM:&tbnh=85&tbnw=109&prev=/images%3Fq%3Dfibrose%2Bc%25C3%25ADstica%26gbv%3D2%26svnum%3D10%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DG DEFINIÇÃO • É a doença genética letal mais comum na raça branca, e caracteriza-se por disfunção das glândulas exócrinas que provoca uma série de complicações e manifestações clínicas . http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.fibrocis.com.br/manualfisio/fisioterapia3.jpg&imgrefurl=http://www.fibrocis.com.br/manualfisio/fisioterapia.htm&h=184&w=236&sz=12&hl=pt-BR&start=4&tbnid=wsL6RtvLHgf-SM:&tbnh=85&tbnw=109&prev=/images%3Fq%3Dfibrose%2Bc%25C3%25ADstica%26gbv%3D2%26svnum%3D10%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DG INCIDÊNCIA ▫ Incidência: 1:2500 em caucasianos, 1:18.000 em negros e 1:90.000 em orientais ▫ Estima-se que 1:20-25 brancos sejam carreadores de mutação no gene CFTR (Cystic Fibrosis Transmembrane Conductance Regulator) ▫ Prognóstico:30 anos ASPECTOS GENÉTICOS ASPECTOS GENÉTICOS ▫ Doença autossômica recessiva causada por mutações no gene CFTR (Cystic Fibrosis Transmembrane Conductance Regulator) que levam a alterações no transporte transmembrana epitelial de Cl-, Na+ e água, afetando glândulas exócrinas, e tratos respiratório, GI e reprodutivo. ▫ Doença multissistêmica ▫ Mutação mais comum (70%): ● Deleção de três pares de bases do gene CFTR, o que resulta na perda do aminoácido fenilalanina ASPECTOS GENÉTICOS ▫ Gene CFTR codifica um canal iônico de cloro e regula o fluxo de Cl,Na e água através da membrana da célula ▫ CFTR sintetizada no núcleo, é encontrado na membrana epitelial do trato pulmonar, ductos pancreáticos, trato gastrintestinal ductos biliares e ductos das glândulas sudoríparas Fibrose Cística Non-CF Cell CF Cell Mutações alteram o transporte de água e eletrólitos nas células dos aparelhos respiratório, digestivo, hepatobiliar, reprodutor e das glândulas sudoríparas GENE ANORMAL CFTR ANORMAL ALTERAÇÃO NO TRANSPORTE DE ÁGUA E ELETRÓLITOS AUMENTA VISCOSIDADE DO MUCO E DIMINUI CLEAREANCE MUCOCILIAR TUBULOPATIA OBSTRUTIVA REAÇÃO INFLAMATÓRIA FIBROSE ALTERAÇÃO DA FUNÇÃO NORMAL DAS GLÂNDULAS SUBMUCOSAS FISIOPATOGENIA ▫ Ductos das glândulas sudoríparas: decréscimo na reabsorção de Cl e, conseqüentemente, de Na do lúmen, levando a suor com elevadas concentrações de NaCl. ▫ Ductos pancreáticos: os canais CFTR de Cl são importantes na hidratação e alcalinização da secreção exócrina pancreática. A perda dessa função leva ao acúmulo de muco e obstrução dos ductos pancreáticos menores, com dilatação e atrofia das glândulas exócrinas, e fibrose pancreática progressiva, culminando também em insuficiência pancreática endócrina mais tardiamente (diabete insulino-dependente). FISIOPATOGENIA ▫ Ductos biliares e fígado: o desbalanço de sais e água, semelhantemente ao pâncreas, leva a obstrução dos pequenos ductos biliares, podendo causar cirrose hepática. ▫ Trato genital masculino:a obstrução dos pequenos ductos leva a atrofia, fibrose ou ausência dos vasos deferentes, cauda e corpo do epidídimo, e vesículas seminais. ▫ Trato Gastrintestinal: Semelhante aos outros sistemas, a atividade anormal ou ausente do CFTR leva a secreção de água diminuída no íleo terminal, com conseqüente bolo fecal espesso e endurecido, podendo levar à impactação e obstrução intestinal (íleo meconial no RN). FISIOPATOGENIA Trato respiratório: ● batimento mucociliar reduzido, ● muco respiratório abundante, desidratado e viscoso ● Pulmões: atividade antimicrobiana do sistema imune inato reduzida devido as altas concentrações de NaCl no líquido que recobre os alvéolos, levando a colonização bacteriana e infecções bacterianas de repetição. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Trato respiratório: ▫ redução clearance mucociliar ▫ Pulmões normais intra-útero ▫ Dilatações e hipertrofia glândulas submucosas da traquéia: início em pequenas vias aéreas ▫ Colonizações bacterianas e metaplasia do epitélio brônquico APARELHO RESPIRATÓRIO • Infecções recorrentes → inflamação persistente (especialmente por Pseudomonas) : BASE DO PROCESSO FISIOPATOLÓGICO -Doença pulmonar e sinusal crônica queda da função pulmonar • Bronquiectasias (após 2º ano de vida) • Colapso de vias aéreas: aprisionamento de ar e pneumonia hemorrágica • Hipóxia: shunt pulmonar APARELHO RESPIRATÓRIO • “A doença pulmonar evolui em 100% dos fibrocísticos para cor pulmonale” • Características: ▫ Tosse crônica persistente ▫ Bronquiolite, lactente chiador, infecções recorrentes, penumonias recidivantes ▫ Diminuição tolerância ao exercício ▫ Excesso de escarro mucoso e espesso ▫ Sibilância ou roncos ▫ Baqueteamento digital • A FALÊNCIA RESPIRATÓRIA É A CAUSA DE MORTE FISIOPATOGENIA → → → → Desidrata ção das secreções mucosas aumento da viscosida de obstruçã o dos ductos reação inflama- tória fibrose ACHADOS RADIOLÓGICOS • Hiperinsuflação • Espessamento da trama vascular • Infiltrados difusos • Zonas de atelectasia • Lesões císticas ou fibróticas • Abcessos • Imagens nodulares • Pneumotórax • Fibrose: lobos superiores e médios APARELHO DIGESTIVO • Insuficiência exócrina do pâncreas: ▫ Diarréia crônica ▫ Fezes volumosas, de cor amarelo-palha ▫ Aumento da demanda calórica ▫ Desnutrição APARELHO DIGESTIVO Íleo Meconial ▫ Apresentação mais precoce ▫ 15 a 20% dos pacientes com FC ▫ Diagnóstico pré-natal : US gestacional ▫ Complicações: atresia jejunal ou ileal, perfuração com peritonite meconial ▫ Rx: distensão abdominal, sem níveis hidroaéreos e de aparência mosqueada ÓRGÃOS REPRODUTORES • Principalmente masculino –vasos atrésicos • Azoostermia Quadro Clínico QUADRO CLÍNICO • Desnutrição protéico-energética • Má-absorção intestinal • Lactente com ingesta adequada e ganho ponderal insuficiente DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO • No Brasil 40-50% dos casos são diagnosticados após os 3 anos de idade Diagnóstico Pelo menos 1 característica clínica da doença + Evidência de disfunção da CFTR • Doença pulmonar crônica, incluindo colonização e infecções persistentes das vias aéreas • Alterações gastrintestinais e nutricionais (íleo meconial, insuficiência pancreática, cirrose biliar focal, parada do desenvolvimento) • Síndrome de perda de sal TRATAMENTO • Tratamento agressivo das reagudizações pulmonares: • Antibioticoterapia • Broncodilatadores • Corticóide • Mucolíticos (N-metil-cisteína, DNAases) • Administração de enzimas pancreáticas • Dieta hipercalórica e hiperproteíca • Insulina para os diabéticos • Transplantes • Novas perspectivas: Terapia gênica de reparação da proteína mutante. TRATAMENTO PULMONAR • Antibioticoterapia: intermitente ou contínua P. aeruginosa Amicacina + Cefatzidime + S. aureus oxacilina IV por 15 dias S. aureus a cada 4 ou 6 meses Caracterizar se há colonização aguda ou crônica, se infecção aguda ou crônica MEDICAÇÕES DE MANUTENÇÃO • Corticosteróides orais e inalatórios • Macrolídeos como aintiinflamatórios • Broncodilatadores • Mucolíticos • Solução salina hipertônica Outras medidas: • Fisioterapia • Oxigenioterapia FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA • Universalmente recomendada • Consenso: seleção de uma ou mais técnicas,que melhor se adaptem aos requisitos individuais. - Grau de compreensão - Personalidade - Condições socioeconômicas e culturais - Grau de lesão pulmonar - Maturidade motora - Idade • Programas de exercícios demonstram benefícios consideráveis.TERAPIA INALATÓRIA NA FIBROSE CÍSTICA Para administração e deposição de : • Agentes mucolíticos e anti-inflamatórios • Broncodilatadores • Antibioticoterapia • Terapia gênica TERAPIA INALATÓRIA NA FIBROSE CÍSTICA De acordo com a Fundação Americana de Fibrose cística, a sequência de medicamento inalatório deve ser: 1. Broncodilatadores 2. Mucolítico 3. Fisioterapia 4. Antibiótico inalatório 5. Corticóide OBRIGADA!
Compartilhar