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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES FACULDADE DE EDUCAÇÃO FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB Curso de Licenciatura em Pedagogia – Modalidade EAD Avaliação à Distância 1 (AD1) – 2020.1 Disciplina: Gestão 1 Coordenadora(o): Professora Simone Fadel Nossa primeira avaliação do curso, a avaliação à distância I (ADI) contemplará as atividades complementares das aulas 1, 2 e 3 que foram postadas na plataforma. Esperamos que dessa forma, a ADI se consolide para você como um momento de estudo, reflexão, elaboração de novas ideias e consolidação dos conhecimentos disponibilizados em cada aula. Ao final das questões, você encontrará um link para um texto que trata das competências de cada um de nós que atuamos na EAD. A partir do texto procure fazer uma auto – avaliação de sua atuação no curso, em especial, na nossa disciplina. Você pode aproveitar este momento e destacar aspectos positivos e críticas encontradas em nossa sala, aulas etc. Procure refletir sobre de que forma estamos favorecendo ou não o seu aprendizado. Atividade 1 (valor 2,0 pontos) Vídeo disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=qBcYm_1c1rg Atividade complementar da aula 1 A partir do visionamento do vídeo " Princípios gerais da administração escolar", elabore um texto que diferencie e a lógica da empresa (capitalista) e a lógica da escola; Com a Revolução Industrial os princípios da administração foram repensados de modo que os processos fossem eficazes e eficientes. A nossa sociedade é capitalista e há dominadores e dominados, onde o dinheiro compra a força de trabalho e os meios de produção. Logo, os objetivos estão atrelados ao dono do capital. Essa lógica também refere-se à escola. A administração escolar e o cotidiano da escola não podem ser separadas. A questão que aproxima as organizações está centrada no lucro. Tudo vira produto e pode ser vendido. Conhecimento vira produto. E o meio para se produzir o conhecimento também precisa estar adequado. As recentes mudanças ocorridas no sistema educacional público e o mundo do trabalho tem repercutido em novas formas de exploração de energia e do tempo de realização da força de trabalho docente. Por conta da competitividade no mundo dos negócios vem mudando os padrões de exigência, valores, conceitos o que vem levando as instituições públicas reestruturarem seu modelo de organização do trabalho que exercem e nesse contexto, a escola vem sendo impulsionada a também a fazer uso das ferramentas gerenciais a fim de atingir o seu objetivo de uma forma organizada. Ambos os universos têm os atos ligados à gestão, à organização, à direção, à tomada de decisões, entre outros, os quais se assemelham aos atos administrativos de uma empresa. A escola, tal qual em outros segmentos, não deixa de ser uma organização. Dessa forma a administração, gestão da empresa está voltada para a organização do trabalho dentro das empresas, e a escola vem organizando o trabalho e o sistema escolar. A escola está inserida num mundo globalizado e, para acompanhar o processo de modernização, é necessário passar por reformas na sua administração. Partindo da lógica de que coisas e ações tendem a ser tratadas como produtos, uma vez que há interesses em jogo, envolve financiamentos e gastos, tomada de decisões sobre o uso dos recursos, com base nas informações geradas. Claro que a escola pública produz muito mais visando o interesse coletivo. Atividade 2 (valor 3,0 pontos) Atividade complementar da aula 2 Nesta aula vimos que as instituições não podem ser pensadas isoladamente, isto é, separada do contexto social que as originou e que as mantêm. Para nos ajudar a refletir sobre a escola e educação que temos hoje e os seus desafios, estamos propondo o visionamento da palestra com o educador Antônio Nóvoa. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=sYizAm-j1rM&t=1795s Após o visionamento, faça um texto que sintetize as principais ideias do educador sobre a organização da escola, o espaço público, desafios e perspectivas futuras da educação. Grandes marcos na história impulsionaram inúmeras mudanças no comportamento da sociedade. Tal qual ocorreu com o advento da escrita e a invenção da imprensa, a chamada era digital tem motivado mudanças as mais variadas e o modo como os seres humanos se relacionam não tem sido o mesmo, a forma como a sociedade se relaciona com o conhecimento também é diferente. É preciso ter isso em mente a fim de repensar um novo modelo para essa escola que recebe alunos que pensam diferente, que aprendem de forma diferente. Nóvoa destacou aspectos importantes relacionados às dificuldades e desafios que a escola tem enfrentado, a começar pelas políticas públicas erradas em relação aos professores, ocasionando um desgaste social, psicológico, perda de prestígio. A questão de interesses privados que são criados tomando conta da educação, do sistema educacional, grupos privados que compram escolas, evolvendo um conjunto de interesses que substituem o interesse público, onde a figura do professor assume papel menos importante, o foco está centralizado nas plataformas digitais. E há casos de domínio doméstico onde a educação é dada no lar e nisso a era digital muito contribui porque o acesso é livre a todos. Diante dessas questões, o professor, como profissional na área, necessita se reforçar, fazer diferente, acompanhar as mudanças. A sociedade encontra muitas maneiras de educar, porém a missão da escola é educar pessoas, através do conhecimento. “Quando um sistema é incapaz de tratar dos seus problemas vitais, degrada-se, desintegra-se, ou então é capaz de um gesto de metamorfose”. Existem muitas iniciativas para se repensar o que se pode fazer de diferente e um canal vem sendo construído com os pais e a sociedade para que esta transformação ocorra. Antônio faz alusão à ideia da pessoa ligada à profissão, da pedagogia à dimensão pública. De forma que haja uma melhor formação docente, não apenas a organização do espaço e do tempo, mas uma melhor estruturação da escola toda em si. Diante de uma diversidade cultural vasta é impossível personalizar a educação mas há que se pensar numa aprendizagem com autonomia para as crianças aprenderem, com uma diferenciação pedagógica, e estudos precisam ser feitos, pesquisas, projetos para a solução dos problemas existentes. A figura do professor deve estar presente na formação do profissional, não importa que área seja. Interessante quando Antônio Nóvoa diz que ninguém nasce professor; torna-se professor. E isso o corre em um ambiente de autoconhecimento, autoconstrução e não há como ensinar alguma coisa da qual não se tenha vivência, não carregue uma bagagem de conhecimentos adquiridos com a própria experiência. É ensinar a ler se é leitor das melhores literaturas. É ser escritor antes para depois ensinar a escrever. Resumindo, ensinar aquilo que se sabe, dentro da própria cultura. Atividade 3 (valor 3,0 pontos) Atividades complementar da aula 3 No sentido de profundar e ampliar nosso conhecimento sobre “COMPETÊNCIAS”, indicamos a leitura do capítulo 2 do material Competências para o progresso social: o poder das competências socioemocionais, elaborado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Disponível em: https://fundacaosantillana.org.br/2016/02/05/estudos-ocde/ Atividades: 3.1)A partir da leitura do texto, organize um quadro síntese com os nomes e definições dos diferentes tipos de competências: cognitivas e socioemocionais. COMPETÊNCIAS COGNITIVAS COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS Capacidade mental para adquirir conhecimentos, ideias e experiências Capacidades individuais manifestas em padrões consistentes de pensamentos, sentimentos e comportamentos Capacidade mental para interpretar, refletir e extrapolar, com base no conhecimentoadquirido Padrões que podem ser desenvolvidos por experiências de aprendizagem formal e informal Referem-se a ideias e como aplicá-las Influenciam importantes resultados socioeconômicos ao longo da vida da pessoa. Envolvem tanto o aspecto físico como mental De caráter ou qualidade pessoais Habilidades motoras e percepção Capacidade administrar as próprias emoções Pontuam a evolução do aluno Relacionamento com o outro São desenvolvidas em todas as disciplinas Aprimoração do autoconhecimento Compreender um problema e tentar solucioná-lo Ajuda no desenvolvimento pessoal Planejar e executar um plano em todas as etapas Administrar emoções e reações às situações Capacidade Cognitiva Básica Conhecimento Adquirido Conhecimentos Extrapolados Atingir Objetivos Trabalhar em Grupo Lidar com as Emoções Reconhecimento de padrões Acessar Reflexão Perseverança Sociabilidade Autoestima Velocidade de processamento Extrair Raciocínio Autocontrole Respeito Otimismo Memória Interpretar Conceitualização Paixão pelos objetivos Atenção Confiança 3. 2) Retorne ao texto do material impresso e, a partir da definição de Gestão por competências, sugira e justifique a necessidade que se inclua as competências socioemocionais na prática de gestão. Há muita discussão em torno das chamadas qualidades humanas, de valores que estão se perdendo e nesse contexto surge a necessidade de desenvolver as competências socioemocionais, ou seja, levar a prática de melhores atitudes e habilidades para controlar as emoções a fim de alcançar objetivos, demonstrando empatia, mantendo relações sociais positivas de modo a tomar decisões de maneira responsável dentro de uma sociedade. No ambiente escolar esse comportamento pode contribuir na elaboração de práticas pedagógicas mais eficientes. A BNCC define competências como sendo “mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atividades e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho”. Assim os alunos utilizarão os saberes no seu dia a dia, sempre respeitando os princípios universais, como a ética, os direitos humanos e a justiça social e sustentabilidade ambiental. 3.3) A participação da OCDE no debate educativo não é consensual. O texto abaixo apresenta várias CRÍTICAS a relação economia/ educação, através da inserção da OCDE e, principalmente, através da defesa das competências socioemocionais. Faça uma síntese das principais críticas apresentadas pelo autor. http://37reuniao.anped.org.br/wp-content/uploads/2015/02/Trabalho-GT13-4316.pdf ✗ A imposição de uma agenda educacional utilitarista mutila a função cívica da educação e de seus pressupostos democráticos; ✗ Os processos inerentes ao mercado não são compatíveis com a função democrática da escola pública, na medida em que o mercado é operado segundo a lógica dos ganhadores e perdedores; ✗ Os mecanismos de gestão, baseados nos interesses dos mercados, passassem a escapar aos próprios Estados, sendo assumidos por organizações internacionais, prontas para estabelecer suas diretrizes e compartilhar métodos de gerenciamento; ✗ Não são poucos os autores que têm criticado o paradigma de mercado aplicado à educação e à escola e muito se tem discutido acerca do papel da escola em relação ao mundo do trabalho; 3.4) Agora que você já conheceu as duas perspectivas, faça um texto com sua percepção sobre a Gestão por competências e a importância ou não das competências socioemocionais. Se for pensar a escola como uma organização, uma instituição, com objetivos, missão, valores, há que se pensar em gestão por competências, traduzindo nesse modelo os comportamentos que se esperam. No modelo empresarial, a gestão por competências traça um desenvolvimento da carreira e no gerenciamento escolar talvez isso se aplique, porque quantos diretores há que já foram professores? E é até interessante que o tenha sido pois conhece o processo educacional e, a partir dos conhecimentos já adquiridos, há como tomar decisões futuras. Claro está que a missão da escola é ensinar, através do conhecimento. Mas de que forma isso se dá? Quais as ferramentas serão utilizadas nesse processo? Com quais recursos? Advindos de onde? São muitos questionamentos e, para cada questão levantada, há dados a serem atrelados que influenciarão nas tomadas de decisões, resultando num funcionamento melhor, eficaz e dinâmico da escola. E o que se espera de um bom gestor? Que tenha competência para planejar, controlar, avaliar, coordenar, delegar atribuições, motivar o corpo docente, o pessoal, a força de trabalho. Um exemplo seria citar um professor, com formação para lecionar, aprovado em concurso público, com conhecimento para dar aula de Física, mas com um problema: não consegue transmitir o conhecimento, não consegue se fazer entender e, por conseguinte, a classe não absorve o conhecimento, não produz conhecimento. O diretor tem diante de si um problema e precisa reunir suas competências para solucioná-lo. É uma questão bastante complexa ainda mais em se tratando de escola pública. No mundo empresarial são requeridas competências para a realização das atividades e no cotidiano é que o profissional será avaliado. Ainda que alguns testes tendem a revelar algumas características inerentes ao exercício da profissão, longe ainda estar de realmente o profissional de fato deter aquela competência requerida pelo cargo. Questão 4 – valor 2,0. (A pontuação dessa questão será dada por você e deve refletir o conjunto dos aspectos pessoais, institucionais e coletivos abordados. A pontuação, desde que realizada a questão, pode variar de zero (0,0) a dois (2,0).) Autoavaliação e outras considerações pertinentes ao desenvolvimento da disciplina. Texto mobilizador: Múltiplos enfoques sobre as Competências na Educação a distância: uma problematização necessária. Disponível em: https://eademfoco.cecierj.edu.br/index.php/Revista/article/view/731 Pode-se citar a fala de Freire em se tratando do processo de ensino e aprendizagem EaD: “ninguém é autônomo primeiro para depois decidir. A autonomia vai se construindo na experiência de várias e inúmeras decisões que vão sendo tomadas”. No ensino a distância o aluno tem que determinar o seu tempo sem que outros lhe digam como e quando fazer, ficando por sua conta a organização, o planejamento e a flexibilidade para acessar os conteúdos, responsabilizando-se, comprometendo-se na realização das atividades e no cumprimento dos prazos. Há que se mencionar o fator motivação para participar no ambiente virtual. Poderia se dizer que estudar a distância é mais complexo porque dispende muito mais esforço e energia. A grande vantagem de se estudar a distância está em se acessar o ambiente virtual em qualquer lugar e a qualquer momento. Independente de o professor estar presente ou não, a dúvida sempre existirá. E a exigência maior é justamente a responsabilidade que o aluno tem de acessar os conteúdos, de dedicar tempo para a aprendizagem, de interagir nesse ambiente, porque o tempo pode ser um aliado ou um inimigo. Por conta de ser um ambiente virtual as atividades precisam ser dinâmicas para não ficar massante e assim não sendo construído um processo de aprendizagem de fato. Acaba que fica tudo muito mecânico. Igual preenchimento de currículo para os sites de emprego. Nesse contexto a ocorrência de palestras, seminários, oficinas, acabam por quebrar essa rotina. Algo totalmente positivo no ensino a distancia é a produção de textos, pois a comunicação se dá por escrito e isso favorece na expressão dos pensamentos, sentimentos e das ideias. E enquanto educadores, o mínimo a se fazer é se expressar o mais próximo da língua dita culta. Outra vantagem de se estudar a distância é a ausência do trabalho em grupo, no geral, cada um é independente e também não háa questão do aproveitamento; as pessoas estão sempre se justificando por não fazerem a sua parte, falta de tempo, enfim. Espera-se que o professor responda aos questionamentos feitos no ambiente virtual em, no máximo, 3 dias, senão, qual seria a sua importância ali? O tempo de postagem das atividades também é de suma importância porque nem sempre é possível o acesso diário na plataforma.
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