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RESUMO DIREITO DAS COISAS

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DIREITOS DAS COISAS – 1ª AVALIAÇÃO SUBJETIVA 
· CONCEITO:
“É o complexo de normas reguladoras das relações jurídicas referentes às coisas suscetíveis de APROPRIAÇÃO pelo homem. Tais coisas são, ordinariamente, do mundo físico, porque sobre elas é que é possível exercer o poder de DOMÍNIO”. Clóvis Beviláqua
· DIFERENÇA ENTRE OS DIREITOS PESSOAIS E OS DIREITOS REAIS.
Sabemos que há diversas diferenças, porém é necessário saber apenas das principais.
DIREITO REAL: consiste no poder jurídico, direto e imediato, do titular sobre a coisa, com exclusividade e contra todos. Elementos: sujeito ativo + coisa + relação ou poder do sujeito sobre a coisa (domínio).
DIREITO PESSOAL - relação de pessoa a pessoa. Elementos: os sujeitos ativo e passivo + prestação.
Os Direitos Reais: confere ao indivíduo poder de titularidade sobre os bens apropriáveis. ELEMENTOS:
 SUJEITO ATIVO (titular do direito): sempre determinado. COISA/ OBJETO: bem jurídico passível de apropriação pelo sujeito ativo. DOMÍNIO: relação do sujeito sobre a coisa. SUJEITO PASSIVO – coletividade! (indeterminado).
	DIREITO REAL
	DIREITO PESSOAL
	Objeto – coisa determinada
	Objeto - coisa determinada ou coisa genérica (determinável).
	Gozo permanente – perpetuidade.
	Gozo eminentemente transitório.
	Somente os direitos reais podem ser adquiridos por usucapião
	Não são objetos de usucapião.
	Dirige-se contra todos (coletividade). Sujeito passivo se encontra somente quando violado o direito
	Dirige-se à pessoa determinada e somente contra ela.
 
Obs: DIREITO DE SEQUELA: é a fortaleza da propriedade; Se é proprietário poderá buscar o bem onde quiser; O dono poderá exigir o bem de volta. 
AQUISIÇÃO POR USUCAPIAO: é uma forma diferente de aquisição de direitos; age como se tivesse o direito, mas não tem; forma inversa de aquisição de dir. reais; exclusivamente os reais.
DIREITO DE PREFERÊNCIA: reforça a possibilidade de alguém receber um valor de uma divida; o credor que tem garantia real, terá preferência; mesmo que essas dividas sejam anteriores.
· PRINCIPAIS CARACTERISTICAS DOS DIREITOS REAIS:
· DIREITO ERGA OMNES: oponibilidade erga omnes decorrente da eficácia absoluta. Contra todos, que devem se abster de molestar o titular.
PUBLICIDADE OU VISIBILIDADE: oponíveis erga omnes, faz-se necessário que todos possam conhecer seus titulares para não molestá-los (registro de imóveis e tradição).
· ADERÊNCIA IMEDIATA AO BEM: relação de senhoria entre sujeito e coisa.
 Art. 1.228, CC. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.
 Jus persequendi: o direito segue a coisa.
· DIREITO DE SEQUELA 
· OBEDIÊNCIA AO NUMERUS CLAUSUS: os direitos reais são enumerados de forma taxativa.
Art. 1.225, CC 
· PERMANENTE: a propriedade é um direito perpétuo. Não se perde pelo não-uso, mas somente pelos meios e formas legais. 
· EXCLUSIVO: não pode haver dois direitos reais sobre a mesma coisa. Cada bem com um único dono, salvo no condomínio. 
· CLASSIFICAÇÃO
· Direito real sobre coisa própria (jus in re própria): é a propriedade, o direito real originário. 
· Direito real sobre coisa alheia (jus in re aliena): decorre do vínculo jurídico com coisa que NÃO lhe pertence. 
· FIGURAS HÍBRIDAS
Figuram que se situam entre o direito pessoal e o real.
· Obrigação propter rem: é uma relação entre o atual proprietário e/ou possuidor do bem e a obrigação decorrente da existência da coisa. Obrigação que recai sobre uma pessoa por força de um direito real. Se o direito de que se origina é transmitido, a obrigação o segue, seja qual for o título translativo.
Transmissão automática. O adquirente do direito real não pode recusar-se a assumi-la.
 Exemplos:
Obrigação imposta ao condômino de concorrer para as despesas de conservação da coisa comum (artigo 1.315); 
A do condômino, no condomínio em edificações, de não alterar a fachada do prédio (artigo 1.336, III);
· Ônus reais : Obrigações que causam limitações ao uso e ao gozo da propriedade. Por ex. a renda constituída sobre imóvel. Adere e acompanha a COISA, e não a pessoa. Quem deve é a coisa e não a pessoa.
Ex: rendas constituídas sobre imóveis, obrigação de pagar impostos, hipoteca, etc.
· Obrigações com eficácia real: Algumas obrigações resultantes de contratos alcançam, por força de lei, a dimensão de direito real. 
Tratamento preventivo.
Exemplo: Locatário que possui contrato de locação averbado no CRI e é preterido em seu direito de preferência possui direito real de haver para si o imóvel de qualquer pessoa que venha a adquirir o imóvel locado.
· DA POSSE
· FUNDAMENTO DA POSSE
Situação de fato protegida pelo legislador. 
· Jus Possessionis: posse independente de título. Posse formal. 
· Jus Possidendi: conferido ao portador de título transcrito/ Direito de posse + propriedade. Posse causal. 
Posse X Propriedade.
 Jus Possessionis perdura até que o Jus Possidendi o extinga.
· SITUAÇÃO JURIDICA> Propriedade e direitos reais limitados; proteção petitória (jus possidendi).
· SITUAÇÃO DE FATO> COM consequência jurídica: Posse. SEM consequência jurídica: detenção
· SENTIDOS TECNICOS DA POSSE (TEORIAS):
· TEORIA SUBJETIVA (SAVIGNY).
· A posse seria a conjugação de dois elementos: corpus + animus. 
· Sem animus = detenção.
· Animus> intenção de ter a coisa como sua.
CRÍTICAS: 
· A supervalorização do elemento subjetivo. 
· Para essa teoria não haveria o desmembramento da posse. 
· TEORIA OBJETIVA (IHERING).
O elemento objetivo (corpus) é suficiente. Não significa o contato físico. 
Affectio Tenendi (ânimo de ter). A posse não é o poder físico, mas a exteriorização da propriedade.
Tem que ter CONDUTA DE DONO (usar, fruir (gozar), dispor e reaver). 
· Teoria adotada pelo CC:
Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade.
· TEORIA SOCIALISTA (Saleilles, Gil, Perozzi).
Considera a sua função social.
Art. 5º, XXIII, CF: “A propriedade atenderá a sua função social”. 
· Função social: o indivíduo tem a obrigação de cumprir na sociedade uma função em razão do lugar que ele ocupa.
OBS: não será esquecida a teoria subjetiva, pois será lembrada para fins de usucapião. 
OBS: existe uma presunção favorável de que quem tem posse tem propriedade sobre a coisa. Se não for verdadeira cabe ao proprietário provas.
· CONCEITO 
· Posse é uma situação de fato, em que uma pessoa, que pode ou não ser proprietária, exerce sobre uma coisa atos e poderes ostensivos, conservando-a e defendendo-a.
· É o exercício dos poderes de fato, inerentes à propriedade.
· Posse X Detenção: 
· Detenção não gera efeitos jurídicos possessórios, são considerados FÂMULOS DA POSSE (detentor/servidor da posse), ou seja, não tem direito de ação.
· Art. 1.198 do CC: “Considera-se DETENTOR aquele que, achando-se em relação de dependência para com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas”.
· Art. 1.208, CC, dispõe: “Não induzem posse os atos de mera PERMISSÃO ou TOLERÂNCIA assim como não autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão depois de cessar a violência ou a clandestinidade.”.
· Observações para realçar a diferença:
· Para a Teoria Subjetiva de Savigny: só corpus = detenção.
· Para a Teoria Objetiva de Ihering: posse e detenção = corpus + animus/ Diferença = conduta de dono.
· Posse: o indivíduo se comporta como proprietário.
· Detenção: o indivíduo exerce o poder em nome de outrem.
· ATOS DE PERMISSÃO E TOLERÂNCIA:
· Art. 1.208, CC: “Não induzem posse os atos de mera PERMISSÃO ou TOLERÂNCIA assim como não autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão depois de cessar a violência ou a clandestinidade.”
	PERMISSÃO
	TOLERÂNCIA 
	Consentimento expresso do possuidor
	Atitude espontânea de inação
	Diz respeito a atividade que ainda deve ser realizada.
	Atividade já se desenvolveu.
· Atos violentos ou clandestinos: detenção independente (detenção sem dependência para como possuidor).
· Cessada essa violência ou clandestinidade – posse injusta (apenas para com o esbulhado). 
· Posse violenta - mediante o emprego da força (coação física ou moral). A posse só pode ser violenta no início da sua aquisição. (ROUBO)
· Posse clandestina - se dá às ocultas. A aquisição da posse é obtida sorrateiramente. (FURTO)
· Posse precária - decorre de uma relação de confiança. Momento em que o possuidor se nega a restituir a posse ao proprietário. (APROPRIAÇÃO INDEBITA)
OBS: Não há posse de bens públicos.
Arts. 183, § 3º e 191, § único, CF: Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.
· NATUREZA JURÍDICA DA POSSE
· Posse é um fato (Windscheid) – Ela existe por si só; é autônoma, se traduz do fato.
· Posse é um fato e um direito (savigny): essa dualidade é indissociável, dois pesos iguais. Considerando-a em si mesmo é um fato e sobre os efeitos é um direito. 
· Posse é um direito (Ihering) – Mas que direito seria esse? Personalíssimo ? Não. Pessoal? Não. Lembre-se que para o processo ela é tratada como um dir pessoal. A posse consiste em um interesse juridicamente protegido. Ela constitui condição da econômica utilização da propriedade e por isso o direito a protege. É relação jurídica, tendo por causa determinante um fato.
· Posse é um direito especial? (Clóvis Bevilaqua) – Sui generis, um direito diferente. Pois ela não se encaixa em nenhuma outra. Posse não é um direito real, mas sim um direito especial. Também não quer dizer que ela é direito pessoal. Em verdade, no direito moderno, a posse é um instituto jurídico sui generis... Sendo instituto sui generis, não só não se encaixa nas categorias dogmáticas existentes, mas também não dá margem à criação de uma categoria própria que se adstringiria a essa figura única. “Nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor ou do réu somente é indispensável nas hipóteses de composse ou de ato por ambos praticado”. 
· OBJETO DA POSSE
· Todas as coisas que puderem ser objeto de propriedade, sejam corpóreas, ou incorpóreas. 
· Bens materiais e direitos reais. 
· CLASSIFICAÇÃO DA POSSE
· Quanto a Extensão (art 1197, cc)
· Posse Indireta: Titular do direito real 
· Posse Direta: (terceiro) O simples fato de alguém está só utilizando o bem não tem posse direta; É necessário alguém está utilizando um bem por meio de um acordo; temporário; Não exclui a posse indireta; Lembre-se que a posse direta nasceu de um acordo. Pode utilizar ação possessória contra terceiros. 
· Art. 1.197, CC. A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o possuidor direto defender a sua posse contra o indireto.
· Desdobramentos sucessivos.
Ambos podem invocar a proteção possessória contra terceiro, mas apenas o possuidor indireto pode adquirir a propriedade pela usucapião.
OBS: Somente possui a posse direta aquele que tiver a coisa consigo (desdobramentos sucessivos da posse). 
· Obs: O proprietário de um bem quando colocar para alugar seu bem tem posse indireta em relação ao seu domínio. 
· Obs: O sublocatário é possuidor direto e o sublocador indireto. 
· Obs: Só quem está usando o bem tem posse direta, todos os outros têm posse indireta. 
· Obs: Tem Posse Plena o proprietário que usa o bem, ou seja, tem posse direta e indireta. 
· Quanto a Simultaneidade (art. 1.199, CC)
· Exclusiva - posse de único possuidor. 
· Composse - duas ou mais pessoas exercem, simultaneamente, poderes possessórios sobre a mesma coisa. Art. 1.199, CC:
· Art. 1.199. Se duas ou mais pessoas possuírem coisa indivisa, poderá cada uma exercer sobre ela atos possessórios, contanto que não excluam os dos outros compossuidores.
· Todos possuem o direito de praticar todos os atos possessórios que não excluam a posse dos outros compossuidores.
· Composse pro diviso – utilização pacífica de cada um. Ex: 3 pessoas dividem em conjunto uma casa. Cada um tem poderes apenas sobre uma parte definida da casa. 
· Composse pro indiviso – todos exercem ao mesmo tempo e sobre a totalidade da coisa os poderes de fato. Ex: 3 pessoas dividem um carro. 
Se o bem for indivisível tem que ter o cuidado bem maior para que cada um tenha seu direito. 
· POSSES PARALELAS: direta e indireta. 
· EXTINÇÃO DA COMPOSSE:
· Pro diviso: Se desfaz quando divide o bem.
· Pro indiviso: Se desfaz com a venda do bem. 
· Quanto aos Vícios (art 1200, CC)
· Art. 1.200, CC: É justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária.
· Posse justa - isenta de vícios. 
· Posse injusta - adquirida por vícios (violência, clandestinidade ou precariedade).
· A violência deve ser exercida diretamente no ato do estabelecimento da posse.
· Posse violenta - mediante o emprego da força (coação física ou moral). A posse só pode ser violenta no início da sua aquisição.
· Posse clandestina - se dá às ocultas. A aquisição da posse é obtida sorrateiramente.
· Posse precária - decorre de uma relação de confiança. Momento em que o possuidor se nega a restituir a posse ao proprietário.
Obs: a precariedade não gera detenção, mas somente posse injusta, pois passa da justa para a injusta. 
Obs: Dizer que a posse é justa não é dizer que a posse é perfeita. 
· Quando a Subjetividade (art 1.201, CC)
· Posse de boa-fé: Não sabia o vício que tinha. Crença do possuidor. 
· É de BOA-FÉ a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que impede a aquisição da coisa.
Parágrafo único. O possuidor com justo título tem por si a presunção de boa-fé, salvo prova em contrário, ou quando a lei expressamente não admite esta presunção.
· Posse de má-fé: o possuidor tem conhecimento dos vícios. 
· Posse de boa-fé se transforma em posse de má-fé: CC, art. 1.202.
· Art. 1.202. A posse de boa-fé só perde este caráter no caso e desde o momento em que as circunstâncias façam presumir que o possuidor não ignora que possui indevidamente 
· JUSTO TÍTULO: Ato formalmente adequado e hábil para trasferir o domínio e a posse se não contiver nenhum vício impeditivo dessa transmissão.
· Presunção juris tantum – relativa, admitindo prova em contrário. 
· Quanto aos Efeitos
· POSSE “AD INTERDICTA”: pode ser defendida por meios das ações possessórias. É uma posse que tem defesa judicial, mas não serve para usucapião. 
· POSSE “AD USUCAPIONEM”: se prolonga por determinado lapso de tempo estabelecido na lei, deferindo a seu titular a aquisição do domínio.
· Deve ter 3 características: 
· Pacífica> Sem oposição do dono.
· Continua> Cada espécie tem prazo diferente, mas tem que ser exercida ininterruptamente. 
· Ânimo de Dono> Ele possuidor que decide o que vai fazer. 
Obs: posse direta não pode usucapir, pois não tem ânimo de dono. 
· Quanto a Idade
· Posse nova – menos de ano e dia.
· Posse velha – ano e dia ou mais.
· Leva em consideração a idade da posse.
· OBS: Diferem de ação de força nova e velha. 
· Leva em consideração o tempo decorrido desde a ocorrência da turbação ou do esbulho.
· AQUISIÇÃO DA POSSE
· Art. 1.204, CC: Adquire-se a posse desde o momento em que se torna possível o exercício, em nome próprio, de qualquer dos poderes inerentes à propriedade.
· TIPOS DE AQUISIÇÃO:
· ORIGINÁRIA – Não há relação entre o possuidor atual e o antigo. Não há relação de casualidade entre a posse atual e a anterior. Surge uma nova situação de fato, sem os vícios anteriores.
· DERIVADA- há anuência do anterior possuidor, conservando o mesmo caráter de antes, com todos os vícios que já possuía.
· Art. 1.203, CC. Salvo prova em contrário, entende-se manter a posse o mesmo caráter com que foi adquirida.
· Art. 1.206, CC. A posse transmite-se aos herdeiros ou legatários do possuidor com os mesmos caracteres.
· OBSTÁCULOS A AQUISIÇÃO DA POSSE
Art. 1.208, CC. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como não autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão depois de cessar a violência ou a clandestinidade.
· AQUISIÇÃO ORIGINÁRIA: 
· Apreensão ou ocupação : Apropriação unilateral de coisa SEM DONO.
Coisa abandonada(res direlicta) ou que não for de ninguém(res nullius).
A coisa é retirada de outrem sem a sua permissão. 
Bens móveis - contato físico ou deslocamento da coisa. 
Bens imóveis - ocupação da coisa. 
OBS: coisa perdida é diferente de coisa abandonada, a coisa perdida deve ser devolvida ao dono. 
· Exercício de um direito real : Art. 1.379, CC: O exercício incontestado e contínuo de uma servidão aparente, por dez anos, nos termos do art. 1.242, autoriza o interessado a registrá-la em seu nome no Registro de Imóveis, valendo-lhe como título a sentença que julgar consumado a usucapião.
Exercício dos direitos reais sobre coisa alheia (somente os direitos que podem ser objeto da relação possessória).
· Esbulho: Retirar posse contra a vontade do outro, gera posse injusta. 
· Disposição da coisa: Conduta normal do titular da posse ou do domínio.
Ex.: Venda e cessão.
Fato que melhor traduz a intenção de ser proprietário.
· AQUISIÇÃO DERIVADA: Decorre de negócio jurídico. Há o consentimento do primeiro possuidor. 
· Tradição: Pressupõe acordo de vontades. Entrega da coisa, passando do antigo ao novo possuidor.
· Espécies de tradição
· -Efetiva(real): envolve a entrega efetiva e material da coisa. Há uma causa negocial. 
· -Simbólica: ato que traduz a alienação, por ex., a entrega das chaves de uma casa. Ou seja, a coisa propriamente não é entregue, mas a partir de uma simbologia é possível sabe que a coisa está a sua disposição. 
· -Consensual 
– traditio longa manu: Negócios em que alguém adquire uma extensa área; Se a pessoa recebeu uma parte presume-se ter recebido o todo. 
 - traditio brevi manu: Situação em que o adquirente da propriedade já era possuidor do bem. 
· Constituto Possessório: Situação em que alguém de proprietário passa a ser um mero possuidor; não é presumido, deve vir expresso em uma cláusula contratual; o novo dono terá a posse indireta. 
· Sucessão Hereditária: O herdeiro passa a ser possuidor do bem que foi deixado pelo parente que perdeu a vida; isso acontece automaticamente, isto é, desde a abertura da sucessão (desde que ocorre a morte). 
· TRANSMISSÃO DA POSSE
· A TÍTULO SINGULAR: O adquirente recebe uma ou algumas coisas individualizadas; acontece nos negócios jurídicos. 
· A TÍTULO UNIVERSAL: Aquele onde o adquirente recebe toda uma universalidade de bens; acontece na sucessão hereditária. A posse do herdeiro continua com as mesmas características daquela que pertencia ao de cujus. O sucessor singular, por sua vez, poderá escolher dar continuidade a mesma posse ou não. 
· Sucessor universal: Herdeiro;
· Sucessor singular: adquiriu a posse mediante um negócio jurídico.
· Art. 1.207. O sucessor universal continua de direito a posse do seu antecessor; e ao sucessor singular é facultado unir sua posse à do antecessor, para os efeitos legais. 
· QUEM PODE ADQUIRE A POSSE
Art. 1205 do CC:
a) a própria pessoa que a pretende, desde que capaz; 
b) o seu representante legal ou convencional; 
c) terceiro sem mandato (gestor de negócio, dependendo de ratificação).
O elemento de vontade é essencial (vontade natural). 
“Capaz” – simples vontade natural. 
· PERDA DA POSSE
· Art. 1.223. Perde-se a posse quando cessa, embora contra a vontade do possuidor, o poder sobre o bem, ao qual se refere o art. 1.196.
· a) PELO ABANDONO: não-uso da coisa + ânimo de renunciar o direito. Perece tanto o corpus quanto o animus. 
· OBS: quando alguém desocupa uma casa de praia, por ex, não há abandono, pois aqui não há o ânimo de renunciar o direito.
· b) PELA TRADIÇÃO: intenção definitiva de transferir a coisa a outra pessoa. Gera a demissão da posse e sua consequente perda. 
· c) PELA PERDA PROPRIAMENTE DITA DA COISA: com a perda da coisa, o possuidor se vê privado da posse sem querer (Ex. pássaro que foge da gaiola).
· d) PELA DESTRUIÇÃO DA COISA: se a coisa perece, não há mais direito sobre ela. 
· e) PELA COLOCAÇÃO DA COISA FORA DO COMÉRCIO: quando a coisa se torna inaproveitável ou inalienável por razões de ordem pública. 
· f) PELA POSSE DE OUTREM: nos casos de esbulho.
· Perda da posse para o AUSENTE:
· Art. 1.224. Só se considera perdida a posse para quem não presenciou o esbulho, quando, tendo notícia dele, se abstém de retornar a coisa, ou, tentando recuperá-la, é violentamente repelido.
· Ausente - pessoa que NÃO PRESENCIOU O ESBULHO: 
· Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado. 
· EFEITOS DA POSSE
· PERCEPÇÃO DOS FRUTOS:
· Frutos: são utilidades que uma coisa periodicamente produz.
· Quanto a Origem: 
· Natural: é aquele que a coisa principal oferece sem precisar de outra. Ex: frutos naturais.
· Industrial: Retirada da coisa principal pela fabricação. Ex: calçados.
· Civil: Nasce da disposição do bem. Ex: aluguel; juros.
· Quanto ao Estado: forma que o fruto se apresenta em determinado momento. 
· Pendente: ainda está ligado a coisa principal;
· Percebido: é aquele que já foi separado da coisa principal;
· Estante: aquele que tá armazenado ou guardado;
· Percipiendos: aquele que deveria ser colhido e não foi; ex: estragados. 
· Consumido: aqueles que já foram utilizados;
· EFEITOS QUANTO AOS FRUTOS
· Possuidor de BOA-FÉ: desconhece o vício.
· Art 1214,CC.
· Direito aos frutos percebidos: aquele que já se separou. (colhido)
· Direito às despesas de produção e custeio: direito ao ressarcimento pelos gatos de produzir. 
Obs: o limite é dado pelos frutos que colheu. (princípio do enriquecimento sem causa)
· Possuidor de MÁ-FÉ: conhece o vício. 
· Não tem direitos aos frutos: todos os frutos que existirem seguirá a regra (o acessório segue o principal)
· Responde pelos frutos percipiendos: estragados; aqui é uma certa punição, o prejuízo fica para o dono.
· Direito às despesas de produção e custeio: terá direito ao ressarcimento pelos gatos da produção; o reivindicante só vai receber pelo o que foi produzido;
· Art. 1.216, CC. O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, por culpa sua, deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu de má-fé; tem direito às despesas da produção e custeio.
· Ex: Se um invasor de um imóvel colhe as mangas da mangueira do terreno, deverá indenizá-las, mas será ressarcido pelas despesas realizadas com a colheita. Por outra via, se deixaram de ser colhidas e, em razão disso, vierem a apodrecer, o possuidor também será responsabilizado.
· 
· QUANTO AS BENFEITORIAS: Melhoras ao que já existia; exige a atividade humana; valor existe em todas; é necessário analisar a finalidade. 
· NECESSARIAS: conservação do bem. Tem por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore. Ex: o primeiro piso é tipo como necessário. 
· ÚTEIS: dar utilidade à coisa. Aumentam ou facilitam o uso do bem. Ex: piso antiderrapante 
· VOLUPTUÁRIAS: aformoseamento, embelezamento. De mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor. Ex: Um segundo piso mais bonito. 
· DIREITO A INDENIZAÇÃO DAS BENFEITORIAS
· Possuidor de BOA-FÉ: art. 1.219, CC. 
· Direito a indenização pelas benfeitorias necessárias e úteis.
· Direito de levantamento das benfeitorias voluptuárias: desde que não prejudique a coisa principal; prevalece o interesse do dono desde que ele pague. 
· Direito de retenção das benfeitorias úteis e necessárias: as benfeitorias aderem o bem; o dono só terá o bem se pagar pelas benfeitorias feitas. 
· Possuidor de MÁ-FÉ: art. 1.220, CC
· Não tem direito a indenização pela benfeitoria útil.
· Não pode fazer o levantamento das benfeitorias voluptuárias;
· Não tem direito de Retenção;
· Direito a indenização pelas benfeitorias necessárias. 
OBS: Existe uma diferença quanto ao valor> art. 1.222, CC. Na má-fé o dono tem direito de optar entre o valor atual e o seu custo. Na boa-fé indenizará pelo valor atual.
· RESPONSABILIDADE PELA PERDA OU DETERIORAÇÃO DO BEM.
· Possuidor de BOA-FÉ: responsabilidade subjetiva, pois terá que provara culpa. Art. 1.217, CC
· Não responde pela perda ou deterioração da coisa a que não der causa. 
· Possuidor de MÁ-FÉ: responsabilidade objetiva.
· Responde pela perda ou deterioração da coisa, ainda que acidental: foi privado de dizer se foi caso fortuito ou coisa maior – Pois não suficiente. 
· SALVO, se provar que aconteceria a mesma coisa se o bem estivesse com o dono (reivindicante).
· OUTROS EFEITOS DA POSSE
CONDUZ A USUCAPIÃO
ÔNUS DA PROVA COMPETE AO ADVERSÁRIO DO POSSUIDOR
A POSSE DE BENS MÓVEIS PRESUME-SE DO MESMO POSSUIDOR DO IMÓVEL ONDE ELE É ENCONTRADO.
· DEFESA DA POSSE
· AUTOTUTELA: È uma exceção. 
· HETEROTUTELA: É regra, isto é, as ações possessórias.
Existem dois modos de autotutela: 
· Legítima defesa e desforço imediato (autotutela);
· Legítima defesa – turbação de posse (diminuir um poder sobre a coisa).
· Desforço imediato – esbulho de posse (perda da posse).
· Art. 1.210, § 1º, CC – O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força, contato que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse.
	LEGITIMA DEFESA
	DESFORÇO IMEDIATO
	Posse mantida – turbação
	Posse perdida - esbulho
	Somente enquanto a turbação perdurar
	Fato já consumado, praticado no calor dos acontecimentos.
	
	Possuidor age com suas próprias forças.
· As características necessárias para esses casos:
· Reação imediata ou logo que possível reagir + 
· Métodos proporcionais à agressão. (ação limitada ou indispensável para a retomada da posse).
· Excesso de defesa – indenização pelos danos causados.
· Obs: Se for usado armas para a defesa da posse, só será legitima defesa se ocorrer um confronto. 
· INTERDITOS POSSESSÓRIOS (ou ações possessórias)
· MANUTENÇÃO DE POSSE 
· REINTEGRAÇÃO DE POSSE
· INTERDITO PROIBITÓRIO
DIFERENÇAS: 
	TURBAÇÃO
	Manutenção de Posse
	ESBULHO
	Reintegração de Posse
	AMEAÇA
	Interdito Proibitório 
TURBAÇÃO:
· Embaraça ou dificulta o livre exercício da posse.
· Turbação de fato – agressão material.
· Turbação de direito – ataques judiciais (ex. descrição de imóvel em inventário).
· Direito brasileiro – somente turbação de fato.
· Turbação de direito: mera ameaça – interdito proibitório.
· Turbação direta – comum, sobre o bem.
· Ex. corte de árvores no terreno.
· Turbação indireta – praticada externamente.
· Ex. turbador prejudica possuidor em alugar o imóvel.
· Turbação positiva – atos materiais sobre a coisa.
· Ex. entrar na propriedade alheia para retirar água.
· Turbação negativa – dificulta, embaraça ou impede o livre exercício da posse.
· Ex. Impedir que o possuidor utilize sua porta de entrada.
ESBULHO:
· Tomada da posse por violência, clandestinidade ou precariedade.
· Esbulho pacífico – resultante de precariedade.
· INTERDITO PROIBITORIO:
· Caráter preventivo - impedir que se concretize uma ameaça à posse. 
· Criado pelo Direito Romano; Fica definida uma multa se caso ocorrer;
Requisitos:
· POSSE ATUAL: pode ser tanto a posse direta quanto à indireta e a posse deve ser atual;
· AMEAÇA DE TURBAÇÃO OU ESBULHO: não é qualquer ameaça, deve-se demonstrar o justo receio;
· JUSTO RECEIO DE SER CONCRETIZADA A AMEAÇA: indícios suficientes/ capacidade da ameaça de incutir num espírito normal o justo receio de dano iminente à posse.
· Objetivo – impedir que se efetive a turbação ou o esbulho
· Pressuposto – fundado receio
· Pedido – cominação de pena pecuniária em caso de turbação ou esbulho: Deve ser requerida pelo autor para desestimular o réu de transgredir o veto. Montante razoável fixada pelo autor – discricionariedade do juiz para reduzir ou aumentar.
· AÇÃO DE MANUTENÇÃO DE POSSE: Pede para permanecer na coisa.
· Objetivo- cessar a turbação
· Turbação – é todo ato que embaraça o livre exercício da posse
· Turbação positiva e negativa 
Positiva: Agir, fazer algo; Negativa: Omissão, ex, o vizinho deixou de fazer uma cerca e os seus animais turbaram as plantações dos vizinhos. 
· Turbação direta e indireta
Direta: sobre o bem; Indireta: externamente. 
· Turbação de fato (regra) e de Direito. 
Obs: os tipos de turbação estão descritas acima. 
· AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE
· Objetivo- obter a recuperação da coisa 
· Esbulho – ato pelo qual o possuidor se vê despojado da posse
· Alegar ter melhor posse que do outro;
· Ocorre essa ação quando se perde a posse;
· Um cidadão sofre a perda da posse e ele quer ela de volta. 
· CARACTERÍSTICAS COMUNS ÀS AÇÕES POSSESSÓRIAS
· FUNGIBILIDADE: Art. 554, CPC. Uma posse pode ser substituída por outra. Ex, Interdito proibitório para a reintegração. O juiz conhecerá o pedido da mesma forma. Justificativa: a busca é pela paralisação da ação molestadora/ proteção possessória. Princípio que se aplica somente entre as 3 ações possessórias. Admissível tanto na fase de conhecimento como na fase recursal.
· CUMULAÇAO DE PEDIDOS: Art. 555, CPC. É possível a junção de pedidos tanto do procedimento comum como do rito especial. Cumulação facultativa. Provar a existência do dano ainda na fase de conhecimento.
· CARÁTER DÚPLICE: Art. 556, CPC. O juiz pode olhar tanto o pedido feito na inicial e o pedido feito na contestação. É lícito ao réu, na contestação, alegando que foi o ofendido em sua posse, demandar a proteção possessória e a indenização pelos prejuízos resultantes da turbação ou do esbulho cometido pelo autor. JURISPRUDÊNCIA: “A ação possessória somente é dúplice se o réu também demandar, na contestação, proteção possessória; se assim não proceder, a declaração de improcedência do pedido do autor não define com autoridade de coisa julgada a posse do réu sobre a área litigiosa” 
· JUÍZO POSSESSÓRIO: Art. 557, CPC. A ação possessória irá discutir posse e não propriedade; Na pendência de ação possessória é vedado, tanto ao autor quanto ao réu, propor ação de reconhecimento do domínio, exceto se a pretensão for deduzida em face de terceira pessoa.
Possibilita a propositura de ação possessória fundada exclusivamente na posse.
Art. 1.210, § 2º, CC – Não obsta à manutenção ou reintegração na posse a alegação de propriedade ou de outro direito sobre a coisa. OU seja, a ação do proprietário nem sempre vai ganhar a ação. 
	Juízo Possessório
	Juízo Petitório
	AMEAÇA, TURBAÇÃO OU ESBULHO – TUTELA DA POSSE
	TUTELA DOS DIREITOS REAIS SOBRE A PROPRIEDADE
	IUS POSSESSIONIS
	IUS POSSIDENDI
	SOMENTE SE DISCUTE A POSSE
	SOMENTE SE DISCUTE O DOMÍNIO
· AÇÃO DE FORÇA NOVA: Tem rito especial (dar maior celeridade); Iniciada a pouco tempo após a ofensa. 1 ano e 1 dia. 
· Se após de um 1 ano e 1 dia será de força velha e perderá seu rito especial, será comum ( menos célere). 
Art. 558, CPC. Regem o procedimento de manutenção e de reintegração de posse as normas da Seção II deste Capítulo quando a ação for proposta dentro de ano e dia da turbação ou do esbulho afirmado na petição inicial.
Parágrafo único. Passado o prazo referido no caput, será comum o procedimento, não perdendo, contudo, o caráter possessório.
· AÇÕES AFINS: não se aplica o principio da fungibilidade; o pedido se funda ou no direito de propriedade, ou no direito obrigacional de devolução da coisa;
· 
· AÇÃO DE IMISSÃO NA POSSE: (ação petitória); ( fundada na propriedade)
Casos em que alguém é proprietário e não consegue usa pela primeira vez; ou seja, o proprietário que a posse que nunca teve. Hipótese mais frequente: o autor da ação é o proprietário da coisa, mas não possuidor, por haver recebido do alienante só o domínio (jus possidendi) pela escritura, mas não a posse. Como nunca teve posse, não pode vale-se dos interditos possessórios. 
· AÇÃO DE NUNCIAÇÃO DE OBRA NOVA: Serve para paralisar para que se determine alguma medida para só depois a obra continuar; é pressuposto inicial que a obra seja nova, isto é, não se encontre em fase final.
Legitimidade para propor ação: Proprietário ou Possuidor 
Legitimidade passiva é o dono da obra, podendo ser o dono do terreno ou terceiro responsável;
· AÇÃO DE DANO INFECTO: Utilizada diante de uma situação que existeum dano eminente (ex, ruina de um prédio vizinho/ vício em uma constituição); é uma ação preventiva e cominatória;
Legitimidade ativa: Proprietário/ Possuidor; 
Legitimidade Passiva: Dono do prédio vizinho que provoca a interferência judicial;
Pede-se uma caução/ garantia para caso o dono aconteça se saiba como será pago. Defende a posse. 
Lembre-se: não pode iniciar essa ação e substitui-la por outra possessória. Não existe fungibilidade nessas ações afins.
· DIREITO DE PROPRIEDADE
· O art. 1.228 do Código Civil não oferece uma definição de propriedade, limitando-se a enunciar os poderes do proprietário, nestes termos: “O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha”. 
· O poder jurídico atribuído a uma pessoa de usar, gozar e dispor de um bem, corpóreo ou incorpóreo, em sua plenitude e dentro dos limites estabelecidos na lei, bem como de rei​vin​dicá​-lo de quem injustamente o detenha.
· Natureza jurídica: Tem caráter essencialmente dominial e por isso só pode ser utilizada pelo proprietário, por quem tenha jus in re. É, portanto, ação real que compete ao senhor da coisa.
· ELEMENTOS:
· Direito de usar : O primeiro elemento constitutivo da propriedade é o direito de usar (jus utendi), que consiste na faculdade de o dono servir-se da coisa e de utilizá-la da maneira que entender mais conveniente, sem, no entanto, alterar-lhe a substância, podendo excluir terceiros de igual uso. A utilização deve ser feita, porém, dentro dos limites legais e de acordo com a função social da propriedade
· Direito de gozar: O direito de gozar ou usufruir (jus fruendi) compreende o poder de perceber os frutos naturais e civis da coisa e de aproveitar economicamente os seus produtos.
· Direito de dispor da coisa: O direito de dispor da coisa (jus abutendi) consiste no poder de transferir a coisa, de gravá​-la de ônus e de aliená​-la a outrem a qualquer título. Não significa, todavia, prerrogativa de abusar da coisa, destruindo-a gratuitamente, pois a própria Constituição Federal prescreve que o uso da propriedade deve ser condicionado ao bem​-estar social.
· Direito de reaver a coisa: O quarto elemento constitutivo é o direito de reaver a coisa (rei vindicatio), de reivindicá​-la das mãos de quem injustamente a possua ou detenha, como corolário de seu direito de sequela, que é uma das características do direito real. Envolve a proteção específica da propriedade, que se perfaz pela ação reivindicatória.
· DIREITO ROMANO: (Caráter absoluto e individualista).
· Caráter absoluto: se alguém fosse dono, só era considerado o seu interesse. Não considerava o direito dos outros. 
· A propriedade foi tida como um mal no mundo. Tinha um exercício exacerbado; 
· Foi com esse forte individualismo que começou a surge questionamentos; e com esses questionamentos novas disciplinas, começando a restringir tais direitos. 
· DESCOMPLICANDO: No direito romano, a propriedade tinha caráter individualista. Na Idade Média, passou por uma fase peculiar, com dualidade de sujeitos (o dono é o que explorava economicamente o imóvel, pagando ao primeiro pelo seu uso). Havia todo um sistema hereditário para garantir que o domínio permanecesse numa dada família, de tal forma que esta não perdesse o seu poder no contexto do sistema político. Após a Revolução Francesa , a propriedade assumiu feição marcadamente individualista. No século passado, no entanto, foi acentuado o seu caráter social, contribuindo para essa situação as encíclicas Rerum Novarum, do Papa Leão XIII, e Quadragésimo Ano, de Pio XI. O sopro da socialização acabou, com efeito, impregnando o século XX, influenciando a concepção da propriedade e o direito das coisas.
· ATUALIDADE: cumpridora de uma função social.
· A atual Constituição Federal dispõe que a propriedade atenderá a sua função social (art. 5º, XXIII). Também determina que a ordem econômica observará a função da propriedade, impondo freios à atividade empresarial (art. 170, III). Nessa ordem, o Código Civil de 2002 proclama que “o direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas” (art. 1.228, § 1º); e que “são defesos os atos que não trazem ao proprietário qualquer comodidade, ou utilidade, e sejam animados pela intenção de prejudicar outrem” (§ 2º).
· FUNÇÃO SOCIAL: se exige uma consideração do interesse do dono + o interesse coletivo; 
Que sociedade é essa que tem que cumprir sua função social? TODA E QUALQUER PROPRIEDADE. 
Obs: a terra é tida como bem de produção, produzindo coisas novas, por isso há uma maior preocupação; a propriedade sobre um celular, também tem que sabe se está cumprindo sua função social. Ex, se o celular toca e atrapalha pessoas, não estará cumprindo sua função social. 
· CONSTITUIÇÃO FEDERAL: 
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:
III - função social da propriedade;
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes. > Único critério: Cumprir o plano diretor;
Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:
I - aproveitamento racional e adequado; Saber fazer uma boa utilização da coisa.
II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente; Respeitar o meio ambiente e as normas ambientais;
III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho; Ex: trabalho escravo;
IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores. Esse inciso acaba juntando todos os outros
Art. 243. As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma da lei serão expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, no que couber, o disposto no art. 5º.
· CÓDIGO CIVIL
· Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.
· § 1o O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas.
· § 2o São defesos os atos que não trazem ao proprietário qualquer comodidade, ou utilidade, e sejam animados pela intenção de prejudicar outrem.
· § 3o O proprietário pode ser privado da coisa, nos casos de desapropriação, por necessidade ou utilidade pública ou interesse social, bem como no de requisição, em caso de perigo público iminente.
· § 4o O proprietário também pode ser privado da coisa se o imóvel reivindicado consistir em extensa área, na posse ininterrupta e de boa-fé, por mais de cinco anos, de considerável número de pessoas, e estas nela houverem realizado, em conjunto ou separadamente, obras e serviços considerados pelo juiz de interesse social e econômico relevante.
· § 5o No caso do parágrafo antecedente, o juiz fixará a justa indenização devida ao proprietário; pago o preço, valerá a sentença como título para o registro do imóvel em nome dos possuidores.· AQUISIÇÃO DA PROPRIEDADE
· Aquisição da Propriedade Imobiliária:
· Hipóteses legais (CC, arts. 1.239/1.259 e 1.784)
· a) usucapião; b) registro do título de transferência no Registro do Imóvel; c) acessão; d) direito hereditário. 
· Classificação quanto à causa ou procedência da aquisição 
· a) originária: não há transmissão de um sujeito para outro, como ocorre na acessão natural e na usucapião; 
· b) derivada: a aquisição resulta de uma relação negocial entre o anterior proprietário e o adquirente. 
· Classificação quanto ao objeto 
· a) a título singular: quando tem por objeto bens individualizados, particularizados; 
· b) a título universal: quando a transmissão da propriedade recai num patrimônio, como ocorre na sucessão hereditária (única forma admitida pelo nosso direito).
· SUCESSÃO HEREDITÁRIA: após a morte fica aberta a sucessão do De Cujus;
Em que momento o herdeiro será proprietário? AUTOMATICAMENTE no momento da morte. O inventário é preciso, mas apenas para dividir. 
· REGISTRO (ART. 1.245, CC)
· SISTEMA FRANCÊS: o negocio jurídico sozinho já transfere a propriedade do alienante para o adquirente. O registro só existe para dar publicidade. 
· SISTEMA ALEMÃO: além do negócio é necessário o registro imobiliário; Atribui ao registro o efeito de presunção absoluta de veracidade. (não admitindo prova em contrário). 
Esse sistema alemão é o mais parecido com o adotado pelo CC/02. Porém, a presunção é relativa (admitindo prova em contrário).
· Art. 1.245, CC. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título translativo no Registro de Imóveis. 
· § 1º Enquanto não se registrar o título translativo, o alienante continua a ser havido como dono do imóvel.
· § 2º Enquanto não se promover, por meio de ação própria, a decretação de invalidade do registro, e o respectivo cancelamento, o adquirente continua a ser havido como dono do imóvel. 
· Registro – publicidade + tradição solene (transferência de domínio). 
· Sem valor absoluto/admite prova em contrário.
· O registro confere apenas presunção juris tantum de domínio: uma vez efetuada a matrícula, presume-se pertencer o direito real à pessoa em cujo nome se registrou (CC, art. 1.245, § 2º). 
· PRINCÍPIOS OU EFEITOS DO REGISTRO.
· GERAIS: (APLICÁVEIS A TODO E QUALQUER REGISTRO PUBLICO)
· PUBLICIDADE: efeito erga omnes. Qualquer pessoa poderá requerer certidão do registro sem informar ao oficial ou ao funcionário o motivo ou interesse do pedido (LRP, art. 17). O registro, assim, salvo exceções relativas a direitos alusivos à família e à filiação, torna público o que nele se contém, criando a presunção de seu conhecimento. 
· LEGALIDADE: uma vez que o oficial efetuou o registro é porque não encontrou quaisquer irregularidades. Incumbe ao oficial do cartório, por dever de ofício, examinar a legalidade e a validade dos títulos que lhe são apresentados para registro, nos seus aspectos intrínsecos e extrínsecos. 
· PRESUNÇÃO DE VERACIDADE/ FORÇA PROBANTE - se funda na fé pública do registro/ presunção juris tantum. Art. 1.247, CC. Se o teor do registro não exprimir a verdade, poderá o interessado reclamar que se retifique ou anule.
· ESPECÍFICOS: ( APENAS DETERMINADOS REGISTROS)
· CONTINUIDADE: determina o encadeamento entre os assentos pertinentes a um dado imóvel e às pessoas nele interessadas. Só quem pode transferir a propriedade é quem tem registro no cartório imobiliário; Quando dessa transmissão é necessário essa continuidade, tendo que ambas irem ao cartório para que transfira de um nome para o outro. Pois é necessário verificar se está negociando com o real dono. 
OBS: Somente se admite o registro de um título se a pessoa que nele aparece como alienante é a mesma que figura no registro como o seu proprietário.
· TERRITORIALIDADE: o imóvel deve ser registrado na circunscrição imobiliária onde estiver situado. Mais de uma circunscrição imobiliária na mesma comarca – verificar as leis de organização judiciária. Bens situados em comarcas diversas – registro feito em todas elas.
· PRIORIDADE: proteção de quem primeiro registrou o título (prenotação de 30 dias). Caso a parte interessada, em trinta dias, não atenda às exigências formuladas pelo oficial, cessam os efeitos da prenotação, podendo ser examinado e registrado, se estiver em ordem, o título apresentado em segundo lugar. O que é prenotação? É a anotação prévia e provisória no protocolo, feita por oficial de registro público de um título apresentado para registro, passando a gozar de prioridade no registro em relação àquele protocolado posteriormente; 
Obs: DIREITO REAL AO PROMITENTE COMPRADOR: depende do registro do contrato de compra e venda, sem clausula de arrependimento. Dar maior segurança, pois garante que depois de efetuado o pagamento, o promete terá direito ao registro antes(primeiro). 
· ESPECIALIDADE: exigência da plena e perfeita identificação do imóvel nos documentos. Busca dar a certeza ao ato registral. Trata dos dados geográficos do imóvel, especialmente os relativos às suas metragens e confrontações. Objetiva proteger o registro de erros que possam confundir as propriedades e causar prejuízos aos seus titulares. Todo registro deve recair sobre um objeto precisamente individuado.
· CONSTITUTIVO: é o registro que cria a propriedade para o adquirente; em regra é assim que se apresenta; Porém há exceções: tem situações que o registro só serve pra dar publicidade como: na sucessão hereditária e na usucapião.

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