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Doença do Bicho de Pé

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 Doença causada pelo parasita tunga 
penetrans. Um tipo de pulga, bem distribuída 
em regiões tropicais e subtropicais do mundo, 
incluindo o México na América do Sul, nas 
Antilhas e na África; 
 Popularmente conhecida como bicho de pé ou 
bicho de porco; 
• As pulgas normalmente são encontradas em 
climas arenosos, incluindo praias, estábulos e 
fazendas; 
• O hospedeiro normalmente é o porco, mas 
também ataca o homem e outros animais 
como gatos e cachorros. 
• Está associada à pobreza, constituindo um 
problema de saúde pública em comunidades 
carentes. 
 
 
 
 
MORFOLOGIA 
 Pulga muito pequena com cerca de 1 mm de 
comprimento, fronte angulosa, olhos 
pequenos, mandíbulas longas e serrilhadas; 
 Os ovos se desenvolvem no abdome, que 
aumenta consideravelmente de volume, 
constituindo o chamado, bicho de pé. 
PATOGÊNESE 
 Fase 1 : A fêmea, quando fecundada, fixa-se 
na pele e vai penetrando pouco a pouco, 
sugando o sangue da zona papilar da epiderme. 
e provocando processo inflamatório local com 
dilatação dos vasos dérmicos; 
 Fase 2: O parasita penetra a cabeça na derme 
e se alimenta nos vasos sanguíneos, porém a 
cauda fica na superfície da pele, para 
respiração e eliminação de excretas e ovos; 
 Fase 3: Há produção de ovos e o corpo atinge 
7mm de comprimento. Então, nessa fase é 
possível identificar, clinicamente, um halo 
amarelado abaixo da área hiperceratótica; 
 Fase 4: Após a deposição dos ovos, a pulga 
morre e sua carapaça é expelida; 
 Fase 5: A epiderme se reorganiza em 
aproximadamente 4 semanas, restando 
pequenos resíduos que ficarão ali por meses. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
 As lesões podem ocorrer em qualquer parte 
do corpo que fique exposta ao parasita, mas 
normalmente as que ficam próximas do solo 
são as mais afetadas, como: a planta dos pés, 
os dedos, debaixo da borda livre das unhas e 
calcanhares; 
 Lesões únicas ou múltiplas caracterizadas por 
pápulas ceratósicas com elevação central 
enegrecida que corresponde à parte posterior 
da pulga; 
 
 
 
 
 
 Geralmente é assintomático, mas pode 
apresentar eritema, edema, dor, prurido, 
pústulas, supuração, úlceras e deformidades 
nos dedos; 
 Caso os parasitos não forem retiradas em 
tempo, eles podem provocar formação de 
abscessos por infecção secundária das lesões, 
por funcionar como portas de entrada de 
parasitos microbianos ou fungos, 
responsáveis pelo tétano, gangrena gasosa, 
blastomicoses, linfangites, erisipela etc.; 
 A complicação mais comum é o tétano e as 
mais raras incluem linfedema, gangrena, 
perda permanente das unhas, amputação dos 
dedos, sepse e morte. 
TRATAMENTO 
 Remoção cirúrgica do parasita com material 
esterilizado, tendo o cuidado de extraí-los 
inteiros, fazendo-se em seguida, assepsia e 
curativo oclusivo; 
 Medicamentos: Tiabendazol, ivermectina oral, 
uso tópico de vaselina salicilada a 20%; 
 Remoção do doente de seu ambiente de 
trabalho. 
PROFILAXIA 
 Evitar andar descalço, particularmente ao 
transitar ou permanecer em locais 
sabidamente infestados; 
 Utilizar botas de cano alto é uma boa proteção, 
bem como o uso de botas de cor clara, por 
facilitar a visualização das pulgas e a 
identificação de locais com infestação; 
 Os animais devem ser examinados 
regularmente para evitar infestação; deve 
ser feita a retirada dos parasitas; 
 Evitar o uso de praias frequentadas por 
animais; 
 Evitar entrar em casas abandonadas ou 
desabitadas que possam ser abrigo de 
pessoas e ou animais infectados; 
 Evitar o contato com areias de construção e 
grama de procedência desconhecida. 
DIAGNÓSTICO 
 Fácil, observando-se o pequeno tumor 
encimado por um ponto negro que é a parte 
posterior do abdome do inseto; 
Paciente do sexo masculino, 48 anos, trabalhador 
rural (criador de porcos), apresentando há cinco 
meses múltiplas lesões papulosas, amareladas, 
com pontos enegrecidos centrais, localizadas nos 
pés e nas mãos, glúteos e genitália, com infecção 
bacteriana secundária; 
Foi internado, sendo tratado com ivermectina 
(12mg/semana) por cinco semanas, 
antibioticoterapia sistêmica e vacina antitetânica, 
com resolução total do quadro. 
 
 
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