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Livro Eletrônico
Aula 03
Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura de Governador Valadares
(Psicólogo) - Pós-Edital
Marina Beccalli
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SUMÁRIO PÁGINA 
1. Transtornos do Humor - CID-10 02 
2. Transtornos depressivos - DSM V 10 
3. Transtorno Bipolar e transtornos relacionados- DSM V 20 
4. Transtornos de ansiedade - CID-10 30 
5. Transtornos de ansiedade - DSM V 41 
6. Transtornos alimentares 65 
7. Resolução de questões 74 
8. Lista de questões 114 
9. Gabarito 137 
 
 
 
 
 
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 1 – TRANSTORNOS DO HUMOR (CID-10) 
 
 Para a OMS, os transtornos de humor envolvem alteração do humor ou do afeto, 
gerando depressão, com ou sem ansiedade ligada, ou uma elação. É comum que ocorra 
uma alteração a nível global da atividade, sendo os sintomas associados a essas 
mudanças. Os transtornos de humor tendem a ser recorrentes e quando ocorrem 
episódio individuais, geralmente estão ligados a fatores estressantes. 
 
1.1 – EPISÓDIO MANÍACO – F50 
 Todas as subdivisões da categoria são relacionadas a um episódio 
isolado. Quando o indivíduo passa por um episódio hipomaníaco ou maníaco e já vivenciou um ou 
mais episódio afetivos anteriormente (depressivo, hipomaníaco, maníaco ou misto), seu diagnóstico 
deve ser no sentido de um transtorno afetivo bipolar. 
 
HIPOMANIA – F30.0: Transtorno em que ocorre elevação sutil mas persistente do humor, da 
energia e da atividade, ligada a um sentimento de bem-estar físico e psíquico. Ocorre aumento da 
sociabilidade, do desejo de falar, da energia sexual e a redução da necessidade de dormir. Os 
sintomas não chegam a ser tão graves que comprometem o trabalho do indivíduo ou geram 
problema no social. A euforia pode ser alterada para irritabilidade ou comportamento rude. Os 
sintomas não são acompanhados por alucinações. 
 
MANIA SEM SINTOMAS PSICÓTICOS – F30.1: Elevação do humor desproporcional à vida do 
indivíduo. A elação gera um aumento da energia, uma hiperatividade, desejo de falar e redução da 
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necessidade de sono. O indivíduo tem dificuldade para manter a atenção, ficando facilmente 
distraído. Ocorre também aumento na autoestima, ideias de grandeza e superestimativa de suas 
capacidades. A pessoa fica desinibida, a ponto de vir a ter atitudes imprudentes, desproporcionais 
ou inapropriadas. 
 
MANIA COM SINTOMAS PSICÓTICOS – F.30.2: Além dos sintomas citados no transtorno F30.1, o 
sujeito apresenta ideias delirantes (geralmente de grandeza) ou alucinações envolvendo 
geralmente vozes. Ocorre forte agitação, atividade motora excessiva e fuga de ideias, o que torna o 
sujeito incompreensível do ponto de vista de uma conversa normal. 
 
1.2 – TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR – F31 
 Ocorrem dois ou mais episódios em que o humor e o nível de 
atividade do indivíduo estão bastante perturbados. Ocorre elevação do humor e aumento da 
energia/atividade (mania ou hipomania) e também rebaixamento do humor e redução da 
energia/atividade (depressão). 
 
TRANTORNO AFETIVO BIPOLAR, EPISÓDIO ATUAL HIPOMANÍACO – F31.0: No presente há episódio 
atual de hipomania, mas tendo havido no passado pelo menos outro episódio afetivo (hipomaníaco, 
maníaco, depressivo ou misto). 
 
TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR, EPISÓDIO ATUAL MANÍACO SEM SINTOMAS PSICÓTICOS – F31.1: 
Episódio atual maníaco sem sintomas psicóticos (F30.1), tendo havido no passado pelo menos um 
outro episódio afetivo (hipomaníaco, maníaco, depressivo ou misto). 
 
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TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR, EPISÓDIO ATUAL MANÍACO COM SINTOMAS PSICÓTICOS – 
F31.2: Episódio atual de episódio maníaco com sintomas psicóticos (F30.2), tendo havido no passado 
pelo menos um outro episódio afetivo (hipomaníaco, maníaco, depressivo ou misto). 
 
TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR, EPISÓDIO ATUAL DEPRESSIVO LEVE OU MODERADO – F31.3: 
Episódio atual depressivo leve ou moderado (F32.0 ou F32.1), tendo ocorrido no passado pelo menos 
um episódio afetivo hipomaníaco, maníaco ou misto bem marcado. 
 
TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR, EPISÓDIO ATUAL DEPRESSIVO GRAVE SEM SINTOMAS 
PSICÓTICOS – F31.4: Episódio atual depressivo grave sem sintomas psicóticos (F32.2), tendo 
ocorrido no passado pelo menos um episódio afetivo hipomaníaco, maníaco ou misto bem definido. 
 
TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR, EPISÓDIO ATUAL DEPRESSIVO GRAVE COM SINTOMAS 
PSICÓTICOS – F31.5: Episódio atual depressivo grave com sintomas psicóticos (F32.3), tendo havido 
no passado pelo menos um episódio afetivo hipomaníaco, maníaco ou misto bem definido. 
 
TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR, EPISÓDIO ATUAL MISTO – F31.6: Episódio atual envolvendo 
simultaneamente sintomas maníacos e depressivos ou oscilação rápida de sintomas maníacos e 
depressivos, tendo havido no passado pelo menos um episódio afetivo hipomaníaco, maníaco ou 
misto bem definido. 
 
TRANSTORNO AFETIVO BIPOLAR, ATUALMENTE EM REMISSÃO – F31.7: No passado ocorreu pelo 
menos um episódio afetivo hipomaníaco, maníaco ou misto bem definido e pelo menos outro 
episódio afetivo, mas sem nenhuma perturbação significativa do humor, nem no momento atual 
nem nos últimos dois meses. 
 
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(TRE/AP – FCC - 2011) O transtorno afetivo bipolar é 
caracterizado por episódios repetidos nos quais o humor e os níveis de atividade do paciente 
estão significativamente perturbados. Esta alteração consiste, em algumas ocasiões, de uma: 
(A) diminuição do humor e da energia psíquica e, em outros momentos, do aumento do humor 
e da energia sexual. 
(B) elevação da energia psíquica e do humor lábil e, em outras, um aumento do humor, da 
energia e da atividade emocional. 
(C) elevação da energia psíquica e do humor lábil e, em outras, um aumento do humor e da 
energia psíquica e sexual. 
(D) elevação do humor e aumento de energia e atividade e, em outras, de um rebaixamento 
do humor e diminuição de energia e atividade. 
(E) euforia histérica e diminuição do humor lábil e, em outras, um aumento do humor e da 
energia sexual. 
COMENTÁRIOS: 
De acordo com o CID-10, o transtorno bipolar é caracterizado por uma elevação do humor e 
aumento da energia e da atividade (hipomania ou mania) e em outras, de um rebaixamento 
do humor e de redução do humor e de redução da energia e da atividade (depressão). 
RESPOSTA: D. 
 
 
 
 
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1.3 – EPISÓDIOS DEPRESSIVOS – F32 
O indivíduo apresenta uma redução do humor, da energia e da atividade, podendo ser nos três 
graus da depressão: leve, moderado ou grave. Há umamudança em relação à capacidade de 
experimentar prazer, há perda de interesse na realidade, redução da capacidade de se concentrar, 
e cansaço fácil, mesmo após mínimo esforço. Ocorre redução do apetite, da autoestima e da 
autoconfiança. O humor depressivo varia pouco de um dia para o outro, ocorrendo também lentidão 
psicomotora, perda de peso e da libido. O número e gravidade dos sintomas determinam três graus 
de episódio depressivo: leve, moderado e grave. 
 
EPISÓDIO DEPRESSIVO LEVE – F32.0: O indivíduo apresenta pelo menos dois ou três sintomas dos 
citados, sofrendo com a presença deles, mas sendo capaz de desempenhar a maioria das atividades. 
 
EPISÓDIO DEPRESSIVO MODERADO – F32.1: Estão presentes quatro ou mais sintomas citados 
anteriormente e o indivíduo tem dificuldade para desempenhar suas atividades diárias. 
 
EPISÓDIO DEPRESSIVO GRAVE SEM SINTOMAS PSICÓTICOS – F32.2: Estado depressivo com 
sintomas marcantes que geram muita angústia, principalmente ligados a perda da autoestima e a 
ideias de culpa. São comuns ideias e atos suicidas, podendo ser observados também sintomas 
somáticos. 
 
EPISÓDIO DEPRESSIVO GRAVE COM SINTOMAS PSICÓTICOS – F32.3: Episódio depressivo grave 
(F32.2) mas acompanhado por alucinações, ideias delirantes, lentidão psicomotora ou estupor 
grave, tornando impossível as atividades sociais normais. Há risco de morte por suicídio, 
desidratação ou desnutrição. 
 
 
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1.4 – TRANSTORNO DEPRESSIVO RECORRENTE – F33 
Caracterizado pela ocorrência repetida de episódios depressivos, mas sem antecedentes de 
episódios de exaltação de humor e aumento de energia (mania). Mas o transtorno pode envolver 
breves episódios com leve aumento do humor e da atividade (hipomania), ocorrendo logo em 
seguida episódio depressivo, muitas vezes ligados a tratamento com antidepressivos. As formas mais 
graves do transtorno (F33.2 e F33.3) são muito parecidas com a depressão maníaco-depressiva, 
melancolia, depressão vital e depressão endógena. O primeiro episódio pode surgir em qualquer 
idade e pode durar de algumas semanas a alguns meses. Caso ocorra um episódio maníaco, o 
diagnóstico do indivíduo deve ser de transtorno afetivo bipolar (F31). 
 
EPISÓDIO DEPRESSIVO RECORRENTE, EPISÓDIO ATUAL LEVE – F33.0: Ocorrência repetida de 
episódios depressivos, sendo o episódio atual leve e não tendo havido antecedente de mania. 
 
EPISÓDIO DEPRESSIVO RECORRENTE, EPISÓDIO ATUAL MODERADO – F33.1: Ocorrência repetida 
de episódios depressivos, sendo o episódio atual moderadamente grave (F32.1), sem antecedentes 
de mania. 
 
EPISÓDIO DEPRESSIVO RECORRENTE, EPISÓDIO ATUAL GRAVE SEM SINTOMAS PSICÓTICOS – 
F33.2: Ocorrência repetida de episódios depressivos, sendo o episódio atual grave, sem sintomas 
psicóticos, sem antecedentes de mania. 
 
EPISÓDIO DEPRESSIVO RECORRENTE, EPISÓDIO ATUAL GRAVE COM SINTOMAS PSICÓTICOS – 
F33.3: Ocorrência repetida de episódios depressivos, sendo o episódio atual grave, com sintomas 
psicóticos, sem antecedentes de mania. 
 
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EPISÓDIO DEPRESSIVO RECORRENTE, ATUALMENTE EM REMISSÃO – F33.4: O indivíduo teve, no 
passado, dois ou mais transtornos depressivos, mas não apresenta atualmente nenhum sintoma 
depressivo há vários meses. 
 
1.5 – TRANSTORNOS DE HUMOR AFETIVOS PERSISTENTES – F34 
Transtornos do humor persistentes e frequentemente flutuantes, 
nos quais os episódios não são suficientemente graves para justificar um diagnóstico de mania ou 
de episódio depressivo leve. Como duram por anos, e muitas vezes durante toda a vida adulta do 
indivíduo, geram sofrimentos e incapacidades significativas. 
 
CICLOTIMIA – F34.0: Instabilidade persistente do humor que envolve períodos de depressão ou de 
leve elação do humor, mas sem que sejam suficientemente graves ou prolongados para 
caracterizarem um transtorno afetivo bipolar (F31) ou um transtorno depressivo recorrente (F33). 
São frequentes episódios ao longo da vida de sintomas depressivos leves seguidos por discreta 
elação do humor (hipomania), sem que o indivíduo tenha um episódio completo de depressão ou 
mania. O transtorno acomete muitos familiares de pacientes com transtorno afetivo bipolar. 
 
DISTIMIA – F34.1: Redução crônica do humor, persistindo por pelo menos alguns anos, mas que 
não são graves suficientes ou são muito curtos para ser um transtorno depressivo recorrente grave, 
moderado ou leve (F33). Ocorre diminuição da autoestima, fadiga aumentada, dificuldade para se 
concentrar ou tomar decisões, irritabilidade e sentimentos de desesperança. Os sintomas devem 
permanecer por pelo menos 2 anos. 
 
 
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(TRF 2º REGIÃO – CONSULPLAN – 2017) Os extremos 
emocionais dos transtornos de humor vêm em duas formas principais: transtorno depressivo 
maior, com sua desesperança e sua letargia prolongadas e transtorno bipolar (anteriormente 
denominado transtorno maníaco-depressivo), no qual a pessoa alterna depressão e mania, 
um estado de superexcitação e hiperatividade. Sobre o transtorno de humor, é INCORRETO 
afirmar que: 
(A) Uma mente acelerada desperta um humor otimista. Em formas mais brandas, a energia e 
o pensamento flutuante da mania alimentam a criatividade. 
(B) Embora o transtorno bipolar seja muito menos comum que o transtorno depressivo maior, 
frequentemente é mais disfuncional, causando duas vezes mais a perda de dias de trabalho 
por ano. Ele afeta mais mulheres que homens. 
(C) O transtorno depressivo maior ocorre quando pelo menos cinco sinais de depressão 
(incluindo letargia, sentimentos de inutilidade ou perda de interesse na família, nos amigos e 
em atividades) duram duas ou mais semanas e não são causados por drogas ou por uma 
condição médica. 
(D) Com ou sem terapia, episódios de depressão maior geralmente chegam ao fim, e a pessoa 
volta temporária ou permanentemente a seus padrões de comportamento anteriores. No 
entanto, alguns retornam ou, algumas vezes, partem para o extremo emocional oposto – o 
estado eufórico, hiperativo, descontroladamente otimista e mania. Se a depressão é viver em 
câmara lenta, a mania é avançar o filme. Alternar entre uma e outra é sinal de transtorno 
bipolar. 
 
COMENTÁRIOS: 
(A) CORRETA. De acordo com a literatura. 
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(B) INCORRETA. O transtorno depressivo maior causa muito mais prejuízos e incapacidades na 
vida do indivíduo do que o transtorno bipolar. 
(C) CORRETA. De acordo com os manuais. 
(D) CORRETA. Os sintomas e descrições estão de acordo com os transtornos citados. 
 
 
2 – TRANSTORNOS DEPRESSIVOS – DSM V 
 Os transtornos depressivos incluem transtorno disruptivo da 
desregulação do humor, transtorno depressivo maior (incluindo episódio depressivo maior), 
transtorno depressivo persistente(distimia), transtorno disfórico pré-menstrual, transtorno 
depressivo induzido por substância/medicamento, transtorno depressivo devido a outra condição 
médica, outro transtorno depressivo especificado e transtorno depressivo não especificado. 
Diferentemente do DSM-IV, este capítulo “Transtornos Depressivos” foi separado do capítulo 
anterior “Transtornos Bipolares e Transtornos Relacionados”. 
A característica comum desses transtornos é a presença de humor triste, vazio ou irritável, 
acompanhado de alterações somáticas e cognitivas que afetam significativamente a capacidade de 
funcionamento do indivíduo. O que difere entre eles são os aspectos de duração, momento ou 
etiologia presumida. 
O transtorno depressivo maior representa a condição clássica desse grupo de transtornos. Ele é 
caracterizado por episódios distintos de pelo menos duas semanas de duração (embora a maioria 
dos episódios dure um tempo consideravelmente maior) envolvendo alterações nítidas no afeto, na 
cognição e em funções neurovegetativas, e remissões interepisódicas. O diagnóstico baseado em 
um único episódio é possível, embora o transtorno seja recorrente na maioria dos casos. 
 
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Atenção especial é dada à diferenciação da tristeza e do luto 
normais em relação a um episódio depressivo maior. O luto pode induzir grande sofrimento, mas 
não costuma provocar um episódio de transtorno depressivo maior. Quando ocorrem em conjunto, 
os sintomas depressivos e o prejuízo funcional tendem a ser mais graves, e o prognóstico é pior 
comparado com o luto que não é acompanhado de transtorno depressivo maior. 
A depressão relacionada ao luto tende a ocorrer em pessoas com outras vulnerabilidades a 
transtornos depressivos, e a recuperação pode ser facilitada pelo tratamento com antidepressivos. 
Uma forma mais crônica de depressão, o transtorno depressivo persistente (distimia), pode ser 
diagnosticada quando a perturbação do humor continua por pelo menos dois anos em adultos e um 
ano em crianças. Esse diagnóstico, novo no DSM-5, inclui as categorias diagnósticas do DSM-IV de 
transtorno depressivo maior crônico e distimia. 
 
TRANSTORNO DISRUPTIVO DA DESREGULAÇÃO DO HUMOR – 296.99 (F34.8): 
Critérios diagnósticos 
A. Explosões de raiva recorrentes e graves manifestadas pela linguagem (p. ex., violência verbal) e/ 
ou pelo comportamento (p. ex., agressão física a pessoas ou propriedade) que são 
consideravelmente desproporcionais em intensidade ou duração à situação ou provocação. 
B. As explosões de raiva são inconsistentes com o nível de desenvolvimento. 
C. As explosões de raiva ocorrem, em média, três ou mais vezes por semana. 
D. O humor entre as explosões de raiva é persistentemente irritável ou zangado na maior parte do 
dia, quase todos os dias, e é observável por outras pessoas (p. ex., pais, professores, pares). 
E. Os Critérios A-D estão presentes por 12 meses ou mais. Durante esse tempo, o indivíduo não teve 
um período que durou três ou mais meses consecutivos sem todos os sintomas dos Critérios A-D. 
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F. Os Critérios A e D estão presentes em pelo menos dois de três ambientes (p. ex., em casa, na 
escola, com os pares) e são graves em pelo menos um deles. 
G. O diagnóstico não deve ser feito pela primeira vez antes dos 6 anos ou após os 18 anos de idade. 
H. Por relato ou observação, a idade de início dos Critérios A-E é antes dos 10 anos. 
I. Nunca houve um período distinto durando mais de um dia durante o qual foram satisfeitos todos 
os critérios de sintomas, exceto a duração, para um episódio maníaco ou hipomaníaco. 
Nota: Uma elevação do humor apropriada para o desenvolvimento, como a que ocorre no contexto 
de um evento altamente positivo ou de sua antecipação, não deve ser considerada como um sintoma 
de mania ou hipomania. 
J. Os comportamentos não ocorrem exclusivamente durante um episódio de transtorno depressivo 
maior e não são mais bem explicados por outro transtorno mental (p. ex., transtorno do espectro 
autista, transtorno de estresse pós-traumático, transtorno de ansiedade de separação, transtorno 
depressivo persistente [distimia]). 
Nota: Este diagnóstico não pode coexistir com transtorno de 
oposição desafiante, transtorno explosivo intermitente ou transtorno bipolar, embora possa 
coexistir com outros, incluindo transtorno depressivo maior, transtorno de déficit de 
atenção/hiperatividade, transtorno da conduta e transtornos por uso de substância. Os indivíduos 
cujos sintomas satisfazem critérios para transtorno disruptivo da desregulação do humor e 
transtorno de oposição desafiante devem somente receber o diagnóstico de transtorno disruptivo 
da desregulação do humor. Se um indivíduo já experimentou um episódio maníaco ou hipomaníaco, 
o diagnóstico de transtorno disruptivo da desregulação do humor não deve ser atribuído. 
K. Os sintomas não são consequência dos efeitos psicológicos de uma substância ou de outra 
condição médica ou neurológica. 
 
 
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TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR – 296.99 (F34.8): 
Critérios diagnósticos 
A. Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estiveram presentes durante o mesmo período de duas 
semanas e representam uma mudança em relação ao funcionamento anterior; pelo menos um dos 
sintomas é (1) humor deprimido ou (2) perda de interesse ou prazer. 
Nota: Não incluir sintomas nitidamente devidos a outra condição médica. 1. Humor deprimido na 
maior parte do dia, quase todos os dias, conforme indicado por relato subjetivo (p. ex., sente-se 
triste, vazio, sem esperança) ou por observação feita por outras pessoas (p. ex., parece choroso). 
(Nota: Em crianças e adolescentes, pode ser humor irritável.) 
2. Acentuada diminuição do interesse ou prazer em todas ou quase todas as atividades na maior 
parte do dia, quase todos os dias (indicada por relato subjetivo ou observação feita por outras 
pessoas). 
3. Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta (p. ex., uma alteração de mais de 
5% do peso corporal em um mês), ou redução ou aumento do apetite quase todos os dias. 
(Nota: Em crianças, considerar o insucesso em obter o ganho de peso esperado.) 
4. Insônia ou hipersonia quase todos os dias. 
5. Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias (observáveis por outras pessoas, não 
meramente sensações subjetivas de inquietação ou de estar mais lento). 
6. Fadiga ou perda de energia quase todos os dias. 
7. Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada (que podem ser delirantes) quase 
todos os dias (não meramente autorrecriminação ou culpa por estar doente). 
8. Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou indecisão, quase todos os dias (por relato 
subjetivo ou observação feita por outras pessoas). 
9. Pensamentos recorrentes de morte (não somente medo de morrer), ideação suicida recorrente 
sem um plano específico, uma tentativa de suicídio ou plano específico para cometer suicídio. 
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B. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, 
profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. 
C. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a outra condição médica. 
Nota: Os Critérios A-C representam um episódio depressivo maior. 
Nota: Respostas a uma perda significativa (p. ex., luto, ruína 
financeira, perdas por um desastre natural, uma doença médica grave ou incapacidade) podem 
incluir os sentimentos de tristeza intensos, ruminação acerca da perda, insônia, falta de apetite e 
perda de peso observados no Critério A, que podem se assemelhar a um episódio depressivo. 
Embora tais sintomas possam ser entendidos ou considerados apropriados à perda, a presença de 
um episódio depressivo maior, além da resposta normal a uma perda significativa, também deve ser 
cuidadosamente considerada. Essa decisão requer inevitavelmente o exercício do julgamento clínico 
baseado na história do indivíduo e nas normas culturais para a expressão de sofrimento no contexto 
de uma perda. 
D. A ocorrência do episódio depressivo maior não é mais bem explicada por transtorno 
esquizoafetivo, esquizofrenia, transtorno esquizofreniforme, transtorno delirante, outro transtorno 
do espectro da esquizofrenia e outro transtorno psicótico especificado ou transtorno da 
esquizofrenia e outro transtorno psicótico não especificado. 
E. Nunca houve um episódio maníaco ou um episódio hipomaníaco. 
Nota: Essa exclusão não se aplica se todos os episódios do tipo maníaco ou do tipo hipomaníaco são 
induzidos por substância ou são atribuíveis aos efeitos psicológicos de outra condição médica. 
Especificar: 
• Com sintomas ansiosos 
• Com características mistas 
• Com características melancólicas 
• Com características atípicas 
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• Com características psicóticas congruentes com o humor 
• Com características psicóticas incongruentes com o humor 
• Com catatonia 
• Com início no periparto 
• Com padrão sazonal (somente episódio recorrente). 
 
TRANSTORNO DEPRESSIVO PERSISTENTE (DISTIMIA) – 300.4 (F34.1) 
Critérios diagnósticos 
Este transtorno representa uma consolidação do transtorno depressivo maior crônico e do 
transtorno distímico definidos no DSM-IV. 
A. Humor deprimido na maior parte do dia, na maioria dos dias, indicado por relato subjetivo ou 
por observação feita por outras pessoas, pelo período mínimo de dois anos. 
Nota: Em crianças e adolescentes, o humor pode ser irritável, com duração mínima de um ano. 
B. Presença, enquanto deprimido, de duas (ou mais) das seguintes características: 
1. Apetite diminuído ou alimentação em excesso. 
2. Insônia ou hipersonia. 
3. Baixa energia ou fadiga. 
4. Baixa autoestima. 
5. Concentração pobre ou dificuldade em tomar decisões. 
6. Sentimentos de desesperança. 
C. Durante o período de dois anos (um ano para crianças ou adolescentes) de perturbação, o 
indivíduo jamais esteve sem os sintomas dos Critérios A e B por mais de dois meses. 
D. Os critérios para um transtorno depressivo maior podem estar continuamente presentes por dois 
anos. 
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E. Jamais houve um episódio maníaco ou um episódio hipomaníaco e jamais foram satisfeitos os 
critérios para transtorno ciclotímico. 
F. A perturbação não é mais bem explicada por um transtorno esquizoafetivo persistente, 
esquizofrenia, transtorno delirante, outro transtorno do espectro da esquizofrenia e outro 
transtorno psicótico especificado ou transtorno do espectro da esquizofrenia e outro transtorno 
psicótico não especificado. 
G. Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, 
medicamento) ou a outra condição médica (p. ex., hipotireoidismo). 
H. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, 
profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. 
Nota: Como os critérios para um episódio depressivo maior incluem quatro sintomas que estão 
ausentes da lista de sintomas para transtorno depressivo persistente (distimia), um número muito 
limitado de indivíduos terá sintomas depressivos que persistiram por mais de dois anos, mas não irá 
satisfazer os critérios para transtorno depressivo persistente. Caso tenham sido satisfeitos todos os 
critérios para um episódio depressivo maior em algum momento durante o episódio atual da 
doença, tais indivíduos devem receber diagnóstico de transtorno depressivo maior. De forma 
alternativa, um diagnóstico de outro transtorno depressivo especificado ou transtorno depressivo 
não especificado é justificado. 
Especificar se: 
• Com sintomas ansiosos; 
• Com características mistas; 
• Com características melancólicas; 
• Com características atípicas; 
• Com características psicóticas congruentes com o humor; 
• Com características psicóticas incongruentes com o humor; 
• Com início no periparto. 
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Especificar se: 
• Em remissão parcial; 
• Em remissão completa. 
Especificar se: 
Início precoce: Se o início ocorre antes dos 21 anos de idade. 
Início tardio: Se o início ocorre aos 21 anos ou mais. 
Especificar se (para os dois anos mais recentes de transtorno depressivo persistente): 
• Com síndrome distímica pura: Não foram satisfeitos todos os critérios para um episódio 
depressivo maior pelo menos nos dois anos precedentes. 
• Com episódio depressivo maior persistente: Foram satisfeitos todos os critérios para um 
episódio depressivo maior durante o período precedente de dois anos. 
• Com episódios depressivos maiores intermitentes, com episódio atual: São satisfeitos 
atualmente todos os critérios para um episódio depressivo maior, mas houve períodos de 
pelo menos oito semanas pelo menos nos dois anos precedentes com sintomas abaixo do 
limiar para um episódio depressivo maior completo. 
• Com episódios depressivos maiores intermitentes, sem episódio atual: Não são satisfeitos 
atualmente todos os critérios para um episódio depressivo maior, mas houve um ou mais 
episódios depressivos maiores pelo menos nos dois anos precedentes. 
Especificar a gravidade atual: 
Leve 
Moderada 
Grave 
 
 
 
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TRANSTORNO DISFÓRICO PRÉ-MENSTRUAL – 625.4 (N94.3) 
Critérios diagnósticos 
A. Na maioria dos ciclos menstruais, pelo menos cinco sintomas devem estar presentes na semana 
final antes do início da menstruação, começar a melhorar poucos dias depois do início da 
menstruação e tornar-se mínimos ou ausentes na semana pós-menstrual. 
B. Um (ou mais) dos seguintes sintomas deve estar presente: 
1. Labilidade afetiva acentuada (p. ex., mudanças de humor; sentir-se repentinamente triste ou 
chorosa ou sensibilidadeaumentada à rejeição). 
2. Irritabilidade ou raiva acentuadas ou aumento nos conflitos interpessoais. 
3. Humor deprimido acentuado, sentimentos de desesperança ou pensamentos autodepreciativos. 
4. Ansiedade acentuada, tensão e/ou sentimentos de estar nervosa ou no limite. 
C. Um (ou mais) dos seguintes sintomas deve adicionalmente estar presente para atingir um total 
de cinco sintomas quando combinados com os sintomas do Critério B. 
1. Interesse diminuído pelas atividades habituais (p. ex., trabalho, escola, amigos, passatempos). 
2. Sentimento subjetivo de dificuldade em se concentrar. 
3. Letargia, fadiga fácil ou falta de energia acentuada. 
4. Alteração acentuada do apetite; comer em demasia; ou avidez por alimentos específicos. 
5. Hipersonia ou insônia. 
6. Sentir-se sobrecarregada ou fora de controle. 
7. Sintomas físicos como sensibilidade ou inchaço das mamas, dor articular ou muscular, sensação 
de “inchaço” ou ganho de peso. 
Nota: Os sintomas nos Critérios A-C devem ser satisfeitos para a maioria dos ciclos menstruais que 
ocorreram no ano precedente. 
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D. Os sintomas estão associados a sofrimento clinicamente significativo ou a interferência no 
trabalho, na escola, em atividades sociais habituais ou relações com outras pessoas (p. ex., esquiva 
de atividades sociais; diminuição da produtividade e eficiência no trabalho, na escola ou em casa). 
E. A perturbação não é meramente uma exacerbação dos sintomas de outro transtorno, como 
transtorno depressivo maior, transtorno de pânico, transtorno depressivo persistente (distimia) ou 
um transtorno da personalidade (embora possa ser concomitante a qualquer um desses 
transtornos). 
F. O Critério A deve ser confirmado por avaliações prospectivas diárias durante pelo menos dois 
ciclos sintomáticos. (Nota: O diagnóstico pode ser feito provisoriamente antes dessa confirmação.) 
G. Os sintomas não são consequência dos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de 
abuso, medicamento, outro tratamento) ou de outra condição médica (p. ex., hipertireoidismo). 
 
(TRT 3º REGIÃO – FCC - 2015) Segundo o Manual Diagnóstico 
e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM-5, a característica central do transtorno disruptivo 
da desregulação do humor é a: 
(A) irritabilidade crônica grave. 
(B) ansiedade intermitente generalizada moderada. 
(C) distimia leve permanente. 
(D) desesperança intensa e cíclica. 
(E) instabilidade alternada e profunda. 
COMENTÁRIOS: 
De acordo com o DSM-V, a característica central do transtorno disruptivo da desregulação do 
humor é a irritabilidade crônica grave. 
RESPOSTA: A. 
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3 – TRANSTORNO BIPOLAR E TRANSTORNOS RELACIONADOS – DSM V 
 O transtorno bipolar e transtornos relacionados são separados 
dos transtornos depressivos no DSM-5 e colocados entre os capítulos sobre transtornos do 
espectro da esquizofrenia e outros transtornos psicóticos e transtornos depressivos em virtude do 
reconhecimento de seu lugar como uma ponte entre as duas classes diagnósticas em termos de 
sintomatologia, história familiar e genética. 
Os diagnósticos inclusos neste capítulo são transtorno bipolar tipo I, transtorno bipolar tipo II, 
transtorno ciclotímico, transtorno bipolar e transtorno relacionado induzido por 
substância/medicamento, transtorno bipolar e transtorno relacionado devido a outra condição 
médica, outro transtorno bipolar e transtorno relacionado especificado e transtorno bipolar e outro 
transtorno relacionado não especificado. 
 
TRANSTORNO BIPOLAR TIPO I 
Critérios Diagnósticos 
Para diagnosticar transtorno bipolar tipo I, é necessário o preenchimento dos critérios a seguir para 
um episódio maníaco. O episódio maníaco pode ter sido antecedido ou seguido por episódios 
hipomaníacos ou depressivos maiores. 
Episódio Maníaco 
A. Um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável e 
aumento anormal e persistente da atividade dirigida a objetivos ou da energia, com duração mínima 
de uma semana e presente na maior parte do dia, quase todos os dias (ou qualquer duração, se a 
hospitalização se fizer necessária). 
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B. Durante o período de perturbação do humor e aumento da energia ou atividade, três (ou mais) 
dos seguintes sintomas (quatro se o humor é apenas irritável) estão presentes em grau significativo 
e representam uma mudança notável do comportamento habitual: 
1. Autoestima inflada ou grandiosidade. 
2. Redução da necessidade de sono (p. ex., sente-se descansado com apenas três horas de sono). 
3. Mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando. 
4. Fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos estão acelerados. 
5. Distratibilidade (i.e., a atenção é desviada muito facilmente por estímulos externos insignificantes 
ou irrelevantes), conforme relatado ou observado. 
6. Aumento da atividade dirigida a objetivos (seja socialmente, no trabalho ou escola, seja 
sexualmente) ou agitação psicomotora (i.e., atividade sem propósito não dirigida a objetivos). 
7. Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial para consequências dolorosas (p. 
ex., envolvimento em surtos desenfreados de compras, indiscrições sexuais ou investimentos 
financeiros insensatos). 
C. A perturbação do humor é suficientemente grave a ponto de causar prejuízo acentuado no 
funcionamento social ou profissional ou para necessitar de hospitalização a fim de prevenir dano a 
si mesmo ou a outras pessoas, ou existem características psicóticas. 
D. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, 
medicamento, outro tratamento) ou a outra condição médica. 
Nota: Um episódio maníaco completo que surge durante tratamento antidepressivo (p. ex., 
medicamento, eletroconvulsoterapia), mas que persiste em um nível de sinais e sintomas além do 
efeito fisiológico desse tratamento, é evidência suficiente para um episódio maníaco e, portanto, 
para um diagnóstico de transtorno bipolar tipo I. 
Nota: Os Critérios A-D representam um episódio maníaco. Pelo menos um episódio maníaco na vida 
é necessário para o diagnóstico de transtorno bipolar tipo I. 
 
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Episódio Hipomaníaco 
A. Um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável e 
aumento anormal e persistente da atividade ou energia, com duração mínima de quatro dias 
consecutivos e presente na maior parte do dia, quase todos os dias. 
B. Durante o período de perturbação do humor e aumento de energia e atividade, três (ou mais) dos 
seguintes sintomas (quatro se o humor é apenas irritável) persistem, representam uma mudança 
notável em relação ao comportamento habitual e estão presentes em grau significativo: 
1. Autoestima inflada ou grandiosidade. 
2. Redução da necessidadede sono (p. ex., sente-se descansado com apenas três horas de sono). 
3. Mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando. 
4. Fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos estão acelerados. 
5. Distratibilidade (i.e., a atenção é desviada muito facilmente por estímulos externos insignificantes 
ou irrelevantes), conforme relatado ou observado. 
6. Aumento da atividade dirigida a objetivos (seja socialmente, no trabalho ou escola, seja 
sexualmente) ou agitação psicomotora. 
7. Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial para consequências dolorosas (p. 
ex., envolvimento em surtos desenfreados de compras, indiscrições sexuais ou investimentos 
financeiros insensatos). 
C. O episódio está associado a uma mudança clara no funcionamento que não é característica do 
indivíduo quando assintomático. 
D. A perturbação do humor e a mudança no funcionamento são observáveis por outras pessoas. 
E. O episódio não é suficientemente grave a ponto de causar prejuízo acentuado no funcionamento 
social ou profissional ou para necessitar de hospitalização. Existindo características psicóticas, por 
definição, o episódio é maníaco. 
F. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, 
medicamento, outro tratamento). 
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Nota: Um episódio hipomaníaco completo que surge durante tratamento antidepressivo (p. ex., 
medicamento, eletroconvulsoterapia), mas que persiste em um nível de sinais e sintomas além do 
efeito fisiológico desse tratamento, é evidência suficiente para um diagnóstico de episódio 
hipomaníaco. Recomenda-se, porém, cautela para que 1 ou 2 sintomas (principalmente aumento da 
irritabilidade, nervosismo ou agitação após uso de antidepressivo) não sejam considerados 
suficientes para o diagnóstico de episódio hipomaníaco nem necessariamente indicativos de uma 
diátese bipolar. 
Nota: Os Critérios A-F representam um episódio hipomaníaco. Esses episódios são comuns no 
transtorno bipolar tipo I, embora não necessários para o diagnóstico desse transtorno. 
 
Episódio Depressivo Maior 
A. Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estiveram presentes 
durante o mesmo período de duas semanas e representam uma mudança em relação ao 
funcionamento anterior; pelo menos um dos sintomas é 
(1) humor deprimido ou 
(2) perda de interesse ou prazer. 
Nota: Não incluir sintomas que sejam claramente atribuíveis a outra condição médica. 
1. Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, conforme indicado por relato 
subjetivo (p. ex., sente-se triste, vazio ou sem esperança) ou por observação feita por outra pessoa 
(p. ex., parece choroso). (Nota: Em crianças e adolescentes, pode ser humor irritável.) 
2. Acentuada diminuição de interesse ou prazer em todas, ou quase todas, as atividades na maior 
parte do dia, quase todos os dias (conforme indicado por relato subjetivo ou observação feita por 
outra pessoa). 
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3. Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta (p. ex., mudança de mais de 5% do 
peso corporal em um mês) ou redução ou aumento no apetite quase todos os dias. (Nota: Em 
crianças, considerar o insucesso em obter o ganho de peso esperado.) 
4. Insônia ou hipersonia quase diária. 
5. Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias (observável por outras pessoas; não 
meramente sensações subjetivas de inquietação ou de estar mais lento). 
6. Fadiga ou perda de energia quase todos os dias. 
7. Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada (que podem ser delirantes) quase 
todos os dias (não meramente autorrecriminação ou culpa por estar doente). 
8. Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou indecisão quase todos os dias (por relato 
subjetivo ou observação feita por outra pessoa). 
9. Pensamentos recorrentes de morte (não somente medo de morrer), ideação suicida recorrente 
sem um plano específico, tentativa de suicídio ou plano específico para cometer suicídio. 
B. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, 
profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. 
C. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a outra condição médica. 
Nota: Os Critérios A-C representam um episódio depressivo maior. Esse tipo de episódio é comum 
no transtorno bipolar tipo I, embora não seja necessário para o diagnóstico desse transtorno. 
Nota: Respostas a uma perda significativa (p. ex., luto, ruína financeira, perdas por desastre natural, 
doença médica grave ou incapacidade) podem incluir sentimentos de tristeza intensos, ruminação 
acerca da perda, insônia, falta de apetite e perda de peso observados no Critério A, que podem se 
assemelhar a um episódio depressivo. Embora tais sintomas possam ser entendidos ou considerados 
apropriados à perda, a presença de um episódio depressivo maior, além da resposta normal a uma 
perda significativa, deve ser também cuidadosamente considerada. Essa decisão exige 
inevitavelmente exercício do juízo clínico, baseado na história do indivíduo e nas normas culturais 
para a expressão de sofrimento no contexto de uma perda. 
 
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Especificar: 
• Com sintomas ansiosos 
• Com características mistas 
• Com ciclagem rápida 
• Com características melancólicas 
• Com características atípicas 
• Com características psicóticas congruentes com o humor 
• Com características psicóticas incongruentes com o humor 
• Com catatonia 
 
TRANSTORNO BIPOLAR TIPO II – 296.89 (F31.81) 
Para diagnosticar transtorno bipolar tipo II, é necessário o preenchimento dos critérios a seguir para 
um episódio hipomaníaco atual ou anterior e os critérios a seguir para um episódio depressivo 
maior atual ou anterior: 
Episódio Hipomaníaco 
A. Um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável e 
aumento anormal e persistente da atividade ou energia, com duração de pelo menos quatro dias 
consecutivos e presente na maior parte do dia, quase todos os dias. 
B. Durante o período de perturbação do humor e aumento da energia e atividade, três (ou mais) dos 
seguintes sintomas (quatro se o humor é apenas irritável) persistem, representam uma mudança 
notável em relação ao comportamento habitual e estão presentes em grau significativo: 
1. Autoestima inflada ou grandiosidade. 
2. Redução da necessidade de sono (p. ex., sente-se descansado com apenas três horas de sono). 
3. Mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando. 
4. Fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos estão acelerados. 
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5. Distratibilidade (i.e., a atenção é desviada muito facilmente por estímulos externos insignificantes 
ou irrelevantes), conforme relatado ou observado.6. Aumento da atividade dirigida a objetivos (seja socialmente, no trabalho ou escola, seja 
sexualmente) ou agitação psicomotora. 
7. Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial para consequências dolorosas (p. 
ex., envolvimento em surtos desenfreados de compras, indiscrições sexuais ou investimentos 
financeiros insensatos). 
C. O episódio está associado a uma mudança clara no funcionamento que não é característica do 
indivíduo quando assintomático. 
D. A perturbação no humor e a mudança no funcionamento são observáveis por outras pessoas. 
E. O episódio não é suficientemente grave a ponto de causar prejuízo acentuado no funcionamento 
social ou profissional ou para necessitar de hospitalização. Existindo características psicóticas, por 
definição, o episódio é maníaco. 
F. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, 
medicamento ou outro tratamento). 
Nota: Um episódio hipomaníaco completo que surge durante tratamento antidepressivo (p. ex., 
medicamento, eletroconvulsoterapia), mas que persiste em um nível de sinais e sintomas além do 
efeito fisiológico desse tratamento, é evidência suficiente para um diagnóstico de episódio 
hipomaníaco. Recomenda-se, porém, cautela para que 1 ou 2 sintomas (principalmente aumento da 
irritabilidade, nervosismo ou agitação após uso de antidepressivo) não sejam considerados 
suficientes para o diagnóstico de episódio hipomaníaco nem necessariamente indicativos de uma 
diátese bipolar. 
Episódio Depressivo Maior . 
Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas estiveram presentes durante o mesmo período de duas 
semanas e representam uma mudança em relação ao funcionamento anterior; pelo menos um dos 
sintomas é (1) humor deprimido ou (2) perda de interesse ou prazer. 
Nota: Não incluir sintomas que sejam claramente atribuíveis a outra condição médica. 
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1. Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, conforme indicado por relato 
subjetivo (p. ex., sente-se triste, vazio ou sem esperança) ou por observação feita por outra pessoa 
(p. ex., parece choroso). (Nota: Em crianças e adolescentes, pode ser humor irritável.) 
2. Acentuada diminuição de interesse ou prazer em todas, ou quase todas, as atividades na maior 
parte do dia, quase todos os dias (conforme indicado por relato subjetivo ou observação). 
3. Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta (p. ex., mudança de mais de 5% do 
peso corporal em um mês) ou redução ou aumento no apetite quase todos os dias. (Nota: Em 
crianças, considerar o insucesso em obter o peso esperado.) 
4. Insônia ou hipersonia quase diária. 
5. Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias (observável por outras pessoas; não 
meramente sensações subjetivas de inquietação ou de estar mais lento). 
6. Fadiga ou perda de energia quase todos os dias. 
7. Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada (que podem ser delirantes) quase 
todos os dias (não meramente autorrecriminação ou culpa por estar doente). 
8. Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou indecisão quase todos os dias (por relato 
subjetivo ou observação feita por outra pessoa). 
9. Pensamentos recorrentes de morte (não somente medo de morrer), ideação suicida recorrente 
sem um plano específico, tentativa de suicídio ou plano específico para cometer suicídio. 
B. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, 
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C. O episódio não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância ou outra condição médica. 
Nota: Os Critérios A-C representam um episódio depressivo maior. 
Nota: Respostas a uma perda significativa (p. ex., luto, ruína 
financeira, perdas por desastre natural, doença médica grave ou incapacidade) podem incluir 
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sentimentos de tristeza intensos, ruminação acerca da perda, insônia, falta de apetite e perda de 
peso observados no Critério A, que podem se assemelhar a um episódio depressivo. Embora tais 
sintomas possam ser entendidos ou considerados apropriados à perda, a presença de um episódio 
depressivo maior, além da resposta normal a uma perda significativa, deve ser também 
cuidadosamente considerada. Essa decisão exige inevitavelmente exercício de juízo clínico, baseado 
na história do indivíduo e nas normas culturais para a expressão de sofrimento no contexto de uma 
perda. 
 
Transtorno Bipolar Tipo II 
A. Foram atendidos os critérios para pelo menos um episódio hipomaníaco (Critérios A-F em 
“Episódio Hipomaníaco” descritos anteriormente). 
B. Jamais houve um episódio maníaco. 
C. A ocorrência do(s) episódio(s) hipomaníaco(s) e depressivo(s) maior(es) não é mais bem explicada 
por transtorno esquizoafetivo, esquizofrenia, transtorno esquizofreniforme, transtorno delirante, 
outro transtorno do espectro da esquizofrenia e outro transtorno psicótico especificado ou 
transtorno do espectro da esquizofrenia e outro transtorno psicótico não especificado. 
D. Os sintomas de depressão ou a imprevisibilidade causada por alternância frequente entre 
períodos de depressão e hipomania causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no 
funcionamento social, profissional ou em outra área importante da vida do indivíduo. 
 
TRANSTORNO CICLOTÍMICO – 301.13 (F34.0) 
Critérios diagnósticos 
A. Por pelo menos dois anos (um ano em crianças e adolescentes), presença de vários períodos com 
sintomas hipomaníacos que não satisfazem os critérios para episódio hipomaníaco e vários períodos 
com sintomas depressivos que não satisfazem os critérios para episódio depressivo maior. 
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B. Durante o período antes citado de dois anos (um ano em crianças e adolescentes), os períodos 
hipomaníaco e depressivo estiveram presentes por pelo menos metade do tempo, e o indivíduo não 
permaneceu sem os sintomas por mais que dois meses consecutivos. 
C. Os critérios para um episódio depressivo maior, maníaco ou hipomaníaco nunca foram 
satisfeitos. 
D. Os sintomas do Critério A não são mais bem explicados por transtorno esquizoafetivo, 
esquizofrenia, transtorno esquizofreniforme, transtorno delirante, outro transtorno do espectro da 
esquizofrenia e outro transtorno psicótico especificado ou transtorno espectro da esquizofrenia e 
outro transtorno fisiológico não especificado. 
E. Os sintomas não são atribuíveis aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, 
medicamento) ou a outra condição médica (p. ex., hipertireoidismo). 
F. Os sintomas causam sofrimento ou prejuízo clinicamente significativo no funcionamento social, 
profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. 
Especificar se: Com sintomas ansiosos. 
 
 
(STJ – CESPE – 2012) A ciclotimia consiste em um transtorno 
do humor bipolar cujos sintomas incluem fortes surtos de hipomania e quadros depressivos 
leves. 
COMENTÁRIOS: 
INCORRETA. A ciclotimia tem períodos oscilantes de sintomas de hipomania e de sintomas 
depressivos, não de quadros depressivos leves.Marina Beccalli
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4 – TRANSTORNOS DE ANSIEDADE – CID - 10 
 
No CID-10, fazem parte da categoria diagnóstica F40-F48 Transtornos Neuróticos, 
Transtornos Relacionados com o Stress e Transtornos Somatoformes. 
 
4.1 – TRANSTORNOS FÓBICOS-ANSIOSOS – F40 
Nesse grupo de transtornos, a ansiedade é desencadeada exclusiva 
ou principalmente por situações determinadas que não apresentam, no entanto, nenhum perigo 
real. As situações são evitadas ou vivenciadas com muita ansiedade e medo. Envolvem sintomas 
como palpitações, impressão de desmaio, medo de morrer, perda do autocontrole ou medo de ficar 
louco. A simples evocação de uma situação fóbica desencadeia em geral ansiedade antecipatória. 
A ansiedade fóbica geralmente está ligada a uma depressão. 
 
AGORAFOBIA – F40.0: Fobias ligadas ao medo de deixar a própria 
casa, medo de lojas, medo de multidões e de locais públicos, medo de viajar sozinho em avião ou 
ônibus. É comum que ocorram ataques de pânico simultaneamente aos episódios de agorafobia, 
podendo estar presentes também sintomas depressivos, obsessivos ou fobias sociais. Para evitar o 
medo e a ansiedade, muitos indivíduos têm condutas de evitação das situações que geram a fobia. 
 
FOBIAS SOCIAIS – F40.1: Medo de ser observado atentamente por outros, o que faz com que o 
indivíduo evite situações sociais em que se sinta exposto e observado. As formas mais graves geram 
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perda da autoestima e o indivíduo fica com muito medo de ser criticado. Os sintomas podem 
envolver tremor nas mãos, náuseas, vontade urgente de urinar, podendo os sintomas evoluir para 
um ataque de pânico. 
 
FOBIAS ESPECÍFICAS – F40.2: Fobias ligadas a situações extremamente específicas, como certos 
animais, locais altos, escuridão, andar de avião, espaços fechados, usar banheiros públicos, ver 
sangue, trovões, etc. Mesmo que a situação não cause nenhum perigo ou dano real, o contato do 
indivíduo com ela pode gerar um ataque de pânico. 
 
4.2 – OUTROS TRANSTORNOS ANSIOSOS – F41 
São manifestações ansiosas que não são desencadeadas somente pelo contato com uma situação 
específica. Podem surgir sintomas depressivos ou obsessivos. 
 
TRANSTORNO DE PÂNICO (ANSIEDADE PAROXÍSTICA EPISÓDICA) – 
F41.0: Ataques recorrentes de uma ansiedade grave (ataques de pânico) que não são 
desencadeados somente em uma situação específica, constituindo fatos imprevisíveis. Os sintomas 
envolvem palpitações bem fortes e dores torácicas, sensações de asfixia, tonturas e sentimentos de 
irrealidade (despersonalização ou desrealização). Há também um medo secundário de morrer, de 
perder o controle de si ou de ficar louco. O diagnóstico principal de transtorno de pânico não deve 
ser feito quando o sujeito também tem um transtorno depressivo, pois os ataques de pânico são, 
geralmente, ligados à depressão. 
 
ANSIEDADE GENERALIZADA – F41.1: Ansiedade generalizada e persistente que não ocorre em 
situação específica, sendo a ansiedade flutuante e oscilante. Envolve sintomas de nervosismo 
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persistente, tremores, tensão muscular, transpiração, sensação de vazio, palpitações, tonturas. O 
indivíduo também tem medo de ficar doente ou sofrer um acidente, ou de que isso vá ocorrer em 
breve com seus parentes. 
 
TRANSTORNO MISTO ANSIOSO E DEPRESSIVO – F41.2: O indivíduo apresenta sintomas ansiosos e 
depressivos, sem predominância de algum e sem que a intensidade deles seja forte suficiente para 
caracterizar um diagnóstico isolado. Quando os sintomas estão simultaneamente presentes e são 
fortes suficientes, deve-se fazer diagnósticos isolados e não o diagnóstico misto ansioso e 
depressivos (F41.2). 
 
OUTROS TRANSTORNOS ANSIOSOS MISTOS – F41.3: Sintomas ansiosos mistos que podem ser 
acompanhados de outras características de outros transtornos, mas nenhum sintoma é 
suficientemente grave para gerar diagnósticos isolados. 
 
4.3 – TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO – F42 
Ideias obsessivas ou comportamentos compulsivos recorrentes, 
sendo as ideais obsessivas pensamentos, representações ou impulsos que “invadem” a consciência 
do sujeito de modo repetitivo e estereotipado. Causam perturbações para o indivíduo, que 
geralmente tenta resistir a elas sem sucesso. O indivíduo reconhece que se trata de seus 
pensamentos, mas que escapam à sua vontade e ao seu controle, trazendo em geral desprazer e 
angústia. 
Os comportamentos e rituais compulsivos são atividades estereotipadas e feitas de maneira 
repetitiva. Não são tarefas úteis por si mesmas e nem causem prazer direto ao sujeito. O 
comportamento compulsivo seria feito no intuito de prevenir contra algum evento que na verdade 
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é bem improvável de acontecer, mas acaba causando danos ao sujeito ou a outros. O sujeito 
consegue reconhecer, geralmente, o absurdo e o sem sentido e propósito de seu comportamento, 
e inclusive tenta resistir a ele. O transtorno gera ansiedade, principalmente quando o indivíduo tenta 
resistir à atividade compulsiva. 
 
TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO COM PREDOMINÂNCIA DE IDEIAS OU DE RUMINAÇÕES 
OBSESSIVAS – F42.0: Podem ser pensamentos, imagens mentais ou impulsos para agir, que 
geralmente trazem angústia para o sujeito. Podem ser também hesitações intermináveis diante de 
opções, gerando incapacidade para tomar decisões cotidianas. O diagnóstico desse transtorno deve 
ser feito quando não há também uma síndrome depressiva. 
 
TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO COM PREDOMINÂNCIA DE COMPORTAMENTOS 
COMPULSIVOS (RITUAIS OBSESSIVOS) – F42.1: Envolve, geralmente, atos ligados à limpeza (como 
lavar as mãos) ou um desejo excessivo de ordem. Por trás do comportamento aparente, existe um 
medo e a atividade do ritual seria uma forma mal-sucedida ou simbólica de evitar o perigo. 
 
(UE/PA – PROGRAD/DAA – 2014) O paciente com transtorno 
obsessivo-compulsivo (TOC) apresenta: 
(A) pensamentos agradáveis não recorrentes que não o levem a realizar rituais no seu 
comportamento, que podem durar a vida toda. 
(B) pensamentos desagradáveis não recorrentes que o levem a realizar rituais no seu 
comportamento, que podem durar a vida toda. 
(C) pensamentos agradáveis recorrentes que o levem a realizar rituais no seu comportamento, 
que podem durar a vida toda. 
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(D) pensamentos desagradáveis recorrentes que o levem a realizar rituais no seu 
comportamento, que podem durar a vida toda. 
(E) pensamentos agradáveis recorrentes que não o levem a realizar rituais no seu 
comportamento, que podem durar a vida toda. 
 
COMENTÁRIOS: 
(A) INCORRETA. O TOC tem como característica pensamentosdesagradáveis e recorrentes. 
(B) INCORRETA. Os pensamentos são desagradáveis e recorrentes. 
(C) INCORRETA. Os pensamentos são desagradáveis e recorrentes. 
(D) CORRETA. De acordo com os sintomas do TOC. 
(E) INCORRETA. Os pensamentos são desagradáveis e recorrentes. 
 
4.4 – REAÇÃO AO STRESS GRAVE E TRANSTORNOS DE ADAPTAÇÃO – F43 
Deve-se observar dois fatores: se há um acontecimento 
especificamente estressante que gera uma reação de stress aguda ou uma alteração 
particularmente marcante na vida do sujeito, que tem consequências desagradáveis e duradouras 
que levam a um transtorno de adaptação. Os fatores psicossociais não são nem essenciais e nem 
suficientes para explicar a ocorrência e a natureza do transtorno, pois os transtornos reunidos sob 
o código de F43 são consequências diretas de um stress agudo ou de um trauma persistente, que 
seriam o fator causal primário e essencial, sem o qual o transtorno não teria ocorrido. Sendo assim, 
esses transtornos são considerados respostas inadaptadas a um stress grave ou persistente, pois 
geram prejuízos para o funcionamento social. 
 
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REAÇÃO AGUDA AO STRESS – F43.0: Transtorno transitório que se apresenta em indivíduo que não 
possui nenhum outro transtorno mental, como consequência a um stress físico e/ou psíquico 
excepcional, e que desaparece geralmente em algumas horas ou dias. A gravidade da reação é 
influenciada por vulnerabilidades individuais e pela capacidade do sujeito em lidar com traumas. O 
indivíduo geralmente apresenta dificuldade para manter a atenção ou para integrar estímulos e uma 
certa desorientação. Pode gerar também um distanciamento do indivíduo em relação ao ambiente 
ou uma agitação com hiperatividade (reação de fuga). Pode trazer também ansiedade de pânico, 
taquicardia, transpiração, ondas de calor. Os sintomas aparecem logo depois à exposição ao 
estímulo estressante e desaparecem frequentemente em algumas horas ou dias. Quando os 
sintomas persistem, deve-se considerar uma mudança no diagnóstico. 
 
ESTADO DE STRESS PÓS-TRAUMÁTICO – F43.1: seria uma resposta 
atrasada a uma situação ou evento estressante (de curta ou longa duração), de natureza 
ameaçadora ou catastrófica que provocaria sintomas de perturbação na maioria dos indivíduos 
saudáveis. Os sintomas envolvem a revivescência repetida do evento traumático através de 
lembranças invasivas, flashbacks, sonhos ou pesadelos. Causam “anestesia psíquica”, embotamento 
emocional, retraimento em relação aos outros, insensibilidade ao ambiente, anedonia, evitação de 
tudo que pode lembrar o trauma. Pode gerar também hiperatividade, hipervigilância, estado de 
alerta, insônia, ansiedade, depressão ou ideação suicida. 
 
TRANSTORNO DE AJUSTAMENTO – F43.2: Estado de sofrimento e de perturbação emocional 
subjetivos, que atrapalham o desempenho social, constituindo um período de adaptação a uma 
mudança existencial importante ou a um acontecimento estressante. O fator de stress pode ser um 
luto, experiências de separação, imigração, estado de refugiado, crise no desenvolvimento, 
nascimento de um filho, aposentadoria, algum fracasso. Os sintomas envolvem humor depressivo, 
ansiedade, inquietude, sentimento de incapacidade de enfrentar a situação atual. Pode haver uma 
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reação depressiva ou perturbação nas emoções e condutas, podendo gerar transtornos de conduta, 
principalmente em adolescentes. 
 
4.5 – TRANSTORNOS DISSOCIATIVOS (DE CONVERSÃO) – F44 
Os transtornos dissociativos ou de conversão provocam perda 
parcial ou completa das funções normais de integração das lembranças, da consciência, da 
identidade e das sensações imediatas e do controle dos movimentos corporais. Tendem a 
desaparecer depois de algumas semanas ou meses, mas pode evoluir para transtornos mais 
crônicos, como paralisias ou anestesias. No passado, esses transtornos eram chamados de “histeria 
de conversão”. São considerados psicogênicos, pois estão ligados temporalmente a eventos 
traumáticos, problemas insolúveis e insuportáveis ou relações interpessoais difíceis. Quando é feito 
um exame médico e fisiológico, não fica evidenciado um transtorno físico ou neurológico. A perda 
de função seria a expressão de um conflito ou de uma necessidade psíquica. O transtorno causa 
alterações nas funções físicas que normalmente se pode controlar voluntariamente ou pode 
provocar também perda nas sensações corporais. 
 
AMNÉSIA DSSOCIATIVA – F44.0: Perda da memória, associada a acontecimentos importantes 
recentes e não a um transtorno mental orgânico. É mais frequente que seja parcial e seletiva. O 
diagnóstico não deve ocorrer quando há intoxicação, fadiga extrema ou transtorno mental orgânico. 
 
FUGA DISSOCIATIVA – F44.1: Além das características da amnésia dissociativa, há um deslocamento 
motivado maior que o habitual. 
 
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ESTUPOR DISSOCIATIVO – F44.2: Há uma diminuição grande ou uma ausência dos movimentos 
voluntários e da reatividade normal a estímulos externos, como a luz, os ruídos, tato, sem que os 
exames médicos apontem para causas físicas. Pode-se apontar uma origem psicogênica do 
transtorno, ligada a eventos ou problemas estressantes recentes. 
 
ESTADOS DE TRANSE E DE POSSESSÃO – F44.3: Perda transitória da consciência de sua própria 
identidade, mas havendo perfeita consciência do meio ambiente. São os estados de transe 
involuntários e não desejados, excluídas as situações de contexto cultural ou religioso do sujeito. 
 
TRANSTORNOS DISSOCIATIVOS DO MOVIMENTO – F44.4: Perda da capacidade de mover uma parte 
ou a totalidade do membro ou dos membros. 
 
CONVULSÕES DISSOCIATIVAS – F44.5: Os movimentos podem se assemelhar a uma crise epiléptica, 
mas é raro que ocorra mordedura de língua, ferimentos por queda e incontinência de urina. A 
consciência permanece preservada ou é substituída por um estado de estupor ou transe. 
 
ANESTESIA E PERDA SENSORIAL DISSOCIATIVAS – F44.6: Perda de um tipo de sensibilidade, com 
conservação de outras sensibilidades, não correspondendo a nenhuma lesão neurológica. A perda 
de sensibilidade pode ser acompanhada por parestesias, mas as perdas da visão e da audição são 
raras. 
 
4.6 – TRANSTORNOS SOMATOFORME – F45 
Presença repetida de sintomas físicos associados a uma busca persistente por ajuda 
médica, mesmo quando os médicos não encontram nada de anormal e consideram que 
os sintomas não são orgânicos. 
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TRANSTORNO DE SOMATIZAÇÃO – F45.0: Presença de sintomas físicos, múltiplos, recorrentes e 
variáveis no tempo, que persistem por pelo menos dois anos. Os sintomas podem estar relacionados 
a qualquer parte do corpo e o curso da doença é crônico e flutuante, se associando a uma alteração 
do comportamento social, interpessoal e familiar. Quando o transtorno dura menos de dois anos ou 
quando estão presentes sintomasmenos evidentes, deve-se usar o diagnóstico de transtorno 
somatoforme indiferenciado (F45.1). 
 
TRANSTORNO SOMATOFORME INDIFERENCIADO – F45.1: Queixas somatoformes múltiplas, 
variáveis no tempo e persistentes, mas não são o quadro clínico completo e típico de um transtorno 
de somatização. 
 
TRANSTORNO HIPOCONDRÍACO – F45.2: Preocupação constante com a presença de um ou de 
vários transtornos somáticos graves e progressivos. Os indivíduos apresentam queixas somáticas 
persistentes ou uma preocupação duradoura com sua aparência física. Sensações e sinais físicos 
normais ou banais são vistos pelo sujeito como anormais ou graves. A atenção do sujeito se 
concentra em um ou dois órgãos. Pode surgir também depressão e ansiedade, que podem justificar 
um outro diagnóstico. 
 
TRANSTORNO NEUROVEGETATIVO SOMATOFORME – F45.3: O sujeito acredita que seus sintomas 
estão ligados a um transtorno somático de um sistema ou de um órgão inervado e controlado pelo 
sistema neurovegetativo: sistema cardiovascular, gastrointestinal, respiratório e urogenital. Os 
sintomas podem envolver queixas de um hiperfuncionamento neurovegetativo, como palpitações, 
transpiração, ondas de calor ou frio, tremores, medos de doenças físicas ou podem ser queixas 
subjetivas inespecíficas e variáveis, como dores e sofrimentos, sensações de aperto ou inchaço 
ligadas a um órgão específico. 
 
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TRANSTORNO DOLOROSO SOMATOFORME PERSISTENTE – F45.4: Queixa sobre uma dor 
persistente, intensa e angustiante, que não é explicada fisiologicamente ou fisicamente e que ocorre 
em um contexto de conflitos emocionais, o que permite pensar que esses conflitos sejam a causa 
primária do transtorno. Ocorre uma maior atenção, suporte e assistência na vida do indivíduo, quer 
seja por familiares ou pessoas próximas, quer seja por médicos. 
 
OUTROS TRANSTORNOS SOMATOFORMES – F45.8: Todos os outros transtornos que envolvem 
sensações, funções e comportamentos não devidos a um transtorno físico e que não estão sob a 
influência do sistema neurovegetativo, que se relacionam a sistemas ou partes do corpo específicos, 
ocorrendo em uma relação temporal com eventos ou problemas estressantes. 
 
NEURASTENIA – F48.0: Existem dois tipos principais. No primeiro, há uma queixa relacionada a uma 
maior fadiga após esforços mentais, que gera diminuição do desempenho profissional e da 
capacidade para realizar atividades cotidianas. A fadiga mental está relacionada com a intrusão 
desagradável de lembranças que distraem, atrapalham a concentração. Já no segundo tipo, ocorrem 
sensações de fraqueza corporal o física e sentimento de esgotamento após mínimos esforços, com 
sensações de dores musculares e muito dificuldade para relaxar. Nos dois tipos, há outras sensações 
físicas como vertigens, sensação de instabilidade global, cefaleias. Geram também irritabilidade, 
anedonia, depressão, podendo também perturbar o sono. 
 
SÍNDROME DE DESPERSONALIZAÇÃO – DESREALIZAÇÃO – F48.1: Transtorno raro em que o 
paciente sente sua atividade mental, seu corpo e seu ambiente como irreais, distantes ou 
“robotizados”. Os sujeitos queixam-se sobre perda das emoções, sensação de estranheza ou 
desligamento de seus pensamentos, sentido como automáticos. Há também um estranhamento do 
corpo ou mundo real. As faculdades sensoriais estão normais bem como suas capacidades de 
expressão emocional. Podem ocorrer em transtornos esquizofrênicos, depressivos, fóbicos ou 
obsessivos-compulsivos, casos em que se deve fazer diagnósticos separados. 
 
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(TRF 2º REGIÃO – CONSULPLAN – 2017) Ellen fica tonta e nauseada 
no fim da tarde – pouco antes da hora do marido chegar em casa. O seu médico e o neurologista 
para o qual foi encaminhada não conseguiram identificar uma causa física. Eles suspeitam que os 
sintomas de Ellen tenham uma origem psicológica inconsciente, possivelmente desencadeada por 
seus sentimentos mistos pelo seu marido. Assinale a alternativa acerca do diagnóstico de Ellen. 
 
(A) síndrome do pânico. 
(B) transtorno de humor. 
(C) transtorno somatoforme. 
(D) transtorno de ansiedade generalizada. 
 
COMENTÁRIOS: 
De acordo com o CID-10, a presença repetida de sintomas físicos associados a uma busca persistente 
por ajuda médica, mesmo quando os médicos não encontram nada de anormal e consideram que 
os sintomas não são orgânicos caracterizam o transtorno somatoforme. 
RESPOSTA: C. 
 
 
 
 
 
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5 – TRANSTORNOS DE ANSIEDADE – DSM 5 
Os transtornos de ansiedade incluem transtornos que compartilham 
características de medo e ansiedade excessivos e perturbações comportamentais relacionados. 
Medo é a resposta emocional a ameaça iminente real ou percebida, enquanto ansiedade é a 
antecipação de ameaça futura. 
Obviamente, esses dois estados se sobrepõem, mas também se diferenciam, com o medo sendo 
com mais frequência associado a períodos de excitabilidade autonômica aumentada, necessária 
para luta ou fuga, pensamentos de perigo imediato e comportamentos de fuga, e a ansiedade sendo 
mais frequentemente associada a tensão muscular e vigilância em preparação para perigo futuro e 
comportamentos de cautela ou esquiva. Às vezes, o nível de medo ou ansiedade é reduzido por 
comportamentos constantes de esquiva. 
Os ataques de pânico se destacam dentro dos transtornos de ansiedade como um tipo particular de 
resposta ao medo. Não estão limitados aos transtornos de ansiedade e também podem ser vistos 
em outros transtornos mentais. Os transtornos de ansiedade diferem entre si nos tipos de objetos 
ou situações que induzem medo, ansiedade ou comportamento de esquiva e na ideação cognitiva 
associada. 
Assim, embora os transtornos de ansiedade tendam a ser altamente comórbidos entre si, podem 
ser diferenciados pelo exame detalhado dos tipos de situações que são temidos ou evitados e pelo 
conteúdo dos pensamentos ou crenças associados. 
Os transtornos de ansiedade se diferenciam do medo ou da ansiedade adaptativos por serem 
excessivos ou persistirem além de períodos apropriados ao nível de desenvolvimento. Eles diferem 
do medo ou da ansiedade provisórios, com frequência induzidos por estresse, por serem 
persistentes (p. ex., em geral durando seis meses ou mais), embora o critério para a duração seja 
tido como um guia geral, com a possibilidade de algum grau de flexibilidade, sendo às vezes de 
duração mais curta em crianças (como no transtorno de ansiedade de separação e no mutismo 
seletivo). 
Marina Beccalli
Aula 03
Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura de Governador Valadares (Psicólogo) - Pós-Edital
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06623739955 - Viviane Martinello
Prof. Marina Beccalli 
Aula 05 
 
 
 
 
PSICOLOGIA 
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Como os indivíduos com transtornos de ansiedade em geral superestimam o perigo nas situações 
que temem ou evitam, a determinação primária do quanto o medo ou a ansiedade são excessivos 
ou fora de proporção é feita pelo clínico, levando em conta fatores contextuais culturais. Muitos dos 
transtornos de ansiedade se desenvolvem na infância

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