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Yara da Paz Rocha Resolução do caso apresentado na disciplina Habilidades de Liderança São Paulo 2020 Sugestão de um novo modelo de desenvolvimento gerencial Durante o processo de expansão da Chocolate Forever, o diretor executivo da empresa, Donald Rios, anunciou o seu desligamento. Por esse motivo, a empresa decidiu implantar um planejamento sucessório no âmbito do programa de desenvolvimento gerencial que já existe na empresa. Antes de deixar o cargo, o Sr. Donald Rios contratou a SX Consultoria para realizar uma análise global da empresa, que entregou um relatório baseado na matriz SWOT, onde destacou os pontos fortes, fracos, as oportunidades, e as ameaças. Com isso, foi possível identificar seis fraquezas que precisarão ser tratadas nesse primeiro momento: 1. A falta de planejamento de sucessão; 2. Problemas de relacionamentos entre as equipes de diferentes áreas; 3. Deficiências de desenvolvimento no corpo gerencial, no que se refere as habilidades e atitudes; 4. Dificuldade de que os funcionários tenham uma visão holística de seu trabalho; 5. Autonomia reduzida das equipes; 6. Dificuldades de planejamento estratégico frente a expansão de sua produção. Portanto, nessa nova fase, a Chocolate Forever pode aplicar o estilo de liderança compartilhada, usando a ideia dos autores Sobral e Furtado (2019). Começando, assim, a realizar o seu planejamento e sucessão. Dessa forma, a empresa deixa de centralizar as responsabilidades em uma única pessoa, e passa a compartilhá-las com, talvez, um grupo de diretores. Com isso, a empresa deixa de ser dependente, e quando algum executivo decidir sair da companhia para traçar novos caminhos o grupo poderá escolher um sucessor através do programa de desenvolvimento gerencial da empresa - que antes de chegar nesse nível precisa de mudanças para conseguir formar bons líderes. Vale mencionar que na descrição do caso, foi citado que os colaboradores da empresa do nível gerencial possuem amplo conhecimento dos processos de trabalho desenvolvidos na companhia, e dominam suas áreas em termos técnicos - visto que estão na empresa há um certo tempo. Por esse motivo, o programa de desenvolvimento gerencial da empresa precisa buscar desenvolver o “lado líder” de seus colaboradores, ensinando-os o momento certo de utilizar cada método de liderança, além de oportunidade de desenvolver uma cultura de liderança coach, como exemplificado por Escorsin e Walger (2017). Para capacitar um líder cada vez mais moderno, como citado pelos autores acima, o programa da empresa precisa além de focar nas hard skills, como por exemplo, finanças, contabilidade e estratégia, precisa também focar nas soft skills, que os capacita para lidar com o outro, ou seja, habilidades de comunicação, trabalho em equipe, resolução de conflitos e entre outros, além de frequentemente realizar workshops para falar de assuntos como inteligência emocional, empatia e autoconhecimento. Vale ressaltar, também, que a empresa precisa nesse momento de líderes transformacionais que, como citado por Escorsin e Walger (2017), possuem o potencial de revitalizar as organizações que estão em processo de mudança, além de estimular os funcionários e fazer com que eles se dediquem ao máximo. Reafirmando essa ideia, Sobral e Peci (2013) dizem que o líder transformacional é definido por sua habilidade especial para realizar mudanças. O IBC Coaching (2019) cita que esse tipo de liderança estimula a alta performance de seu time, pautando-se em influência, inspiração, exemplo e motivação. Seus pilares são fundamentados na confiança, respeito, colaboração e comprometimento. Além disso, esse tipo de líder conhece sua equipe, sendo assim, ele sabe as motivações de cada um, e desenvolve suas estratégias de acordo com isso. Uma forma de motivação que pode ser criada nesse momento em que a empresa está passando por uma expansão é: antes de abrir para o mercado as vagas que surgirão na filial, a empresa deve disponibilizá-las internamente, da mesma forma que é realizado na Magazine Luiza, como foi mencionado por Sobral e Peci (2013). Com essa atitude, os autores dizem que a empresa permite o crescimento de seus colaboradores dentro da instituição. Como citado por Escorsin e Walger (2017) não existe um único tipo de liderança, e também não existe um líder que só tenha um tipo de estilo de liderança, por esse motivo, uma liderança democrática, como também citado pelos autores, dará liberdade para a equipe poder contribuir para que a organização atinja seus objetivos, criando um ambiente favorável e que estimule e valorize seus funcionários. Além disso, esse tipo de liderança promove integração entre os membros, que é uma das coisas que a empresa precisa agora, visto que uma de suas fraquezas identificadas foi o problema de relacionamento entre algumas áreas. Com esse tipo de gestão, a opinião e a participação de cada um dos funcionários conta, e concede mais liberdade, promovendo, assim, o desenvolvimento da equipe. Contudo, o líder deve saber que seu comportamento será mais eficaz dependendo da prontidão de seus subordinados, como citado por Sobral e Peci (2013), a maturidade, experiência, atitudes, entre outros, são pontos chave, por esse motivo foi citado anteriormente que o líder deve saber quando é necessária cada forma de liderar. Sendo assim, também não devemos esquecer da teoria da troca líder-membro, destacada por Sobral e Furtado (2019) apud Graen & Uhl-Bien (1995), que diz que o foco da liderança está na qualidade do relacionamento entre o líder e o liderado, e não nas características dos líderes e seus liderados, estabelecendo, assim, condições necessárias para um bom ambiente de trabalho. Do que a empresa não precisa nesse momento é de um profissional que esteja apenas preocupado em fazer com que as metas sejam alcançadas, sem se preocupar em motivar, inspirar, desenvolver ou engajar sua equipe, como citado pelo IBCoaching (2019). Por fim, a empresa precisa desenvolver seus líderes de uma forma que eles consigam promover mudanças em suas equipes de trabalho, tornando-as sinérgicas, engajadas e eficientes, em termos de resultados para a empresa, além de se tornar um exemplo a ser seguido. Bibliografia IBC COACHING - A Diferença entre Liderança Transacional e Transformacional. Disponível em: <https://www.ibccoaching.com.br/portal/lideranca-e-motivacao/a-diferenca-entre- lideranca-transacional-e-transformacional/> Último acesso em: 07 de maio de 2020. ESCORSIN, A. P; WALGER, C. Liderança e desenvolvimento de equipes. Curitiba. Intersaberes, 2017. SOBRAL, F.; PECI, A. A administração teoria e prática no contexto brasileiro. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2013. OLIVEIRA, L. P; ROCHA, J. C. Engajamento no trabalho: antecedentes individuais e situacionais e sua relação com a intenção de rotatividade. https://www.ibccoaching.com.br/portal/lideranca-e-motivacao/a-diferenca-entre-lideranca-transacional-e-transformacional/ https://www.ibccoaching.com.br/portal/lideranca-e-motivacao/a-diferenca-entre-lideranca-transacional-e-transformacional/
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