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Patologia da célula - morte celular

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Teórica 2 - Patologia da célula: morte celular 1
Teórica 2 - Patologia da célula: 
morte celular
Class Patologia Geral
Created
Materials
Property
Reviewed
Type Anotações de aula
Morte celular
É um processo com diversos eventos sucessivos
Pode ou não existir processo degenerativo antes que a morte celular se 
estabeleça, pois alguns agentes promovem morte diretamente, a depender do 
estímulo, natureza e duração da agressão.
Necrose e apoptose
Muitas vezes coexistem, a depender da intensidade e dos receptores 
acionados
Diferem quanto aos aspectos morfológicos e mecanismos acionados
Gasto de energia
Agressão que leva à redução de ATP (aumento do gasto) → necrose
Sem bloqueio de ATP → apoptose
Necrose
Morte celular que ocorre em organismo vivo seguida de autólise 
=/= morte somática, nesse caso há a morte de células de maneira geral, 
porém não ocorre no indivíduo vivo, gera a morte do indivíduo.
Sep 2, 2020 920 AM
Teórica 2 - Patologia da célula: morte celular 2
Estado alterado de saúde que culmina na sua morte
Interrupção da produção de energia e diminuição de sínteses celulares → 
Lisossomos não consegue manter homeostase e liberam enzimas lisossomais 
que extravasam pro citosol, culminando em processo de autólise por meio dos
seguintes eventos:
Perda de integridade de membrana
Extravasamento do conteúdo celular
Processo inflamatório
Macroscopicamente
Aspecto particular conforme a natureza
Características comuns: 
diminuição da consistência 
diminuição da elasticidade
palidez 
escurecimento
Microscopicamente
Alterações decorrentes do processo de autólise e só são observadas após 
algum tempo
Características comuns: 
Alterações citoplasmáticas → aumento da eosinofilia, mais acidófilo (pela 
perda de RNA, principal componente que confere basofilia às células)
Alterações nucleares → decorrentes da degradação de cromatina: 
picnose, cariólise e cariorrexe
Perda de diferenciação celular (ex: células da hipófise)
Picnose
Contração e condensação da cromatina
Forte basofilia nuclear e menor tamanho
Cariorrexe
Teórica 2 - Patologia da célula: morte celular 3
Fragmentação do núcleo pelas hidrolases lisossomais
Cariólise
Digestão da cromatina e membrana nuclear
Cariólise avançada: desaparecimento dos núcleos
Teórica 2 - Patologia da célula: morte celular 4
Teórica 2 - Patologia da célula: morte celular 5
Causas da necrose
Os agentes lesivos podem causar necrose por:
Redução de energia: mecanismos de inibição da fosforilação oxidativa/cadeia 
respiratória, hipóxia
Geração de radicais livres: a depender da intensidade
Ação de enzimas líticas (agentes químicos e toxinas)
Agressão direta a membrana plasmática: abertura de canais e perda ou 
extravasamento de organelas, eletrólitos, culminando na perda de homeostase
Tipos
Necrose por coagulação ou necrose isquêmica
Causa mais frequente: isquemia
Arquitetura básica do tecido morto se preserva
Células inflamatórias fagocitárias não conseguem chegar no local pela falta de 
circulação sanguínea adequada, mantendo a arquitetura preservada por um 
período maior.
Teórica 2 - Patologia da célula: morte celular 6
Comum em áreas de infarto (parada da circulação sanguínea no tecido), 
exceto no cérebro.
Macroscopicamente: área esbranquiçada, firme e pálida, circundada por halo 
avermelhado (hiperemia reativa, capilares tentam compensar a região 
comprometida sem circulação)
Microscopicamente: alterações nucleares e citoplasmáticas comuns à 
necrose de maneira geral; área tecidual de citoplasmas com aspecto de 
substância coagulada (acidófilo, gelificado e granuloso).
Necrose por liquefação ou liquefativa
Isquemia no sistema nervoso
Também ocorre em locais com infecções bacterianas ou fúngicas
Acúmulo de células inflamatórias, que liberam grandes quantidades de 
enzimas leucocitárias que digerem o tecido atingido que se liquefazem
Área necrosada adquire consistência mole, semifluida ou liquefeita
Comum após isquemia/anóxia em tecido nervoso, suprarrenais e mucosa 
gástrica
Quando por ação de microrganismo é comum a formação de pus, que se trata 
de células mortas/necrosadas por liquefação de coloração amarelada.
Macroscopicamente: consistência semifluida, viscosa, coloração amarelada
Microscopicamente: alterações nucleares e citoplasmáticas comuns à 
necrose de maneira geral; retração do corpo do neurônio, deixando espaços 
adjacentes.
Necrose caseosa
Arquitetura tecidual totalmente destruída, pela perda estrutural e 
organizacional da própria célula
Comum em tuberculose pulmonar por Mycobacterium tuberculosis
Macroscopicamente: aspecto de massa de queijo (latim: caseum), ao toque é 
friável, cor branca amarelada.
Microscopicamente: formação de uma massa homogênea eosinofílica de 
células necrosadas, aparência granular amorfa rósea, tendem à calcificação o 
que gera um aspecto basófilo ao redor.
Teórica 2 - Patologia da célula: morte celular 7
Necrose gomosa
Aspecto compacto e elástico, como uma goma
Comum em sífilis tardia ou terciária (goma sifilítica)
Esteatonecrose ou necrose gordurosa
Necrose do tecido adiposo
Encontrada tipicamente em indivíduos com pancreatite aguda (inflamação 
aguda do pâncreas seguida de extravasamento de enzimas pancreáticas 
[lipases], que agem sobre os triglicérides dos adipócitos, liberando ácidos 
graxos que sofrem saponificação na presença de sais alcalinos (onde? e se 
depositam, caracterizando depósitos esbranquiçados com aspecto de pingo 
de vela).
Macroscopicamente: depósitos esbranquiçados com aspecto de pingo de 
vela
Microscopicamente: células sem núcleo, eosinofilia, ausência de organelas. 
Presença de material opaco, homogêneo. Presença de células inflamatórias 
gigantes multinucleadas, responsáveis que eliminação das células 
necrosadas.
Tipos de evolução da necrose
A necrose gera resposta inflamatória → células mortas e autolisadas são um 
corpo estranho
Regeneração
Ocorre em tecidos que apresentam células com capacidade regenerativa 
(células lábeis) 
Restos celulares são reabsorvidos e fatores de crescimento são liberados, 
estimulando células parenquimais levando à multiplicação e regeneração 
celular.
Microscopicamente: células necróticas (com alterações citoplasmáticas e 
nucleares) descamadas + células grandes com nucléolo evidente, de 
cromatina frouxa, basofílicas, algumas bi ou multinucleadas, células com 
capacidade elevada de síntese proteica que são o oposto da célula necrótica 
e têm a capacidade de regeneração. Há ainda observação de mitoses, 
indicando multiplicação celular.
Teórica 2 - Patologia da célula: morte celular 8
Cicatrização
O tecido necrosado que não apresenta capacidade regenerativa é substituído 
por um tecido conjuntivo fibroso/cicatricial.
Microscopicamente: tecido saudável remanescente adjacente e intensa área 
de fibras colágenas.
Encistamento
Material necrótico não consegue ser absorvido pelo seu grande tamanho ou 
fatores que impedem migração leucocitária
Cistos são formados contendo parte do material necrosado
Reação inflamatória ocorre apenas na periferia da lesão pelo seu tamanho, 
formando cápsula de tecido conjuntivo na periferia.
Eliminação
Área necrosa alcança canais que se comunicam com o meio externo e o 
material necrosado é eliminado, originando cavidades, chamadas cavernas.
Ex: tuberculose: formação de caverna apical
Calcificação
Área necrosada sofre calcificação, por alterações bioquímicas e 
principalmente de pH que facilitam a deposição de sais de cálcio no tecido 
não mineralizado.
Aspecto microscópico: massa homogênea de células necrosadas com área 
calcificada ao redor, com coloração basofílica. 
Ocorre comumente em necrose caseosa
Macroscopicamente: formação de um nódulo calcificado
Gangrena
Resulta da ação de agentes externos sobre o tecido necrosado. Pode ser:
Seca
Área necrosada sobre desidratação em contato com o ar
Aspecto de pergaminho, seco, amarelado, de múmia
Teórica 2 - Patologia da célula: morte celular 9
Comum em necrose em extremidade de dedos e pontade nariz, e indivíduos 
diabéticos [problemas com extremidades] (muito ligado ao tipo de necrose 
isquêmica ou coagulativa)
Coloração azulada ou negra por impregnação de pigmentos derivados da 
desnaturação de componentes da hemoglobina
Úmida ou pútrida
Área necrosa sofre ação de microrganismos anaeróbicos produtores de 
enzimas que liquefazem o tecido e produzem gás fétido
Comum em necroses do trato digestivo, pulmões e pele
Característica: umidade
Gasosa
Ocorre pela contaminação de microrganismos do gênero Clostridium 
(produzem grande quantidade de gás, formando bolhas gasosas)
Comum em feridas
Comum na 1ª Guerra Mundial → fatal pelas condições precárias e ausência de 
antibióticos
Apoptose
É um processo de morte celular ativo, ou seja, há gasto de energia
Nesse processo, a célula sofre contração e condensação de suas estruturas, 
fragmentando-se e sendo fagocitada por células vizinhas, o que exige gasto 
de energia
Não há indução de processo inflamatório, rapidamente a célula é fagocitada 
pelas células vizinhas.
Não ocorre apenas em estados patológicos, também pode ocorres em 
estados fisiológicos de morte celular programada, em situações em que a 
célula precisa da morte celular de alguns componentes para um bom 
funcionamento tecidual.
ex: remodulação de órgãos na embriogênese (perda das 
interdigitações/entre dedos), vida pós-natal, mama na lactação (ácinos 
mamários e ductos mamários morrem por um processo de apoptose após 
o fim do estímulo hormonal para a lactação), fim do estímulo antigênico 
levando a morte de linfócitos após terem feito sua atividade.
Teórica 2 - Patologia da célula: morte celular 10
Condições patológicas para a apoptose
Células geneticamente alteradas ou lesadas de modo irreparável, podendo ser 
por agentes infecciosos, hipóxia, radicais livres, substâncias químicas, 
agressão imunitária ou radiações ionizantes.
Aspectos morfológicos
Ocorre em células isoladas, geralmente não é generalizado como na necrose.
Encolhimento ou retração celular, citoplasma mais denso (acúmulo das 
organelas num espaço menos, núcleo fragmentado (cromatina fragmentada 
posicionada na periferia da carioteca, formando grupos junto à parede da 
membrana nuclear [cariorrexe] → forma de lança, meia lua, pata de cavalo).
Célula se fragmenta em múltiplos brotos, chamados corpos apoptóticos
→ corpos apoptóticos: são vistos no interior de macrófagos e são 
intensamente basofílicos (pela densidade de organelas)
Patogênese da apoptose (mecanismo)
Resulta da ativação sequencial de proteínas caspases, divididas dois grupos:
Ativadoras ou desencadeantes (caspases 8 e 10
Executoras ou efetoras (caspase 3
Ativação por mecanismos intrínsecos (dependente de mitocondrias) e 
extrínsecos (dependente de receptores de morte)
Mecanismos intrínsecos
Aumento de permeabilidade da mitocôndria → liberação de moléculas que 
induzem a apoptose: citocromo C e outras proteínas próapoptóticas da 
família Bcl
Bcl-2 antiapoptótica → controla a permeabilidade mitocondrial, essencial 
pro controle ou não do extravasamento de proteínas que estimulam a 
apoptose
Teórica 2 - Patologia da célula: morte celular 11
🔎 Observar fatores desencadeadores dos sensores (imagem acima)
Mecanismos extrínsecos
Dependente de estímulos externos que ativam receptores de membrana que 
possuem domínios de morte
Receptor TNF (fator de necrose tumoral) → Fas/CD95 ↔ Ligante FasL
Ativação de caspases
Teórica 2 - Patologia da célula: morte celular 12
Potencialização da apoptose: Há comunicação com o mecanismo intrínseco 
pela produção da BID, que aumenta a permeabilidade da mitocondria.
Fagócito reconhece os ligantes presentes nos corpos apoptóticos para os 
seus receptores.
Necrose x Apoptose
Teórica 2 - Patologia da célula: morte celular 13

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