Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
www.famart.edu.br | atendimento@famart.edu.br | +55 (37) 3241-2864 | Grupo Famart de Educação PEDAGOGIA APLICADA NO ESPORTE 1 Coordenação de Ensino FAMART www.famart.edu.br | atendimento@famart.edu.br | +55 (37) 3241-2864 | Grupo Famart de Educação PEDAGOGIA APLICADA NO ESPORTE 2 PEDAGOGIA APLICADA NO ESPORTE www.famart.edu.br | atendimento@famart.edu.br | +55 (37) 3241-2864 | Grupo Famart de Educação PEDAGOGIA APLICADA NO ESPORTE 3 SUMÁRIO AS CONCEPÇÕES PSICOPEDAGÓGICAS DE ENSINO. ......................................... 4 PEDAGOGIA DO ESPORTE .................................................................................... 14 CONTRIBUIÇÕES GERAIS DA PEDAGOGIA DO ESPORTE ................................. 16 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 19 www.famart.edu.br | atendimento@famart.edu.br | +55 (37) 3241-2864 | Grupo Famart de Educação PEDAGOGIA APLICADA NO ESPORTE 4 AS CONCEPÇÕES PSICOPEDAGÓGICAS DE ENSINO. A partir da década de 80, inicia-se na área da Educação Física um amplo debate e instala-se uma profunda crise de identidade em relação aos pressupostos e a especificidade que resultou na elaboração de algumas abordagens pedagógicas para a área como, por exemplo, as abordagens: psicomotora, desenvolvimentista, construtivista, saúde renovada, crítico-superadora, sistêmica critíco-emancipatória, cultural entre outras. Fundamentadas em diferentes teorias como as biológicas, psicológicas, sociológicas e filosóficas, embora contenham enfoques científicos diferentes entre si, tem em comum a busca de uma Educação Física que articule as múltiplas dimensões do ser humano e a tentativa de romper com o modelo mecanicista/esportivista (DARIDO, 2003 apud DARIDO, RODRIGUES E SANCHES NETO, S/D). As concepções psicopedagógicas de ensino relacionadas à educação física escolar, podem ser subdivididas em várias, conforme mencionada acima. Estas concepções de ensino fazem com que o ensino e aprendizagem da educação física escolar possam ocorrer de diversas maneiras. E como afirma Munoz Palafox et al (2001, s/p): A Educação Física é uma prática política ausente de qualquer tipo de neutralidade científica e ideológica. A todo o momento reflete, conscientemente ou não, concepções que simbolicamente foram criadas e estruturadas para sustentar um determinado modelo de sociedade, por isso, estas concepções abrangem diversos modelos. A partir das reflexões e discussões acerca do papel da Educação Física na escola e diante de um novo cenário político e pedagógico do país, é que começam a surgir novas abordagens, estas, fundamentadas em teorias e pensadores de diversas áreas, tais como psicologia, aprendizagem motora, educação, fisiologia, entre outras. De acordo com Bracht (1999, 9-45), um grupo diversificado de profissionais buscou incorporar as discussões pedagógicas da área, influenciado principalmente pelas ciências humanas‖. Sendo assim, iremos discorrer nos próximos tópicos sobre as diversas www.famart.edu.br | atendimento@famart.edu.br | +55 (37) 3241-2864 | Grupo Famart de Educação PEDAGOGIA APLICADA NO ESPORTE 5 concepções psicopedagógicas de ensino relacionadas à educação física escolar. Psicomotricidade: A psicomotricidade é o primeiro movimento mais articulado que surge a partir da década de 70 em contraposição aos modelos anteriores. Nele o envolvimento da Educação Física é com o desenvolvimento da criança, com o ato de aprender, com os processos cognitivos, afetivos e psicomotores, ou seja, com a busca da formação integral do aluno (SOARES, 1996 citado por DARIDO, 2001). Conforme cita a autora: Na verdade, esta concepção inaugura uma nova fase de preocupações para o professor de Educação Física que extrapola os limites biológicos e de rendimento corporal, passando a incluir e a valorizar o conhecimento de origem psicológica (DARIDO, 2001, P. 10) O autor que mais influenciou o pensamento psicomotricista no País, foi sem dúvida, o francês Jean Le Bouch (LE BOUCH, 1986). Este citado por Darido (2001, p.11) afirma que: ― a corrente educativa em psicomotricidade tem nascido das insuficiências na educação física que não teve condições de corresponder às necessidades de uma educação real do corpo‖. Desenvolvimentista: Sua base teórica é a psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem, tem como tema principal a aquisição e aprendizagem de habilidades e o desenvolvimento motor, o que é de grande importância por garantir a especificidade da área. Vemos a importância dessa tendência quando considera as fases do desenvolvimento motor para o aprendizado, sendo elas estabelecidas pelas diferenças de idade dos alunos e classificadas como fase motora reflexa, fase motora rudimentar, fase motora fundamental, fase motora especializada ou combinada (GOTANI, 1988). A proposta dessa abordagem não é buscar na educação física solução para todos os problemas sociais, devendo a mesma privilegiar a aprendizagem do movimento, tendo como defensor Go Tani (1988). O modelo desenvolvimentista é explicitado, no Brasil, principalmente nos trabalhos de Go Tani et al. (1988), Manoel (1988) e Manoel (1994). A obra mais representativa desta abordagem é a educação física escolar – os fundamentos as abordagens e os desenvolvimentos (GO TA NI ET AL 1998, CITADO POR DARIO EM 2001). www.famart.edu.br | atendimento@famart.edu.br | +55 (37) 3241-2864 | Grupo Famart de Educação PEDAGOGIA APLICADA NO ESPORTE 6 Para Go Tani et al. (1988) a proposta elaborada por eles é uma abordagem dentre várias possíveis, e é dirigida especificamente para crianças de quatro a quatorze anos, e busca nos processos de aprendizagem e desenvolvimento uma fundamentação para a Educação Física escolar. Segundo eles é uma tentativa de caracterizar a progressão normal do crescimento físico, do desenvolvimento fisiológico, motor, cognitivo e afetivo-social, na aprendizagem motora e, em função destas características, sugerir aspectos ou elementos relevantes para a estruturação da Educação Física Escolar. Os autores desta abordagem defendem a idéia de que o movimento é o principal meio e fim da Educação Física, propugnando a especificidade do seu objeto. Em suma, uma aula de Educação Física privilegia a aprendizagem do movimento, embora possam estar ocorrendo outras aprendizagens em decorrência da prática das habilidades motoras. Aliás, habilidade motora é um dos conceitos mais importantes dentro desta abordagem, pois é através dela que os seres humanos se adaptam aos problemas do cotidiano, resolvendo problemas motores. Tais conteúdos podem ser desenvolvidos segundo uma ordem de habilidades, do mais simples que são as habilidades básicas para as mais complexas, as habilidades específicas. As habilidades básicas podem ser classificadas em habilidades locomotoras (por exemplo: andar, correr, saltar, saltitar), e manipulativas (por exemplo: arremessar, chutar, rebater, receber) e de estabilização (por exemplo: girar, flexionar, realizar posições invertidas). Os movimentos específicos são mais influenciados pela cultura e estão relacionados à prática dos esportes, do jogo, da dança e, também, das atividades industriais. Construtivista: Esta abordagem, defendido por Freire (1994), tem sua proposta nas próprias palavras, ou seja, no construtivismo ou intenção do conhecimento a partir da interação do sujeito com o mundo, numa relação que extrapola o simples exercício de ensinar e aprender. Sua principal vantagem éque possibilita uma maior integração com uma proposta pedagógica ampla e ligada com a educação física, nos primeiros anos de educação formal. É preciso lembrar que a psicomotricidade influenciou a perspectiva construtivista-interacionista quer na questão da busca da formação integral, com a www.famart.edu.br | atendimento@famart.edu.br | +55 (37) 3241-2864 | Grupo Famart de Educação PEDAGOGIA APLICADA NO ESPORTE 7 inclusão das dimensões afetivas, cognitivas ao movimento humano, quer na discussão do objeto da Educação Física escolar, e assim como a psicomotricidade, tem uma proposta de ensino para a área que abarca principalmente crianças na faixa etária até os 10-11 anos (FREIRE, 1994 citado por DARIDO, 2001, p. 14). Dentro da perspectiva construtivista a intenção é a construção do conhecimento a partir da interação do sujeito com o mundo, e para cada criança a construção deste conhecimento exige elaboração, ou seja, uma ação sobre o mundo. Nesta concepção a aquisição do conhecimento é um processo construído pelo indivíduo durante toda a sua vida, não estando pronto ao nascer nem sendo adquirido passivamente de acordo com as pressões do meio (DARIDO, 2001). Segundo a autora citada anteriormente, a principal vantagem desta abordagem é a de que ela possibilita uma maior integração à proposta pedagógica integrada a Educação Física nos primeiros anos de vida escolar da criança. Porém, desconsidera a questão da especificidade da Educação Física, ou seja, não prioriza os temas e objetivos específicos da educação física escolar. Criticas: Estas abordagens denominadas críticas ou progressistas passaram a questionar o caráter alienante da Educação Física na escola, propondo um modelo de superação das contradições e injustiças sociais. Assim, uma Educação Física crítica estaria atrelada as transformações sociais, econômicas e políticas tendo em vista a superação das desigualdades sociais, como afirma Darido (2001). É importante ressaltar que mesmo dentro da Educação Física surgiu alguns desdobramentos da abordagem crítica, com posições nem sempre convergentes, como a perspectiva crítico-superadora e a crítico-emancipatória. Como cita Darido (2001): Crítico-superadora: Esta abordagem levanta questões de poder, interesse, esforço e contestação. Acredita que qualquer consideração sobre a pedagogia mais apropriada versa, não somente sobre questões de como ensinar, mas também sobre como se adquiri estes conhecimentos, valorizando a questão da contextualização dos fatos e do resgate histórico. Esta percepção possibilita a compreensão, por parte do aluno, de que a produção da humanidade expressa uma determinada fase e que houve mudanças ao longo do tempo. Esta www.famart.edu.br | atendimento@famart.edu.br | +55 (37) 3241-2864 | Grupo Famart de Educação PEDAGOGIA APLICADA NO ESPORTE 8 reflexão pedagógica é compreendida como sendo um projeto político-pedagógico. Quanto à seleção de conteúdos para as aulas de Educação Física propõe que se considere a relevância social dos conteúdos, sua contemporaneidade e sua adequação às características sócio-cognitivas dos alunos. Enquanto organização do currículo, ressaltam que é preciso fazer com que o aluno confronte os conhecimentos do senso comum com o conhecimento científico, para ampliar o seu acervo de conhecimento. Além disso, sugerem que os conteúdos selecionados para as aulas de Educação Física propiciem a leitura da realidade do ponto de vista da classe trabalhadora. Crítico-emancipatória: Uma das principais obras já publicadas dentro da perspectiva crítico emancipatória no escopo da Educação Física é de autoria do Professor Elenor Kunz e intitulada "Transformação didático-pedagógica do esporte"., inspirada, especialmente, nos pressupostos da teoria crítica da escola de Frankfurt. Neste livro, o autor busca apresentar uma reflexão sobre as possibilidades de ensinar os esportes pela sua transformação didática- pedagógica, de tal modo que a Educação contribua para a reflexão crítica e emancipatória das crianças e jovens. Para o autor, o ensino na concepção crítico-emancipatória é um ensino de libertação de falsas ilusões, de falsos interesses e desejos, criados e construídos nos alunos pela visão de mundo que apresentam a partir do conhecimento. O ensino escolar necessita, desta forma, se basear numa concepção crítica, pois é pelo questionamento crítico que chega a compreender a estrutura autoritária dos processos institucionalizados da sociedade que formam as convicções, interesses e desejos. Kunz (1994) citado por Darido (2001) defende: O ensino crítico, pois é a partir dele que os alunos passam a compreender a estrutura autoritária dos processos institucionalizados da sociedade e que formam as falsas convicções, interesses e desejos. Assim, a tarefa da Educação crítica é promover condições para que estas estruturas autoritárias sejam suspensas e o ensino encaminha no sentido de uma emancipação, possibilitado pelo uso da linguagem. A linguagem tem papel importante no agir comunicativo funciona como uma forma de expressão de entendimentos do mundo social, para que todos www.famart.edu.br | atendimento@famart.edu.br | +55 (37) 3241-2864 | Grupo Famart de Educação PEDAGOGIA APLICADA NO ESPORTE 9 possam participar em todas as instâncias de decisão, na formulação de interesses e preferências e agir de acordo com as situações e condições do grupo em que está inserido e do trabalho no esforço de conhecer, desenvolver e apropriar-se de cultura, como afirma Darido (2001). Saúde Renovada: É um das concepções psicopedagógicas de ensino mais recentes, que tem como pressuposto a aptidão física relacionada à saúde, através de vivências da cultura corporal, fornecendo subsídios para a escolha de atividades físicas voltadas para a saúde e bem-estar (DARIDO, 2001). Como afirma a autora acima: Esta concepção de ensino traz a idéia de que a educação física é responsável pela promoção e manutenção da saúde, ou seja, que a educação física escolar deve ser responsável pela manutenção da qualidade de vida na escola e no dia a dia dos alunos. Tem como principais autores Guedes e Nahas (2000) (DARIDO, 2001, S/P). Esta é uma abordagem recente da educação física, onde os professores privilegiam atividades para manutenção da qualidade de vida através da prática de atividades físicas, não só no ambiente escolar, mas levando essas atividades para o seu dia a dia. Sendo esse tema abordado no Brasil e no Mundo, como afirma Gadin, Weiner e Ahlgren (2009). Neste sentido existe a Carta Brasileira de Prevenção Integrada na área da Saúde na perspectiva da Educação Física – documento redigido pelo Conselho Federal de Educação Física (CONFEF). Este documento reconhece a importância da prevenção, da promoção da saúde e do papel essencial do Profissional de Educação Física na composição de políticas públicas de saúde (CARVALHO, 2009). Para este documento a atividade física sistematizada e o Esporte, quando conduzidos e orientados de forma adequada, formativo, educativo, qualificado e ético, ou seja, por Profissional de Educação Física habilitado, por representarem atividades lúdicas e livres que, como atividades socializantes por si só, atraem as pessoas, são considerados por todos os diferentes segmentos de profissionais da área da Saúde como excelentes meios minimizadores e facilitadores na busca de saídas e soluções para os problemas que vêm recrudescendo de forma progressiva na sociedade atual (CARVALHO, 2009). www.famart.edu.br | atendimento@famart.edu.br | +55 (37) 3241-2864 | Grupo Famart de Educação PEDAGOGIA APLICADA NO ESPORTE 10 Diversos autores conceituam o termo saúde como ― ausênciade doença‖. Mas para Darido, Rodrigues e Sanches Neto (S/D, p. 3-4): O conceito de saúde para os autores da concepção de saúde renovada está associado à capacidade do indivíduo apreciar a vida e resistir aos desafios do cotidiano, e não meramente à ausência de doença. Considera que o estado saudável não é algo estático e sim construído de forma individual e constante ao longo da vida. Portanto, o conceito de saúde está centrado no indivíduo. Esse tema é discutido no Brasil e no Mundo, onde artigos sobre questões relacionadas a saúde são publicados a todo o momento. Dentre estes, pode-se citar - Leisure-Time Physical Activity in Elementary Schools: Analysis of Contextual Conditions‖, do autor McKenzie et al (2010), este abordou sobre a Prática da atividade física na escola e seus aspectos conceituais. Vale destacar que as discussões envolvendo a Educação Física e a saúde não podem configurar-se como uma aproximação superficial, merecendo ser aprofundada tendo em vista a sua complexidade e a possibilidade diversificada de olhares que seguramente extrapola as discussões relacionadas ao exercício físico exclusivamente (TSANGARIDOU, O’SULLIVAN, 2003). Abordagem Cultural: A abordagem cultural é proposta por Jocimar Daolio em seu livro Da Cultura do Corpo. Tem como área de base a antropologia e os autores Marcel Mauss e Clifford Geertz. O autor afirma que a educação física lida com conteúdos culturais, ou seja, atua com o ser humano nas suas manifestações culturais relacionadas ao corpo e ao movimento. Considera a cultura como patrimônio da sociedade, e, para ele, toda técnica corporal é uma técnica cultural, não havendo melhor ou pior técnica, sendo esta ou aquela a mais correta. Também apresenta o princípio da alteridade (DARIDO, 2001). Para Teixeira et al (2011) a abordagem cultural trabalha com a sociologia e antropologia, e continua afirmando que: O profissional de Educação Física está inserido em um contexto cultural advinda mundialmente e representada pelo corpo a qual é propagada na sociedade e até mesmo na escola. Por isto é necessário o professor entender o aluno e este entender o universo de seu professor. O princípio desta abordagem é a www.famart.edu.br | atendimento@famart.edu.br | +55 (37) 3241-2864 | Grupo Famart de Educação PEDAGOGIA APLICADA NO ESPORTE 11 prática da Educação Física na escola respeitando a antropologia, pois a humanidade é vista como plural e estuda o sujeito a partir das suas diferenças, não a entendendo como inferior, mas com especificidades únicas, pois não somos máquinas e sim seres humanos (TEIXEIRA et al, 2011, p. 07). Jogos Cooperativos: Como cita Darido (2001) os jogos cooperativos apresentam como princípios fundamentais os aspectos: aprendizagem significativa; potencial criativo; individualidade; jogo; exercício natural e a liberdade. Esta nova perspectiva para a Educação Física na escola está pautada na valorização da cooperação em detrimento da competição. Brotto (1995), principal divulgador destas ideias no país, baseados nos estudos antropológicos de Margaret Mead, afirma que é a estrutura social que determina se os membros de determinadas sociedades, irão competir ou cooperar entre si. O autor entende que há um condicionamento, um treinamento na escola, família, mídia, para fazer acreditar que as pessoas não têm escolhas e tem que aceitar a competição como opção natural. A Educação Física na abordagem dos Jogos Cooperativos tem por conceito lutar contra o sentimento constante de competição que ao longo dos anos classificou o esporte de tal forma, buscando assim demonstrar que o esporte não é somente competição, mas também uma força transformadora. Pois além de os jogos serem divertidos, estes podem ser prazerosos para ambas as equipes ou grupos de forma a oferecer maior aceitação em turma pelos alunos. Já os jogos competitivos possuem o prazer da vitória para uma determinada equipe e o desgosto da derrota para outra equipe ou grupo, fazendo com que muitos destes participantes perdedores sejam excluídos e se sintam muito mal com a derrota (TEIXEIRA et al, 2011, p.08). Essa é uma das concepções que visam fazer com que os profissionais de educação física entendem que a disciplina de educação física não pode valorizar a competição entre os alunos e sim fazer com que os mesmos percebam que o importante é participar de maneira digna nos jogos. Através desta postura, os alunos passam a compreender as regras do jogo e colocá-las em prática também em sua vida diária, pois para vivermos em uma sociedade equilibrada temos que respeitar www.famart.edu.br | atendimento@famart.edu.br | +55 (37) 3241-2864 | Grupo Famart de Educação PEDAGOGIA APLICADA NO ESPORTE 12 as normas e regras existentes. Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN´S: A última e mais recente concepção psicopedagógica de ensino, retrata os PCN´s - Parâmetros Curriculares Nacionais. Estes foram lançados, respectivamente: para o 1º e 2º ciclos, em 1997; para o 3º e 4º ciclos, em 1998; PCNS do Ensino Médio, em 1999. A proposta dos PCN´s apresentou aspectos relevantes a serem alcançados pela educação física escolar, como as dimensões atitudinais, conceituais e procedimentais dos conteúdos, os temas transversais (saúde, meio ambiente, ética, pluralidade cultural, orientação sexual, trabalho e consumo) e o princípio da inclusão (BRASIL, 1998,p. 20). A consideração e classificação de três dimensões dos conteúdos da Educação Física proposta pelos PCN´s nos parecem muito apropriadas e de extrema importância para o seu ensino. Segundo Darido (2004, p. 62), o papel da Educação Física ultrapassa o ensinar esporte, ginástica, dança [...] (dimensão procedimental) e inclui também seus valores subjacentes: atitudes que os alunos tem (dimensão atitudinal) [...] e o direito de saber por que está realizando este ou aquele movimento (dimensão conceitual). Caparroz (1997 p. 53) relata que: A falta de precisão conceitual verificada na literatura especializada com a relação à distinção entre Educação Física como campo de conhecimento e Educação Física como prática social amplia-se a meu ver, quando esta literatura refere-se, especificamente, à Educação Física que se efetua dentro das instituições escolares. Por isso, os Parâmetros Curriculares Nacionais descrevem sobre os objetivos do ensino fundamental que os alunos sejam capazes de (BRASIL, 1997,p. 22): • compreender a cidadania como participação social e política, assim como exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia a dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito; • posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar decisões coletivas; www.famart.edu.br | atendimento@famart.edu.br | +55 (37) 3241-2864 | Grupo Famart de Educação PEDAGOGIA APLICADA NO ESPORTE 13 • conhecer características fundamentais do Brasil nas dimensões sociais, materiais e culturais como meio para construir progressivamente a noção de identidade nacional e pessoal e o sentimento de pertinência ao País; • conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro, bem como aspectos socioculturais de outros povos e nações, posicionando-se contra qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de classe social, de crenças, de sexo, de etnia ou outras características individuais e sociais; • perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente, identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamente para a melhoria do meio ambiente; • desenvolvero conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de confiança em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética, de inter- relação pessoal e de inserção social, para agir com perseverança na busca de conhecimento e no exercício da cidadania; • conhecer e cuidar do próprio corpo, valorizando e adotando hábitos saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com responsabilidade em relação à sua saúde e à saúde coletiva; • utilizar a diferente linguagem — verbal, matemática, gráfica, plástica e corporal — como meio para produzir, expressar e comunicar suas ideias, interpretar e usufruir das produções culturais, em contextos públicos e privados, atendendo a diferentes intenções e situações de comunicação; • saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos; • questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de resolvê-los, utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua adequação. Após a análise de todas as concepções psicopedagógicas de ensino, pode-se perceber que todas elas têm como objetivo principal a valorização do ser humano, seja através do aprimoramento das forças físicas, do desenvolvimento motor, desenvolvimento físico, ou por aspectos relacionados ao comportamento do Ser Humano. www.famart.edu.br | atendimento@famart.edu.br | +55 (37) 3241-2864 | Grupo Famart de Educação PEDAGOGIA APLICADA NO ESPORTE 14 PEDAGOGIA DO ESPORTE O debate da pedagogia do esporte como uma subárea da educação física tem sido desenvolvido a partir dos dois principais eixos da área: aquele que se fundamenta nas ciências da saúde e aquele baseado nas referências sócio-culturais. Nos últimos anos verificamos que o tema da pedagogia do esporte esteve presente em vários fóruns, revistas acadêmicas e na formação inicial e continuada. Entretanto, se a expansão do debate da pedagogia do esporte é uma realidade inquestionável, o mesmo não se pode dizer do conteúdo (qualidade) deste debate, ou seja, nesta lógica, ainda estaríamos vivendo um tempo de especulações teórico-práticas, reproduzindo dominantemente, intenções e desejos de mudança em detrimento de projetos efetivos para esta subárea, a pedagogia do esporte. Ao revisar os conceitos de jogo e esporte relacionando-os com uma perspectiva de educação esportiva, entendemos que é importante apontar uma nova prática problematizando um projeto de pedagogia do esporte. Balizamos esta discussão com os determinantes de uma teoria americana de educação esportiva, mais especificamente, as contribuições de MITCHELL, OSLIN & GRIFFIN (2003). O ensino, a preparação, a repetição como fixação de aprendizagem e o treinamento de formas corporais relacionadas ao fazer esportivo estão presentes nas aulas de educação física e esporte como estratégia educativa em busca de qualidade. Isso implica no tratamento de uma dinâmica curricular que normalmente extrapola as séries de exercícios, jogos e atividades promovidas pelo ensino tradicional. Quando o saber esportivo é ensinado de forma fragmentada, isto é, as partes técnicas são apresentadas fora do contexto do jogo, o processo de aprendizagem global, constituído por uma série de mecanismos de interação, fica prejudicado. Ao não se observar as totalidades implícitas na totalidade maior que é o próprio esporte, a técnica isolada dos chamados fundamentos esportivos corrobora a compreensão www.famart.edu.br | atendimento@famart.edu.br | +55 (37) 3241-2864 | Grupo Famart de Educação PEDAGOGIA APLICADA NO ESPORTE 15 do esporte como jogo para poucos. Dessa forma a qualidade está na técnica como modelo e o modelo da qualidade é a perfeição ou estética hegemônica do gesto, que acaba enquadrando a técnica como fragmento e recorte isolado do fazer esportivo humano. Nesse sentido despreza-se e descarta-se a compreensão de totalidade. Na verdade esse movimento é próprio da pós- modernidade e sua ruptura com a totalidade da meta narrativa educacionais. A consciência e inteligência social são descentradas. Há um giro a favor do sujeito egoísta, aquele que detém posses e um ataque às formulações filosóficas e gerais do ser social, do ser coletivo, das metas narrativas (cf. SILVA, 2002). Esta construção sociológica também está presente na educação esportiva de crianças e jovens e constitui uma referência teórica importante para o enquadramento da pedagogia do esporte. Por outro lado, no campo da política, a incerteza que se imbrica na ausência (ou fragilidade) de projeto, impõe, dentro do cenário da pós-modernidade, uma resposta afirmativa, ou seja, a necessidade de reconstruir as esperanças. (cf. FREITAS, 2005). No campo da cultura do esporte, o Brasil, como outros países, herdou características do tecnicismo, isto é, elementos do processo histórico engendrado no binômio conhecido como fordismo/taylorismo. As variações educacionais foram pautadas pelo ensino tradicional de esportes que reforçaram as pautas militares. Tal matriz se ramificou (e continua a se ramificar) nos simbolismos da reprodução motora da criança e nos próprios gestos técnicos de iniciação esportiva. Um dos aspectos interessantes no debate acadêmico da Educação física foi à questão do objeto de estudo. (cf. DAOLIO, 2004). Entre os conceitos de cultura do movimento, cultura corporal e motricidade humana preferiram o conceito de cultura corporal/esportiva por entender que o esporte como jogo integra a totalidade desta cultura (cf.SADI, 2005). Compreendendo que o esporte pode funcionar como alavanca democrática, recuperamos os principais temas arrolados no debate nacional da Educação física indicando articulações com as possibilidades concretas de atividades de esporte escolar. Os principais aspectos podem ser resumidos em: • Oportunidade para o desenvolvimento da autonomia dos sujeitos nas aulas de educação física, educação esportiva e desenvolvimento esportivo; • Oportunidade de aprender e praticar a resolução de problemas dentro e, a www.famart.edu.br | atendimento@famart.edu.br | +55 (37) 3241-2864 | Grupo Famart de Educação PEDAGOGIA APLICADA NO ESPORTE 16 partir dos jogos, articulando recursos estratégicos e inteligentes do fazer esportivo. • Criatividade e crítica como arma do professor. Qualificar o profissional com um tipo de ― ferramenta‖ que o transformaria em - arquiteto de jogos‖, para assim contribuir com ideias que criem possibilidades de aprendizagem significativa, melhora da performance e desenvolvimento de criatividade nos alunos; • Convívio social e ético dos alunos. A educação esportiva desenvolvida dentro de ambientes criativos deve ter como meta o processo de cidadania esportiva. Precisamos, nesse sentido, verificar a prática da pedagogia do esporte, observando os graus de qualidade existentes para auxiliar na busca por uma nova qualidade. Pesquisar o esporte tendo como eixo, de um lado, a atual pedagogia desenvolvida e, de outro, uma nova pedagogia criativa, requer focar os processos e resultados do ensino, visando extrair elementos de superação da realidade. Esta engenharia pode ser possível para a pedagogia do esporte, desde que o desafio estratégico e metodológico da qualidade educacional seja superado. Historicamente resgatamos a prática pedagógica a partir dos mini jogos, reelaborando o tema da autonomia do aluno-jogador (cf. ALBERTI & ROTHENBERG, 1984; DIECKERT, 1984; DUCKER, 2004; FREIRE, 1992 e 1999). Apoiados nas determinações do esporte escolar e questionando suas contradições e limites, entendemos que os processos de reformulação e oxigenação para a busca de uma nova qualidade em esportes são constituídos por umatotalidade teórico-prática. Parece-nos que o fato de não compreender esta engrenagem que está implícita tanto nos gestos esportivos quanto nas táticas e comportamentos em situação de jogo leva (e continua levando) os professores à manutenção de uma prática profissional rotineira e burocrática composta por ― exercícios de fundamentos técnicos e/ou táticos‖. CONTRIBUIÇÕES GERAIS DA PEDAGOGIA DO ESPORTE Dentro da área de educação física, os conhecimentos relativos ao ensino dos esportes pertencem à pedagogia do esporte, que é uma subárea ou campo especificamente responsável pelo desenvolvimento de metodologias adequadas www.famart.edu.br | atendimento@famart.edu.br | +55 (37) 3241-2864 | Grupo Famart de Educação PEDAGOGIA APLICADA NO ESPORTE 17 para atividades individuais e/ou coletivas, cujo tratamento didático- esportivo é baseado no ensino de táticas e técnicas por meio de jogos. Este setor, embora ainda embrionário na grande área, tem sido denominado de pedagogia do esporte ou esporte escolar. A lógica esportiva baseada na repetição e imitação de movimentos deve ser resignificada aumentando a possibilidade de escolhas que são sementes do desenvolvimento da autonomia e inteligência social no jogo. O professor que provocar um ensino críticopropostivo, inovador, construtivo e diretivo passa a ser um elo de ligação (meio) entre a aprendizagem do aluno e o conhecimento, não simplesmente, o fim do conhecimento (SADI, 2004). Nesse sentido o ensino de esportes por meio de jogos, deve ser tratado no âmbito escolar com a perspectiva de desenvolvimento integral. A formação da cidadania, da responsabilidade, da autonomia e da independência baseada nas atividades de estímulo à consciência crítica e inteligência nos jogos deve ser (re) significada. Problemas simples são indicados às crianças menores e problemas de e maior complexidade aos adolescentes e jovens. (...) Paralelamente ao ensino da leitura, da escrita, da matemática, a educação esportiva deve ocupar um lugar de destaque na formação da inteligência/ pensamento estratégico (...) também a busca por autonomia e desenvolvimento da inteligência, da capacidade de detectar e solucionar problemas deve ser um dos principais objetivos dos planejamentos e projetos pedagógicos. (SADI, 2004) Observamos que se torna impossível o ensino de todos os esportes, por vários motivos (materiais, estrutura física e tempo concreto e pedagógico) e, por isso, a prioridade àqueles que participam ativamente do cotidiano social, cultural e histórico, estando disponíveis para a aprendizagem. Todavia, não podemos negar ou omitir o conteúdo de vários outros esportes, sua contextualização e discussão. No ensino desta cultura esportiva deve ser levada em consideração uma visão de educação espiralada na qual o conhecimento é revisto, reaprendido e reelaborado. Não se trata, de apresentar o esporte como sinônimo de modalidades (partes), mas como totalidade inserida socialmente. Para nossos propósitos, o ensino do esporte escolar se processa nos procedimentos metodológicos do ensino por meio de jogos. Nas séries iniciais, www.famart.edu.br | atendimento@famart.edu.br | +55 (37) 3241-2864 | Grupo Famart de Educação PEDAGOGIA APLICADA NO ESPORTE 18 principalmente, o universo lúdico e de fantasia permite tal conjugação. Mas para isso é necessário à pedagogia do esporte Cultivar um modo de pensar e agir comprometido com a condição humana das pessoas. Isso não exclui desenvolver as capacidades e ensinar as habilidades. Vai além: a tarefa da pedagogia é a de favorecer o bem-estar das pessoas e sua vida social. Aprender esporte, seja qual for, é bom quando os conteúdos propostos em uma aula, independentemente do cenário se generalizem para a vida. (SANTANA, 2005). A pedagogia do esporte, abordada neste texto, agrega jogos, festivais, brincadeiras, ludicidade, além do ensino de técnicas e táticas. Agregar essas manifestações da cultura ao esporte, tanto pode ser feita do ponto de vista de preparar para o esporte, como de viver a realidade da infância e da adolescência no esporte. A compreensão do esporte de forma ampla, organizando-o não apenas por meio de técnicas corporais, mas também da imaginação, inteligência tática, atividades de cooperação e conhecimento do esporte pode ser mais inclusiva do que se imagina. Com a promoção de competições no sentido da inclusão (social e pedagógica), podemos caminhar para a democratização e massificação do esporte. Ao levar os alunos a compreender a lógica do jogo, criando oportunidades de desenvolvimento da inteligência individual e coletiva, integrando a comunidade com a escola no estímulo, preparação e avaliação dos jogos, estaremos reorientando os significados do esporte. Isso pode ser feito desde a infância até a adolescência, de forma seqüencial e por meio de adequações nas faixas etárias (por exemplo, 7 e 8 anos, 9 e 10, etc.) www.famart.edu.br | atendimento@famart.edu.br | +55 (37) 3241-2864 | Grupo Famart de Educação PEDAGOGIA APLICADA NO ESPORTE 19 REFERÊNCIAS ALMEIDA, L; FENSTERSEIFER, P. E. . O que ensinar e aprender nas aulas de educação física na escola?. Revista Digital - Buenos Aires, n. 102 – Nov. de 2006. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/>. Acessado em: 3 mar. 2008. BETTI, M. Educação Física e sociedade. São Paulo: Movimento, 1991. BORGES, Célio José. Educação Física para o pré-escolar. Rio de Janeiro: Sprint, 1998. BRACHT, V. et.al. Metodologia do ensino de Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992. BRACHT, Valter. Saber e fazer pedagógicos: acerca da legitimidade da Educação Física como componente curricular. Vitória: Proteoria, 1999. COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992. COLL,C.;POZO,J.I.;SARABIA,B.;VALLS,E. .Os conteúdos na reforma: ensino e aprendizagem de conceitos, procedimentos e atitudes. Porto Alegre: Artmed, 2000. DARIDO, S. C. Educação física na escola: questões e reflexões. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998. DARIDO, S. C. Os conteúdos da Educação Física escolar: influências, tendências, dificuldades e possibilidades. Perspectivas da Educação Física escolar, Niterói, v. 2, n. 1, p. 5-25, 2001(b). DARIDO, S. C; RANGEL, I.C.A. A (Coord.). Educação Física na escola: implicações para a prática pedagógica. Rio de janeiro: Ed. Guanabara e Koogan, 2005. FREIRE, João Batista. Educação de corpo inteiro: teoria e prática da educação física. São Paulo: Ed. Scipione, 1994. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa. São Paulo: Paz e Terra. 1996. GO TANI, et. Al. Educação física escolar: fundamentos de uma abordagem desenvolvimentista. São Paulo: EPU, 1988. KUNZ, E.. Transformação didático-pedagógica do esporte. Ijui: Unijui, 1994. Le BOUCH, J. Psicocinética. Porto Alegre: Artes Médicas, 1986. http://www.efdeportes.com/ www.famart.edu.br | atendimento@famart.edu.br | +55 (37) 3241-2864 | Grupo Famart de Educação PEDAGOGIA APLICADA NO ESPORTE 20 LIBÂNEO, J. C.. Didática. São Paulo: Ed. Cortez, 994. LOPES, O.M. Planejamento do ensino numa perspectiva crítica da educação. In: VEIGA, I.A.P.; LOPES, O.M. (Orgs.). Repensando a didática. Campinas: Papirus, 1996 NASÁRIO, S.T; SHIGUNOV, V. Concepção da prática pedagógica do professor de educação física: importância e influência do aluno. In: Formação profissional e a prática pedagógica: ênfase nos professores de educação física. Londrina: Midiograf; 2001. OLIVEIRA, Vítor Marinho de. Educação física humanista. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1985. THOMAS, J. R.; NELSON, J. K.. Métodos de pesquisa em atividade física. 3 ed. Porto Alegre: Artimed, 2002. ZABALA, A.. A práticaeducativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.
Compartilhar