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APOSTILA 1 - A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO COLETIVO DO TRABALHO docx

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FACULDADE DO SUDESTE GOIANO 
 CURSO – DIREITO 
 8º PERÍODO 
 PROFESSORA – ÁUSTRIA RÉGIA REZENDE 
 
 
 
 
 
 DIREITO DO TRABALHO II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO COLETIVO DO TRABALHO 
Aspectos Históricos do Direito Coletivo do Trabalho 
Autora: Valdirene Santos de Lima 
 
APRESENTAÇÃO 
Este texto tem como objetivo principal, apresentar uma linha do tempo da evolução do Direito 
coletivo do Trabalho, bem como destacar a sua importância na manutenção das relações de 
emprego ao redor do mundo e em especial, no Brasil. O trabalho é uma das atividades mais 
marcantes das sociedades organizadas, se não a mais relevante de todas. Observa-se desde o 
início da civilização, onde, através do mesmo, se mantinha a ordem e a segurança da sociedade. 
 
2- EVOLUÇÃO DO TRABALHO NA SOCIEDADE E O NASCIMENTO DAS 
ORGANIZAÇÕES SINDICAIS. 
O trabalho é a espinha dorsal das sociedades organizadas. Sua importância é tamanha, que sem 
este, não haveria possibilidade de manutenção da ordem dentro do sistema. Observe-se por 
exemplo, uma colmeia em que as abelhas desempenham papeis pré-estabelecidos, para 
garantir a sobrevivência do grupo, com a proteção da rainha, fornecimento de alimentação, 
construção do abrigo e demais necessidades. 
 
Nas sociedades humanas, desde a pré-história, também se verifica esta relação intrínseca entre 
trabalho e sobrevivência. Nos primeiros tempos, o homem era nômade e vivia à mercê da 
natureza, organizando-se em pequenos grupos e produzindo somente para sua subsistência. 
Surgem as primeiras ferramentas, que trazem consigo maiores facilidades na pesca e na coleta 
de frutos e raízes para a alimentação do grupo, bem como na defesa. Esta época também se 
caracteriza por ser o momento em que o homo erectus domina o fogo e passa a domesticar 
animais. 
 
O domínio do Fogo e o início da agricultura foram decisivos para a fixação dos grupos 
humanos. Ao abandonar a vida nômade, as sociedades humanas começam a se tornar mais 
sofisticadas. Observa-se nesse período a divisão de tarefas por sexo, quando os homens saem 
para a caça e a defesa do bando e a mulher fica responsável por cuidar dos afazeres domésticos. 
Pela primeira vez a produção de alimentos produz excedentes. E começam a se realizar 
pequenas trocas entre as comunidades que se fixaram em determinado local. Esta época 
também é marcada pelo início da metalurgia, o desenvolvimento de novas ferramentas, o 
crescimento das relações sociais e maior organização da sociedade. 
 
Na idade antiga, com as sociedades consolidadas, um governo central organiza e explora a 
força de trabalho de pequenos artesãos, soldados e serviçais, em troca de sustento, moradia e 
segurança. Verifica-se o aparecimento do trabalho escravo, realizado pela massa de vencidos 
nas guerras entre as tribos. O comércio baseado em trocas também se intensifica e alcança 
outras cidades, fator que trouxe o fortalecimento da economia e a criação da moeda para 
facilitar a circulação de mercadorias. 
 
A idade média, ao contrário da efervescência da idade antiga, a idade média trouxe o retorno 
da agricultura de subsistência. Iniciada com a queda do Império Romano do Ocidente, foi 
marcada pela economia de subsistência, agricultura familiar e servidão a um senhor, 
proprietário das terras. Neste período três classes sociais tornam-se bastante definidas: a 
Nobreza, o clero e o servo. A mobilidade social entre estes três grupos era inexistente. Os 
servos se sujeitavam ao clero e à nobreza em jornadas de trabalho exaustivas e eram 
frequentemente explorados pelas classes dominantes. A Idade Média dividiu-se em dois 
períodos distintos, sendo a primeira, denominada Alta Idade Média, marcada pela economia 
agrária voltada para a subsistência, comércio incipiente e forte sujeição a um senhor feudal 
com poderes limitados as suas terras e a Baixa Idade média, quando este modelo começa a 
declinar em virtude da renovação do comércio, do esgotamento da terra como meio de 
produção e das revoltas camponesas contra os abusos do senhor feudal. Neste período, 
verifica-se a primeira organização de trabalhadores em prol dos direitos de uma categoria. São 
as corporações de ofício, cuja principal função era organizar as relações de trabalho entre os 
mestres, aprendizes e companheiros e proteger a classe de abusos da aristocracia, que tratavam 
do estabelecimento de preços justos entre estes. 
 
O ressurgimento do artesanato e do comércio como forma de girar a economia e o esgotamento 
das terras como meio de produção levaram o Feudalismo ao fim. A escassez de alimentos, 
condições climáticas severas e a contaminação pela peste negra, que dizimou grande parte da 
população, fez com que as cidades retomassem seu ritmo de crescimento. Então, as antigas 
corporações de ofício deram lugar às fábricas e o Capitalismo vai tomando forma na sociedade 
emergente. Os antigos mestres agora começam a absorver a mão de obra oriunda do campo 
em troca de salários baixos. As monarquias Nacionais se consolidam e o comércio ultrapassa 
as fronteiras, realizando trocas com outros países. A exploração de novas terras, financiadas 
pelos monarcas, mais o crescimento da indústria dá origem a Burguesia. Daí surgem as 
organizações de trabalhadores em busca de condições dignas de trabalho. 
 
 As organizações sindicais começam a ser desenhadas a partir do século 17, quando os 
trabalhadores denominados proletários, começaram a se organizar para cobrar melhores 
condições de trabalho, como jornadas que respeitassem as condições físicas e de idade. Neste 
período, homens, mulheres e crianças eram submetidos às mesmas jornadas de trabalho, em 
condições insalubres, e por salários insuficientes para o sustento das famílias numerosas, o que 
exigia que os pais passassem a empregar seus filhos cada vez mais cedo. 
 
A revolução industrial, com a chegada da máquina a vapor, trouxe um estremecimento nas já 
conturbadas relações entre Burguesia e Proletariados, ao substituir trabalhadores por 
máquinas, e promover o desemprego em massa, levando os trabalhadores a se organizarem em 
torno de um ideal comum, nascendo assim os sindicatos, inspirados nas antigas corporações 
de oficio dos artesãos da idade média. Tais organizações foram duramente combatidas, 
encaradas como anarquismo por parte das classes dominantes, sendo inclusive reprimidas com 
leis bastante duras, a exemplo da Lei Chapelier, que baseada nos ideais libertários da 
Revolução Francesa e no Individualismo das ideias iluministas da época, consideravam ilegais 
as associações de classes. 
 
Mesmo assim, as agremiações de trabalhadores continuavam em funcionamento 
clandestinamente, apesar da forte repressão do Estado e das proibições impostas pelas leis da 
época. A resistência à exploração do Proletariado pelas classes dominantes da época se 
espalharam pelo mundo, dando lugar às ideias de Marx e Engels, transformando-se em uma 
luta política , que já não mais abrangia o enfrentamento entre patrões e empregados, mas que 
se estendia ao embate entre dois sistemas de produção de bens e mercadorias, o capitalismo 
com sua ideia de lucro e o socialismo, com a ideologia de repartição comunitária da produção, 
sem que ninguém obtenha lucros sobre o trabalho alheio. 
 
Após décadas de enfrentamento que chegou ao ápice com o Manifesto Comunista de Marx e 
Engels, greves e destruição de máquinas, os sindicatos começam, no século 18 a ser 
reconhecidos como entidades representativas dos direitos dos trabalhadores, na medida em 
que se reconhecem os direitos individuas do homem no Sec. XIX, especialmente o direito à 
Liberdade. 
 
3- O SURGIMENTO DO DIREITO COLETIVO DO TRABALHO. 
Muito embora países como a Inglaterra, berço da revolução industrial e a França tenham 
reconhecido o direito de associação dos trabalhadores, este direito não foi plenamente 
concedido, pois o Estado não garantiu autonomia às instituições,exercendo interferência nas 
associações laborais. 
Um marco na criação do Direito Coletivo do Trabalho, ou Direito Sindical, como defendem 
alguns doutrinadores, é a assinatura do Tratado de Versalhes, em 1919, logo após a I Guerra 
Mundial, onde também foi criada a Organização Internacional do Trabalho. O advento das 
Constituições representativas do Estado De Bem Estar Social (Constituição do México de 
1917, Constituição de Weimar de 1934 e a Constituição Brasileira, também de 1934) trouxe 
este caráter de reconhecimento dos direitos subjetivos do homem, e os estendeu para vários 
aspectos da vida humana, como as relações de trabalho, onde a desigualdade econômica do 
empregado frente ao empregador é uma constante desde que o homem passou a vender sua 
força de trabalho em troca de remuneração. 
 
Outro marco importante na consolidação do Direito Coletivo do Trabalho foi a publicação, em 
1945 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que no seu art. 23 traz preceitos 
fundamentais da proteção das relações de trabalho, condições dignas de sobrevivência para os 
trabalhadores. Daí em diante o Direito Coletivo do Trabalho encontrou espaço para seu 
desenvolvimento como ramo do Direito do Trabalho, favorecendo a consolidação de entidades 
sindicais em todo o mundo, com vistas à defesa dos interesses de categorias laborais, com 
vistas à redução dessa desigualdade na relação obrigacional configurada pelo vínculo 
empregatício. 
 
4- O DIREITO COLETIVO DO TRABALHO NO BRASIL. 
O Direito Coletivo Brasileiro se iniciou com a vinda de imigrantes para o Brasil, após a I 
Guerra Mundial, destacando-se os Italianos e Alemães, mais afetados pela desolação de sua 
terra natal após o conflito armado que devastou a Europa no início do sec. XX. Estes imigrantes 
vieram substituir a força de trabalho escravo, abolida pela Lei Aurea de 1888, mas que pouco 
ou nada absorveu desta mesma força de trabalho como mão de obra assalariada. O primeiro 
obstáculo que os estrangeiros tiveram que enfrentar foi justamente esse modelo escravista que 
vigorava no país desde a colonização, e atraídos por promessas de melhores condições de vida 
que as de seus países devastados pela guerra, não demora muito começam a se organizar em 
torno de condições mais justas de trabalho e remuneração. Inicialmente, não era uma luta 
política, apenas visava a busca de respeito às classes trabalhadoras que passavam a integrar a 
força produtiva, mas a integração de ideais de cunho político não tardou a acontecer, em 
virtude do momento vivido pelo país, que vivia a transição entre uma república recém instalada 
e com forte apelo aristocrata, para a ditadura populista de Getúlio Vargas. 
 
Foi um período marcado por muitas greves e conflitos entre patrões e trabalhadores. Apesar 
de os sindicatos serem regulamentados desde 1903, pelo decreto nº 979, que abrangeu os 
trabalhadores rurais e mais tarde pelo decreto nº 1637 de 1909, que alcançou os trabalhadores 
urbanos, esta não foi uma questão pacífica para o proletariado brasileiro durante muito tempo, 
seja por falta de uma liderança intelectual entre os trabalhadores, que mesmo se organizando 
em associações de classe ainda permaneciam subjugados pelos proprietários das terras e meios 
de produção, seja por falta de poder econômico que fizesse frente à capacidade do empregador. 
 
A chegada de Getúlio Vargas ao poder, em meados dos anos 30, se deu em meio a uma grande 
insatisfação das classes trabalhadoras e do enfraquecimento da economia, provocado pela 
decadência das exportações de café, que durante muito tempo foi a principal fonte de riquezas 
da Economia Brasileira. Na época vigorava a chamada Republica do Café com Leite, em que 
governantes paulistas e mineiros se revezavam no poder, mas pouco faziam pela população. 
 
O caráter intervencionista do governo de Getúlio Vargas foi um divisor de águas para o 
sindicalismo brasileiro. Ao mesmo tempo em que possibilita a melhoria das condições de 
trabalho com a regulamentação de reinvindicações como salário mínimo e controle de jornada 
de trabalho, também promove um forte controle sobre a atuação das entidades sindicais, 
tornando-as instituições ligadas ao Estado, visando conter as revoltas proletárias. A criação do 
Ministério do Trabalho em 1930 e a edição do decreto nº 19.770, de 1931 trazem uma 
modernização das relações de trabalho, com a instituição de salário mínimo e a 
regulamentação de jornada. Porém o controle estatal exerce seu poder e limita a autonomia 
das entidades sindicais, limitando a participação de estrangeiros e exigindo relatórios de suas 
atividades. 
 
A Constituição de 1934 foi um marco para o sindicalismo brasileiro ao permitir a pluralidade 
de sindicatos no território nacional, o que contrariava a postura intervencionista e limitante do 
estado sobre as associações. A carta magna de 34 tornou o sindicalismo brasileiro mais amplo 
e abrangente. Mas a revogação da carta constitucional quando instaurado o Estado Novo em 
1937 marcou um retrocesso na vida dos sindicatos, pois o controle estatal voltou a ser rígido 
como antes, com a subordinação ao Ministério do Trabalho e a perda da pluralidade sindical. 
As greves passam a ser tratadas como questão de segurança pública, merecendo repressão 
policial enérgica. Também foi retirado dos sindicatos o poder de promoção das negociações 
coletivas de condições de trabalho, transferindo a responsabilidade para o Ministério, abrindo 
precedentes para intervenção em caso de dissídios coletivos e intervenções nas estruturas dos 
sindicatos, que a esse tempo serviam como verdadeiras delegacias de fiscalização das 
atividades laborais a serviço do Governo. 
 
A intervenção estatal promovida pela Carta Magna de 1937 perdurou até a queda de Getúlio 
Vargas do Poder em 1946. A aprovação do Direito de Greve pela lei nº 9070 de 1946 traz de 
volta a possibilidade do uso do movimento paredista como forma de pressionar o empregador 
durante as negociações salariais, por exemplo. Daí em diante, poucas foram as mudanças na 
no Direito Sindical até a edição da Constituição Federal de 1988. 
 
Apesar do rígido controle estatal promovido durante o Estado Novo, é inegável a contribuição 
do período Getulista para as relações de trabalho no Brasil, pois foi exatamente quando se deu 
a criação da CLT, a Consolidação das Leis do Trabalho, que tem sua vigência estendida até os 
dias atuais, com a recepção de vários dispositivos pela Constituição Federal de 1988 e ainda 
hoje regula a aplicação dos direitos trabalhistas em todo o território nacional. 
 
5- A CLT E A REGULAMENTAÇÃO DAS RELAÇÕES COLETIVAS DE TRABALHO. 
A Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) é um marco na legislação brasileira, cujo objetivo 
principal é a proteção do trabalhador, frente as demandas do mercado. Lançada no dia 1º de 
maio de 1943, através do decreto-lei nº 5.452, surgiu da necessidade de um código para a 
regulamentação da Justiça do Trabalho, formalmente criada em 1941 por Getúlio Vargas. 
Como um documento extenso e que trata de tema controverso desde a abolição do regime 
escravista em 1888, a CLT tem várias fontes materiais, das quais se destacam as Conclusões 
do 1º Congresso Brasileiro de Direito Social de 1941, as convenções internacionais do 
Trabalho e a Carta Aberta a todos os Bispos da Igreja Católica, editada pelo Papa Leão XIII 
que tratava das condições das classes trabalhadores de então. 
 
Apesar das inovações trazidas no âmbito do direito trabalhista, como a regulamentação das 
relações individuais e coletivas, da criação da CTPS (Carteira de Trabalho e Previdência 
Social), e da regulamentação da criação das unidades sindicais, não se pode negar o caráter 
fascista da norma criada em plena ditadura Getulista, inspirada na Carta del Lavoro Italiana, 
de Benito Mussolini, com a clara função de controlar a classe trabalhadora. Desde a sua 
criação, a CLT vem sofrendo sucessivas atualizaçõespara se adequar às mudanças impostas 
pela sociedade cada vez mais plural e globalizada, abarcando atualmente, alguns temas que 
não teriam lugar na época de sua criação, como a proteção do trabalho da mulher, a garantia 
de tratamento igualitário a pessoas com deficiência e a normatização do trabalho doméstico, 
nos moldes atuais. 
 
Uma das funções primeiras da CLT é a normatização da aplicação do Direito Coletivo do 
Trabalho que apesar de não ser um ramo independente do ordenamento jurídico, possui 
princípios e normas particulares, pois tem um ângulo de atuação diferenciado sob o ponto de 
vista da autonomia privada e estatal destacando-se o Princípio da Liberdade Sindical, que se 
baseia-se no art. 5º, XVII e XX da CF/1988 e trata da autonomia coletiva que pode ser 
entendida sobre vários ângulos, desde a autonomia para integrar o grupo, atuar coletivamente 
perante a organização sindical e retirar-se dele quando assim o desejar, sem que acarrete 
sanções de qualquer espécie. Tal princípio também garante que a organização sindical não seja 
dependente de autorização do Estado, uma vez que a sua criação é iniciativa de uma 
determinada classe de trabalhadores com o intuito de organizarem a defesa de seus direitos. A 
norma trabalhista, apesar de garantir a liberdade sindical, com fulcro na Lei Maior desde a sua 
criação, traz detalhes importantes acerca do funcionamento das instituições, como a formação 
dos sindicatos, as fontes de receita, e os critérios para a adesão de seus membros, sem no 
entanto interferir na liberdade associativa tida como princípio fundamental. 
 
Uma imposição da CLT ao funcionamento dos sindicatos é a representação sindical de 
empregados de uma determinada categoria, independente da filiação ao sindicato. Uma vez 
existente a representação sindical da classe, independente de filiação, os trabalhadores passam 
a ter direitos assegurados sobre as conquistas obtidas nas negociações coletivas, contemplando 
assim, todos os trabalhadores da categoria. 
 
6- O DIREITO COLETIVO DO TRABALHO E A CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE 
1988. 
A Constituição Brasileira de 1988, inteiramente baseada na Dignidade da Pessoa Humana e 
que tem como um de seus princípios basilares, os Valores Sociais do Trabalho e da Livre 
Iniciativa, assegura aos trabalhadores direitos de associação, para que possam organizar-se e 
defender as suas pautas, como forma de diminuir a fragilidade econômica frente ao 
empregador, bem como obter mais forças na defesa de seus direitos como categoria. Outro 
fato interessante a destacar dessa característica é o fato de que, quando uma determinada 
categoria de trabalhadores se organiza, não necessariamente obriga a todos ao pertencentes 
aquela mesma categoria a se unir ao grupo. A conquiste direito por uma categoria trabalhadora, 
adquire status de direito difuso, alcançando a todos, independentemente de associação ou 
filiação sindical. A Carta Magna também garante o direito à greve, como forma d pleitear 
direitos. 
 
7- O DIREITO COLETIVO DO TRABALHO E A REFORMA TRABALHISTA. 
A Reforma Trabalhista, aprovada em 2017, através da Lei n 13.467 de 13 de julho de 2017, 
modificou substancialmente as relações de trabalho e alterou de forma significativa o acesso 
à justiça. Com isso, o Direito Coletivo do Trabalho vem passando por grandes transformações. 
Com a flexibilização das negociações entre patrão e empregado, bem como o enfraquecimento 
das entidades sindicais, o Direito Coletivo do Trabalho se vê diante da necessidade de se 
adaptar à essa nova realidade. 
 
CONCLUSÃO. 
O Direito Coletivo do Trabalho, como visto, acompanha a humanidade desde os tempos 
antigos, atuando como um balizador das relações de trabalho e emprego, desde que a força 
laboral humana passou a ser empregada e remunerada, buscando afastar a escravidão, 
garantindo a observância dos direitos inerentes à pessoa humana, aplicados à relação de 
trabalho e emprego.

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