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EXCELENTISSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL DA FAZENDA PUBLICA DA COMARCA DE SANTA MARIA /RS DISTRIBUIÇAO EM CARATER DE URGENCIA – MEDICAMENTOS Débora Fagundes, Brasileira, casada, do lar, portador do documento de RG sob nº ______, e CPF cadastrado sob nº_______, Cartão do SUS nº____, residente e domiciliada na rua________ nº______ no município de _____, CEP____, incapaz para os atos da vida civil, representado por seu marido, Dirceu Fagundes, Nacionalidade, casado, pedreiro, portador do documento de RG sob nº______, e CPF cadastrado sob nº ________, residente e domiciliada na rua________ nº______ no município de _____, CEP____, Endereço eletrônico, vem perante esse juízo vem por intermédio de seu advogado com fulcro no art 300 do código de processo civil propor a seguinte: AÇÃO PARA FORNECIMENTO DE MEDICANTOS c/c TUTELA DE URGENCIA ANTECIPADA pelo procedimento comum a teor dos arts. 318 e 319, do código de processo civil, em face do ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, pessoa jurídica de direito público, na pessoa do secretário estadual da saúde, o qual deverá ser citado através do procurador geral do estado, no centro administrativo do consubstanciado nas razões de fato e de direito que passa a expor: I-DA GRATUIDADEDA JUSTIÇA: De acordo com os fatos narrados, tendo em vista que a autora é pobre, seus rendimentos e de sua família provem exclusivamente de seu marido que recebe o total de R$ 1.800,00, portanto não tem condições de arcar com as custas do processo por isso tem direito a gozar da gratuidade da justiça nos termos do art. 98 do CPC. II-DO CURADOR ESPECIAL: A autora se encontra incapacitada por conta da doença de Alzheimer, porém ainda não foi interditada e por este motivo precisa ser representada por um curador especial neste processo nos termos do art 72, I CPC. III-DOS FATOS: Débora Fagundes casada com Dirceu Fagundes, sofre de Alzheimer (CID10), doença que a deixou incapacitada para os atos da vida civil, no entanto, ainda não foi interditada pelo marido. O casal tem 2 filhas com 13 e 11 anos e vive apenas dos rendimentos de Dirceu, que é pedreiro. Em função da doença Débora necessita tomar medicação especial, de forma continuada, que custa mensalmente R$ 2.300,00. Conforme atestado pelo médico, a falta do medicamente agravará ainda mais a saúde de Débora, podendo, com o tempo, levá-la a óbito. Conforme os protocolos do Ministério da Saúde, o fornecimento desse medicamento é responsabilidade do Estado. Portanto, Dirceu não tem condições de arcar com as custas do medicamento sem prejuízo do sustento da família. IV- DO DIREITO: Em razão do exposto acima a pretensão encontra-se amparada na CF que consagra em seu art 1º, III a dignidade da pessoa humana assim como no caput do art 5º garante a todos o direito à vida, que no caso encontra-se em risco caso não seja concedido o medicamento. Dessa maneira assentado ao direito à vida está o direito a saúde, art 196 CF, que estabelece que a saúde é direito de todos e dever do Estado enunciando assim um direito subjetivo particular correspondente a um dever jurídico do estado proporcionar o tratamento adequado e necessário á pessoas hipossuficientes. No presente caso de acordo com os fatos narrados a tutela provisória de urgência antecipada deve ser concedida de acordo com o art 300 CPC e seguindo seus requisitos de probabilidade do direito e o perigo do dano, ambos se encontram provados no atestado médico que mostra a doença que a acomete e justifica o fato da urgência ao dizer que se a autora não tomar o medicamento poderá vir a óbito. V-DOS PEDIDOS: Pelo exposto o autor requer: a) O benefício da gratuidade da justiça b) A nomeação de um curador especial Senhor Dirceu Fagundes. c) A concessão de liminar, tutela provisória de urgência para determinar que o estado forneça medicamentos no prazo de 48h sob pena de bloqueio de valores. d) Intimação do Ministério Público em função da incapacidade da autora e do interesse público. e) Produção de prova documental f) A procedência do pedido para condenar o estado a fornecer a medicação pelo período que for necessário g) Condenação do estado em pagar custas e honorários h) não há interessa na audiência de conciliação não se fazendo necessária a designação da audiência de instrução e julgamento. Dá a causa o valor de R$27.600,00 termos em que pede e espera-se o deferimento. Santa Maria, RS – 26/03/2020 Deise Bolzan de Freitas OAB