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(Avaliação regimental) ESTUDO SOBRE A REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO Grupo 2 – Mauá e Cotia Ana Flávia Terlechi | Aidson Barberino | Rafaela Kaiser 1515873-0 | 1508337-3 | 1510927-5 Arquitetura e Urbanismo Planejamento Urbano e Regional II 2018 PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II ANA FLÁVIA TERLECHI | AIDSON BARBERINO | RAFAEA KAISER 2 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 4 2. MAUÁ .................................................................................................................. 5 2.1. Caracterização ............................................................................................................ 5 2.1.1. Dados .................................................................................................................... 5 2.1.2. Plano diretor .......................................................................................................... 6 2.1.3. Mobilidade urbana e elementos ........................................................................... 10 2.1.4. Características de relevo e hidrografia ................................................................ 13 2.1.5. Características de renda ...................................................................................... 15 2.1.6. Patrimônio cultural, histórico e natural ................................................................. 16 2.1.7. Uso e ocupação do solo ...................................................................................... 18 2.2. Vínculo com o município de São Paulo ................................................................. 21 2.2.1. Acessos e meios de transporte ........................................................................... 21 2.2.2. Nível de dependência de São Paulo ................................................................... 23 2.3. Vínculo com outros municípios da região metropolitana .................................... 24 2.3.1. Acessos e meios de transporte ........................................................................... 24 2.3.2. Nível de dependência de outros municípios ........................................................ 25 2.4. Cenários futuros ....................................................................................................... 26 2.4.1. Cenário Utópico ................................................................................................... 26 2.4.2. Cenário Provável ................................................................................................. 27 2.5. Propostas .................................................................................................................. 27 3. COTIA ............................................................................................................... 30 3.1. Caracterização .......................................................................................................... 30 3.1.1. Dados .................................................................................................................. 30 3.1.2. Plano diretor ........................................................................................................ 31 3.1.3. Mobilidade urbana e elementos ........................................................................... 33 3.1.4. Características de relevo e hidrografia ................................................................ 34 3.1.5. Características de renda ...................................................................................... 37 3.1.6. Patrimônio cultural, histórico e natural ................................................................. 37 3.1.7. Uso e ocupação do solo ...................................................................................... 39 3.2. Vínculo com o município de São Paulo ................................................................. 42 3.2.1. Acessos e meios de transporte ........................................................................... 42 3.2.2. Nível de dependência de São Paulo ................................................................... 43 3.3. Vínculo com outros municípios da região metropolitana .................................... 43 PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II ANA FLÁVIA TERLECHI | AIDSON BARBERINO | RAFAEA KAISER 3 3.3.1. Acessos e meios de transporte ........................................................................... 43 3.3.2. Nível de dependência de outros municípios ........................................................ 44 3.4. Cenários futuros ....................................................................................................... 45 3.4.1 Cenário Utópico .................................................................................................... 45 3.4.2 Cenário Provável .................................................................................................. 46 3.5. Propostas .................................................................................................................. 46 4. CONCLUSÃO.................................................................................................... 51 BIBLIOGRAFIA ....................................................................................................... 52 PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II ANA FLÁVIA TERLECHI | AIDSON BARBERINO | RAFAEA KAISER 4 1. INTRODUÇÃO Como parte do escopo da matéria de Planejamento Urbano e Regional II, do oitavo semestre do curso de Arquitetura e Urbanismo, este trabalho consistirá num estudo aprofundado de dois municípios da região metropolitana de São Paulo, sendo Mauá e Cotia. O trabalho será divido em três partes, a primeira apresentando as características geográficas de cada região, instrumentos urbanísticos como plano diretor, a mobilidade urbana, uso e ocupação do solo entre outros. Em seguida uma profunda análise sobre o vínculo que cada município apresenta com o Município de São Paulo e com toda a região metropolitana, focando nos acessos aos meios de transporte e a dependência que o determinado município apresenta. E por último, análises através dos cenários e propostas futuras voltadas para os problemas que são reconhecidos anteriormente. Ambos os municípios apresentam deficiências diversas, porém para este trabalho foi selecionado apenas dois fatores. O primeiro é o estudo desenvolvido sobre os serviços oferecidos pela prefeitura que estão voltados para o transporte público coletivo (em especial a frota de ônibus), e que variam tanto da quantidade de veículos disponíveis nas ruas, como a distância de cada parada e o tempo médio de viagens diárias. O segundo ponto abordado foi a renda per capita familiar, onde o conteúdo varia tanto das pesquisas (através de gráficos) sobre os valores atuais/ últimos anos, quanto o possível motivo que está por trás desse fato. As propostas futuras elaboradas, se encontram no final deste trabalho e focam especificamente nesses dois pontos, apresentando apenas algumas sugestões para ambas as regiões. Os projetos buscam melhorar a vida na cidade, de modo a facilitar a circulação e acessibilidade com serviços de qualidade do transporte público, junto com boas e fartas ofertas de empregos dentro de cada município, priorizando o curto deslocamento dos habitantes, desse modo melhorando a qualidade de vida. PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II ANA FLÁVIA TERLECHI | AIDSON BARBERINO | RAFAEA KAISER 5 2. MAUÁ 2.1. Caracterização 2.1.1. Dados Área total: 62.293 km² Área Urbana: 43.605 km² - Aproximadamente 70% Área Rural: 6.229 km² - Aproximadamente 10% População: 462.005 hab (IBGE 2017) DensidadeDemográfica: 6748,84 hab/km². Altitude: 764 m. Bairros: 117. Distância da Capital: 26 km. IDHM: 0,766 (274ª posição entre os 5.565 municípios brasileiros - IBGE 2010). PIB: R$ 11.329.503.000,00 (IBGE 2014). PIB per capita: R$ 25.245,34 (IBGE 2014). Imagem 1: Município de Mauá e seu entorno. Fonte: Google Maps. PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II ANA FLÁVIA TERLECHI | AIDSON BARBERINO | RAFAEA KAISER 6 2.1.2. Plano diretor O Plano Diretor é o principal instrumento de desenvolvimento de um Município, que tem como principal finalidade traçar uma direção para a atuação do poder público e do privado, na construção de espaços urbanos/rural e na demanda de serviços públicos que são essenciais, visando proporcionar uma melhor qualidade de vida para a população. O Plano Diretor mais atual do Município de Mauá foi aprovado em março de 2007 e teve como objetivo orientar da melhor maneira o desenvolvimento do Município, tanto na questão econômica como social. Os principais projetos e objetivos do Plano Diretor se resumem em: • No oferecimento de condições adequadas para as atividades econômicas; • Moradia digna para os habitantes; • Infraestrutura urbana de boa qualidade, integrando a ocupação territorial e que assim atendem as necessidades básicas da população; • Boa demanda de serviços e equipamentos públicos; • Preservação e recuperação do meio ambiente; • Aumentar os espaços voltados para atividades culturais, esportivas entre outras; • Proteção, conservação e restauração do patrimônio cultural (material/imaterial) do Município. Em relação ao desenvolvimento econômico e social, o Plano estabelece uma melhor qualidade de vida da população, tanto na questão de moradia dignas, como também no aumento da demanda de empregos, isso através do incentivo ao investimento das atividades econômicas da região, dando ênfase a micro, pequena e média empresa. Além disso, criação de programas para capacitação profissional e incrementar uma estratégia pública voltada para novos possíveis empreendimentos. Na questão da estrutura urbana, em especial o uso e ocupação do solo, planeja também ordenar e controlar o crescimento do Município, estabelecendo uma prioridade de investimentos em áreas definidas de estrutura territorial. A estrutura urbana será dividida da seguinte maneira: Macrozonas: • Macrozona Adensável – MZA; • Macrozona Não Adensável - MZNA; PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II ANA FLÁVIA TERLECHI | AIDSON BARBERINO | RAFAEA KAISER 7 Zonas de Uso e Áreas Especiais: • Zonas de Uso Diversificado - ZUD (subdividida em ZUD 1 - Adensável e ZUD 2 - Não Adensável); • Zonas de Desenvolvimento Econômico - ZDE; • Zonas de Ocupação Controlada - ZOC; • Área de Proteção e Recuperação dos Mananciais - APRM; • Áreas Especiais de Interesse Social - AEIS; • Áreas Especiais de Interesse Ambiental - AEIA; • Áreas Especiais de Interesse Cultural - AEIC. A estruturação territorial urbana terá suas delimitações estabelecidos pela lei de uso e ocupação do solo nos limites impostos pelo Plano Diretor. Como as Macrozonas são definidas como adensável e não adensável, elas orientam a implantação de novas atividades e categorias de uso, conforme o relevo, a infraestrutura já instalada, a quantidade e distribuição dos equipamentos públicos e de serviços urbanos Imagem 2: Zonas definidas no plano diretor. Fonte: Prefeitura de Mauá. PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II ANA FLÁVIA TERLECHI | AIDSON BARBERINO | RAFAEA KAISER 8 Imagem 3: Macrozonas definidas no plano diretor. Fonte: Prefeitura de Mauá. A Macrozona adensável (MZA) proporciona a requalificação e ordenação da urbanização da região, em áreas onde suporta maior adensamento e que já tenham uma infraestrutura instalada. Já a Macrozona não adensável (MZNA) foca mais em áreas com carência em infraestrutura e promove a recomposição de zonas por meio da recuperação de áreas ocupadas irregularmente, aumentando a fiscalização e mantendo o controle das áreas de interesse socioambientais junto com a implantação de novos projetos sociais e econômicos, sempre visando melhorar a qualidade de vida dos residentes. As Zonas de Uso Diversificado (ZUD), tem como finalidade localizar os estabelecimentos comerciais/industriais para assim complementar as atividades do meio urbano que se situam no entorno. As Zonas de Desenvolvimento Econômico (ZDE) destinam-se a estimular/incentivar as áreas com propriedades para o desenvolvimento econômico e sustentável. Já as Zonas de Ocupação Controlada (ZOC) são áreas que resultaram da ocupação desordenada e irregular, mas que foram ocorridas dentro dos limites da Área de Proteção e Recuperação dos Mananciais, que tem como características a falta de infraestrutura e que se encontram em situação de risco geotécnico. A Área de Proteção e Recuperação dos Mananciais (APRM), tem por finalidade promover a conservação e manutenção da qualidade ambiental, dos recursos naturais e buscam diminuir os impactos ambientais, qualificando os assentamentos PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II ANA FLÁVIA TERLECHI | AIDSON BARBERINO | RAFAEA KAISER 9 existentes e resolvendo a regularização urbanística e fundiária. Já as Áreas Especiais de Interesse Social (AEIS), tem como prioridade a regularização fundiárias, junto com a urbanização dos empreendimentos de interesse social, a instalação de novos equipamentos públicos incluindo recreação, lazer, comércio, serviços de interesse local entre outros. As Áreas Especiais de Interesse Ambiental (AEIA) são áreas destinadas a proteção e recuperação da paisagem do meio ambiente, sejam elas públicas ou privadas. As Áreas Especiais de Interesse Cultural (AEIC) são áreas onde seus objetivos focam no patrimônio cultural do Município, apresentando projetos para a preservação dos mesmos e dos registros, como traçado urbano, monumentos, bem tombados ou não, entre outros. Em 2014, a Prefeitura e Mauá enviou para a Câmara Municipal um novo projeto de lei destinado a equilibrar e atualizar as relações entre residências, comércio e indústria no Município. Se trata do Projeto de Lei de Uso e Ocupação do Solo (LUOS), que foi elaborado pela secretaria de Planejamento Urbano. O projeto é fruto de 12 meses de trabalho onde o objetivo é atrair investimentos de forma ordenada, remodelando os espaços da cidade. O município de Mauá evoluiu muito após a construção do Rodoanel, fato que ajudou na elaboração de projetos e leis tanto na parte social, como ambiental, econômica, urbanística entre outros. Tendo como objetivo a evolução ordenada da região e consequentemente melhorando a vida dos cidadãos. PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II ANA FLÁVIA TERLECHI | AIDSON BARBERINO | RAFAEA KAISER 10 2.1.3. Mobilidade urbana e elementos Segundo os resultados da Pesquisa Origem/Destino da RMSP, realizada pelo Metrô/SP em 2007, os moradores do Município de Mauá realizam cerca de 410 mil viagens todos os dias, o que representa 15,8% das viagens da região do ABC e 2,3% do total da Região Metropolitana de São Paulo. Imagem 4: Mapa do sistema viário de Mauá. Fonte: Prefeitura de Mauá. Considerando o IMU (Índice de Mobilidade Urbana) e relacionando a quantidade de viagens diárias e a população residente, o Município de Mauá apresenta mais de 2 viagens por habitante diariamente. Geralmente este indicador está relacionado à renda, onde quanto maior a renda maior o indicativo de viagens por habitante/dia. Porém, conforme análises socioeconômicas, Mauá apresenta uma renda média mais baixa do que na RMSP. O gráfico de mobilidade urbana (Imagem 05) mostra que apesar do município apresentar indicadores próximos aos do ABC e RMSP, a quantidade de viagens por veículo motorizadoindividual é 35% a menos do que no ABC e 18% a menos da média da RMSP. Porém, a quantidade de viagens por transporte não motorizado (a pé e bicicleta) é maior, apresentando 35% superior em relação ao ABC e 54% a mais que na Região Metropolitana de São Paulo. PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II ANA FLÁVIA TERLECHI | AIDSON BARBERINO | RAFAEA KAISER 11 Imagem 5: Gráfico de mobilidade urbana de Mauá. Fonte: RMSP (2007). A pesquisa foi realizada por usuários frequentes do veículo motorizado, utilizando-o todos os dias (47%), 6 vezes por semana (6,3%) ou 5 vezes por semana (3,8%). De acordo com o gráfico abaixo (Imagem 06), a maioria dos entrevistados utiliza o transporte individual pelas principais qualidades: ● Conforto – 44,3% ● Rapidez – 29,7% ● Transporte público demora a passar - 20,9% Uma outra parcela (20%) relaciona essa escolha com diversos problemas do serviço de transporte público, tais como: ● Ausência do serviço – 3,8% ● Insuficiência dos horários – 10,1% ● Lotação – 2,5% ● Má qualidade – 4,4% Imagem 6: Gráfico de mobilidade urbana de Mauá. Fonte: Oficina Consultores. PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II ANA FLÁVIA TERLECHI | AIDSON BARBERINO | RAFAEA KAISER 12 O motivo da viagem também foi apontado como razão para a escolha do veículo particular. Ao serem questionados sobre a possibilidade de ser utilizada um outro meio de transporte, 54% dos usuários não deixariam de utilizar automóvel, enquanto 35% passariam a usar ônibus se a qualidade melhorasse, 3% poderiam utilizar bicicleta, só não fazem por falta de ciclovia e 4% poderiam caminhar se as calçadas e sinalização apresentassem melhores condições. Ao serem questionados sobre os principais problemas no trânsito, o congestionamento se destaca, conforme o gráfico abaixo. Imagem 7: Gráfico de problemas no trânsito de Mauá. Fonte: Oficina Consultores. Em abril de 2017, a Prefeitura de Mauá apresentou um novo projeto para o Plano Municipal de Mobilidade Urbana, onde orienta as políticas públicas que precisam ser implementadas nos próximos anos. O documento foi elaborado durante dois anos, considerando as opiniões de usuários e abrange um estudo estrutural de diferentes objetivos para a cidade como transporte público, transporte particular, ciclovias e pedestres. Entre as propostas apresentadas estão a reforma dos terminais rodoviários, a descentralização dos ônibus (permissão para que o usuário troque de linhas usando a integração sem precisar ir até o terminal central), a ampliação e revitalização do calçadão central e das ciclovias, melhoria das sinalizações e trechos viários para que seja possível utilizar vias menos procuradas conectadas aos acessos para outras cidades. PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II ANA FLÁVIA TERLECHI | AIDSON BARBERINO | RAFAEA KAISER 13 2.1.4. Características de relevo e hidrografia O município está localizado a 818 metros acima do nível do mar, entre a Serra do Mar e o Planalto Paulista. Em decorrência disso, o clima é considerado subtropical, apresentando temperaturas médias durante boa parte do ano (em torno de 18ºC e dificilmente ultrapassa os 30ºC no verão. No inverno, a média é entre 9º a 14ºC. A formação de morros e picos íngremes, típicos da Serra do Mar prevalece na paisagem “mauaense”, além de profundos vales, hoje aterrados, justifica a alta incidência de enchentes. Somente na região do Rio Tamanduateí, em especial no bairro Capuava, é a única área tipicamente plana. O ponto mais alto do município é o Morro do Pelado, com 867 metros de altitude (o terceiro mais alto da Grande São Paulo). Como o relevo é acidentado, com poucas áreas planas e diversos cursos d’água que são sujeitos a alagamentos, estes são estados naturais que necessitam de um rígido crescimento urbano. Imagem 8: Mapa altimétrico de Mauá. Fonte: Prefeitura de Mauá. A característica principal da hidrovia do município de Mauá são que os cursos d’água dos rios que passam pela região nasceram em seu próprio território e não em outro município. Os rios presentes são: • Rio Tamanduateí (terceiro principal da Grande São Paulo); PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II ANA FLÁVIA TERLECHI | AIDSON BARBERINO | RAFAEA KAISER 14 • Rio Oratório; • Rio Pinheirinho; • Rio Guaió. Os principais córregos que cruzam a área urbana da cidade são: • Córrego Taboão; • Córrego Corumbé; • Córrego Capitão João. Com a ocupação irregular de suas várzeas a o recorrente aterramento agravaram o índice de alagamentos. Para amenizar esse problema, a Prefeitura junto com o Governo do Estado entre 1998 e 2002, construíram quatro “piscinões” com o papel de reter as águas, assim amenizar o impacto nas áreas de risco de alagamento. Imagem 9: Mapa da hidrografia de Mauá. Fonte: Prefeitura de Mauá. Mauá possui paisagens naturais ricas devido ao seu relevo e altitudes. Nas encostas, a Mata Atlântica predomina, mesmo misturada com espécies do Planalto Paulista e as araucárias típicas do clima da região. As várzeas eram cobertas por juncos e taboas, que são plantas típicas de áreas alagadas/pantanosas, atualmente somente o córrego Taboão possui sua vegetação natural, porém isso tende a mudar devido às obras viárias para a conexão com o Rodoanel. O pico dos morros junto com PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II ANA FLÁVIA TERLECHI | AIDSON BARBERINO | RAFAEA KAISER 15 o mais alto do município (Morro Pelado) apresenta uma vegetação muito rala e graminhas, característica que levou a este nome. Imagem 10: Morro pelado. Fonte: Tripadvisor. 2.1.5. Características de renda A renda per capita do município de Mauá cresceu cerca de 31,43% nas últimas duas décadas, que passou de R$539,64 em 1991, para R$557,39 em 2000 e para R$709,25 em 2010. Esses dados equivalem a uma taxa média anual de 1,45%. A proporção de pessoas pobres (renda domiciliar inferior a R$140,00) passou de 8,26% (1991), para 11,34% (2000) e para 5,28% (2010). Esta evolução da desigualdade de renda durante esses períodos pode ser descrita através do índice de Gini, que passou de 0,42 (1991), para 0,46% (2000) e para 0,44 (2010). O índice de Gini (Imagem 11) é um instrumento que mede o grau de concentração de renda. Ele aponta a diferença entre os ganhos dos mais pobres e dos mais ricos. Esse índice varia entre 0 e 1, onde 0 representa uma situação de total igualdade e 1 significa completa desigualdade de renda. PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II ANA FLÁVIA TERLECHI | AIDSON BARBERINO | RAFAEA KAISER 16 Imagem 11: Taxa de renda, pobreza e desigualdade. Fonte: IPEA. 2.1.6. Patrimônio cultural, histórico e natural O patrimônio natural de Mauá é composto pela rica fauna e flora e por diversos parques municipais. Um dos mais conhecido é o Parque Ecológico Gruta Santa Luzia (Imagem 12), mais conhecido como Parque da Gruta. Com mais de 450.000 m², o parque é composto por uma grande área de mata nativa e áreas de reflorestamento com eucaliptos. Como ele faz divisa com áreas de proteção aos mananciais, acaba sendo refúgio para pequenos mamíferos, aves e répteis. Nele se encontra nascentes do Rio Tamanduateí integrante da bacia hidrográfica do alto Tietê. Além deste parque, outro bastante popular é o Paço Municipal, pois fica localizado em uma região mais central e de fácil acesso da cidade. Em relação ao patrimônio histórico, temos como um dos mais importantes bens tombados do município, a Casa Bandeirista Barão de Mauá, construída no século XVIII e hoje se encontra a sede do Museu Barão de Mauá (Imagem 13). É de origem renascentista e a técnica de construção utilizada foi a taipa de pilão. Outro bem material tombado famoso é a Igreja Matriz Nossa Senhorada Conceição (Imagem 15), que foi construída em homenagem à padroeira da cidade e possui grandes referências tanto do processo migratório quanto dos canteiros (antigos cortadores de pedra). Um dos lados da construção homenageia dos imigrantes o outro representa os artísticos canteiros que construíram o interior da matriz. PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II ANA FLÁVIA TERLECHI | AIDSON BARBERINO | RAFAEA KAISER 17 Imagem 12: Parque Ecológico Gruta Santa Luzia. Fonte: Prefeitura de Mauá. Imagem 13: Casa Bandeirista Barão de Mauá. Fonte: Prefeitura de Mauá. PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II ANA FLÁVIA TERLECHI | AIDSON BARBERINO | RAFAEA KAISER 18 Imagem 14: Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição. Fonte: Prefeitura de Mauá. 2.1.7. Uso e ocupação do solo A LUOS (Lei de Uso e Ocupação do Solo) já está sendo executada desde 2014 no Município de Mauá e corresponde a Lei 4968/2014, estando em vigor especificamente desde o dia 10 de julho após ter sido aprovada na Câmara Municipal. A LUOS foi aprovada pois suas propostas não alteram os conceitos do Executivo, que consiste em controlar e ordenar as atividades industriais, residenciais e comerciais com vista no equilíbrio urbano, na qualificação dos espaços junto com a qualidade de vida. Algumas das principais melhorias que constam no LUOS são: ● Taxa de ocupação: A LUOS definiu a taxa de ocupação em 70%, ou seja, em um território de 100 m² de área, a edificação corresponde a 70% do total. Com a área restante de 30% livre, o ambiente fica mais agradável para o morador, onde irá receber mais luz solar e ventilação. ● Coeficiente de aproveitamento: É definido dois coeficientes de aproveitamento, que será de 1,5 e 2. O coeficiente de 1,5 significa que a edificação pode corresponder a até uma vez e meia a área do terreno e esse coeficiente é aplicado em regiões com pouca infraestrutura e terrenos declives. PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II ANA FLÁVIA TERLECHI | AIDSON BARBERINO | RAFAEA KAISER 19 Já o coeficiente 2 permite construir até duas vezes e é estabelecido em áreas com menores declividades e mais evoluídas estruturalmente; ● Ocupação racional dos espaços: Uma novidade introduzida pela lei é a ocupação mais harmoniosa dos espaços da cidade. Como alguns tipos de serviços geram incômodos à vizinhança, só será permitido a construção de serralheria ou oficina de funilaria e pintura, por exemplo, em zonas onde se predominam comércios e outros serviços, não mais em vias locais e de perfil residencial. • Operações Urbanas Consorciadas: A LUOS introduz as Operações Urbanas Consorciadas no Município, que se trata de um instrumento urbano aplicado em projetos voltados para a requalificação do espaço em determinadas regiões. No gráfico abaixo, é possível analisar como era o uso e ocupação do solo antes da criação da LUOS. Imagem 15: Mapa de uso e ocupação do solo. Fonte: Emplasa. PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II ANA FLÁVIA TERLECHI | AIDSON BARBERINO | RAFAEA KAISER 20 Imagem 16: Mapa de áreas de reflorestamento. Fonte: Emplasa. Imagem 17: Mapa de áreas urbanizadas e favelas. Fonte: Emplasa. PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II ANA FLÁVIA TERLECHI | AIDSON BARBERINO | RAFAEA KAISER 21 2.2. Vínculo com o município de São Paulo 2.2.1. Acessos e meios de transporte O sistema municipal de transporte público de Mauá é operado atualmente pela Empresa Suzantur, que possui uma frota de 200 veículos distribuídos em 49 linhas. Como as linhas municipais possuem características radiais, 90% das linhas tem destino ao Terminal Central, quatro das grandes linhas alimentam os terminais menores e uma linha menor alimenta os bairros. Imagem 18: Mapa de rede de transporte coletivo municipal. Fonte: PlanMob Mauá. Já o sistema de linhas intermunicipais (Imagem 19), que atualmente é gerenciado pela EMTU – Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos, possui 21 linhas que atendem o município de Mauá, destas 21 linhas, 15 são comuns, 1 abrange o sistema Corredor ABC e cinco são seletivas. Este conjunto de transporte possui 154 veículos, que realizam em média 1,5 mil viagens diariamente, percorrendo cerca de 39 mil quilômetros em um dia útil e 961 mil quilômetros por mês. Em relação ao sistema de trem, a região é atendida pela Linha 10 – Turquesa da CPTM, que possui três estações: Capuava, Mauá e Guapituba. Esta linha possui PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II ANA FLÁVIA TERLECHI | AIDSON BARBERINO | RAFAEA KAISER 22 37,2 km, integra a rede metroferroviária da RMSP, se conectando ao eixo sudeste no ABC Paulista, que possui 13 estações: Brás, Mooca, Ipiranga, Tamanduateí, São Caetano, Utinga, Prefeito Saladino, Santo André, Capuava, Mauá, Guapituba, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Um dos planos que a CPTM tem para Mauá futuramente é a implantação na região o Expresso ABC, que seria um serviço realizado paralelamente à Linha 10 – Turquesa, que fará ligação semi-expressa entre Mauá e o Centro da Capital. Com essa nova opção de transporte público, os usuários terão uma diminuição no tempo de viagem, ganhando tempo em até 30%. Imagem 19: Mapa de rede de transporte coletivo intermunicipal. Fonte: PlanMob Mauá. • Complexo Viário Jacu-Pêssego: Estabelecida após a conclusão do trecho Sul do Rodoanel Mário Covas, o Complexo Viário Jacu-Pêssego é uma nova via criada para facilitar o acesso à Rodovia Ayrton Senna, servindo também como uma nova opção para o trecho leste do rodoanel. Infelizmente, a sua função viária que faz ligação em Mauá é limitada, pois possui poucos acessos, dessa forma servindo mais como fluxos de passagem. • Estrada Adutora de Rio Claro: Como uma possível alternativa de ligação entre o Município de São Paulo e Mauá, temos a estrada Adutora do Rio Claro, que conecta bairros da região norte da cidade (Vila Magini em Mauá até Parque PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II ANA FLÁVIA TERLECHI | AIDSON BARBERINO | RAFAEA KAISER 23 São Rafael em São Paulo). A origem da via se localiza na Rua Washington Luiz com a Rua da Pátria, chegando no Município de São Paulo pela Estrada de Santo André até o Parque São Rafael e em seguida até à Av. Sapopemba. 2.2.2. Nível de dependência de São Paulo Como a Região Metropolitana de São Paulo possui 39 municípios, é considerado um dos maiores e mais importantes polos de riqueza nacional. E é o Município de São Paulo que integra todas as sub-regiões. Seu PIB (Produto Interno Bruto) em 2015 correspondia a aproximadamente 17,6% do total brasileiro e mais da metade do PIB paulista, que na época correspondia a 54,5%. Com grandes resultados de PIB anualmente, é de se imaginar que grande parte da população reside no Município de São Paulo, essa quantidade corresponde a 50% da população estadual (21,6 milhões aproximadamente). Além da numerosa quantidade de habitantes, o município abriga importantes complexos industriais como o do ABC, polos comerciais e principalmente financeiros, que organizam e dinamizam as atividades econômicas do país. Como o Município de São Paulo centraliza boa parte das decisões políticas, econômicas e sociais da RMSP, é de se esperar que os municípios menores que se localizam no entorno tenham certas dependências e correlações com o município. Um dos exemplos é a grande quantidade de locomoções diárias exercidas pelos habitantes de Mauá, que se deslocam até o Município de São Paulo seja para trabalhar, procurar oportunidades de emprego, buscar mais alternativas de lazer, entre outros. Porém, ligado a essa demanda temos a escassez de opções de transporte público coletivo, que liga Mauá ao Município de São Paulo, visto que são poucas linhas de ônibusintermunicipais para a grande quantidade de pessoas e apenas uma linha de trem (Linha 10 – Turquesa da CPTM). Como o Município de São Paulo é interligado com outros municípios como os da Zona Norte, Oeste e Sudeste, a maioria da população vai até o município pela grande demanda de serviços públicos gerais como transporte, educação, saúde, lazer etc e também para chegarem até o que se encontram nas outras extremidades, por conta de uma maior quantidade de transportes públicos disponíveis (Imagem 20). PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II ANA FLÁVIA TERLECHI | AIDSON BARBERINO | RAFAEA KAISER 24 Imagem 20: Mapa de municípios vizinhos à Mauá. Fonte: Emplasa. 2.3. Vínculo com outros municípios da região metropolitana 2.3.1. Acessos e meios de transporte Atualmente, no Município de Mauá, o principal meio de transporte público vinculado com os outros 38 municípios da Região Metropolitana de São Paulo é a Linha 10 – Turquesa da CPTM, porém outra possibilidade de integração regional que é proposta no Plano Regional é uma melhor exploração entre os serviços municipais, ou seja, apesar da limitada condição dos serviços municipais por se restringirem aos seus limites territoriais a interrelação entre os municípios da RMSP é tão intensa que mesmo inexploradas, ocorre a interação entre linhas municipais, onde as mesmas chegam a se “tocar” em bairros próximos nas divisas municipais, sendo alguns deles já caracterizados como sub-centros locais com alta concentração de serviços, de pontos terminais de linhas de ambos os municípios porém sem nenhuma infraestrutura que ofereça boas condições para os passageiros e operadores. O atual Plano de Mobilidade Urbana foi desenvolvido com base no Plano Diretor de Desenvolvimento do Município, que tem como principal objetivo promover a integração do município com a RMSP, garantindo as condições necessárias para priorizar o transporte público coletivo. O Município de Mauá faz parte da Região do Grande ABC (Mauá, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra), junto com esses seis municípios, a região integra o Consórcio PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II ANA FLÁVIA TERLECHI | AIDSON BARBERINO | RAFAEA KAISER 25 Intermunicipal Grande ABC, que foi criado com o objetivo de facilitar nas ações de forma unificada e de caráter regional. O Plano de Mobilidade para a região do ABC foi concluído em 2013, tendo como principal conteúdo, propostas de reestruturação de serviços voltados para o transporte coletivo, reorganizando as redes municipais e metropolitana de forma mais harmônica. Como principal proposta, o Plano propõe uma ampliação do sistema viário estrutural regional, junto com melhorias nos serviços de transporte coletivo que visa melhorar a conectividade e implantar um tratamento preferencial ao transporte nos principais eixos viários regionais. Devido às grandes dimensões da RMSP e pela dinâmica interna em algumas sub-regiões, acaba acarretando no surgimento natural de redes locais de transporte coletivo. Pensando nisso, o Plano Regional de Mobilidade do Grande ABC propõe mudanças na rede de transporte regional a partir das seguintes diretrizes: ● Ampliação da rede metropolitana estrutural, que é constituída pelos serviços e média e grande capacidade, sejam eles existentes ou projetados; ● Criação e organização de uma rede regional unificada de serviços de média/baixa capacidade, que são constituídas pelos sistemas de transporte tanto locais, como municipais e intermunicipais; ● Implantação de novos equipamentos urbanos em pontos de articulação, para melhorar o atendimento aos usuários; ● Implantação de uma política tarifária integrada, que envolve todos os modos e serviços, sejam municipais ou metropolitanos. 2.3.2. Nível de dependência de outros municípios A região de Mauá é um dos 39 municípios da Grande São Paulo e está localizado na região sudeste. Em 2013, o Estado de São Paulo divulgou uma lista em ordem crescente de acordo com o PIB (Produto Interno Bruto), o município de Mauá se encontrava na 23ª posição, com uma média de R$ 12,429 bilhões, valor baixo se comparado com outros municípios como Osasco (2º lugar com R$ 65,872 bilhões) e Campinas (3º lugar com R$ 56,400 bilhões). Outro município de destaque na lista é São André, com R$ 26,240 bilhões se encontrando no 12º lugar. O município de Santo André também é integrante do ABC Paulista, desse modo fazendo fronteira com Mauá. Como apresenta grandes lucros de acordo com seu PIB, é de se esperar que tivesse grande influência com os municípios vizinhos. O município apresenta grandes serviços na área da saúde, possuindo diversos hospitais públicos e estaduais. Além disso, de acordo com uma matéria publicada pelo site “abc do abc”, em 2017, Santo André foi o município que mais criou oportunidades de empregos no ABC, finalizando o ano com um saldo positivo de mais de 2.500 vagas, a tempos que o município ocupa posição de destaque no quesito PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II ANA FLÁVIA TERLECHI | AIDSON BARBERINO | RAFAEA KAISER 26 emprego. A questão da saúde pública e as amplas oportunidades de emprego são apenas dois fatores que justificam os deslocamentos entre Mauá e outro município (nesse caso o de Santo André), existindo muitos outros como a dependência do transporte público para se deslocarem até outros municípios, a busca por mais opções de lazer entre outros. 2.4. Cenários futuros 2.4.1. Cenário Utópico Imagem 21: Cenário utópico criado pela aluna Rafaela Kaiser. 1 – MAUÁ EM ASCENSÃO: Com a junção de diversas opções de transporte público com oportunidades de emprego para todos, temos “MAUÁ EM ASCENSÃO”, o termo ascensão procede bem o desenvolvimento de Mauá nas duas situações. 2 – MOBILIDADE EXCLUSIVA: Com abundância de ônibus nas ruas, porém com ausência nas vagas de emprego e consequentemente menos renda para os habitantes, temos o termo “MOBILIDADE EXCLUSIVA”, pois para quem não trabalha, o simples fato de utilizar o transporte público diariamente faz diferença financeiramente. A frase “Município desigual”, faz referência a desigualdade tanto na questão da renda como na distribuição dos elementos urbanos. PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II ANA FLÁVIA TERLECHI | AIDSON BARBERINO | RAFAEA KAISER 27 3 – MOBILIDADE SOB RODAS: O aumento de automóveis particulares nas ruas seria a consequência da falta de transporte público. Com vagas de empregos para todos, os habitantes teriam mais condições de adquirir seu veículo próprio, referência dada a frase “RUAS CINZAS” devido a grande emissão de poluentes nas ruas do município. 4 – MAUÁ OBSOLETA: A palavra obsoleta remete a algo que não se desenvolveu, que se permanece estagnado, antigo e arcaico. Com essas definições é fácil imaginar o futuro do município de Mauá juntando a falta de transporte público para os habitantes com a carência de empregos, fazendo os mesmos precisarem se locomover grandes distâncias a fim de poderem trabalhar. 2.4.2. Cenário Provável A prefeitura desenvolve atualmente poucas propostas voltadas para o município de Mauá, os problemas do município são diversos e os poucos projetos elaborados, a maioria fica no papel, não chegando a serem aprovados. O futuro de Mauá é incerto, porém através de pesquisas pela internet é possível se ter uma noção de como será. Com a atual crise econômica e a população aumentando cada vez mais, a necessidade de se obter melhores serviços públicos disponíveis para todos se torna mais urgente a cada dia. De acordo com uma notícia publicada em 2011, pelo site “DIÁRIO DO GRANDE ABC”, a população do grande ABC cresce 7,8% em dez anos. Mostrando que no futuro, vai ser de extrema importância se ter uma boarenda familiar, visto que poucos terão acesso a esses serviços, aumentando a taxa de pobreza e consequentemente a de mortalidade. No gráfico de Gini anteriormente apresentado, em 2010 a renda per capita de Mauá era de em média R$710,00, valor extremamente baixo visto que o preço dos alimentos por exemplo estão mais altos que antigamente e isso tende a piorar com o passar do tempo, sendo necessário ainda mais o bom trabalho dos gestores para mudar o futuro de Mauá. 2.5. Propostas Um futuro promissor para o Município de Mauá, hoje conta com as poucas e vagas propostas feitas pelos gestores relacionados aos diversos problemas que o município sofre. As longas e cansativas distâncias percorridas diariamente pelos habitantes do município atrás de serviços (onde a maioria são essenciais) revela a escassez dos transportes públicos coletivos na região, como se ainda não bastasse a falta, os habitantes sofrem pela demora nas viagens e longos intervalos de uma parada a outra. Outra questão já estudada e exibida anteriormente é a baixa renda PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II ANA FLÁVIA TERLECHI | AIDSON BARBERINO | RAFAEA KAISER 28 per capita que o município apresenta, dessa forma aumentando cada vez mais a pobreza dos moradores. Pensando nesses dois problemas abordados, propostas foram criadas especificamente para reparar boa parte das deficiências atuais. Mauá atualmente conta com três terminais de ônibus principais (Central, Zaíra e Itapeva), o projeto planeja construir mais um grande terminal, com diversas opções de veículos tanto para os bairros do município como para municípios ao redor. O lote onde atualmente se encontra um galpão, se encontra localizado na Av. Capitão João, importante via do município pois faz ligação com a estação da CPTM de Mauá (Linha 10 – Turquesa). Sua área corresponde a quase 30.000m², sendo a junção de cinco lotes de aproximadamente 3.000m² cada e um lote de 15.000m², desse modo sendo possível a construção de um extenso terminal de ônibus. Com esse novo terminal de ônibus, facilitará a circulação e os acessos tanto para locais próximos como para outros municípios (Imagem 22). Em relação a baixa renda das famílias de Mauá, uma das opções seria a construção de novos polos comerciais em áreas desfavorecidas, assim criando oportunidades de emprego para os moradores da região. Para isso, foram designados dois lotes, o primeiro está localizado na Rua Everaldo Brito Costa Júnior, conta com uma área de aproximadamente 3.000m² e atualmente se encontra um galpão desativado (Imagem 23). O segundo lote possui 2.700m² de área e está localizado na Avenida Papa João XXIII, região predominantemente industrial, porém próxima de zonas residenciais (Imagem 24). As propostas visam facilitar e melhorar a vida da população, por mais que não sejam o suficiente, são de extrema importância pois serve como uma “porta de entrada” para outras propostas, cada vez mais específicas de acordo com as deficiências dos diversos setores. Imagem 22: Terreno em Mauá. Fonte: Google Maps. PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II ANA FLÁVIA TERLECHI | AIDSON BARBERINO | RAFAEA KAISER 29 Imagem 23: Terreno em Mauá. Fonte: Google Maps. Imagem 24: Terreno em Mauá. Fonte: Google Maps. PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II ANA FLÁVIA TERLECHI | AIDSON BARBERINO | RAFAEA KAISER 30 3. COTIA 3.1. Caracterização 3.1.1. Dados Área total: 323.89 km² Área Urbana: 132.794 km² - Aproximadamente 41% Área Rural: 191,09 km² - Aproximadamente 59% População: 237.750 hab (IBGE 2017) Densidade Demográfica: 734,04 hab/km² (IBGE 2017) Altitude: 853 m Bairros: 220 Distância da Capital: 34 km IDHM: 0,780 (128ª posição entre os 5.565 municípios brasileiros) (IBGE 2013) PIB: R$ 9.883,959 mil (IBGE 2013) PIB per capita: R$ 44.735,74 (IBGE 2013) Imagem 25: Município de Cotia e seu entorno. Fonte: Google Maps. PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II ANA FLÁVIA TERLECHI | AIDSON BARBERINO | RAFAEA KAISER 31 3.1.2. Plano diretor O Plano Diretor é uma ferramenta de extrema importância para o desenvolvimento municipal. É nele que é definido de que maneira será o crescimento ordenado de uma cidade, que é sustentado por quatro questões: social, cultural, econômico e ambiental. O Plano Diretor do Município de Cotia foi criado em 2007 e em 2015 passou por um processo de revisão. Esta ferramenta tem como objetivo garantir o desenvolvimento das funções sociais da região de maneira mais ordenada, estimulando as ações locais entre as instituições públicas municipais, estaduais e federais, complementando e desenvolvendo suas ações públicas, assim desempenhando papel decisivo na preservação da integridade física e mental de cada indivíduo. Os principais projetos e objetivos do Plano Diretor se resumem em: • Ampliar e criar mais oportunidades de segmentos para população excluída, dando acesso a mais oportunidades de emprego, a educação, saúde, à uma renda digna, a infraestrutura urbana completa, moradia digna, lazer, cultura entre outros serviços; • Potencializar as atividades econômicas no Município, focando no meio ambiente sustentável, nas micro e pequenas empresas, nos cidadãos individualmente e apoiando qualquer atividade econômica diversificada; • Melhorar a utilização dos espaços/edificações particulares, assim como os locais de equipamentos públicos, elevando a capacidade de mobilidade urbana; • Aumentar os recursos financeiros já disponíveis, para que o poder municipal consiga cumprir suas finalidades através do desenvolvimento sustentável das atividades econômicas; No que diz respeito ao desenvolvimento econômico no Município de Cotia, o Plano Diretor tem por metas o desenvolvimento social geral, junto com a proteção do meio ambiente, visando reduzir a desigualdade social e melhorar a qualidade de vida da população. A criação de novos mecanismos que estimulam o surgimento e permanência de novas empresas/empreendimentos ao município. Apoiar mais o micro e pequeno empreendedor, viabilizando um trabalho diferenciado para suas empresas. E fortalecer e melhorar a questão do turismo como atividade econômica na região são algumas das propostas apresentadas no Plano Diretor. Porém, para atingir os objetivos dispostos anteriormente são necessárias outras medidas importantes, como melhorar toda a infraestrutura urbana junto com os serviços públicos, criar parcerias importantes com instituições públicas de apoio, aproveitar de maneira geral as potencialidade do município sempre com o objetivo de aumentar a eficiência econômica da cidade e desse modo como consequência, a PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II ANA FLÁVIA TERLECHI | AIDSON BARBERINO | RAFAEA KAISER 32 ampliação dos benefícios sociais junto com a redução dos custos para os setores público/privado. Em relação ao desenvolvimento social, a proposta que mais se destaca são os projetos habitacionais, que precisa ser levada em consideração as características da população local, suas organizações, as condições físicas e econômicas, a desocupação das áreas de risco, a recuperação da qualidade ambiental entre outros fatores. A estrutura urbana será dividida da seguinte maneira: Macrozonas: • Macrozona de Urbanização Consolidada - MUC; • Macrozona de Urbanização em Desenvolvimento - MUD; • Macrozona de Dinamização Econômica e Urbana - MDEU; • Macrozona de Baixo Impacto Urbano – MBIU; • Macrozona de Proteção Ambiental - MPA. Zonas especiais • Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS; • Zonas de Influência Rodoviárias e ou Ferroviárias - ZIRF; • Zonas Industriais - ZI; • Zonas de Comércio e de Serviços - ZCS; • Zonas de Preservação do Patrimônio - ZPP; • Zonas de Proteção Ambiental - ZPA; • Zonasde Especial Interesse Turístico. A Macrozona de Urbanização Consolidada (MUC) é caracterizada pelas áreas que possuem de média ou boa infraestrutura urbana com alta incidência de usos habitacionais e serviços gerais. A Macrozona de Urbanização em Desenvolvimento (MUD) é composta por áreas que necessitam de melhorias urbanas em vista da deficiência de equipamentos sociais, culturais e de serviços por exemplo e tem como principal objetivo qualificar a rede de infraestrutura urbana, incentivando a construção adequada de HIS. A Macrozona de Dinamização Econômica e Urbana (MDEU) é formada por áreas de uso predominantemente industrial/comercial e tem como principal objetivo aumentar a demanda de empregos e crescimento econômico. Já a Macrozona de Baixo Impacto Urbano (MBIU) são áreas que possuem características rurais ou de vegetação nativa e as ações dessa Macrozona se baseiam na preservação dessas áreas. A Macrozona de Proteção Ambiental (MPA) são as áreas que abrangem as unidades de conservação e proteção das áreas ambientais, sejam de áreas públicas ou privadas para assim manter o equilíbrio urbano. PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II ANA FLÁVIA TERLECHI | AIDSON BARBERINO | RAFAEA KAISER 33 As zonas especiais são áreas que exigem um tratamento diferenciado nos parâmetros de uso e ocupação do solo, para assim serem definidas em leis específicas. As Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) compõem-se de áreas onde há uma necessidade maior de promover a regularização urbanística/fundiárias dos assentamentos habitacionais, devido a população de baixa renda. As Zonas de Influência Rodoviárias e ou Ferroviárias (ZIRF) são as regiões que compõem o entorno do Rodoanel Metropolitano, das Rodovias e Ferrovias Estaduais e que necessitam de tratamento em relação à sua ocupação e dos usos. As Zonas Industriais (ZI) são caracterizadas pelo uso predominantemente industrial, com ênfase nas industriais de pequeno, médio e grande porte e tem como objetivo potencializar o uso, mas também mantendo o controle ambiental. As Zonas Comerciais e de Serviços (ZCS) são regiões já consolidadas ou que apresentam interesse urbanístico a ser consolidado, como por exemplo centros comerciais e centros de prestação de serviços. Já as Zonas de Preservação do Patrimônio (ZPP) compreende as áreas com alto valor histórico, cultural, artístico e arquitetônico, voltado para a preservação da identidade do Município. As Zonas de Proteção Ambiental (ZPA) são todas as áreas públicas que possuem interesse ambiental buscando a redução dos impactos causados pela urbanização e visando também a recuperação das condições ambientais. As Zonas de Especial Interesse Turístico são tanto áreas públicas como privadas, pequenos trechos do território (contínuos ou não) a serem valorizados no sentido natural e cultural, e assim destinados para o desenvolvimento das atividades turísticas. Buscando sempre melhorar a qualidade de vida da população, Cotia não apresenta um Plano Diretor mais recente, porém hoje é colocado em prática, abrange diretrizes e normas suficientes para a evolução do Município em aspectos como o progresso urbano, econômico e social. 3.1.3. Mobilidade urbana e elementos Desde março de 2018, a prefeitura de Cotia junto com a Secretaria de Transporte e Trânsito, apresentou um novo Projeto de Lei que fala sobre a implantação de uma nova opção de transporte público coletivo. No documento, a prefeitura exibe mecanismos para regular o transporte dentro de sua área de operação, organizando as linhas atuais e futuras. Outra ação importante é a integração do transporte coletivo com uma nova empresa que irá operar o sistema de ônibus do município. Atualmente a região enfrenta diversos problemas em relação a mobilidade, tais como: má qualidade das calçadas, a dependência com a Rodovia Raposo Tavares, de modo que a via é a única opção para ir de um bairro a outro, a falta de linhas de ônibus municipais e as dificuldades que a população enfrenta para utilizar as linhas da CPTM. Hoje, Cotia possui 33 linhas operadas pela empresa Danúbio Azul, que PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II ANA FLÁVIA TERLECHI | AIDSON BARBERINO | RAFAEA KAISER 34 possui uma frota ativa de cerca de 40 ônibus, além das 186 vans e micro-ônibus do sistema alternativo. O sistema alternativo de Cotia é composto por perueiros que circulam irregularmente devido à falta de licitação da prefeitura, problema que vem se arrastando há anos. No novo Projeto de Lei proposto em março, outra intenção da prefeitura é regular o trabalho desses perueiros, fato que ajudaria na locomoção da população e aliviaria o excessivo tráfego na Rodovia Raposo Tavares (mais de 180 mil veículos diariamente). 3.1.4. Características de relevo e hidrografia Situada a 797 metros de altitude, o município de Cotia apresenta o clima subtropical, que apresenta média anual de 17,8ºC (1ºC abaixo da temperatura média de São Paulo), sendo em julho o mês mais frio com aproximadamente 14,3ºC. Em relação às chuvas, o período menos chuvoso é no inverno, com uma média de 45mm e o mais chuvoso com 250mm em janeiro. O índice pluviométrico anual é de 1.540 mm. Imagem 26: Mapa da Localização da Sub-bacia do rio Cotia na Bacia do Alto Tietê. Fonte: Drenatec Engenharia. PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II ANA FLÁVIA TERLECHI | AIDSON BARBERINO | RAFAEA KAISER 35 Em relação a hidrografia, Cotia apresenta três rios principais: ● Rio Cotia, que corta o Município; ● Rio Sorocamirim que divide o Município com Ibiúna; ● Rio das Graças. O Rio Cotia é um dos rios mais importantes do município, faz parte do sistema de abastecimento Alto Cotia, que está localizado na RMSP, ele segue sentido sudoeste a oeste e deságua na bacia hidrográfica mais importante do estado de São Paulo, o Rio Tietê. Ao longo do curso, o rio exibe belas cachoeiras que exercem funções importantes tanto para os reservatório e regularização das enchentes, como para a fauna e flora da região. Além dos rios, Cotia apresenta três córregos principais: ● Córrego Moinho Velho (nasce no Município de Embu e atravessa o bairro do mesmo nome e deságua no Rio Cotia); ● Córrego Vermelho; ● Córrego Pununduva. E pontos turísticos naturais importantes, como represas e cachoeiras: ● Represa Pedro Beicht (se encontra na Reserva do Morro Grande e é responsável pelo abastecimento de água de Cotia e municípios vizinhos); ● Represa da Graça (também abastece a região de Cotia); ● Cachoeira Furquim; ● Cachoeira Rincão. Imagem 27: Mapa de subunidades hidrográficas em Cotia. Fonte: Drenatec Engenharia. PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II ANA FLÁVIA TERLECHI | AIDSON BARBERINO | RAFAEA KAISER 36 O município de Cotia abriga parte da Reserva Florestal do Morro Grande, paraíso natural com mais de 10 mil hectares de Mata Atlântica, que ainda se encontra preservada, além disso a região possui um cinturão verde que delimita sua geografia. Um exemplo de empresas ambientais que atuam no município é a EPC Empreendimentos Imobiliários que entende a importância do cuidado com o meio ambiente. A topografia que predomina na região são os vales e montanhas e a vegetação característica de Cotia é a tropical pluvial, conhecida por se permanecer “sempre verde” o ano todo e por ser uma vegetação mais arbustiva composta por samambaias, bromélias, palmeiras entre outras. Imagem 28: Mapa de relevos Cotia. Fonte: Drenatec Engenharia. PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II ANA FLÁVIA TERLECHI | AIDSON BARBERINO | RAFAEA KAISER 37 3.1.5. Características de renda Em 2016, o município de Cotia contava com um salário médio mensal de 3.3 s.m. Porém a proporção de pessoas empregadasna época em relação à população total era de 35.7%. De acordo com estudos mais aprofundados, a renda per capita média do município cresceu mais de 40% nas últimas duas décadas, passando de R$773,89 em 1991 para R$874,52 em 2000 e para R$1085,66 em 2010. Estas informações equivalem a uma taxa de crescimento de 1,8% anualmente. A proporção de pessoas de baixa renda, ou seja, renda per capita inferior a R$140,00 passou de 10,69% da população total para 10,18% em 2000 e 4,72% em 2010. Essa evolução da desigualdade pode ser descrita pelo Índice de Gini, que em 1991 obtinha 0,58, passando para 0,60 em 2000 e para 0,57 em 2010. O índice de Gini é um instrumento que mede o grau de concentração de renda. Ele aponta a diferença entre os ganhos dos mais pobres e dos mais ricos. Esse índice varia entre 0 e 1, onde 0 representa uma situação de total igualdade e 1 significa completa desigualdade de renda. Imagem 29: Taxa de renda, pobreza e desigualdade. Fonte: IPEA. 3.1.6. Patrimônio cultural, histórico e natural Falar dos Patrimônios culturais, históricos e naturais do município de Cotia é citar importantes elementos de sua história. Em relação aos patrimônios culturais que foram tombados, temos a Sede do Sítio do Padre Inácio (Imagem 30), que foi construída no final do século XVII. O imóvel foi considerado um valioso exemplar da arquitetura colonial paulista e o material predominantemente usado foi a taipa de pilão. Outro patrimônio cultural de Cotia, também tomado é a Sede do Sítio Mandu (Imagem 31), construído no início do século XVIII, é um grande exemplar das habitações bandeiristas, possui partido arquitetônico compacto de planta retangular e os materiais utilizados é a taipa de pilão e pau-a-pique. Os patrimônios históricos podemos citar as festas típicas da região que ficaram famosas pelo Brasil todo e conta um pouco sobre as tradições do município e de cada sub-região, como a Festa de N.S. de Fátima, Congada de S. Benedito, Festa do Divino, Festa da Padroeira entre outras e os próprios patrimônios culturais citados anteriormente, pois também revelam parte da história de Cotia. PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II ANA FLÁVIA TERLECHI | AIDSON BARBERINO | RAFAEA KAISER 38 Já os patrimônios naturais, o principal e mais conhecido é a Reserva Florestal de Morro Grande que hoje se encontra sob direção da Sabesp, foi tombado em 1981, possui uma área de 304 km² e um polo natural ecológico sustentável e rico em fauna, flora e diversas espécies de animais. Imagem 30: Sede do Sítio do Padre Inácio. Fonte: VITRUVIUS. Imagem 31: Sede do Sítio Mandu. Fonte: VITRUVIUS. PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II ANA FLÁVIA TERLECHI | AIDSON BARBERINO | RAFAEA KAISER 39 3.1.7. Uso e ocupação do solo O Uso e Ocupação do Solo no município de Cotia é aprovado pelo Plano de Zoneamento, onde nele se estabelece as normas para a estruturação territorial da região e desse modo guiando os agentes públicos e privados que trabalham na construção e gestão da cidade. O Plano de Zoneamento tem como objetivo melhorar a qualidade de vida dos moradores, além de promover o progresso urbano, econômico e social (Imagens 32, 33 e 34). Imagem 32: Mapa de uso e ocupação do solo em Cotia. Fonte: Emplasa. O plano de Zoneamento do Município de Cotia tende a disciplinar a maneira do uso e ocupação do solo, a utilização dos espaços urbanos, com base também nos espaços físicos que estruturam o meio ambiente rural e urbano. Alguns dos objetivos do zoneamento incluem: ● Estabelecer parâmetros para disciplinar o parcelamento, ampliando a oferta de habitação para a população de baixa renda; ● Promover a criação de novos sistemas de circulação, junto com o transporte para assegurar um padrão adequado de mobilidade e acessibilidade; ● Garantir uma utilização mais adequada dos imóveis não edificados; PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II ANA FLÁVIA TERLECHI | AIDSON BARBERINO | RAFAEA KAISER 40 ● Disponibilizar da melhor maneira os equipamentos públicos, os espaços verdes e lazer; ● Requalificar a paisagem urbana; O Plano de Zoneamento é estabelecido com base em dois elementos, um deles são as zonas que correspondem às áreas de características homogêneas e o outro são os eixos que correspondem ao sistema viário hierárquico. As zonas têm como finalidade estabelecer de modo abrangente os índices e coeficiente urbanísticos e os eixos definem pelo sistema viário correlacionar os diversos usos do solo. As Zonas são: ● Zonas de Uso Rural (ZUR 1 e ZUR 2) – São caracterizadas pelo meio ambiente, como atividades predominantemente agrícolas; ● Zona de Preservação Ambiental (ZPA) – Apresenta o agrupamento de diversas espécies vegetais, onde as atividades são limitadas por conta da preservação ambiental; ● Zona de Contenção à Expansão Urbana (ZCEU) – A ZCEU tem como propósitos amenizar as pressões urbanas de adensamento sobre as áreas ambientais mais “frágeis”, além de preservar a integridade de seus elementos; ● Zona de Uso Misto (ZUM) – São as áreas onde seus usos e atividades permitidos podem ser tanto no caráter residencial como não residencial, como: Residencial, empresarial, industrial, comércio, serviços públicos/privados. ● Zona Predominantemente Residencial (ZPR) – A ZPR compreende as áreas com características residenciais predominantes, que estão inseridas no perímetro urbano. Os usos e atividades permitidas são: Residencial uni e multifamiliar, empresarial, comércio, serviços públicos/privados. ● Zona Estritamente Residencial (ZER) – Compreende as regiões com características exclusivamente residencial que estão inseridas no perímetro urbano. ● Zona de Interesse Turístico (ZIT) – São áreas que apresentam potenciais turísticos, permitindo ou não o uso residencial de baixo impacto, comércios e também serviços de apoio à atividade turística. ● Zona de Interesse Histórico e Cultural (ZIHC) – Áreas com grande potencial turístico, permitindo ou não o uso residencial, de comércio e serviços, porém PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II ANA FLÁVIA TERLECHI | AIDSON BARBERINO | RAFAEA KAISER 41 viabilizando e preservando elementos de interesse histórico, cultural, arquitetônico entre outros. ● Zona de Indústria Comércio e Serviço (ZICS) – Se refere as regiões a serem exploradas e desenvolvidas, que apresentam atividades diversas como indústrias, empresas comerciais, de transporte, logística, atacadista entre outros. ● Zona de Interesse Social (ZIS) – Áreas que apresentam o uso residencial intenso, mas que poderá ser requalificado e as áreas livres receber o uso de HIS. Imagem 33: Mapa de áreas urbanizadas e favelas. Fonte: Emplasa. PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II ANA FLÁVIA TERLECHI | AIDSON BARBERINO | RAFAEA KAISER 42 Imagem 34: Mapa de áreas de reflorestamento. Fonte: Emplasa. 3.2. Vínculo com o município de São Paulo 3.2.1. Acessos e meios de transporte O município de Cotia apresenta alta deficiência nos transportes públicos, tanto na qualidade dos serviços, como nos horários dos ônibus e na sua ausência de demanda. Como Cotia faz ligação com a Região Metropolitana de São Paulo, se esperava que houvesse diversas opções de transporte coletivo, porém infelizmente por diversos “defeitos” que os mesmos apresentam, a população prefere utilizar o carro particular, circulando em especial na Rodovia Raposo Tavares, que atualmente enfrenta problemas de superlotamento, fazendo com que o percurso que geralmente demora 53 minutos, dure muito mais dependendo do tráfego. Alguns projetos foram criados pela prefeitura em setembro de 2013 para melhorar essas condições, como um monotrilho com 16 estações e possíveis corredores de ônibus, para serviremde alternativa para os usuários. Outro projeto elaborado pelos gestores, mas em 2018 é a criação da Linha 22 do Metrô, que fará conexão com a Linha 9 da CPTM, ramal que irá interligar Cotia com São Paulo e atenderá cerca de 600 mil usuários. Infelizmente, a questão do monotrilho é um projeto ainda sem previsão de aprovação e a criação da Linha 22 do Metrô ainda está sendo estudada. PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II ANA FLÁVIA TERLECHI | AIDSON BARBERINO | RAFAEA KAISER 43 Em relação ao transporte público, o percurso de Cotia até a RMSP seria de até três vezes mais tempo do que utilizando carro individual, revelando a falta de transporte público na região. O usuário teria que pegar em média duas linhas de metrô e dois ônibus em seguida, aumentando o custo da viagem e o tempo. 3.2.2. Nível de dependência de São Paulo Assim como em Mauá, o município de Cotia também apresenta altos níveis de dependência da Região Metropolitana de São Paulo, tanto na questão dos transportes públicos para se locomover dentro da RMSP como também para ir a um município que se encontra em outra extremidade por exemplo. A quantidade de opções de serviços públicos disponíveis evidencia a falta de investimentos não só em Cotia, mas em outros municípios ao redor, como diversas opções de linhas no Metrô, trem e de ônibus, várias opções de hospitais especializados ou não, mais oportunidades de emprego, mais opções de lazer para os usuários entre outros. As deficiências aparentes de cada município em relação ao transporte público, sempre irá relatar a falta de estrutura é demanda de transporte para a população, podendo ser considerado como um fator base para a solução de diversos problemas. 3.3. Vínculo com outros municípios da região metropolitana 3.3.1. Acessos e meios de transporte Os diversos problemas que Cotia enfrenta no transporte público é visível, pois por mais que todos os bairros do município são atendidos, o tempo de espera e de viagem ultrapassa mais que o comum. Atualmente o município de Cotia apresenta 42 linhas de ônibus e boa parte delas são operadas pela empresa Vida Azul, além disso, um terminal metropolitano gerenciado pela EMTU/SP. As opções de transporte para outros municípios se restringem em apenas ônibus, problema importante a ser resolvido devido à alta demanda de usuários diariamente. Porém a cobertura dos ônibus não chega até os municípios de outras extremidades, sendo necessário pegar outros meios de transporte para chegar ao destino. PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II ANA FLÁVIA TERLECHI | AIDSON BARBERINO | RAFAEA KAISER 44 3.3.2. Nível de dependência de outros municípios Cotia se encontra na posição 30º (R$ 10,639 bilhões) na lista divulgada pelo Estado de São Paulo em 2013, que mede o PIB dos municípios e é organizada de forma crescente. Localizada na região Sudoeste da Grande São Paulo, Cotia é considerada uma região ainda em desenvolvimento por conta dos grandes problemas sociais e econômicos que a região enfrenta. Devido à baixa renda per capita e falta de emprego para todos, o cidadão se desloca diariamente para outros municípios que fazem fronteira com Cotia, é o caso de Embu das Artes, que mesmo ocupando uma posição inferior à de Cotia na lista do PIB (posição 35º com R$ 9,403 bilhões) é um município que cresce economicamente cada vez mais, sendo considerada em 2015 por uma pesquisa realizada pela revista “Revista Isto É” como uma das melhores regiões do país em desenvolvimento, os quesitos foram a sustentabilidade financeira e os avanços que proporcionam melhor desenvolvimento aos jovens. Como é uma região com grandes pontos turísticos, acabou chamando atenção de grandes investidores, seja de pequena, média ou grande empresa, fazendo com que novos projetos fossem elaborados a fim de aumentar a econômica da região. De acordo com um trabalho realizado pelo Sociólogo Valmir Aranha (Mobilidade pendular na metrópole paulista), 84% dos deslocamentos entre um município e outro está relacionado ao trabalho e atualmente Cotia é considerado um município "dormitório", devido ao grande número de viagens para outros municípios. PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II ANA FLÁVIA TERLECHI | AIDSON BARBERINO | RAFAEA KAISER 45 3.4. Cenários futuros 3.4.1 Cenário Utópico Imagem 35: Cenário utópico criado pela aluna Rafaela Kaiser. 1 – COTIA ON: Juntando serviços de transporte público de boa qualidade junto com uma boa renda per capita familiar, a palavra evolução resume bem o resultado. E a palavras que definem uma boa evolução é “COTIA ON”, mostrando que o município está sempre no modo “ON”, evoluindo, crescendo e sempre ligado a novas soluções. 2 – MOBILIDADE A PÉ: Se a qualidade do transporte público for boa, porém a renda familiar baixa, temos a “MOBILIDADE A PÉ”, que seria nada mais que a consequência da situação. Sem renda o suficiente, pode faltar até mesmo para pagar a tarifa do transporte público. E as palavras que melhor definem é o “MUNICÍPIO DESIGUAL”, pois nem todos os públicos terão acesso aos transportes com facilidade. 3 – MOBILIDADE AUTOMOTOR: Com a falta/baixa qualidade dos serviços de transporte público, porém com uma boa renda familiar, temos a “MOBILIDADE AUTOMOTOR”, automotor pois os habitantes preferiram utilizar o automóvel particular como principal meio de transporte, podendo ocasionar diversos problemas futuros, tanto ambientais como sociais. As palavras que definem esse problema é PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II ANA FLÁVIA TERLECHI | AIDSON BARBERINO | RAFAEA KAISER 46 “Ruas da fumaça”, fazendo referência a poluição causada pelo excesso de automóveis nas ruas. 4 – REGRESSO: Juntando tanto a renda familiar insuficiente com a má qualidade dos transportes públicos, temos “REGRESSO”, palavra que significa voltar para trás, ou seja, sem a evolução futura que todo o cidadão procura. As palavras “COTIA OFF”, mostra uma referência de um município sem crescimento algum, e “desligado” para qualquer tipo problema, ficando sem solução. 3.4.2 Cenário Provável As propostas feitas pela Prefeitura voltadas ao município de Cotia, por mais que sejam insuficientes, são claras e objetivas, mas a maioria fica apenas no papel, não chegando ao processo de aprovação. Ao se pensar como ficará a situação do município futuramente, podemos não só imaginar, mas contar com os diversos meios de comunicação que atualmente nos informam sobre diversas situações. Em maio deste ano, o município decretou estado de calamidade pública, tanto em relação aos serviços especiais (pronto socorros 24 horas e segurança pública), como no transporte público, onde em boa parte do município, as empresas operam em velocidade reduzida. A questão do transporte público é de extrema importância devido a conexão com a RMSP, diariamente em diversos jornais nacionais é exibido a falta e diversas falhas que ocorrem todos os dias nos transportes. As falhas são diversas, além da falta de acessibilidade, os veículos apresentam problemas internos, circulando assim ainda mais devagar. Outra questão é a baixa renda atual no município, pois por mais que houve um aumento de 40% nas últimas duas décadas, chegando a R$1085,66 em 2010, o valor é muito inferior para suprir as necessidades do cidadão. Com o aumento anual da população, os transportes públicos são serão suficientes, “forçando” boa parte da população a preferir se locomover com o veículo particular, ocasionando diversos outros problemas, como o aumento do trânsito, mais acidentes entre outros. A procura de vagas de empregos também aumentará com o aumento da população, fato que diminuirá a renda familiar ainda mais, tornando a região mais pobre. 3.5. Propostas Um cenário que todo o habitante de Cotia procuraestá nas propostas e projetos realizados pelos gestores e relacionados com os problemas/ausência de determinados serviços públicos que são oferecidos para a população. Como já revelado anteriormente, o município de Cotia apresenta diversos problemas públicos, entre eles a má gestão dos serviços de transporte público e a baixa renda familiar, ocasionada muitas vezes pela falta de emprego e investimento comercial na região. PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II ANA FLÁVIA TERLECHI | AIDSON BARBERINO | RAFAEA KAISER 47 Pensando nisso, um dos projetos que resolveria boa parte dos problemas do transporte é a construção de novos terminais de ônibus, ligando tanto os bairros do município como os municípios vizinhos junto com a organização de novos pontos de ônibus, tornando-os mais próximos uns dos outros. Para isso, os terrenos mais apropriados seriam os que estão baldios ou com apropriação indevida. Os lotes escolhidos estão localizados em pontos estratégicos, onde na região o uso do solo é misto. São lotes extensos que ultrapassam 10 mil metros quadrados, ideal para a construção de novos terminais de ônibus. O primeiro lote está localizado na Av. João Paulo Ablas, importante avenida de Cotia e apresenta área de aproximadamente 10.000 m². Antigamente era utilizado como galpão, porém atualmente se encontra desativado (Imagem 35). O segundo lote fica na Av. Caucaia do Alto, é um terreno particular, porém sem uso, sua área equivale a 12.000 m² (Imagem 36). Já o terceiro e último lote, é o mais extenso de todos, possuindo 18.000 m² e está localizado também em uma avenida importante, a Av. Estrada dos Estudantes, atualmente no terreno se encontra um extenso galpão a venda (Imagem 37). Para “resolver” um dos problemas relacionado a baixa renda familiar, um bom projeto seria aumentar a demanda de empregos no município de Cotia, para isso foram selecionados dois terrenos extensos que serviram de polos comerciais, gerando assim mais empregos, despertando interesses de empresas privadas para investirem na região e consequentemente aumentaria a valorização. Além dessas melhorias, com a demanda de empregos aumentada menos habitantes seriam “forçados” a se deslocarem até a RMSP, melhorando e facilitando a circulação. O primeiro lote para a construção do polo comercial está localizado na Rua Ametista, possui 8.000m² e atualmente exerce funções de galpão/depósito, mas que se encontra a venda na internet (Imagem 38). O segundo e último lote está localizado em uma das estradas mais importantes de Cotia, a Estrada Velha de Cotia, apresenta uma área de mais de 6.000m² e assim como o outro lote, atualmente se encontra um galpão/depósito (Imagem 39). Ambos os lotes foram escolhidos pela localização, sendo regiões mais desfavorecidas dos serviços públicos, pensando não só na questão do investimento na área, mas para dar prioridade aos habitantes que se encontram desempregados e que residem na região. As propostas apresentadas não são suficientes para cessar todos os problemas voltados para o transporte público e baixa renda das famílias, porém as propostas servem como base para outras que poderão ser projetadas futuramente, visando sempre a melhoria na qualidade de vida dos habitantes. PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II ANA FLÁVIA TERLECHI | AIDSON BARBERINO | RAFAEA KAISER 48 Imagem 35: Terreno em Cotia. Fonte: Google Maps. Imagem 36: Terreno em Cotia. Fonte: Google Maps. PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II ANA FLÁVIA TERLECHI | AIDSON BARBERINO | RAFAEA KAISER 49 Imagem 37: Terreno em Cotia. Fonte: Google Maps. Imagem 38: Terreno em Cotia. Fonte: Google Maps. PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II ANA FLÁVIA TERLECHI | AIDSON BARBERINO | RAFAEA KAISER 50 Imagem 39: Terreno em Cotia. Fonte: Google Maps. PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II ANA FLÁVIA TERLECHI | AIDSON BARBERINO | RAFAEA KAISER 51 4. CONCLUSÃO Mauá e Cotia são apenas 2 dos 39 municípios da Grande São Paulo, como apresentado anteriormente, ambos apresentam diversos problemas e apenas alguns foram citados. Apresentando PIB’s não tão satisfatórios, as duas regiões exibem deficiências principalmente sociais e econômicas. Na questão do transporte público (problema analisado em ambos os municípios) os habitantes sofrem com a ausência desse serviço tão importante e o pouco que é “oferecido” pelos gestores não apresentam boa qualidade, aumentando cada dia mais a insatisfação dos viajantes. Além disso, muitos deles acham as viagens longas demais e paradas de ônibus afastadas umas das outras. De acordo com a pesquisa realizada em Mauá (já apresentada), muitos cidadãos preferem usar o automóvel próprio devido a uma série de fatores que variam tanto da baixa qualidade dos ônibus quanto das vias percorridas, fazendo-os preferir o conforto do veículo individual. Outra carência sofrida em ambas as áreas é a baixa renda per capita familiar. Os motivos as quais acarretaram em valores tão baixos depende de diversos fatores, porém o baixo índice de oportunidades de emprego e o grande deslocamento diário dos moradores para outros municípios e a Grande São Paulo, provam que Mauá e Cotia não suportam a quantidade de habitantes de acordo com a demanda de empregos disponíveis, desse modo não evoluindo economicamente. Com base nas análises dos gráficos e nas notícias exibidas, podemos concluir que os municípios de Mauá e Cotia são regiões de certa importância para o desenvolvimento do Estado de São Paulo, porém são municípios que necessitam de atenção especial devido aos problemas apresentados e muitos outros que são realidade diária dos habitantes. Os novos projetos apresentados (novo terminal de ônibus e novos polos comerciais) são focados em problemas específicos, sendo mais viáveis de melhorias e execução. Com a construção do novo terminal, a frota de ônibus nas ruas aumentará, ajudando e melhorando a circulação da população dentro do município e fora. Já com a construção dos polos comerciais, a região passa a ser mais valorizada economicamente, desse modo chamando a atenção de empresas privadas e abrindo portas para futuros investimentos, além de tudo isso, o principal seria o aumento nas oportunidades de emprego, fato que ainda é baixo nos dois municípios. Com parcerias e contratos com grandes construtoras e empresas renomadas, os projetos até então encontrados no papel poderão ser concretizados, melhorando a qualidade de vida dos habitantes, valorizando a região cada vez mais, solucionando questões sociais, ambientais, econômicas que até então haviam permanecido somente no papel. PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL II ANA FLÁVIA TERLECHI | AIDSON BARBERINO | RAFAEA KAISER 52 BIBLIOGRAFIA • Prefeitura Municipal de Mauá. Anexo à Lei Nº 5250/2017 Disponível em: <https://sogi8.sogi.com.br/Arquivo/Modulo113.MRID109/Registro1283535/52 50%20%20anexo.pdf>. Acesso em: 10 de nov. 2018. • DRENATEC Engenharia S/A. Plano de Desenvolvimento e Proteção Ambiental da Bacia do Rio Cotia: Caracterização Regional, jul. 2007. Disponível em: <http://pdpa.cobrape.com.br/Arquivos/Pdpas/PDPA-Cotia.pdf>. Acesso em: 10 de nov. 2018. • EMPLASA São Paulo. Atlas de Uso e Ocupação do Solo do Município de Cotia. Disponível em: <https://www.emplasa.sp.gov.br/Cms_Data/Sites/EmplasaDev/Files/Documen tos/Cartografia/Atlas/RMSP/Atlas_Cotia.pdf> Acesso em: 10 de nov. 2018. • Prefeitura Municipal de Mauá Lei Nº 4153 – Plano Diretor do Município de Mauá, mar. 2007. Disponível em: <https://leismunicipais.com.br/plano-diretor- maua-sp>. Acesso em: 15 de nov. 2018. • Prefeitura Municipal de Mauá. Mapas temáticos. Disponível em: <http://www.maua.sp.gov.br/Servicos/MapasTematicos.aspx#>. Acesso em: 16 de nov. 2018. • Atlas
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