CRIME DE LESÃO CORPORAL AULA 2 (2)

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19/04/2020 
Campus Niterói – Professor Marco Antonio 
 
 
 
 
DISCIPLINA: 
PROCESSO PENAL II 
PROFESSOR MARCO ANTONIO 
Aulas no formato de ensino à distância em 
razão da pandemia do novo coronavírus 
(Sars-Cov-2). 
 
Campus Niterói 
19/04/2020 Campus Niterói - Professora Michele Penha 
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https://g1.globo.com/bemestar/coronavirus/
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Apresentação 
O principal objetivo do nosso Estudo Dirigido é dar continuidade 
ao conteúdo da disciplina, na modalidade de ensino à distância, 
devido a suspensão das aulas presenciais em razão das medidas 
de prevenção do Coronavírus. Vamos estudar por aqui os temas 
que seriam ministrados em aula presencial. Também farei 
algumas vídeos aulas. Espero que essa situação que o mundo 
está passando acabe o mais rápido possível e peço a todos que 
se cuidem. Fique com Deus e um grande abraço. 
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ROTEIRO DO ESTUDO DIRIGIDO 
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Crime do art. 122 com nova redação pela Lei 13.968 de 26 de 
dezembro de 2019 
 
 
Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou a automutilação 
Art. 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar 
automutilação ou prestar-lhe auxílio material para que o faça: 
 
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. 
 
§ 1º Se da automutilação ou da tentativa de suicídio resulta lesão 
corporal de natureza grave ou gravíssima, nos termos dos §§ 1º e 
2º do art. 129 deste Código: 
 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. 
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Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio 
 
 
§ 2º Se o suicídio se consuma ou se da automutilação resulta 
morte: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. 
 
§ 3º A pena é duplicada: 
I - se o crime é praticado por motivo egoístico, torpe ou fútil; 
II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a 
capacidade de resistência. 
 
§ 4º A pena é aumentada até o dobro se a conduta é realizada por 
meio da rede de computadores, de rede social ou transmitida em 
tempo real. 
 
 
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Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio 
 
 § 5º Aumenta-se a pena em metade se o agente é líder ou coordenador de grupo ou de rede virtual. 
 
§ 6º Se o crime de que trata o § 1º deste artigo resulta em lesão 
corporal de natureza gravíssima e é cometido contra menor de 14 
(quatorze) anos ou contra quem, por enfermidade ou deficiência 
mental, não tem o necessário discernimento para a prática do 
ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer 
resistência, responde o agente pelo crime descrito no § 2º do art. 
129 deste Código. 
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Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio 
 
 § 7º Se o crime de que trata o § 2º deste artigo é cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem não tem o 
necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por 
qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, responde o 
agente pelo crime de homicídio, nos termos do art. 121 deste 
Código. 
 
 
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Induzir, instigar e auxiliar 
Induzir: induz e planta a semente da maldade, não pensa, dá a 
ideia. O desejo emergiu na pessoa. 
 
Instigar: rega a semente que já existe. Existe o pensamento, que 
é potencializado. 
 
Auxiliar: com petrechos para atingir a finalidade, colabora com 
apoio material, cria a circunstância, porém não pratica ato de 
execução. 
 
Mutilar significa cortar ou danificar algo. Automutila-se, nesse 
sentido, aquele que corta ou lacera partes do próprio corpo, 
podendo ou não chegar a amputá-las. 
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Suicídio ou autolesão 
A tentativa de suicídio e 
autolesão não é crime 
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Aplicar violência ou grave ameaça para 
impedir o suicídio 
Segundo o artigo 146, § 3º do Código Penal 
não é crime o agente que pratica coação 
(violência, grave ameaça) para impedir o 
suicídio. 
E por analogia in bonam partem também 
não será crime se utilizar violência ou grave 
ameaçar para impedir a autolesão, deste 
que de forma moderada. 
 
 
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Aplicar violência para impedir o suicídio 
Art. 146 - Constranger alguém, mediante violência ou 
grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por 
qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não 
fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda: 
 Pena - detenção, de três meses a um ano, ou 
multa. 
 § 3º - Não se compreendem na disposição deste artigo: 
 I - a intervenção médica ou cirúrgica, sem o 
consentimento do paciente ou de seu representante 
legal, se justificada por iminente perigo de vida; 
 II - a coação exercida para impedir suicídio. 
 
 
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Penas 
a) Art. 122, Caput – Reclusão de 6 meses à 2 anos; 
 
Comentários- Trata-se de crime formal – não é necessário que 
ocorra o resultado, ou seja, que se consuma o suicídio e 
nem mesmo a tentativa ao suicídio; 
Também, em razão da pena trata-se de crime de menor 
potencial ofensivo. 
 
b) § 1º Se da automutilação ou da tentativa de suicídio resulta 
lesão corporal de natureza grave ou gravíssima – Reclusão de 
1 à 3 anos; 
 
c) § 2º Se o suicídio se consuma ou se da automutilação 
resulta morte – Reclusão 2 à 6 anos 
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Majorantes (Causas de aumento de penas) 
§ 3º A pena é duplicada: 
I - se o crime é praticado por motivo egoístico, torpe ou 
fútil; 
II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer 
causa, a capacidade de resistência. 
 
§ 4º A pena é aumentada até o dobro se a conduta é 
realizada por meio da rede de computadores, de rede social 
ou transmitida em tempo real. 
 
§ 5º Aumenta-se a pena em metade se o agente é líder ou 
coordenador de grupo ou de rede virtual 
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Aplicação de qualificadores de outros 
crimes 
§ 6º Se o crime de que trata o § 1º deste artigo resulta em 
lesão corporal de natureza gravíssima e é cometido contra 
menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem, por 
enfermidade ou deficiênciamental, não tem o necessário 
discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer 
outra causa, não pode oferecer resistência, responde o 
agente pelo crime descrito no § 2º do art. 129 deste Código. 
 
§ 7º Se o crime de que trata o § 2º deste artigo é cometido 
contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem não tem 
o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por 
qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, 
responde o agente pelo crime de homicídio, nos termos do 
art. 121 deste Código. 
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Lesão corporal gravíssima 
 
 Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de 
outrem: 
(...) 
 § 2° Se resulta: 
 I - Incapacidade permanente para o trabalho; 
 II - enfermidade incuravel; 
 III perda ou inutilização do membro, sentido ou 
função; 
 IV - deformidade permanente; 
 V - aborto: 
 Pena - reclusão, de dois a oito anos 
 
 
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Competência 
 
 
 
Há uma discussão na doutrina sobre a 
competência deste crime em relação no 
induzimento, instigação ou auxílio com relação a 
“automutilação”, se seria ou não da competência 
do Tribunal do Júri, já que com relação a 
automutilação o bem jurídico tutelado não é a 
vida e sim a integridade física. 
Ao nosso sentir o legislador colocou esse crime no 
título dos crimes dolosos contra a vida, essa foi a 
opção do legislador e se o Tribunal do Júri, julga os 
crimes dolosos contra a vida, este é o órgão 
competente. 
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Bem jurídico tutelado 
 
 A vida humana na primeira parte do tipo 
penal e a integridade física no caso da 
automutilação. 
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Sujeito ativo e sujeito passivo 
 
Sujeito ativo – qualquer pessoa 
 
Sujeito passivo – qualquer pessoa com o 
mínimo de discernimento. 
Não tendo discernimento ou tendo como 
resistir a instigação, o crime será de 
homicídio. Ex instigar uma criança de 7 anos a 
se suicidar. 
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Elemento subjetivo 
 
Dolo, não se admite na modalidade 
culposa 
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Consumação e tentativa 
 
 
No caput se consuma com a simples 
conduta de induzir, instigar e auxiliar 
No parágrafo primeiro com a lesão 
corporal; 
No parágrafo segundo com a morte 
Tentativa – é admissível 
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forma de execução 
 
Pode ser comissivo ou por omissão. 
Omissão – ocorre quando o sujeito ativo é 
agente garantidor (art. 13, § 2º do CP). Ex. O 
pai que sabe que o filho quer se suicidar e 
nada faz para tentar evitar isso. 
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Art. 13, § 2º CP 
 
 Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, 
somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a 
ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido (...) 
 
 § 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente 
devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir 
incumbe a quem: 
 a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; 
 b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o 
resultado; 
 c) com seu comportamento anterior, criou o risco da 
ocorrência do resultado 
. 
 
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Exercícios 
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1) João diz a sua esposa Mariposa que ambos 
deveriam se suicidar atirando na própria 
cabeça e esta concorda. Assim, João entrega a 
arma de fogo a Maria que atira e morre, João 
segura a arma em direção a sua cabeça, mas 
na hora não tem coragem e desiste. Nesta 
casuística, João responderá por qual crime? 
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Exercícios 
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 2) João diz a sua esposa Mariposa que ambos 
deveriam se suicidar e esta concorda. João 
combina com Maria que ele vai atirar na cabeça 
dela e depois vai atirar na sua. Assim, João atira 
na cabeça de Maria que morre, depois não tem 
coragem e desiste de se suicidar. Nesta casuística, 
João responderá por qual crime? 
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Exercícios 
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3) Sobre o crime de aborto, pode-se afirmar que: 
a) há previsão no Código Penal, versando sobre o 
aborto provocado com o consentimento da gestante. 
b) é crime cujo julgamento é da competência do juiz 
singular. 
c) apresenta-se na modalidade culposa. 
d) o aborto é punido ainda que não haja outro meio de 
salvar a vida da gestante. 
 
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4) Caio, atendendo a pedido de Maria, 
provoca-lhe um aborto. Assinale a resposta 
correta: 
a) Maria não responderá por nenhum 
crime. 
b) Caio e Maria responderão pela prática do 
mesmo delito. 
c) Caio não responderá por nenhum delito. 
d) Caio responderá, autonomamente, pelo 
delito de aborto e Maria pelo auto aborto. 
 
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5) Assinale a alternativa que NÃO 
constitui hipótese de homicídio: 
a) mãe que destrói o feto antes de seu 
nascimento. 
b) homem que elimina a vida de um 
recém-nascido. 
c) médico que mata moribundo para 
acabar com seu sofrimento. 
d) mãe que mata o filho logo após o 
parto, porque este é deficiente. 
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6) José, ao adentrar em sua casa, flagra sua 
mulher na cama com outro homem que, 
ainda não satisfeito, ofende José proferindo 
certos xingamentos. Descontrolado, José se 
atira contra o homem, ferindo-o 
mortalmente. Diante disso, José 
responderá por qual crime? 
a) homicídio qualificado. 
b) homicídio simples. 
c) homicídio privilegiado. 
d) homicídio culposo. 
 
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7) Uma mulher de vinte e oito anos de idade foi 
presa acusada do crime de infanticídio, após ter 
jogado em uma centrífuga o bebê que ela havia 
dado à luz. Segundo a ocorrência policial, um 
familiar da suspeita disse que ela havia escondido a 
gravidez e que negava que houvesse praticado 
aborto. 
 
A partir dessa situação hipotética, julgue o item a 
seguir. 
 
A configuração do crime de infanticídio independe 
da existência de estado puerperal, bastando para tal 
que o sujeito passivo seja uma criança. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
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8) No crime de homicídio doloso é 
majoritário o entendimento que admite 
a coexistência das circunstâncias 
privilegiadas (art. 121, § 1°, do CP), 
todas de naturezasubjetiva, com as 
qualificadoras de natureza objetivas 
insertas no art. 121, § 2°, do Código 
Penal 
( ) Certo ( ) Errado 
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9) Com relação aos delitos tipificados na 
parte especial do Código Penal, julgue o 
item subsecutivo. 
 
A circunstância do descumprimento de 
medida protetiva de urgência imposta ao 
agressor, consistente na proibição de 
aproximação da vítima, constitui causa de 
aumento de pena no delito de feminicídio. 
( ) Certo ( ) Errado 
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10) Considere que uma mulher, logo após o 
parto, sob influência do estado puerperal, efetua 
um disparo de arma de fogo contra seu próprio 
filho. Entretanto, o laudo pericial constatou que, 
antes da ação da mãe, a criança já estava morta 
em decorrência de uma parada cardíaca. Nessa 
situação, a mãe responde por algum crime? 
Justifique e fundamente sua resposta. 
 
 
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Lesão corporal (art. 129 do CP) 
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Espécies 
1) Lesão corporal dolosa leve (art. 129, caput); 
2) Lesão corporal dolosa grave (art. 129, §1º); 
3) Lesão corporal dolosa gravíssima (§2); 
4) Lesão corporal dolosa seguida de morte (§3º); 
5) Lesão corporal privilegiado (§ §4º e 5º); 
6) Lesão corporal culposa (§6º); 
 
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Lesão corporal (art. 129 do CP) 
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Espécies 
7) Lesão corporal majorado (§7º); 
8) Lesão corporal com perdão judicial (§8º); 
9) Lesão corporal violência domestica familiar (§ § §9º,10º e 
11º); 
10) Lesão corporal funcional (§ 12º) – contra autoridade ou 
agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição 
Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional 
de Segurança Pública, no exercício da função ou em 
decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou 
parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa 
condição, a pena é aumentada de um a dois terços 
 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm
Bem jurídico tutelado 
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Integridade física em sentido amplo: 
a) Integridade corporal (fratura, escoriações); 
b) Saúde (fisiológica e mental) Ex vomito por 
causa da lesão (fisiológica), perturbação da 
atividade cerebral, uma depressão em razão da 
lesão por exemplo (mental) 
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Sujeito ativo e passivo 
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Sujeito ativo e passivo em regra será qualquer 
pessoa. 
No caso de aceleração de parte no caso do art. 129, 
par 3º - só a gestante pode ser vítima 
Na lesão gravíssima que advém o aborto – só a 
gestante pode ser vítima; 
Domestica familiar –somente o cônjuge, o 
companheiro, o ascendente, descendente e irmão 
pode ser vítima; 
Lesão corporal funcional – somente aquelas pessoas 
podem ser vitimas 
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Autolesão 
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Auto lesão não é crime, em razão do princípio da 
alteridade (veda a incriminação de conduta 
meramente subjetiva ou que não ofenda a 
nenhum bem jurídico de terceiro, ou seja, que 
não provoquem danos materiais a terceiros , 
salvo se a autolesão tiver intenção de fraude 
contra seguradora, porque autolesão é meio 
para a pratica do crime de estelionato). 
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Corte de cabelo ou barba sem 
consentimento 
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Se o dolo é de lesionar – lesão corporal. O delito de lesão 
corporal, visa-se proteger a incolumidade e saúde físicas do 
ser humano, bem como a sua saúde mental, ou seja, o dano 
ocasionado pelo agressor, incide (também) na saúde psíquica 
da vítima. 
 
Se o dolo for de humilhar, criar uma situação vexatória – o crime 
será de injuria real: 
 Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o 
decoro 
“§ 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por 
sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem aviltantes: 
 Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além da 
pena correspondente à violência.” 
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Pluralidade de lesões 
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Havendo pluralidade de lesões na mesma situação 
fática o agente responderá apenas por um 
crime, podendo o juiz na aplicação da pena, 
aumentar a pena base. 
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Elemento subjetivo 
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Dolo e culpa. 
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Consumação e tentativa 
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Trata-se de um crime material, se consumando 
com a efetiva ofensa a integridade física do 
indivíduo. 
A tentativa é admissível, salvo nas hipótese de 
lesão corporal culposa ou a lesão corporal 
seguida de morte. 
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Lesão corporal leve – art. 129,caput, CP 
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“Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde 
de outrem: 
 Pena - detenção, de três meses a um ano.” 
Obs. 
1º Pode haver lesão corporal sem dor. Ex. corte de 
cabelo (como vimos antes); 
2º Trata-se de crime de menor potencial ofensivo; 
3º se não houver ofensa a integridade física ou a 
saúde da vítima, será vias de fato (Dec.-lei 
3.688/1941, art. 21) 
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Lesão corporal grave (art. 129, § 1º, CP) 
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“§ 1º Se resulta: 
 I - Incapacidade para as ocupações habituais, 
por mais de trinta dias;” 
Comentários – “Ocupações habituais” –não é só 
para o trabalho mas qualquer ocupações, deste 
que a atividade não seja ilícita. Exemplos: o atleta 
que fica mais de 30 dias sem treinar por causa da 
lesão; o bebê que fica sem amamentar de forma 
plena e etc. 
Mais de 30 dias. – mínimo 31 dias 
 
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Lesão corporal grave (art. 129, § 1º, CP) 
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“§ 1º Se resulta: 
 I - Incapacidade para as ocupações habituais, 
por mais de trinta dias;” 
Comentários – necessário o exame de corpo de 
delito para configurar a qualificadora. Para que o 
perito possa atestar que as lesões corporais 
sofridas pela vítima a incapacitaram para suas 
ocupações habituais por mais de 30 dias, deverão 
determinar o seu retorno, para fins de submissão a 
um novo exame pericial (exame complementar). 
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Lesão corporal grave (art. 129, § 1º, CP) 
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“§ 1º Se resulta: 
 II – perigo de vida;” – O juiz tenha terá que fazer 
uma análise ao caso concreto. Exemplo: vítima 
internada no CTI em razão da lesão corporal. 
Esse resultado não pode ser querido pelo agressor, 
pois se ele tinha o dolo no sentido de causar-lhe 
perigo de vida, na verdade ele agia com dolo de 
homicídio, devendo responder por tentativa de 
homicídio. 
 
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Lesão corporal grave (art. 129, § 1º, CP) 
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“§ 1º Se resulta: 
 III - debilidade permanente de membro, sentido 
ou função; - Debilidade significa redução dos 
membros (braços, antebraços, mão, coxa, perna e 
pé), sentido (visão, olfato,paladar, audição e tato) 
ou função (digestiva, respiratória, circulatória, 
secretora, reprodutora, sensitiva e locomotora). 
Ex. Perda de um dos rins (se a vítima tinha os dois), 
perda de um olho. 
 
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Lesão corporal grave (art. 129, § 1º, CP) 
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“§ 1º Se resulta: 
IV - aceleração de parto: - na realidade trata-se de 
antecipação do parto 
Obs1. Para que incida a agravante o agente tem 
que saber que a vítima estava grávida. 
Obs2. A qualificadora somente pode ser atribuída 
ao agente a título de culpa. Se o agente atuava no 
sentido de interromper a gravidez com a 
consequente expulsão do feto, deverá ser 
responsabilizado por tentativa de aborto. 
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Lesão corporal gravíssima (art. 129, § 2º, CP) 
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Campus Niterói - Professora Michele Penha 
“§ 2º Se resulta: 
I - Incapacidade permanente para o trabalho; 
Obs1. Se a vítima ficar incapacidade permanente para o trabalho, 
sendo o agente condenado por essa qualificadora, se 
posteriormente em razão da evolução da Ciência a cura, não irá 
desconstituir a condenação por essa qualificadora. 
 
Obs2. Para parte da doutrina para incidir essa qualificadora é 
necessário que a vítima fique impossibilitada física ou psíquica 
em qualquer atividade. 
Outra corrente (entre eles Rogério Greco) se a vítima exercia 
uma determinada atividade e em razão da lesão sofrida não pode 
mais exercer aquela atividade incidirá a qualificadora, mesmo 
que ela possa vim a exercer outra atividade. 
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Lesão corporal gravíssima (art. 129, § 2º, CP) 
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“§ 2º Se resulta: 
 II - enfermidade incurável; - A medicina aponta 
algumas doenças que são entendidas atualmente 
como incuráveis, a exemplo da lepra, tuberculose, 
sífilis, epilepsia etc. 
O agente que sabedor que está contaminado pelo 
vírus do coronavírus , o transmite a terceiro qual 
o crime? 
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Lesão corporal gravíssima (art. 129, § 2º, CP) 
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“Perigo de contágio de moléstia grave 
Art. 131 - Praticar, com o fim de transmitir a outrem moléstia grave 
de que está contaminado, ato capaz de produzir o contágio: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.” 
 
 “A 5ª. Turma do STJ firmou entendimento segundo o 
qual a transmissão dolosa do vírus da AIDS configura 
crime de lesão corporal de natureza gravíssima por 
enfermidade incurável (artigo 129, § 2º., II, CP). 
Superior Tribunal de Justiça. HC 160982/DF, 5ª Turma, 
Rel. Min. Laurita Vaz. Julgado em 17 mai. 2012” 
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http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10624670/artigo-129-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10624438/par%C3%A1grafo-2-artigo-129-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10624438/par%C3%A1grafo-2-artigo-129-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10624438/par%C3%A1grafo-2-artigo-129-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10624376/inciso-ii-do-par%C3%A1grafo-2-do-artigo-129-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
Lesão corporal gravíssima (art. 129, § 2º, CP) 
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“§ 2º Se resulta: 
 III perda ou inutilização do membro, sentido ou 
função; - aqui fala de perda ou inutilização e não 
redução. Ex. de perda, o agressor furou os dois 
olhos da vítima, arrancou o braço, mão, pé da 
vítima etc. 
Ex. de inutilização – a em razão das lesões 
sofridas, embora fisicamente ter seu braço preso 
ao seu corpo, nãopode mais ser utilizado para 
qualquer movimento. 
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Lesão corporal gravíssima (art. 129, § 2º, CP) 
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 IV - permanente 
Deformar significa modificar esteticamente a 
forma anteriormente existente. 
Se a deformidade for aparente, causando 
constrangimento à vítima perante a sociedade irá o 
agente causador (dolosamente) incorrer no delito 
de lesão corporal gravíssima. 
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Lesão corporal gravíssima (art. 129, § 2º, CP) 
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“§ 2º Se resulta: 
 V - aborto: - o aborto tem que se por culpa, pois 
se o agente tinha dolo, responderá por crime de 
aborto. 
Obs. O agente tem que ter ciência que a vítima 
estava grávida. 
 
 
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Lesão corporal seguida de morte (art. 129, § 
3º, CP) 
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 Lesão corporal seguida de morte 
 § 3° Se resulta morte e as circunstâncias 
evidenciam que o agente não quís o resultado, 
nem assumiu o risco de produzí-lo: 
 Pena - reclusão, de quatro a doze anos. 
 
 
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Lesão corporal seguida de morte (art. 129, § 
3º, CP) 
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Crime predoloso 
A morte ocorreu em razão de culpa do agente e 
não por dolo, o agente tem dolo apenas na lesão. 
Competência para processar e julgar Vara Criminal 
e não Tribunal do Juri. 
 
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Lesão corporal com diminuição de pena(art. 
129, § 4º , CP) 
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 Diminuição de pena 
 § 4° Se o agente comete o crime impelido por 
motivo de relevante valor social ou moral ou sob o 
domínio de violenta emoção, logo em seguida a 
injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a 
pena de um sexto a um terço. 
 
 
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Lesão corporal privilegiado (art. 129, § 5º , 
CP) 
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 Substituição da pena 
 § 5° O juiz, não sendo graves as lesões, pode 
ainda substituir a pena de detenção pela de multa, 
de duzentos mil réis a dois contos de réis: 
 I - se ocorre qualquer das hipóteses do 
parágrafo anterior; 
 II - se as lesões são recíprocas. 
 
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Lesão corporal culposa (art. 129, § 6º, CP) 
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 § 6° Se a lesão é culposa: 
 Pena - detenção, de dois meses a um ano. 
 
Quando haverá culpa? 
Quando o agente quebra o dever objetivo de cuidado, 
agindo com imprudência, negligencia e imperícia. 
A lesão corporal culposa não tem grau, ou seja, ela 
tendo resultado gravoso ou não a pena será esta 
acima. 
A competência será do Juizado Especial Criminal. 
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Lesão corporal com causa de aumento de 
pena (art. 129, § e7º, CP) 
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 Aumento de pena 
 
 § 7o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se ocorrer qualquer das 
hipóteses dos §§ 4o e 6o do art. 121 deste Código. 
 
Art. 121 (...) 
 § 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o 
crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, 
ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura 
diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em 
flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) 
se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 
(sessenta) anos. 
 § 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a 
pena, se as conseqüências da infração atingirem o próprio agente de forma 
tão grave que a sanção penal se torne desnecessária. 
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Lesão corporal com perdão judicial(art. 129, 
§ 8º, CP) 
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 § 8º - Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do 
art. 121 
 
“Art. 121. Matar alguém: 
 Pena - reclusão, de seis a vinte anos. 
 § 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá 
deixar de aplicar a pena, se as conseqüências da 
infração atingirem o próprio agente de forma tão 
grave que a sanção penal se torne desnecessária” 
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Lesão corporal – violência doméstica(art. 
129, § § § 9º, 10º e 11º, CP) 
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 Violência Doméstica 
 § 9o Se a lesão for praticada contra ascendente, 
descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem 
conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o 
agente das relações domésticas, de coabitação ou de 
hospitalidade: 
 Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos. 
 § 10. Nos casos previstos nos §§ 1o a 3o deste artigo, se 
as circunstâncias são as indicadas no § 9o deste artigo, 
aumenta-se a pena em 1/3 (um terço). 
 § 11. Na hipótese do § 9o deste artigo, a pena será 
aumentada de um terço se o crime for cometido contra 
pessoa portadora de deficiência. 
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Lesão corporal funcional(art. 129, § 12º, CP) 
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“§ 12. Se a lesão for praticada contra autoridade ou 
agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição 
Federal, integrantes do sistema prisional e da Força 
Nacional de Segurança Pública, no exercício da função 
ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, 
companheiro ou parente consanguíneo até terceiro 
grau, em razão dessa condição, a pena é aumentada 
de um a dois terços.” 
 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm
Lesão corporal funcional(art. 129, § 12º, CP) 
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 Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, 
direito e responsabilidade de todos, é exercida para a 
preservação da ordem pública e da incolumidade das 
pessoas e do patrimônio, através dos seguintes 
órgãos: 
I - polícia federal; 
II - polícia rodoviária federal; 
III - polícia ferroviária federal; 
IV - polícias civis; 
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares. 
VI - polícias penais federal, estaduais e distrital. 
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