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ÓRTESES E PRÓTESES Fisioterapia Profa Juliane Breve 2020.2 Unidade 2 Órtese tornozelo pé Fisioterapia Profa Juliane Breve 2020.2 Órteses Tornozelo Pé ÓRTESES TORNOZELO –PÉ (AFO) AS AFO CONTROLAM O ALINHAMENTO E A MOVIMENTAÇÃO DO PÉ E DO TORNOZELO, DESTA FORMA DE TODO O CORPO SÃO MAIS BARATAS, ESTETICAMENTE ACEITÁVEIS E UTILIZAM A ENERGIA DE FORMA MAIS EFICIENTE DO QUE APARELHOS LONGOS AFO: Ankle Foot Ortesis Órteses Tornozelo Pé OTP - RÍGIDAS Indicações: em casos de espasticidades mais graves (AVE, EM, TCE, TRM) Funcionamento: a órtese não possui partes flexíveis, nem articuladas, impede todos os movimentos do tornozelo, mantendo a articulação a 90º Características: Baixo custo Oferece resistência na hiperextensão do joelho Modifica a marcha Paciente tende a dar o passo mais curto Difícil adaptação em calçados Mais bruto Durável e leve Órteses Tornozelo Pé LAMINA ELÁSTICA POSTERIOR Não há articulação mecânica Órteses Tornozelo Pé LAMINA ELÁSTICA POSTERIOR Indicações: Paralisia do músculo tibial anterior, marcha escarvante, neuropatia diabética, alguns casos de esclerose múltipla. Funcionamento: permite a flexão plantar e durante a fase de aceleração da marcha, durante a fase de balanço (pendulo), está órtese realiza uma dorsiflexão não permitindo o arrastar dos dedos. Características: Pouca estabilização médio-lateral Menor gasto energético durante a marcha Pode ser utilizada com vários calçados Esteticamente mais aceitável Custo maior A lamina elástica se deforma evitando o arrastar dos dedos Contra indicado em pacientes com espasticidades graves por causa do clonus Leve Órteses Tornozelo Pé FAIXA ANTERIOR Órteses Tornozelo Pé FAIXA ANTERIOR Indicação: para pacientes com fraqueza no quadríceps ( marcha agachada), ou marcha com a mão no joelho e que não apresentem recurvatum Funcionamento: faixa semi rígida anteriormente, realizando um vetor de força posterior impedindo a flexão do joelho Características: Impede a utilização de órteses mais longas (KAFO) Ineficaz em caso de contratura em flexão do joelho. Órteses Tornozelo Pé Órteses Tornozelo Pé OTP ESPIRAL Indicações: Paralisia do músculo tibial anterior, marcha escarvante, neuropatia diabética, alguns casos de esclerose múltipla. Funcionamento: confeccionada complastico semi rigido, posiciona-se da face medial da palmilha até o condilo médial da tíbia (360º). Funciona como uma mola – durante a fase de apoio a espiral se deforma (permitindo a dorsiflexão) , e na fasé de aceleração auxilia na flexão plantar, mantendo o pé em posição neutra durante o balanço sem arrastar os dedos. Características: Leve, aerodinâmica Contra indicado em casos de edema Utilizada com calçado Contra indicado em caso de espasticidade grave e clonus Órteses Tornozelo Pé Órteses Tornozelo Pé OTP ARTICULADA Indicação: Paralisia do músculo tibial anterior, marcha escarvante, neuropatia diabética, alguns casos de esclerose múltipla, AVE Funcionamento: possui design da OTP rígida, porem permite a movimentação do tornozelo, podendo estar livre ou com restrições para flexão plantar Características: permite a movimentação do tornozelo Facilita a marcha Maior estabilidade médio lateral Pode estimular o clonus Mais pesadas e mais grosseira Menos duráveis Maior dificuldade para adaptações em calçados Órteses Tornozelo Pé OTP ARTICULADA Órteses Tornozelo Pé Órteses Tornozelo Pé Órteses Tornozelo Pé Estas órteses são feitas de materiais compostos de grafite, vários plásticos e titânio, tornando possível a combinação das melhores características das órteses plásticas e das órteses de couro-metal. Este tipo de órtese permite uma ligeira movimentação do pé e do tornozelo, oferecendo resistência parcial à dorsiflexão e estabilização do tornozelo. Indicações: fraqueza dos gastrocnémios, transtornos musculares como por exemplo a doença de Charcot-Marie-Tooth. Contra indicações: espasticidade grave, diabetes com risco de ulceração por comprometimento da sensibilidade protetora OTP em materiais compostos OTP redutoras de tônus e inibidoras de tônus Redutoras e inibidoras do tônus: como o próprio nome sugere reduzem o estado de semi-contração do músculo em pacientes com lesões neurológicas associadas à Hipertonia. OTP para diminuição de carga Permitem o alívio de carga na órtese, diminuindo as forças direcionadas para o pé. Este tipo de órtese apresenta um anteparo moldado com o propósito de fornecer suporte à quantidade substancial de carga sobre o ligamento patelar. A carga é transferida distalmente por intermédio de hastes verticais medial e lateral, que termina num par de articulações do tornozelo com movimentação limitada. O anteparo reduz a carga, contudo não a elimina sobre a tíbia e o pé. É normalmente utilizada 2 a 6 semanas após uma fratura para substituir as normais aplicações em gesso. A órtese mantém a compressão para permitir o alinhamento ósseo e controlar o edema OTP para diminuição de carga OTP para redução de contraturas Este tipo de órtese apresenta uma mola espiralada, faixa elástica ou uma articulação de tornozelo com um mecanismo ajustável. Aplicam uma força tênsil à parte posterior da perna e são indicadas para pacientes com contratura do tendão-de-aquiles. Para aumentar a sua eficácia podem ser utilizadas em conjunto com um programa de exercícios com o objetivo de recuperar a mobilidade e a força na musculatura antagonista. Órteses Tornozelo Pé OUTRAS OTP Princípios Biomecânicos Todas as órteses aplicam forças sobre o corpo cujo efeito terapêutico pode consistir em dar resistência ou auxiliar a movimentação, transferir força ou proteger determinada parte do corpo. Os benefícios terapêuticos das órteses passam por: Limitação do movimento: As órteses são usadas para controlar movimentos excessivos ou indesejados, limitar a amplitude do movimento, ajudar a manter um determinado alinhamento; Assistência ao movimento: As órteses podem oferecer apoio mecânico a músculos fracos ou paralisados, para possibilitar que o usuário realize uma função especifica; Transferência de força: As órteses podem ser projetadas para transferir forças de uma parte do corpo para outra; Proteção de partes do corpo: Algumas órteses protegem regiões do corpo, evitando deformidades ou lesões; Conforto: Independentemente da sua finalidade, a órtese deve ser confortável, caso contrário será pouco utilizada pelo paciente, pois pode irritar ou lesar a pele e estruturas subjacentes. Um elemento importante para garantir o conforto é minimizar a pressão maximizando a área envolvida pela órtese. Outra forma de aumentar o conforto consiste em proporcionar um efeito de alavanca suficiente pelo qual os segmentos longitudinais da órtese aplicam a força; Maximização da área: Quanto maior a porção do corpo envolvida pela órtese, menor a pressão por unidade de área. A cobertura de uma parte extensa do corpo, pode ser desconfortável porque a pele abaixo da órtese pode não dissipar o calor de forma imediata. Consequentemente o paciente precisa de utilizar um tecido de algodão sob a órtese porque a transpiração que se acumula abaixo da órtese pode provocar lesão na pele. A quantidade de tecido adiposo e muscular subcutâneo influencia a adaptação da órtese; Princípios Biomecânicos Encaixe confortável: Independentemente do tipo e da forma do material, alguma parte da órtese deve tocar a pele. O contato deve ser confortável e não causar atrito. Uma correia excessivamente apertada exercerá uma compressão sobre os vasos sanguíneos superficiais e causará dor e lesões. Contudo, o contato também não deve ser demasiado frouxo; Efeito alavanca: Quanto maior o segmento longitudinal de uma órtese, menor a pressão exercida em cada extremidade para proporcionar os mesmos benefícios funcionais. Princípios Biomecânicos
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