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As primeiras Constituições Federais abordavam as relações dos governantes com os governados, porém sem força legislativa vinculada, possuindo apenas o caráter de diretriz a ser seguida. À época, o Código Civil era a ordem jurídica fundamental do Estado e destacado dos demais ramos jurídicos, onde os direitos fundamentais eram apenas os de defesa dos particulares contra arbitrariedades do Estado. Até meados do XX, a lógica civil preponderante é a patrimonial, onde o dono da propriedade poderia gozar, fruir e dispor dessa como bem entender, tendo o terceiro o dever de abster-se em relação ao que é do proprietário. Surgindo a partir disso o conceito inicial de privacidade: right to be alone, ou seja, o direito de estar só, com a sentido de excluir o terceiro. O direito civil na época tinha pilares a propriedade, o contrato e a família, visando a preservação do status quo. Com a 2ª Guerra Mundial, houve a aniquilação do que se compreendia como civilidade, surgindo o pós-positivismo, onde o direito civil passa a não ser mais compreendido como uma disciplina fechada, separada das demais, e sim possuidor de uma forte relação com a ética da sociedade. A legitimidade do direito deixa de ser apenas formal, sendo o alcance de sua finalidade o fator determinante para tal.
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