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QUESTÃO 1 (2,0 PONTOS) Ailson é vigilante noturno em um condomínio residencial de apartamentos. Paulo é vigilante armado de uma agência bancária. Luciano é motociclista de entregas de uma empresa de logística. Avalie os três casos apresentados e, observadas as regras da CLT, indique quem tem direito ao ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. Fundamente sua resposta. Resposta: No caso em tela podemos perceber que Paulo vigilante armado e Luciano motociclista de entregas possuem uma atividade perigosa, visto que, ambos sofrem perigo nos seus serviços, pois, Paulo por ser vigilante armado da agência bancaria poderá a qualquer momento ser surpreendido com um assalto pondo assim, sua vida em risco, logo, Luciano por pilotar uma motocicleta para as entregas da empresa em que trabalha, este poderá sofrer acidente de transito a qualquer momento, tornando-se assim, um trabalho perigoso. Logo, se tratando de Ailson vigilante noturno de um condomínio, o mesmo não terá direito ao adicional de periculosidade, visto que, a atividade em que desempenha não apresenta risco e nem perigo. Dessa maneira e segundo o Doutrinador Carlos Henrique Bezerra Leite na sua obra Curso de Direito do Trabalho 11º Edição o adicional de periculosidade tem como conceito “O adicional de periculosidade é parcela salarial prevista no art. 193 da CLT que tem por escopo compensar o trabalho prestado em condições que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador” CURSO: DIREITO PROFESSOR: NILSON JOSÉ GOMES BARROS DISCIPLINA: DIREITO DO TRABALHO II CCJ 0234_ ALUNO(A):João Lucas Alfonso Souza Oliva___________________________________________________________________________________ Matricula: 201702056236 TURMA: 3001 TURNO NOITE DATA: 16/06/2020 Nota da Prova: _______________ Nota Final: _______________ Assinatura Prof.: ________________________ INSTRUÇÕES Esta avaliação deve ser respondida pelo(a) aluno(a) e devolvida em formato PDF; A postagem da avaliação deve ser DEVOLVIDA ATÉ DIA 20-06-2020, às 23h59; A avaliação é constituída de 5(cinco) questões discursivas. VALOR 10,0 PONTOS Não serão aceitos os envios feitos em desacordo com estas orientações. BOA PROVA! QUESTÃO 2 (2,0 PONTOS) Comente sobre as mudanças relativas às férias dos empregados em regime de tempo parcial de acordo com a Reforma trabalhista (CLT). Fundamente sua resposta. Resposta: Considerando o Artigo 58 – A da CLT que considera o regime de tempo parcial aquele cuja a duração não exceda a trinta horas semanais, sem possibilidade de horas suplementares os empregados que estão neste regime terão suas férias concedidas da mesma forma que os empregados em regime tradicional de 44 horas semanais, sendo assim, um período que vai de 12 a 30 dias, de acordo com a quantidade de falta no período aquisitivo, se tratando do direito de transformar suas ferias em abono pecuniária o direito a conversão será de 1/3. QUESTÃO 3 (2,0 PONTOS) Rafaela Silva trabalhava como analista de software, com CTPS assinada na Empresa Amazon Soft LTDA, desde 4.4.2012, recebia o valor mensal de R$ 3000.00. Foi demitida sem justa causa em 24.06.2018, e entrou com a ação trabalhista em 4.4.2019, alegando que não recebeu suas verbas rescisórias. Rafaela Silva terá direito a aviso prévio? Justifique E FUNDAMENTE. Resposta: Rafaela Silva terá direito a aviso prévio, pois a mesma foi demitida sem justa, contudo, cabe ressaltar que temos 2 tipos de avisos são eles: o aviso prévio trabalhado o qual o empregador deverá conceder 30 dias ao empregado onde o mesmo continuará trabalhando na empresa com a carga horaria reduzida de 2 horas diárias, ou concederá 07 dias a menos de trabalho. Visto isso, temos o aviso prévio indenizável onde o empregador indenizará o empregado por 30 dias trabalhados. No caso em questão cabe mencionar que temos várias decisões nesses sentidos vejamos: AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. PROCESSO SOB A ÉGIDE DA LEI 13.015/2014 E ANTERIOR À LEI 13.467/2017. PROPORCIONALIDADE DO AVISO PRÉVIO AO TEMPO DE SERVIÇO. VANTAGEM ESTENDIDA APENAS AOS EMPREGADOS. (...). A Lei nº. 12.506/2011 é clara em considerar a proporcionalidade uma vantagem estendida aos empregados (caput do art. 1º do diploma legal), sem a bilateralidade que caracteriza o instituto original, fixado em 30 dias desde 5.10.1988. A bilateralidade restringe-se ao aviso prévio de 30 dias, que tem de ser concedido também pelo empregado a seu empregador, caso queira pedir demissão (caput do art. 487 da CLT), sob pena de poder sofrer o desconto correspondente ao prazo descumprido (art. 487, § 2º, CLT). Esse prazo de 30 dias também modula a forma de cumprimento físico do aviso prévio (aviso trabalhado): redução de duas horas de trabalho ao dia, durante 30 dias (caput do art. 488, CLT) ou cumprimento do horário normal de trabalho durante o pré-aviso, salvo os últimos sete dias (parágrafo único do art. 488 da CLT). A escolha jurídica feita pela Lei n. 12.506/2011, mantendo os trinta dias como módulo que abrange todos os aspectos do instituto, inclusive os desfavoráveis ao empregado, ao passo que a proporcionalidade favorece apenas o trabalhador, é sensata, proporcional e razoável, caso considerados a lógica e o direcionamento jurídicos da Constituição e de todo o Direito do Trabalho. Trata-se da única maneira de se evitar que o avanço normativo da proporcionalidade se converta em uma contrafacção, como seria impor-se ao trabalhador com vários anos de serviço gravíssima restrição a seu direito de se desvincular do contrato de emprego. Essa restrição nunca existiu no Direito do Trabalho nem na Constituição, que jamais exigiram até mesmo do trabalhador estável ou com garantia de emprego (que tem - ou tinha - vantagem enorme em seu benefício) qualquer óbice ao exercício de seu pedido de demissão. Ora, o cumprimento de um aviso de 60, 80 ou 90 dias ou o desconto salarial nessa mesma proporção fariam a ordem jurídica retornar a períodos selvagens da civilização ocidental, antes do advento do próprio Direito do Trabalho - situação normativa incompatível com o espírito da Constituição da República e do Direito do Trabalho brasileiros. Recurso de revista conhecido e parcialmente provido. (RR - 100545-63.2013.5.17.0151 , Relator Ministro: Mauricio Godinho Delgado, Data de Julgamento: 10/04/2019, 3ª Turma, Data de Publicação: DEJT 12/04/2019). QUESTÃO 4 (2,0 PONTOS) Ana Maria alega na reclamação trabalhista que laborou para a reclamada LG ltda, como vendedora de eletrodomésticos no período de 15.08.2010 a 16.02.2017, data na qual foi dispensada sem justa causa, e nada recebeu a título de verbas rescisórias. Ajuizou reclamação em 15.03.2017. A Reclamada não compareceu a audiência e na sentença O Juiz declarou o vínculo de emprego mantido entre as partes, a teor do artigo 3º, da CLT, no período de 15.08.2010 a 16.02.2017, quando a reclamante foi dispensada sem justa causa e sem prévio aviso, e sem as anotações na CTPS. Na qualidade de Advogado de Ana Maria. Cite e fundamente 4 direitos de Ana Maria em face da dispensa sem justa causa Resposta: No caso acima Ana Maria foi dispensada sem justa causa e sem seu aviso prévio, gerando assim direitos a ela como: Saldo salário que tem como característica proporcionar ao empregado o salário proporcional aos dias trabalhados no mês da demissão. Aviso prévio que tem como função avisar o empregado do seu desligamento e proporcionar ao mesmo, 30 dias de serviço com carga horária reduzida de 2 horas diárias, ou 7 dias a menos de trabalho. Tendo isto em vista, temos outra modalidadede aviso prévio o qual o empregador indenizará o empregado por 30 dias de trabalho. No caso de Ana Maria a mesma teria 48 dias de aviso prévio, pois, ao completar 1 ano de casa a mesma teria 30 dias e os demais anos trabalhados seriam acrescentados e 3 dias cada ano em que esteve na empresa. FGTS + multa de 40% é uma modalidade de demissão onde o empregado é autorizado de sacar o FGTS que foi depositado mensalmente pelo empregador, além disso, é obrigação do empregador de pagar 40% de multa com base sobre o saldo do FGTS. 13º salário proporcional que será calculada de mês em mês até o dia da demissão, ou seja, será calculada sobre os meses trabalhados no ano da demissão. Contudo, cabe ressalta que tribunais assim como STF julgam matérias e decidem acerca de assunto como estes. Segue: Direito Constitucional e Direito do Trabalho. Embargos de declaração em recurso extraordinário. Dispensa sem justa causa de empregados da ECT. Esclarecimentos acerca do alcance da repercussão geral. Aderência aos elementos do caso concreto examinado. 1. No julgamento do RE 589998, realizado sob o regime da repercussão geral, esta Corte estabeleceu que a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT tem o dever de motivar os atos de dispensa sem justa causa de seus empregados. Não houve, todavia, a fixação expressa da tese jurídica extraída do caso, o que justifica o cabimento dos embargos. 2. O regime da repercussão geral, nos termos do art. 543-A, § 7º, do CPC/1973 (e do art. 1.035, § 11, do CPC/2015), exige a fixação de uma tese de julgamento. Na linha da orientação que foi firmada pelo Plenário, a tese referida deve guardar conexão direta com a hipótese objeto de julgamento. 3. A questão constitucional versada no presente recurso envolvia a ECT, empresa prestadora de serviço público em regime de exclusividade, que desfruta de imunidade tributária recíproca e paga suas dívidas mediante precatório. Logo, a tese de julgamento deve estar adstrita a esta hipótese. 4. A fim de conciliar a natureza privada dos vínculos trabalhistas com o regime essencialmente público reconhecido à ECT, não é possível impor-lhe nada além da exposição, por escrito, dos motivos ensejadores da dispensa sem justa causa. Não se pode exigir, em especial, instauração de processo administrativo ou a abertura de prévio contraditório. 5. Embargos de declaração providos em parte para fixar a seguinte tese de julgamento: A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT tem o dever jurídico de motivar, em ato formal, a demissão de seus empregados. (STF - ED RE: 589998 PI - PIAUÍ, Relator: Min. ROBERTO BARROSO, Data de Julgamento: 10/10/2018, Tribunal Pleno) QUESTÃO 5 (2,0 PONTOS) Rafaela Silva trabalhava como analista de software, com CTPS assinada na Empresa Amazon Soft LTDA, desde 4.4.2012, recebia o valor mensal de R$ 3000.00. Foi demitida sem justa causa em 24.06.2018, e entrou com a ação trabalhista em 4.4.2019, alegando que não recebeu suas verbas rescisórias. Houve prescrição dos seus direitos? Justifique e fundamente. Resposta: No caso de Rafaela Silva a prescrição bienal não é aplicável, visto que, a mesma ingressou com a ação trabalhista 04.04.19 isto é, em menos de um ano após ser demitida, menciona-se que a prescrição bienal tem a característica de proporcionar ao reclamante um prazo de 2 nos para requerer seus direitos. Se tratando da prescrição quinquenal Rafaela Silva trabalhou de 04.04.12 a 26.06.18 gerando assim, 6 anos de trabalho, com isso, vale a pena ressaltar que o primeiro ano de trabalho (2013) não será levado em consideração no pleito de Rafaela, pois, só se é aplicável na seara trabalhista a reclamação de seus direitos dos últimos 5 anos. Segundo o tribunais como o STJ decidem sobre esses determinados assuntos. PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AÇÃO DE RESSARCIMENTO DE DANO AO ERÁRIO. PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. OCORRÊNCIA. 1. O Plenário do STJ decidiu que "aos recursos interpostos com fundamento no CPC/1973 (relativos a decisões publicadas até 17 de março de 2016) devem ser exigidos os requisitos de admissibilidade na forma nele prevista, com as interpretações dadas até então pela jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça" (Enunciado Administrativo n. 2). 2. Conforme entendimento pacificado nesta Corte, a pretensão de ressarcimento de danos ao erário, não decorrente de ato de improbidade, prescreve em cinco anos. 3. A "imprescritibilidade da ação de ressarcimento do dano depende do reconhecimento do ato de improbidade que o originou, em ação própria. Inexistindo tal declaração do caráter de improbidade administrativa do ilícito causador do dano, a prescrição incidirá conforme as regras ordinárias relativas à matéria, qual seja, o Decreto 20.910/1932 (prescrição quinquenal)." (AgInt no REsp 1.517.438/PR, rel. Min. BENEDITO GONÇALVES, Primeira Turma, DJe 24/04/2018). 4. Agravo interno desprovido. (STJ - AgInt no REsp: 1532741 ES 2015/0117053-6, Relator: Ministro GURGEL DE FARIA, Data de Julgamento: 16/09/2019, T1 - PRIMEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 20/09/2019)
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