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Existem diversos materiais com os quais podemos confeccionar as Bases de Prova: resina acrílica ativada quimicamente, resina acrílica ativada termicamente, placas de policarbonato, etc. O material recomendado é a resina acrílica ativada quimicamente (RAAQ), incolor ou rosa. a b a b 12 TÉCNICA DE CONFECÇÃO I- BASE DE PROVA DE RAAQ Material e instrumental Modelos funcionais maxilar e mandibular Cera rosa nº 7 Espátula nº 7, 31 e Le Cron Pincel tigre nº 266-16 Resina acrílica auto-polimerizável ( Clássico ou similar) Pote para resina acrílica Isolante Cel-Lac Duas placas de vidro Lâmparina a álcool Lixa para madeira nº 180 ou 320 Mandril para tira de lixa Broca Maxi-Cut Micro motor ALÍVIO DAS RETE+ÇÕES MECÂ+ICAS a) Todas as retenções mecânicas dos modelos são removidas através do preenchimento das mesmas com cera rosa nº 7 (Figura 1). b) As retenções nos maxilares são mais frequentes na face vestibular da região de canino a canino, e na região vestibular das tuberosidades alveolares. c) As retenções na mandíbula são mais frequentes na região de canino a canino, tanto por vestibular, como por lingual e na região da fossa retro-miloidea. Deve ser lembrado que os alívios são menores que nas moldeiras, tendo em vista a necessidade de retenção na boca do paciente. Figura 1. Áreas retentivas e expulsivas área retentiva área expulsiva 13 ISOLAME+TO DA ÁREA DE SUPORTE Todo o modelo será isolado com Cel-Lac, com um pincel macio para evitar a aderência da resina ao gesso do modelo. PREPARO DA RESI+A ACRÍLICA Devemos proporcionar o polímero e o monômero de acordo com a indicação do fabricante, colocando primeiramente o monômero no pote para resina, e depois o polímero. Normalmente a proporção pó/líquido é 3/1 A mistura é feita com espátula nº 36, e o recipiente fechado para evitar a evaporação do monômero da mesma forma que a executada para as moldeiras. CO+FECÇÃO DA BASE DE PROVA a) Prensagem da resina auto-polimerizável entre duas placas de vidro. Quando a mistura atingir a fase plástica, daremos a ela um formato de bola que será prensada entre duas placas de vidro isoladas com Cel-Lac. Para proporcionar uma espessura homogênea durante esta prensagem, recortamos duas tiras de cera, e colocamos entre as placas de vidro, uma tira em cada extremidade, com a finalidade de homogeneizar a espessura da lâmina de resina formada (Figura 2). Lembramos que para a confecção das moldeiras, a tira de lâmina de cera era dobrada para obter maior espessura. Figura 2. Prensagem da resina acrílica entre as placas de vidro b) Aplicação da resina acrílica A lâmina de resina acrílica será adaptada sobre o modelo funcional em toda a sua extensão. Deveremos ter cuidado para não pressionar de forma exagerada, pois isto poderá causar adelgaçamento ou mesmo furar certos pontos ou regiões da 14 resina (Figura 3a). Os excessos deverão ser recortados com uma espátula Le Cron. Toda a região correspondente ao fundo do sulco deverá ser preenchida com resina (Figura 3b). Figura 3a e b. Base de prova maxilar com o sulco totalmente preenchido c) Separação da base de prova do modelo Após alguns minutos, a resina polimeriza tornando-se completamente rígida. Quando isto acontecer, poderemos separar a base de prova do modelo através de uma espátula nº 7 ou Le Cron, introduzindo-a na borda posterior, entre a base de prova e o modelo, com cuidado para não causar fratura do mesmo. d) Eliminação das rebarbas Utilizamos a broca Maxi-cut para desgastar a resina acrílica, eliminando as rebarbas da borda da base de prova, com o cuidado de não deixá-la cortante e respeitar ao mesmo tempo a espessura da mesma na região dos sulcos gengivo- labial e gengivo-geniano (Figura 4). Figura 4. Eliminação das rebarbas com broca Maxi-cut e) Acabamento O acabamento é dado apenas com tira de lixa, adaptada em mandril próprio. Lixamos as bordas da base de prova de forma a não deixar arestas cortantes para dar a b 15 maior conforto ao paciente uma vez que a mesma ficara em intimo contato com o fundo de sulco do paciente (Figura 5). Figura 5. Acabamento da borda da base de prova com tira de lixa f) Base de prova da mandíbula A base de prova no modelo inferior é confeccionada da mesma maneira que a superior. Em virtude de sua própria conformação, está mais propensa à introdução de esforços e a deformações. Por este motivo devemos tomar o máximo cuidado em seu acabamento, para evitar distorções, pois a base de prova deve ter a melhor adaptação possível no modelo. Não esquecer de recortar o excesso lingual (Figura 6a,b e c). Figura 6a e b . Recorte do excesso lingual com o sulco totalmente preenchido. Figura 6c. Base de prova inferior concluída. a b c 16 ORIE+TAÇÃO DO PLA+O DE CERA MAXILAR E TRA+SFERÊ+CIA PARA O ARTICULADOR Para a orientação do plano de cera, há necessidade de se confeccionar um rolete de cera que deve ser unido firmemente à base de prova a fim de serem registradas as diferentes operações de interesse protético. Nestes planos serão determinados: 1. As relações intermaxilares (dimensão vertical de oclusão e relação central). 2. Suporte adequado aos lábios e bochechas. 3. As linhas de referências para a seleção dos dentes. 4.Montagem dos dentes artificiais. TÉC+ICA DE CO+FECÇÃO DO PLA+O DE CERA Materiais Utilizados: 1- Lâmina de cera rosa nº 7 2- Espátula nº 31 3- Espátula Le Cron 4- Espátula nº 7 5- Lamparina à álcool. Inicialmente tomamos uma lâmina de cera rosa e plastificamos sobre a chama da lamparina uma faixa de 1cm ao longo de seu comprimento, até que comece a se curvar (Figura 8). Figura 8. Plastificação da cera e início do dobramento para confecção do plano. A parte da lâmina de cera que ficou plástica é dobrada, procurando conseguir uma perfeita união das superfícies, evitando que incorporem bolhas de ar. Continuar aquecendo e dobrando a lâmina de cera até que se consiga um rolete de cera plástico (Figura 9). Levamos novamente o rolete de cera à chama e dobramos ao meio com a finalidade de ganhar em altura (Figura 10). 17 Figura 9. Rolete de cera plastificado Figura 10. Dobramento ao meio O passo seguinte consiste em dar forma ao rolete de cera de acordo com o arco dental e adaptá-lo sobre a base de prova, unindo-o firmemente com cera fundida (Figuras 11a, b e c) Figura 11a Figura 11b Figuras 11a,b e c. Adaptação e fixação do rolete de cera à base de prova. O acabamento do plano de cera será dado utilizando-se a espátula 36 bem aquecida para prover alisamento na superfície vestibular e lingual e uma espátula de pintor para o acabamento da superfície oclusal. O plano estará finalisado ao apresentar suas superfícies totalmente lisas e uniformes (Figuras 12 a e 12 b) a b c 18 Figura 12a e b. Acabamento final do plano de cera. Clinicamente, na maioria dos casos, o plano superior deverá ser construído de tal forma que fique ao nível ou ultrapasse 1 ou 2 mm o tubérculo do lábio em repouso (Figura 13a) e que tenha ligeira inclinação no sentido ocluso-gengival (Figura 13b). Figura 13a e 13b.Configuração clínica inicial do plano de cera. Para que seja possível a tomada dos registros dos movimentos mandibulares é necessário que o profissional utilize um plano de referência, que será o plano protético. Assim, o plano de cera superior deverá ser paralelo