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01 - PETIÇÃO INICIAL - PDF-A - PARA PROTOCOLO

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GHEISA SARTORI NEGRI - OAB/SP 261.631 
Rua Aviador Ribeiro de Barros nº 5-40, Jardim Europa, CEP 17017-490, Bauru/SP, 
F: (14) 3010-8905 / 99782-2586 / email: ghe.negri@gmail.com 1 
 
EXMO. SR. DR. JUIZ DO TRABALHO DA MM ___ª VARA DO TRABALHO DA 
COMARCA DE BAURU/SP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARCIA APARECIDA MOTTI, brasileira, Técnica 
Bancária, inscrita no CPF 041.622.278-10, portadora do RG 12.327.156, 
residente e domiciliada a Rua Alto Acre, 12-27, Jardim Bela Vista, CEP 17063-
080, Bauru/SP, representada por sua advogada, GHEISA SARTORI NEGRI, 
inscrita na OAB/SP 261.631, com escritório a Rua Aviador Ribeiro de Barros, 5-
40, Jardim Europa, CEP 17017-490, Bauru/SP onde recebe intimações e 
notificações, apresenta a seguinte RECLAMATÓRIA TRABALHISTA em face 
da CAIXA ECONOMICA FEDERAL, instituição financeira sob a forma de 
empresa publica, dotada de personalidade jurídica de direito privado, inscrita 
no CNPJ 00.360.305/0001-04, com sede a Rua Luiz Fernando da Rocha 
Coelho 3-50, Jardim Contorno, CEP 17028-615, Bauru/SP, vem, pelos fatos 
e fundamentos a seguir aduzidos. 
 
 
I. DOS FATOS 
 
 
A Reclamante foi admitida na Reclamada em 30 de 
agosto de 1989, como escriturário Ref. 18, para atuação em agência bancária 
na cidade de Bauru/SP. 
 
Entre 22 de outubro de 1992 e 11 de outubro de 2012 
recebeu a gratificação de função pelo exercício efetivo de várias funções de 
confiança comissionadas. 
 
Foram mais de 20 anos ininterruptos de recebimento da 
gratificação, sendo que por interesse da administração da reclamada foi 
dispensada da designação efetiva e deixou de exercer função comissionada, 
passando a receber como “incorporação de função” um adicional 
compensatório pela função perdida, no percentual de 77,72% da função de Ger 
GOV/SOC Chefia/Gerencia, seguindo norma interna própria da reclamada (RH 
073). 
 
Todavia a reclamante teve manifesta redutibilidade 
salarial, o que é vedado pelo ordenamento pátrio, inclusive em sede 
constitucional. 
 
 GHEISA SARTORI NEGRI - OAB/SP 261.631 
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Isto porque, além de não receber 100% da gratificação, 
também deixou de receber o CTVA (Complemento Temporário Variável de 
Ajuste de Mercado), parcela esta paga pela CAIXA como forma de garantir aos 
ocupantes de cargo em comissão uma remuneração condizente com a 
praticada pelo mercado de trabalho bancário. Vale dizer, parcela paga para 
chegar ao piso da categoria daquela função comissionada, que possui natureza 
salarial e integra a remuneração para todos os efeitos legais. 
 
Assim, restará devidamente demonstrado que a 
reclamante faz jus: 
 
a) À incorporação do valor integral da última função 
exercida Ger GOV/SOC Chefia/Gerencia, ou, ainda 
sucessivamente, da média dos valores de gratificação 
pagas pelas funções exercidas verificadas nos 10 
anos anteriores à supressão da função, atualizadas e 
corrigidas monetariamente. 
 
b) À incorporação do CTVA, uma vez que tal parcela 
também compõe o pagamento do cargo comissionado. 
 
II. DOS FUNDAMENTOS 
 
1. DO DIREITO A INCORPORAÇÃO DO SALARIO 
INTEGRAL DE GER GOV/SOC Chefia/Gerencia, SOB PENA DE 
REDUTIBILIDADE SALARIAL E DESESTABILIDADE ECONOMICA DA 
RECLAMANTE, OU SUCESSIVAMENTE DO DIREITO A INCORPORACAO 
DA FUNCAO NO VALOR INTEGRAL DA MÉDIA DOS VALORES DE 
GRATIFICAÇÃO PAGAS PELAS FUNÇÕES EXERCIDAS VERIFICADAS 
NOS 10 ANOS ANTERIORES À SUPRESSÃO DA FUNÇÃO. 
 
 
Como já ressaltado anteriormente, a reclamante exerceu 
diversas funções comissionadas, recebendo de forma ininterrupta, as 
gratificações correspondentes. Tal situação perdurou por mais de 20 anos até 
que a reclamada, de forma unilateral, destituiu-o da função comissionada até 
então exercida, ferindo o artigo 468 da CLT. 
 
A partir de então a reclamante passou a perceber um 
adicional compensatório pela perda da função de confiança, denominado 
“adicional incorporação”, no percentual de 77,72% da função de 
GER/GOV/SOC – Chefia/Gerencia, seguindo norma interna própria da 
reclamada (RH073), quando na verdade tem direito a 100%. 
 
A reclamante, portanto, recebe a porcentagem de 77,72% 
da função GER/GOV/SOC – Chefia/Gerencia. 
 
A norma interna da reclamada, RH073, anexa, que 
instituiu o “adicional compensatório de perda de função de confiança ou cargo 
comissionado”, dispõe que se o empregado for dispensado, por iniciativa da 
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administração, receberá o adicional no percentual que estabelece, 
considerando o tempo de serviço e o período anterior a junho de 1997. 
 
Ora, tal norma não encontra ressonância no 
ordenamento pátrio vigente, que veda a redução salarial e as alterações 
contratuais lesivas. 
 
Tampouco encontra a reclamada, base legal para tomar 
as medidas administrativas, como aqui se demonstra, de modo a suprimir 
valores devidos a reclamante, uma vez que as legislações vigentes 
reconhecem que a gratificação de função percebida durante longos anos 
integra o salário da obreira, sob todos os aspectos, estando pacificado na 
jurisprudência o entendimento no sentido de que a percepção de gratificação 
por mais de 10 (dez) anos dá o direito ao empregado de recebê-la 
integralmente quando esta seja suprimida pelo empregador conforme 
sumula 372, I, do C. TST (ex orientação jurisprudencial 45 do SDI1 do TST), 
que tem o seguinte teor: 
 
“SUMULA 372 DO TST – GRATIFICACAO DE FUNCAO. 
SUPRESSAO OU REDUCAO. LIMITES (conversão das 
Orientações Jurisprudenciais nº.s 45 e 303 da SBDI-1) 
– Res. 129/2005, DJ 20,22 e 25.04.2005 
I – Percebida a gratificação de função por dez ou mais 
anos pelo empregado, se o empregador, sem justo 
motivo, reverte-lo a seu cargo efetivo, não poderá 
retirar-lhe a gratificação tendo em vista o principio da 
estabilidade financeira. (ex-OJ nº.45 da SBDI-1 – 
inserida em 25.11.1996) 
 
A reclamante, por ter exercido diversas funções 
comissionadas, ao longo de um período superior a dez anos, acostumou-se a 
perceber o seu salário integrado pela gratificação correspondente. 
 
Assim, há muito tempo a gratificação em tela já integra o 
seu orçamento doméstico, criando a expectativa de contar com esse valor todo 
mês, não podendo a reclamada reverter a empregada ao seu cargo efetivo e 
suprimir-lhe a gratificação unilateralmente, pois, agindo dessa forma, estará 
verdadeiramente reduzindo o seu salário e contrariando o princípio da 
irredutibilidade salarial e da estabilidade econômica do trabalhador, insculpido 
no artigo 7º, VI, da Constituição Federal de 1988; direito individual considerado 
cláusula pétrea imutável (artigo 60, §4º., IV da Constituição Federal de 1988). 
 
Além disso, o não pagamento da gratificação incorre em 
alteração contratual lesiva, vedada pelo artigo 468 da CLT, sem prejuízo ainda 
ao fato de que a gratificação integra a remuneração do empregado para todos 
os fins (condição mais benéfica), conforme dispõe o artigo 457, §1º, da CLT. 
 
Decidiu da mesma forma, o TRT 15 de 
processo também oriundo de Bauru: 
 
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“... DA GRATIFICACAO DE FUNCAO. Requer o 
recorrente o pagamento de 100% da incorporação da 
função anteriormente exercida. Alega que não pode o 
empregador, a sua maneira, escolher a forma de 
pagamento da incorporação da função de seu 
empregado. Com razão. (grifo, itálico e sublinhado 
nosso) (...) Desse modo, reconhecido o desempenho pelo 
autor de diversas funções desde 01/01/1984,com o 
consequente pagamento de gratificação, a suspensão do 
pagamento pela reclamada implica alteração contratual 
lesiva, nos moldes vedados na Sumula nº. 372 do C. TST. 
Alias, no mesmo sentido, já decidiu esta C. Camara, em 
outros processos com relatoria do Desembargador Relator 
Eder Sivers e da Desembargadora Relatora Maria Cecilia 
Fernandes Alvares leite, como por exemplo. Assim, 
reforma-se a decisão ora vergastada para reconhecer o 
direito do reclamante a incorporação da gratificação 
postulada ao seu salario. (...) Tratando-se de verba salarial 
paga com habitualidade, incidem reflexos em FGTS, 13º. 
Salario e férias mais 1/3, anuenio, horas extras e outras 
gratificações que tenham como base de calculo a 
remuneração, a partir da suspensão da gratificação 
(...)Reforma-se. (Processo 0010987-92.2014.5.15.0089 – 
RO – TRT 15ª. – 2ª. VT/Bauru. Des. Relator Luiz Felipe 
Paim da Luz Bruno Lobo. 
 
Ainda neste sentido, jurisprudências do C. TST: 
 
“AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE 
REVISTA. 1. GRATIFICACAO RECEBIDA POR 
PERIODO SUPERIOR A 10 ANOS. ESTABILIDADE 
FINANCEIRA. O exercício, pelo autor, das funções de 
caixa executivo, por período superior a 10 (dez) anos, 
gera direito a incorporação da gratificação ao seu 
patrimônio. Esta e a interpretação que se extrai da 
Sumula de nº. 372, I, desta Corte. Assim, revelando-se a 
decisão regional em harmonia com a jurisprudência 
iterativa do TST, impõe-se afastar divergência 
jurisprudencial e violação legal e constitucional (art. 896, § 
4º., da CLT). 2. HORAS EXTRAS. ONUS DA PROVA. 
ARTIGOS 333 DO CPC E 818 DA CLT. Não há falar em 
ofensa as regras legais pertinentes ao ônus probatório 
quando a lide foi solucionada com base em provas 
efetivamente produzidas nos autos. Isto porque o 
ordenamento jurídico não determina quem deve produzir 
a prova, mas sim quem assume o risco decorrente da sua 
não produção. Agravo de Instrumento a que se nega 
provimento. (TST – 3ª. T. – AIRR 3353/2004-091-03-40-3 
– Mario Henrique Marques Moreira X CEF, FUNCEF – 
Juiz Relator RICARDO MACHADO.) 
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“RECURSO DE REVISTA DO RECLAMANTE. CARGO 
DE CONFIANCA. REVERSAO. SUPRESSAO DE 
GRATIFICACAO. PROVIMENTO. A jurisprudência do C. 
TST, consolidada na Sumula 372, I, e no sentido de 
 que percebida a gratificação de função por dez ou 
mais anos pelo empregado, se o empregador, sem justo 
motivo, revertê-lo a seu cargo efetivo, não poderá retirar-
lhe a gratificação tendo em vista o principio da 
estabilidade financeira. (ex-OJ nº. 45 inserida em 
25.11.1996). No caso dos autos, tendo o empregado 
percebido a gratificação por 13 anos preenche o requisito 
temporal exigido pela Sumula, não podendo considerar 
valida norma do regulamento de pessoal da empresa por 
não ser mais benéfica ao empregado. Recurso de Revista 
parcialmente conhecido e provido.” (TST – 5ª. T. – RR 
225/2002-531-01-00-0 – Ricardo Paes Barreto Brandao X 
CEF – Rel. Min. ALOYSIO CORREA DA VEIGA). 
 
“AGRAVO DE INSTRUMENTO. GRATIFICACAO DE 
FUNCAO INCORPORACAO SUMULA Nº. 372 DO TST. 
O Tribunal Regional decidiu de acordo com a Sumula nº. 
372 do TST, segundo a qual a gratificação da função 
percebida pelo empregado por dez ou mais anos não 
pode ser suprimida.”(TST – 3ª. T. – AIRR-860/2004-921-
21-40.0 – Denys Jourdan Barros Torres X CEF – Rel. Min. 
MARIA CRISTINA IRIGOYEN PEDUZZI) 
 
“AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE 
REVISTA. FUNCAO GRATIFICADA. SUPRESSAO. 
Percebida a gratificação de função por dez ou mais anos 
pelo empregado, se o empregador, sem justo motivo, 
reverte-lo a seu cargo efetivo, não poderá retirar-lhe a 
gratificação tendo em vista o principio da estabilidade 
financeira. (Sumula nº. 372 do TST). Agravo de 
Instrumento a que se nega provimento.”(TST – 5ª. T. 
AIRR – 1490/2001 – 004 – 17-40.8 – Ernani Cesar de 
Oliveira X CEF – Rel. Juiz Convocado WALMIR 
OLIVEIRA DA COSTA). 
 
“(...)INCORPORACAO DE GRATIFICACAO DE 
FUNCAO. VIOLACAO DE LEI (ARTIGO 468, 
PARAGRAFO ÚNICO DA CLT). NÃO CONFIGURACAO. 
Antes mesmo da prolação da sentença do decisum 
rescidendo, essa colenda Corte já havia firmado 
entendimento, no sentido de que a reversão do 
trabalhador que exercia função de confiança por dez 
ou mais anos ao cargo efetivo, dava-lhe o direito de 
continuar recebendo o valor da gratificação 
correspondente, desde que não houvesse justo 
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motivo para o empregador proceder tal reversão. Não 
constando no decisum rescidendo informação de que 
houvesse esse justo motivo, não há como acolher a 
pretensão rescisória.(...)”(TST – SBI1 – 1922/2003-000-
07-00.7 ROAR – Rel. Min. JOSE SIMPLICIANO FONTES 
DE F. FERNANDES) 
 
Ainda, no mesmo sentido do TST, decisões do TRT 3ª. 
Região: 
 
“EMENTA: GRATIFICACAO DE FUNCAO. SUPRESSAO 
INDEVIDA APÓS A PERCEPCAO POR MAIS DE 10 
ANOS. Recebendo a reclamante gratificação de 
função por mais de 10 anos, esta não pode ser 
suprimida, em razão de seu afastamento do cargo de 
confiança (OJ nº. 45 da SDI/TST). Não se esta com isso 
negando o direito de a reclamada afastar o empregado do 
cargo de confiança já que tal fato esta inserido em seu 
poder de comando mas apenas assegurando estabilidade 
financeira ao empregado, tendo em vista que referida 
gratificação integrou o seu patrimônio jurídico e com ela 
(gratificação) sempre contou durante todos esses anos, 
adequando sua vida a remuneração percebida.”(TRT 3ª. – 
7ª. T. – Proc. nº.01384-2001-103-03-00-8 RO – Maria 
Abadia Costa Oliveira X CEF – Rel. Juiz LUIZ RONAN 
NEVES KOURY). 
 
“EMENTA: GRATIFICACAO DE FUNCAO RECEBIDA 
HÁ MAIS DE DEZ ANOS – DESTITUICAO DO CARGO 
DE CONFIANCA SEM JUSTO MOTIVO – 
ESTABILIDADE FINANCEIRA. Em face da destituição 
do empregado de cargo de confiança, sem justo 
motivo, por ele exercido durante vinte e dois anos 
seguidos, e da qual resulta a perda da gratificação 
funcional e a diminuição considerável da 
remuneração, e de se aplicar o entendimento 
consagrado pela Orientação Jurisprudencial nº. 45, da 
SDI/TST, no sentido de fazer jus o empregado a 
manutenção de sua estabilidade financeira, devendo o 
seu salário ser integrado das parcelas que lhe eram 
pagas em razão do exercício do cargo.”(TRT 3ª. – 1ª. T. 
Proc. nº. 01041-2004-109-03-00-4 RO – Jose Mauricio de 
Paula X CEF – Rel. Juíza MARIA LAURA FRANCO LIMA 
DE FARIA). 
 
“EMENTA: GRATIFICACAO DE FUNCAO – CARGO DE 
CONFIANCA – SUPRESSAO – REDUCAO. Recebendo 
por mais de dez anos a gratificação de função, pelo 
exercício de cargo de confiança, este valor não pode ser 
suprimido, nem reduzido, quando não foi praticado 
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qualquer ato que resultasse na quebra da fidúcia. Sumula 
372 do C. TST.” (TRT 3ª. - 2ª. T. Proc. nº. 01558-
2005-003-03-00-8 RO – Jose de Andrade Gomes X CEF. 
Rel. Juiz JALES VALADAO CARDOSO. 
 
“EMENTA:GRATIFICACAO DE FUNCAO. CARGO DE 
CONFIANCA. SUPRESSAO. Restando incontroverso 
nos autos que o recorrido tenha recebido, por mais de 
10 anos, gratificação de função, pelo exercício de 
cargo de confiança, não pode ter esse valor 
suprimido, se não praticou qualquer ato que 
comprovadamente quebrasse a fidúcia que lhe era 
depositada. Não se trata, aqui, de obstar o direito da 
reclamada, de afastar o empregado do exercício de 
função de confiança, subtraindo-lhe o poder diretivo, mas 
de admitir que o trabalhador, com o recebimento de 
gratificação por longosanos, acaba moldando sua vida 
em função da remuneração habitualmente recebida 
acabando por ser surpreendido com a destituição, o que e 
inviável.(TRT 3ª. R. – 8ª. T. – 01587-2005.023-03-00-4 – 
Genine Berenice Rocha Duarte X CEF – Rel. Juiz JOSE 
MARLON DE FREITAS) 
 
Veja que no caso em tela a reclamante foi revertida 
sem justo motivo (apenas por interesse único da empregadora) a seu 
cargo efetivo (técnico bancário) e, assim, não pode ser-lhe suprimida a 
gratificação da função. 
 
Por fim, a título de embasamento do pleito da reclamante, 
o C. TST, em decisão recente, em caso semelhante ao da reclamante, 
entendeu que o fundamento para incorporação ao salário é o recebimento de 
gratificação por dez anos ou mais, pouco importando se neste período tenha 
exercido funções diversas. 
 
Aquela colenda Corte assim se manifestou: 
 
“GRATIFICACAO DE FUNCAO. EXERCICIO DE VARIAS 
FUNCOES POR MAIS DE DEZ ANOS. INTEGRACAO – 
CRITERIO – Esta Corte, em respeito à estabilidade 
econômica do empregado e ao principio da irredutibilidade 
salarial, pacificou o entendimento de que o recebimento 
da gratificação por dez ou mais anos, resulta em sua 
incorporação ao salário (Sumula nº. 372 do TST). O 
fundamento, portanto, para a incorporação ao salário 
é o recebimento de gratificação por dez ou mais anos, 
pouco importando se, nesse lapso de tempo, o 
empregado tenha exercido funções diversas. Contraria 
a aludida sumula a decisão do TRT no sentido de que o 
exercício de varias funções no período de dez anos, e não 
de uma única função, de forma ininterrupta, desautoriza a 
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incorporação pleiteada. Recurso de Revista provido. (...)II. 
I GRATIFICACAO DE FUNCAO. Conhecido o recurso, 
por contrariedade a Orientação Jurisprudencial nº. 45 da 
SBDI-1, convertida na Sumula nº. 372, ambas desta 
Corte, dou-lhe parcial provimento para determinar que a 
incorporação se de pelo valor da gratificação de função 
que o reclamante recebeu por maior período” (TST – 4ª. 
T. RR-606/2003-008-10.00.2 Rel. Min. MILTON MOURA 
FRANCA). 
 
Em razão do exposto, a reclamada deve ser condenada a 
incorporar à remuneração da reclamante o valor integral (100%) da gratificação 
da função suprimida em 11/10/2012 ou, sucessivamente, a média dos valores 
dos últimos dez anos, tendo como base de cálculo a função suprimida, 
pagando-lhe, a partir de então, as diferenças salariais verificadas em parcelas 
vencidas e vincendas, devidamente corrigidas, observada a evolução salarial 
da reclamante (Sumula 264 do TST) e todos seus direitos e vantagens. 
 
2. DO DIREITO A INCORPORACAO DO CTVA 
 
 
Além de não receber o valor integral de 100% da função 
de confiança de GER GOV/SOC Chefia/Gerencia, a reclamante também teve 
suprimida na incorporação, o valor do CTVA. Ou seja, o CTVA não compôs o 
cálculo para o adicional de incorporação. 
 
O Complemento Temporário Variável de Ajuste de Piso 
de Mercado (CTVA) é a verba paga pela Caixa a todo empregado detentor 
de cargo em comissão, cuja remuneração-base não atinge o valor 
estabelecido pela empresa como referência de piso de mercado para 
aquele cargo. 
 
Essa verba, como o próprio nome diz, complementa o 
valor da remuneração do empregado ocupante de cargo em comissão. 
 
É variável, pois o seu valor depende da diferença entre a 
remuneração-base total do empregado (salário padrão, referência, 
comissionamento, vantagens) e o valor do piso de mercado estabelecido pela 
Caixa. 
 
O Adicional Compensatório, por seu turno, de acordo com 
os critérios estabelecidos pela RH 151, é pago ao empregado dispensado do 
cargo comissionado, por interesse da administração e que tenha exercido 
cargo comissionado por período igual ou maior há 10 anos antes de ser 
dispensado. 
 
O CTVA, embora seja pago à maioria dos empregados 
ocupantes de cargo em comissão, algumas vezes chegando até a 40% ou 50% 
de sua remuneração, não é computado para o cálculo do Adicional 
Compensatório. 
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A jurisprudência pacificada na Súmula 372 do Tribunal 
Superior do Trabalho (TST) é de que o empregado que tenha recebido 
gratificação de função por 10 anos ou mais tem direito à sua incorporação ao 
salário, como forma de manutenção da estabilidade financeira. 
 
O C. Tribunal Superior do Trabalho pacificou o 
entendimento. Para corroborar esse entendimento, pedimos vênia para 
transcrição de jurisprudências a respeito: 
 
“RECURSO DE REVISTA. NULIDADE DO ACÓRDÃO 
DO REGIONAL. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO 
JURISDICIONAL. O dever legal de fundamentar as 
decisões judiciais, previsto no artigo 93, IX, da 
Constituição Federal, foi atendido pela Corte regional, 
contendo o acórdão recorrido, de forma explícita, os 
fundamentos pelos quais foi dado solução à controvérsia. 
Recurso de revista de que não se conhece. 
PRESCRIÇÃO PARCIAL. INCLUSÃO DA CTVA NA 
BASE DE CÁLCULO DO ADICIONAL DE 
INCORPORAÇÃO. No caso, não deve incidir a prescrição 
total de que trata a Súmula nº 294 do TST, pois a 
pretensão relacionada a diferenças salariais em face de 
pagamento da parcela CTVA, referentes ao seu critério de 
cálculo, tem como origem normas internas da reclamante, 
não se tratando, pois, de alteração do pactuado. Por 
conseguinte, não há prescrição total da pretensão de 
integração da parcela CTVA na base de cálculo do 
adicional de incorporação instituído pela CEF. 
Precedentes nesse sentido. Recurso de revista de que 
não se conhece. INCLUSÃO DA CTVA NA BASE DE 
CÁLCULO DO ADICIONAL DE INCORPORAÇÃO. 
Conforme registrado no acórdão do Regional, o 
reclamante exerceu funções de relevo na recorrente por 
quase 15 (quinze) anos, e uma vez destituído da sua 
função comissionada, passou a receber adicional 
compensatório calculado apenas sobre a rubrica cargo 
comissionado, sem a inclusão da rubrica CTVA. Ocorre 
que a parcela CTVA, em razão de sua natureza 
salarial, incorpora-se ao contrato de trabalho para 
todos os efeitos legais, inclusive para cálculo do 
adicional de incorporação, em observância ao 
princípio da estabilidade financeira e ao entendimento 
desta Corte preconizado na Súmula nº 372 da SDI-1 
desta Corte. Recurso de revista de que não se conhece. 
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. O TRT contrariou as 
Súmulas n os 219 e 329 do TST, ao deferir os honorários 
advocatícios, sem que o reclamante estivesse assistido 
por seu sindicato de classe. Recurso de revista a que se 
dá provimento.” (TST - RR: 30004320095070011 , 
Relator: Kátia Magalhães Arruda, Data de Julgamento: 
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22/10/2014, 6ª Turma, Data de Publicação: DEJT 
24/10/2014) 
 
“AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE 
REVISTA. CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. 
COMPLEMENTO TEMPORÁRIO VARIÁVEL DE AJUSTE 
DE MERCADO - CTVA. INCLUSÃO NO CÁLCULO DO 
ADICIONAL DE INCORPORAÇÃO . Nega-se provimento 
ao agravo de instrumento, quando não verificadas as 
hipóteses de cabimento do recurso de revista, previstas 
no art. 896 da CLT. O Tribunal Regional reputou 
inadmissível a supressão da gratificação, ainda que 
de forma parcial, se o empregador resolver, sem justo 
motivo, reverter o empregado ao cargo efetivo , após 
o exercício por mais de dez anos de função 
comissionada com a percepção da respectiva 
gratificação. Logo, a incorporação do denominado -
complemento temporário variável de ajuste de 
mercado - CTVA-, conquanto condicional aos 
parâmetrosmercadológicos, garante a manutenção 
do padrão remuneratório do reclamante. Hipótese de 
aplicação do princípio da estabilidade financeira, 
consagrado na Súmula nº 372 deste Tribunal Superior, 
com a qual o acórdão regional está em harmonia. 
Incidência do art. 896, § 4º, da CLT e da Súmula nº 333 
do TST. Decisão agravada que se mantém. Agravo de 
instrumento a que se nega provimento.” (TST - AIRR: 
15508020105100000 1550-80.2010.5.10.0000, Relator: 
Walmir Oliveira da Costa, Data de Julgamento: 
14/09/2011, 1ª Turma, Data de Publicação: DEJT 
23/09/2011) 
 
“RECURSO DE REVISTA. GRATIFICAÇÃO DE 
FUNÇÃO. SUPRESSÃO. REVERSÃO AO CARGO 
EFETIVO. INCORPORAÇÃO DA PARCELA CTVA NA 
GRATIFICAÇÃO. COMPLEMENTAÇÃO AGREGADA AO 
VALOR. FINALIDADE DE REMUNERAR O 
PROFISSIONAL COM O VALOR DE MERCADO. 
ESTABILIDADE. A parcela paga a título de 
Complemento Temporário Variável de Ajuste ao Piso 
de Mercado, que compôs o valor pago para gratificar 
o cargo de confiança do empregado, é complemento 
que se incorpora ao salário, ante a sua finalidade de 
remunerar o empregado de confiança com o valor 
compatível com o mercado de trabalho. Ao determinar 
o direito do empregado à incorporação da gratificação 
de função, recebida por mais de 10 anos, o princípio 
da estabilidade e da irredutibilidade salarial não 
permite que se desagregue da gratificação de função 
valor que complementou o valor, pois a parcela não é 
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transitória, e sim o valor que compõe a remuneração, 
mas com o fim de beneficiar o empregado. Recurso de 
revista conhecido e desprovido.” (TST - RR 216-2007-
019-03-00-8. 6ª Turma. Ministro Rel. Aloysio Corrêa da 
Veiga. DJ 04/04/2008). 
 
Logo, ante esse entendimento, o CTVA não pode ser 
excluído do cômputo do adicional compensatório, caracterizando sua 
exclusão como redução salarial. 
 
Além do dever da verba ser inclusa no adicional, a 
incorporação tem reflexos no valor das férias + 1/3, 13º salário, DSR’s, licença-
prêmio e APIPS,depósitos do FGTS e vantagens pessoais e horas extras. 
 
3. DAS CONTRIBUICOES A FUNCEF 
 
A reclamante contribui à FUNCEF para o plano de 
previdência privada complementar, específica aos funcionários da reclamada 
Caixa Econômica Federal. 
 
Estas contribuições têm como parâmetro de salário de 
contribuição a efetiva remuneração do empregado que recolhe um percentual 
sobre este. 
 
A reclamada recolhe estes valores na proporção definida 
ao plano de benefícios que a reclamante aderiu. 
 
Assim, por ter direito a incorporação de 100% do valor do 
cargo comissionado suprimido, bem como do CTVA, tais diferenças devem 
compor o salário de contribuição da reclamante para futuro gozo da sua 
aposentadoria. 
 
Corrobora com esse entendimento o Tribunal Superior do 
Trabalho, cujos acórdãos colecionamos: 
 
"RECURSO DE REVISTA DA FUNDAÇÃO DOS 
ECONOMIÁRIOS FEDERAIS - FUNCEF. CTVA. 
INCORPORAÇÃO À REMUNERAÇÃO. 
COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. Esta Corte 
Superior posiciona-se no sentido de que a parcela CTVA 
(Complemento Temporário Variável de Ajuste ao Piso 
de Mercado) possui natureza salarial. Devida, 
portanto, a integração da CTVA na base de cálculo 
das contribuições da Funcef. Precedentes. Recurso de 
revista não conhecido" (AIRR e RR-169000-
68.2009.5.03.0003, Oitava Turma, Rel. Min. Dora Maria 
da Costa, DEJT-6/11/2012). 
 
"CTVA - NATUREZA SALARIAL - INTEGRAÇÃO NA 
BASE DE CÁLCULO DA COMPLEMENTAÇÃO DE 
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APOSENTADORIA - PRECEDENTES DA SBDI-1. A 
CTVA é a adequação do montante pago pela CEF aos 
ocupantes de cargo em comissão ao valor de mercado e, 
apesar da variabilidade de seu valor, possui natureza 
jurídica salarial, nos termos do art. 457, § 1º, da CLT, 
sobretudo para fins de incidência das contribuições 
previdenciárias, razão por que deve integrar a base de 
cálculo da complementação de aposentadoria, a teor 
dos precedentes da SBDI-1 desta Corte. Embargos não 
conhecidos" (E-ED-RR-146100-27.2007.5.07.0011, SDI-1, 
Rel. Min. Ives Gandra Martins Filho, DEJT-14/4/2013). 
 
Logo, a reclamada deve ser condenada a recolher as 
diferenças devidas ao plano de aposentadoria da FUNCEF vencidas e 
vincendas tanto no que pertine as diferenças da indenização quanto a 
regularização do pagamento de sua nova função comissionada que espera ver 
deferida. 
 
4. DOS REFLEXOS 
 
Requer seja a reclamada condenada a pagar as verbas 
de adicional de incorporação, CTVA e nova função de forma correta, também 
deverá ser condenado a pagar os reflexos daí decorrentes: férias + 1/3, 13º 
salário, DSR’s, licença-prêmio e APIPS,depósitos do FGTS e vantagens 
pessoais e horas extras bem como os adicionais pertencentes aos institutos de 
previdência privada vinculada a instituição da Reclamada (Funcef) conforme 
descrição nos holerites. 
 
5. DAS HORAS EXTRAS 
 
Considerando a habitualidade das horas extraordinárias 
requer também a integração das diferenças acima nas horas extras pagas 
devendo ser apurada mês a mês na liquidação dos cálculos durante todo o 
período do trabalho. 
 
III. DOS PEDIDOS 
 
Ante o exposto, requer-se a Vossa Excelência: 
 
a) a citação da reclamada, para que compareça à audiência que for 
designada, nela apresentando defesa, sob pena de revelia e confissão 
ficta (CLT, 844 e do Precedente Jurisprudencial nº. 74 do C. TST), 
devendo, ao final, ser condenada na forma dos pedidos mencionados e 
demais cominações legais. 
 
b) a condenação da reclamada a incorporar à remuneração da reclamante 
o valor integral da gratificação de função de confiança ilegalmente 
suprimida, tendo como base de cálculo o cargo exercido (GER 
GOV/SOC Chefia/Gerencia), ou, sucessivamente, a incorporar à 
remuneração da reclamante o valor integral da média dos valores de 
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gratificação pagas pelas funções exercidas verificadas nos 10 anos 
anteriores à supressão da função, atualizadas e corrigidas 
monetariamente. 
 
c) a condenação da reclamada à incorporação do CTVA ao adicional de 
incorporação, uma vez que tal parcela tem natureza salarial e também 
compõe o pagamento do cargo comissionado. 
 
d) a condenação da reclamada ao pagamento de todos os reflexos 
correspondentes ao não pagamento correto do adicional de 
incorporação (com valor integral e CTVA), do CTVA, observada a 
evolução salarial da reclamante, especificamente sobre os 13º salários, 
integrais e proporcionais, as férias integrais e proporcionais, acrescidas 
do terço constitucional; DSRs (sábados, domingos e feriados, de acordo 
com as ACT`s da categoria); FGTS, o adicional de tempo de serviço, a 
vantagem pessoal de tempo de serviço resultante da incorporação da 
gratificação semestral; os abonos previstos nas ACTS que tiveram como 
base de calculo a remuneração base do empregado, os valores de 
participação nos lucros e resultados da CEF, conforme cláusula da ACT 
que tiveram como base de cálculo a remuneração base do empregado. 
Enfim, em todas as parcelas, direitos e vantagens previstos em suas 
próprias normas, nos dispositivos legais e nos instrumentos coletivos, 
consoante dispõe a Sumula 264 do TST. 
 
e) A condenação da reclamada a integração das diferenças acima nas 
horas extras pagas, já que as recebia habitualmente pelo trabalho 
extraordinário. 
 
f) a condenação da reclamada a recolher a contribuição para a FUNCEF, 
instituição privada criadae mantida pela Caixa Econômica Federal, com 
o acréscimo das diferenças salariais originadas do direito a incorporação 
de 100% da gratificação da função suprimida e CTVA, bem como do 
pagamento da nova função de confiança exercida pós incorporação, nas 
vencidas e vincendas para que a Funcef possa recalcular o montante 
pago a ela para fins de aposentadoria de beneficio da reclamante. 
 
g) seja a reclamada intimada a exibir com a defesa, as folhas de 
frequência, cartões de ponto, folhas financeiras e as normas 
regulamentares dos direitos e vantagens a que tem direito a reclamante 
como empregado da reclamada e das ACTs/CCTs sob pena de serem 
admitidos como verdadeiros os fatos alegados (art. 359 do CPC). 
 
h) a produção de todas as provas admitidas em direito, principalmente pelo 
depoimento pessoal do preposto da reclamada, sob a cominação de ser 
tido como confesso quanto à matéria fática, pela produção de prova 
testemunhal e juntada de novos documentos não substanciais. 
 
i) a concessão dos benefícios da Justiça Gratuita, tendo em vista estar 
pobre no momento, no sentido legal, e em situação que não lhe permite 
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arcar com as despesas do processo, sem prejuízo do sustento próprio e 
de sua família, conforme declaração anexa. 
 
Dá-se à causa o valor de R$ 35.300,00 para fins de rito e 
alçada. 
 
N. Termos, 
P. Deferimento. 
 
 
Bauru/SP, 22 de fevereiro de 2016. 
 
 
 
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