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CURSO DE DIREITO
Reconhecido pela Portaria MEC nº. 525 de 14/04/09, publicada no D.O.U. de 15/04/2009.
Renovação do Reconhecimento pela Portaria MEC nº 504 de 16/09/16, com nota 4 () no MEC. Conceito do Curso no MEC após ENADE 2015: nota 4 ().
Av1 Direito Civil IV Estacio
QUESTÕES DISCURSIVAS (Explique e justifique sua resposta)
7ª QUESTÃO (2,0 pontos) – Marcelo move ação reivindicatória em face de Rodrigo em 2015, afirmando ser proprietário de determinado imóvel, desde 2012. Porém, deixa de instruir a inicial com a escritura pública devidamente registrada, eis que não a possui. Rodrigo apresenta contestação na qual sustenta deter a posse do imóvel desde 2008, posse que lhe fora transmitida com a morte de sua mãe, possuidora mansa e pacífica do imóvel, desde 1998, com justo título e animus domini. Alega Rodrigo, em seu favor, a exceção de usucapião, requerendo a improcedência do pedido com o reconhecimento da prescrição aquisitiva, invocando, alternativamente, o direito de retenção por benfeitorias úteis, e protestando por prova testemunhal. Em audiência de conciliação considerou o magistrado estar comprovada a matéria de direito, inexistindo matéria de fato a ser considerada. Denega a produção de provas testemunhal e profere sentença de procedência do pedido inicial, sob os seguintes argumentos:
a) que não cabe discussão acerca da posse ad usucapionem e que restou comprovado o domínio do autor; b) que, por ser a posse um estado de fato, não é possível a sua transmissão; c) que não cabe o direito de retenção por benfeitorias, pois se trata de possuidor de má fé. Diante do caso concreto, pergunta-se:
i) Como advogado(a) de Rodrigo, que direitos sustentaria para fundamentar seu recurso (cite, ao menos, quatro argumentos e os explique)?
1º Argumento: Ao contrário do que diz a sentença, é possível a transmissão da posse, especialmente quando se trata de continuidade da posse, previsto no artigo 1.207 do código civil (transmissão causa mortis: Quando a pessoa morre, os herdeiros continuam a posse de pleno direito. Que é a Sucessão Universal).
2º Argumento: É possível arguir o usucapião na defesa de ação reinvidicatória, haja vista que em ação reinvidicatória se discute propriedade. E o usucapião é umas das formas de aquisição da propriedade.
3º Argumento: Cabe sim retenção por benfeitoria porque a posse de Rodrigo é de boa fé. Pois ele recebeu o bem da sua mãe em transmissão causa mortis, e a mãe dele tinha justo título, portanto, se trata de boa fé pelo principio da continuidade da natureza juridica da posse.
4º Argumento: O pedido do autor deve ser julgado improcedente, porque aquilo que é indispensável e que vincula a ele não apareceu no processo, que é o comprovante de propriedade (registro imobiliário).
ii) O Enunciado 499, das Jornadas de Direito Civil, fixa que: “A aquisição da propriedade na modalidade de usucapião prevista no art. 1.240-A do Código Civil só pode ocorrer em virtude de implemento de seus pressupostos anteriormente ao divórcio. O requisito “abandono do lar” deve ser interpretado de maneira cautelosa, mediante a verificação de que o afastamento do lar conjugal representa descumprimento simultâneo de outros deveres conjugais, tais como assistência material e sustento do lar, onerando desigualmente aquele que se manteve na residência familiar e que se responsabiliza unilateralmente pelas despesas oriundas da manutenção da família e do próprio imóvel, o que justifica a perda da propriedade e a alteração do regime de bens quanto ao imóvel objeto de usucapião.” Assim, responda quais são os outros requisitos a serem preenchidos para aplicação dessa modalidade de usucapião?
Requisitos para usucapião familiar previstos no artigo 1.240-A: O Imóvel não pode ter mais que 250 m², quem pretende ter usucapião não pode ter outro bem, não pode ter exercido esse direito em outra oportunidade, e tem que passar até 2 anos na posse exclusiva do bem com continuidade interrupta e sem contestação.
8ª QUESTÃO (2,0 pontos) – Ana Paula vendeu a Sergio o seu apartamento, recebendo desde logo todo o preço ajustado, efetuando-se o registro da escritura no RJ. Como ainda não estava pronto o novo apartamento de Ana Paula, para o qual pretendia se mudar, Sergio permitiu que Ana Paula continuasse a morar no imóvel que lhe vendeu, por mais dois meses, pagando apenas as despesas de condomínio, IPTU, luz e gás. Em face do exposto, responda:
a) Ana Paula continua sendo proprietária do imóvel que ocupa? Justifique.
Não. Porque com a celebração da compra e venda, e o registro, a propriedade é transmitida. Então desde o momento do registro da escitura pública de compra e venda, o Sergio passou a ser o novo proprietário.
b) Ana Paula continua sendo possuidora? Se positiva a resposta, a que título?
Sim. Pelo Constituto Possessório. Que é uma forma de tradição consensual (ficta) da posse, que foi establecida no contrato.
c) Sergio é possuidor do imóvel que adquiriu? Se positiva a resposta, qual a classificação quanto à apreensão física do bem?
 Sim. Possuidor indireto.
d) Se Ana Paula, ao término dos dois meses, não entregar o imóvel a Sergio, o que poderá este fazer (cite, ao menos, duas soluções e as explique)?
Ação de Reintegração de Posse, pela precariedade da posse dela, ao não restituir a coisa após os dois meses. Houve esbulho.
Ação Reivindicatória baseado na sua condição de proprietário.
9ª QUESTÃO (2,0 pontos) – Uma família desabrigada ocupou um terreno abandonado de 200m2 utilizando-o para moradia, onde construiu uma casa de alvenaria, fato que se tornou de conhecimento do proprietário do imóvel. Decorridos 02 (dois) anos de ocupação, o proprietário compareceu ao local com um trator e alguns capangas para demolição da casa e retomada de imóvel, que só poderiam ser evitados pela celebração de um contrato de comodato por prazo indeterminado, que foi assinado no mesmo ato pelos possuidores. Cerca de 10 (dez) dias depois, o proprietário notificou os possuidores para a restituição do bem, o que foi recusado sob alegação de exercício de posse com ânimo de proprietários. Decorridos 06 (seis) anos e um dia, o proprietário propôs ação de reintegração de posse, afirmando: a. que sempre honrou com o pagamento dos respectivos tributos e a propriedade sempre atendeu às exigências de ordenação da cidade expressas no plano diretor; b. que a família invadiu o imóvel, caracterizando posse clandestina, sem justo título e de má-fé; c. que os invasores celebraram posterior contrato de comodato, por prazo indeterminado, agindo em flagrante má-fé ao não restituir o imóvel, o que caracteriza posse precária, sem justo título e de má-fé. Na qualidade de defensor público dos possuidores, analise e explique os seguintes fundamentos de defesa.
a) Aquisição de posse foi sem clandestinidade;
Sim. Porque a ocupação se deu de forma pública, então sob esse aspecto a posse é justa, o que se pode confirmar pelo inunciado da questão onde diz “fato que se tornou de conhecimento do proprietário do imóvel”.
b) Comodato inválido.
O contrato foi celebrado com vício na manifestação da vontade, pois houve coação(trator e capangas para demolição). E a coação leva a nulidade. Então, não existe a obrigação de restituição do imóvel.
c) Interversão da posse (tese por eventualidade, em caso de ser considerado válido o comodato).
Intervenção da posse é a conversão da posse injusta em justa(Convalescimento da posse). E para tal, teria de haver a cessação do ato injusto(precario em caso de resistencia com arma) e então contar o prazo de 1 ano e dia para a posse se tornar justa. Então, nesse caso se o comodato fosse considerado válido, a posse seria justa.
d) Usucapião.
Com 5 anos podem requerer o Usucapião Constitucional Urbano(artigo 1.239 CC), considerando que eles não tenham outro imóvel.

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