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Diabetes · Contexto histórico: Em 1872, no Egito, um papiro encontrado pelo alemão Gerg Ebers, foi o primeiro documento conhecido a fazer referência à uma doença que se caracterizava pelo grande volume de urina e muita sede. Apesar de acreditarem que a elaboração deste documento date de 1500 AC, apenas no século II DC, na Grécia Antiga, que esta enfermidade recebeu o nome de diabetes. O termo atribuído por Araeteus, discípulo de Hipócrates, significa “passar através de um sifão” e explica-se pelo fato de que a poliúria, que caracterizava a disfunção, assemelhava-se à drenagem de água através de um sifão. · Definição: Existem tipos raros e específicos de diabetes e primeiramente, podemos distingui-lo em dois grupos: Diabetes Mellitus (DM), relacionando-se com os níveis de glicose no sangue e Diabetes Insipidus (DI), que é caracterizada pelo distúrbio no controle de água no organismo. Diabetes Mellitus Apesar de ser considerado um dos maiores problemas de saúde entre humanos, o índice de DM entre animais é baixo. Segundo Guyton e Hall, o Diabetes mellitus pode ser classificado como: um grupo de doenças metabólicas no qual a glicose sanguínea é excretada pela urina sem ser usada como nutriente pelo corpo, levando a sintomas agudos e complicações crônicas características. Seus tipos mais conhecidos são: Comment by Ana: (GUYTON; HALL, 1997 apud LUCENA, 2007). · Diabetes tipo 1 (Insulino-dependente) · Diabetes tipo 2 (Insulino-resistente) · Diabetes gestacional · Pré-diabetes Diabetes Mellitus tipo 1 O tipo 1 é caracterizado pela destruição das células β do pâncreas (onde ocorre a produção de insulina), através de processos auto-imunes. Levando a pouca ou nenhuma produção de insulina, tornando o paciente insulino-dependente. Nesta forma há um processo de insulite, estando presentes auto-anticorpos circulantes (anti-ilhotas, anti-insulina e anticorpos anti-descarboxilase do ácido glutâmico (anti-GAD)). Diabetes Mellitus tipo 2 O tipo 2 ocorre quando o pâncreas não é capaz de produzir a quantidade de insulina que o organismo necessita ou, o corpo não consegue usar de forma adequada a insulina produzida. Uma síndrome heterogênea, caracterizada por distúrbios da ação e secreção da insulina. Diabetes Mellitus Gestacional É a hiperglicemia de intensidade variada, menos severa que o tipo 1 e 2. Durante a gestação, a placenta produz hormônios em grandes quantidades e esses hormônios criam resistência à insulina no organismo materno. Diabetes Insipidus Já o diabetes Insipidus consiste em um distúrbio no controle de água no organismo, podendo ser subdividido de acordo com a origem do problema em: · Diabetes Insipidus central · Diabetes Insipidus nefrogênico · Diabetes Insipidus gestacional Insipidus, no latim significa “sem sabor”. Essa relação é feita pela urina do doente não conter tantos nutrientes comparada à diabetes Mellitus, que ocorre excreção da glicose na urina. O Diabetes Insipidus é marcado pela deficiência do hormônio antidiurético (ADH) ou vasopressina, que atuam sobre os rins, diminuindo a excreção urinária ao aumentar a concentração de urina. O hormônio antidiurético é liberado pela neuro-hipófise e produzido no hipotálamo do cérebro, sendo secretado em casos de desidratação e queda da pressão arterial. Seus efeitos são aumento da pressão sanguínea e concentração de água nos rins, conservando e diminuindo o volume da urina. Na falta do ADH os fluidos passam pelos rins e se perdem pela micção, ocasionando numa grande perda de líquidos (poliúria). Para compensar essa perda exagerada, a ingestão de líquidos acaba se elevando e ocasiona na sensação de sede extrema (polidipsia). Diabetes Insipidus Central Essa variação se deve a uma agressão da parte posterior da hipófise, local de armazenamento da vasopressina. Sem esse hormônio a perda de água fica eminente. Diabetes Insipidus Nefrogênico Neste caso o hipotálamo e a hipófise funcionam corretamente, ocorrendo à produção de ADH em quantidades suficientes, porém existe uma incapacidade de resposta renal frente aos antidiuréticos, onde os rins não são capazes de assimilar.
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