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Aromaterapia

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - Brasil 
 Triagem Organização LTDA ME 
 Bibliotecário responsável: Tiago Pereira Nocera CRB 1/2995 
 Portal Educação 
P842a Aromaterapia / Portal Educação.- Campo Grande: Portal Educação, 2015. 
75p. : il. 
 
 Inclui bibliografia 
 ISBN 978-85-436-0405-3 
 
 1. Aromaterapia. I. Portal Educação. II. Título. 
CDD 615.3 
 
 
 
2 
SUMÁRIO 
 
 
1 O QUE É A AROMATERAPIA? ........................................................................................................ 4 
2 HISTÓRIA DA AROMATERAPIA ..................................................................................................... 5 
3 CRONOLOGIA DA AROMATERAPIA: ............................................................................................. 6 
4 O AROMA ........................................................................................................................................ 11 
5 A RESPIRAÇÃO E O AROMA ......................................................................................................... 12 
6 O OLFATO ....................................................................................................................................... 13 
7 VIVÊNCIAS: ..................................................................................................................................... 17 
8 AS FASES DE INTERPRETAÇÃO DE UM AROMA ....................................................................... 19 
9 OS ÓLEOS ESSENCIAIS................................................................................................................. 25 
9.1 OS TERPENOS: ............................................................................................................................ 25 
9.2 DERIVADOS TERPÊNICOS: ......................................................................................................... 26 
9. 3 DERIVADOS DE FENILPROPANO: ............................................................................................. 27 
9. 4 MÉTODOS DE EXTRAÇÃO ......................................................................................................... 27 
9.4 1 Destilação a vapor .................................................................................................................... 28 
9.4. 2 Prensagem e Obtenção à Frio ................................................................................................ 28 
9.4. 3 Maceração ................................................................................................................................ 29 
9.4.4 Enfloragem ................................................................................................................................ 29 
10 USO DA AROMATERAPIA ............................................................................................................ 31 
10. 1 MÉTODOS DE UTILIZAÇÃO ...................................................................................................... 32 
10.1.1 Inalação.................................................................................................................................... 32 
10.1.2 Massagem Terapêutica ........................................................................................................... 32 
10. 1.3 Aromatizadores ...................................................................................................................... 33 
10.1.4 Banho Terapêutico ................................................................................................................. 34 
10.1.5 Sinergias .................................................................................................................................. 36 
11 PRECAUÇÕES NO USO DA AROMATERAPIA ........................................................................... 41 
12 CONFECÇÃO DE PRODUTOS AROMATERAPÊUTICOS: .......................................................... 42 
12.1 SAIS DE BANHO: ........................................................................................................................ 42 
12.2 AROMATIZADOR: ....................................................................................................................... 43 
12.3 PERFUME ................................................................................................................................... 45 
12.4 ANIS-ESTRELADO ...................................................................................................................... 46 
 
 
3 
12.5 CAMOMILA-ROMANA ................................................................................................................ 47 
12.6 BENJOIM ..................................................................................................................................... 48 
12. 7 CANELA-DA-CHINA ................................................................................................................... 49 
12.8 CÂNFORA ................................................................................................................................... 49 
12. 9 CEDRO ....................................................................................................................................... 50 
12. 10 CIPRESTE ................................................................................................................................ 51 
12.11 CITRONELA .............................................................................................................................. 52 
12.12 CRAVO ...................................................................................................................................... 53 
12. 13 EUCALIPTO COMUM ............................................................................................................... 54 
12. 14 GERÂNIO ................................................................................................................................. 54 
12.15 HORTELÃ-PIMENTA ................................................................................................................. 55 
12. 16 YLANG-YLANG/CANANGA ...................................................................................................... 57 
12.17 JASMIM ..................................................................................................................................... 57 
12.18 LARANJA-DOCE ....................................................................................................................... 58 
12. 19 LIMÃO ....................................................................................................................................... 59 
12.20 MANJERICÃO ........................................................................................................................... 60 
12.21 MANJERONA ............................................................................................................................ 61 
12.22 MIRRA ....................................................................................................................................... 62 
12. 23 NÉROLI..................................................................................................................................... 63 
12. 24 OLÍBANO ..................................................................................................................................64 
12.25 PALMA-ROSA ........................................................................................................................... 66 
12.26 PATCHULI ................................................................................................................................. 67 
12. 27 PAU-ROSA ............................................................................................................................... 68 
12. 28 PETITGRAIN ............................................................................................................................ 68 
12.29 SALSA ....................................................................................................................................... 69 
12. 30 SÂNDALO ................................................................................................................................. 71 
12. 31 TANGERINA ............................................................................................................................. 72 
12. 32 TEA TREE ................................................................................................................................ 73 
12. 33 TOMILHO.................................................................................................................................. 74 
 
 
 
 
4 
1 O QUE É A AROMATERAPIA? 
 
 
“A aromaterapia é uma opção de vida que nos ajuda a sentir bem fisicamente, 
mentalmente e emocionalmente. Seus meios para restaurar o equilíbrio do corpo e do espírito 
estão fundamentados nos preceitos de saúde e no poder das plantas e seus óleos essenciais”. 
 
Adão Roberto da Silva 
 
 
 
5 
2 HISTÓRIA DA AROMATERAPIA 
 
 
Nos tempos primórdios, as ervas eram tratadas de maneira empírica e os 
conhecimentos eram passados verbalmente pelas mulheres, de mãe para filha, ao longo de 
milhares de anos. A vocação feminina para os cuidados da casa, colheita das ervas e geração e 
manutenção da prole, facilitou a transmissão do conhecimento e aprimoramento de técnicas para 
a prevenção de doenças dentro do lar. 
A Aromaterapia faz parte dos mais antigos métodos de cura. Foi constatado o uso dos 
óleos aromáticos no embalsamamento de múmias datando 6000 a.C; junto ao esqueleto havia 
vasilhas com folhas e plantas medicinais. Porém, os primeiros registros só apareceram por volta 
de 3000 a.C, quando foi criado o alfabeto Sumério. 
Acredita-se que a história da Aromaterapia começou com a queima de madeiras, folhas, 
gravetos e eucaliptos perfumados na Antigüidade. Esta prática provavelmente apareceu a partir 
da descoberta de que algumas fogueiras, como as feitas de cipreste e cedro, perfumavam o ar 
quando eram queimadas. Na verdade, a nossa palavra moderna perfume deriva do latim per 
fumum, que significa "através da fumaça". O incenso não foi, portanto, a única utilização de 
fragrância nos tempos antigos. Em algum ponto entre os anos 7000 e 4000 a.C, as tribos 
neolíticas aprenderam que as gorduras dos animais, quando eram aquecidas, absorviam as 
propriedades aromáticas e curativas das plantas. Talvez folhas ou flores perfumadas tenham 
caído acidentalmente na gordura enquanto a carne estava sendo preparada na fogueira. A 
informação obtida nesse acidente levou a outras descobertas: as plantas davam sabor à comida, 
ajudavam a curar ferimentos e suavizavam a pele seca de forma bem melhor que a gordura sem 
fragrância. Essas gorduras perfumadas, as precursoras das nossas modernas loções para 
massagem e para o corpo, perfumavam quem as usava, protegiam a pele e os cabelos das 
intempéries do tempo e dos insetos e relaxavam músculos doloridos. Elas também afetavam a 
energia e as emoções das pessoas. 
Podemos dizer que a Aromaterapia trabalha nosso corpo de maneira natural e holística. 
Os óleos essenciais atuam no corpo restaurando nossas energias curativas e proporcionando o 
balanceamento entre corpo, mente e espírito. 
A fumaça ou a fumigação foi provavelmente um dos usos mais antigos das plantas 
aromáticas com efeitos alucinógenos, estimulantes ou calmantes. Gradualmente esses 
conhecimentos foram passados geração a geração, até chegar aos dias de hoje. 
 
 
 
6 
3 CRONOLOGIA DA AROMATERAPIA: 
 
 
Na Babilônia foram encontradas placas de barros do ano 3000a.C, que descreviam 
sobre a utilização de ervas. A Farmácia babilônica era extensa, tinha a descrição de 1.400 
plantas. Porém a prática da medicina naquela época era muito precária. Heródoto, historiador 
grego, dá dicas de que era o costume deitar os pacientes nas ruas e pedir opiniões as pessoas 
que passavam. 
Em 1873, o egiptólogo alemão Georg Ebers comprou um volumoso rolo de papiro. Após 
ter decifrado a introdução, Ebers foi surpreendido pela seguinte frase: «Aqui começa o livro 
relativo à preparação dos remédios para todas as partes do corpo humano.» 
Viria a provar-se ser aquele escrito o primeiro tratado médico egípcio conhecido. 
Compunha-se de uma parte relativa ao tratamento das doenças internas e de uma longa e 
impressionante lista de medicamentos. 
Atualmente, pode afirmar-se que, 2000 anos antes do aparecimento dos primeiros 
médicos gregos, já existia uma medicina egípcia, organizada como conjunto de conhecimentos e 
de práticas distintas das crenças religiosas. Duas das receitas incluídas no papiro de Georg 
Ebers são, efetivamente, consideradas como remontando à 6ª dinastia, ou seja, há cerca de 24 
séculos antes do nascimento de Cristo. 
Aproximadamente na mesma época, o Templo de Edfu desenvolveu uma escola de 
medicina e mantinha um importante jardim de plantas medicinais. 
Dentre as plantas mais utilizadas pelos Egípcios, é indispensável citar o zimbro, as 
coloquíntidas, a romãzeira, a semente do linho, o funcho, o bordo, o cardamomo, os cominhos, o 
alho, a folha de sene, o lírio e o rícino. Um baixo-relevo proveniente de Akhetaton ostenta uma 
planta medicinal que posteriormente desempenharia um papel fundamental na farmacopéia da 
Idade Média: a mandrágora. 
Os Egípcios conheciam também as propriedades analgésicas da dormideira, utilizada, 
segundo eles, na preparação do «remédio contra as crises anormalmente prolongadas». 
Mais notável ainda é o conhecimento progressivamente adquirido das regras de 
dosagem específicas para cada droga; prática que se ampliou ao fabrico e à administração de 
todos os remédios, podendo afirmar-se que assim nasceu à receita médica e a respectiva 
posologia. 
Estes conhecimentos médicos iniciados no antigo Egito divulgaram-se nomeadamente 
na Mesopotâmia. Em 1924, o Dr. Reginald Campbell Thompson, do Museu Britânico, conseguiu 
 
 
7 
identificar 250 vegetais, minerais e substâncias diversas cujas virtudes terapêuticas os médicos 
babilônios haviam utilizado, especialmente a beladona, administrada contra os espasmos, a 
tosse e a asma; os pergaminhos da Mesopotâmia mencionam ainda o cânhamo indiano, ao qual 
se reconhecem propriedades analgésicas e que se receita para a bronquite, o reumatismo e a 
insônia. 
O nome de Cleópatra é lendário e importante para a História da Aromaterapia e está 
inextricavelmente ligado à perfumaria. Cleópatra foi à última das rainhas egípcias, apesar de não 
ter puro sangue egípcio. Ela, mais grega que egípcia, reinou sobre um império moribundo – a 
força de sua personalidade foi suficiente para subjugar Júlio César, bem como Marco Antônio. Já 
disseram que sua beleza não era tão notável. A sedução que exerceu sobre Marco Antônio foi 
conseguida com seu uso liberal de perfumes. Há registros de que, em dada ocasião, usou 
ungüentos no valor de 400 denários - caríssimo, apenas para suavizar e perfumar suas mãos. 
Há histórias de Cleópatra embeber as velas de seu navio com o óleo essencial de jasmim e 
todas as vezes que cruzava o Nilo, todos sabiam que era ela, pois a reconheciam pelo seu 
perfume. 
Também encontramos notas de faraós que usavam os ornamentos nas cabeças emformato de cone, contendo os óleos que gotejavam pouco a pouco por seus cabelos 
aromatizando-os e produzindo uma grande atração e poder sobre as pessoas. 
Após a morte de Cleópatra, em 30 a.C o Egito se tornou uma província romana. Os 
romanos eram ainda mais liberais no uso de perfume que os gregos. Seus perfumes eram 
acondicionados em garrafas “unguentaria”, geralmente feitas de alabastro, ônix ou vidro e 
usadas para banhos – os banhos romanos. Os perfumistas romanos unguentarii eram 
numerosos e ocuparam um trecho específico de uma rua da cidade, a vicus thuraricus no 
Velabrum. Em Cápua, cidade notável por seu luxo ocupava toda uma rua. Usavam-se três tipos 
de perfume: “Ladysmata” – ungüentos sólidos, stymmata - óleos essenciais, e diaspasmata – 
perfumes em pó. 
Na Índia, a aromaterapia como parte da medicina ayurvédica, remonta aos tempos dos 
Vedas, uma coleção de hinos datando aproximadamente 1500a.C. Nessa época, os médicos 
indianos desenvolveram técnicas cirúrgicas e criaram diagnósticos avançados. O tratamento, 
entretanto, era feito com ervas aromáticas e fitoterápicas. O livro sagrado da Medicina Ayurveda, 
o Atharva Veda, inclui mais de 1000 ervas medicinais, muitas das quais continuam sendo 
utilizadas até hoje. 
A princípio eram os Gregos, e mais tarde, por seu intermédio os Romanos, os herdeiros 
dos conhecimentos egípcios, desenvolvendo-os até um elevado nível. Aristóteles, espírito 
 
 
8 
universal, estudou história natural e botânica; Hipócrates, freqüentemente considerado «o pai da 
medicina», reuniu com os seus discípulos a totalidade dos conhecimentos médicos do seu tempo 
no conjunto de tratados conhecidos pelo nome de Corpus Hippocraticum: para cada enfermidade 
descreve o remédio vegetal e o tratamento correspondente. 
Catão, o Antigo, no século II a.C., mencionou no seu tratado De Re Rustica cento e vinte 
plantas medicinais que cultivava no seu próprio jardim. 
No início da era cristã, Dioscórides inventariou no seu tratado De Materia Medica mais 
de 500 drogas de origem vegetal, mineral e animal. À semelhança dos seus predecessores, 
esforçou-se por ter em conta o maravilhoso e separar o racional do irracional. Esta preocupação 
científica nem sempre foi seguida por Plínio, o Antigo, cuja monumental História Natural contém 
por vezes descrições de algum modo fantasistas. 
Finalmente, o grego Galeno, cuja influência foi tão duradoura como a de Hipócrates, 
ligou o seu nome especialmente ao que ainda se denomina a «escola galênica» ou «farmácia 
galênica». Efetivamente, distingue-se o emprego das plantas «ao natural»; ou seja, sob a forma 
de pós, das «preparações galênicas», em que solventes como o álcool, a água ou o vinagre 
servem para concentrar os componentes ativos da droga, os quais serão utilizados para preparar 
ungüentos, emplastros e outras formas galênicas. 
O longo período que se seguiu no Ocidente, à queda do Império Romano, designado 
universalmente por Idade Média, não foi exatamente uma época caracterizada por progressos 
científicos. Os domínios da ciência, da magia e da feitiçaria tendem freqüentemente a confundir-
se; drogas como o meimendro-negro, a beladona e a mandrágora serão consideradas como 
plantas de origem diabólica. 
Assim, Joana D’Arc será acusada de ter «atormentado os Ingleses pela força e virtude 
mágica de uma raiz de mandrágora escondida sob a armadura». 
Contudo, não é possível acreditar que na Idade Média se perderam completamente os 
conhecimentos adquiridos durante os milênios precedentes. Os monges, devido aos seus 
conhecimentos do latim e do grego, foram os detentores do saber da Antiguidade; grande 
número de mosteiros vangloriava-se dos seus «jardins dos simples», onde cresciam as plantas 
utilizadas para o tratamento dos doentes. Ainda atualmente se conserva a memória de Santa 
Hildegarda, a «santa curandeira», cujos tratados, conhecidos pelo nome de Physica, além de 
resumirem os conhecimentos antigos, trazem à luz, pela primeira vez, as virtudes de algumas 
plantas como a pilosela ou a arnica. No entanto, a medicina da Idade Média foi, sobretudo, 
dominada pela Escola de Salerno; os eruditos que ali trabalhavam deram a conhecer, por 
intermédio de sábios (como Avicena, Avenzoar e Ibn-el-Beithar) e dos textos árabes, grande 
 
 
9 
número de obras da medicina grega. Rogério de Salerno, no início do século XII, contribuiu para 
os consideráveis progressos da medicina do seu tempo. 
Foi, no entanto, no Renascimento, com a valorização da experimentação e da 
observação direta e com o surto das grandes viagens para as Índias e as Américas, que se 
originou o período de progresso no conhecimento das plantas e das suas virtudes. 
No início do século XVI, o médico suíço Paracelso tentou descobrir a «alma», a «quinta-
essência» dos vegetais, de onde irradiam as suas virtudes terapêuticas. 
Não dispondo, evidentemente, dos meios de análise que mais tarde seriam oferecidos 
pela tecnologia moderna, tenta aproximar as virtudes das plantas das suas propriedades 
morfológicas, da sua forma e cor: é a chamada «teoria dos sinais». O italiano Pier Andrea 
Mattioli, seu contemporâneo, comenta a obra de Dioscórides e descobre as propriedades do 
castanheiro-da-índia e da salsaparrilha-da-europa e descreve 100 novas espécies. 
Surgem os jardins botânicos: em 1544, Luca Ghini, professor em Bolonha, funda o de 
Pisa; em 1590, Veneza confia a Cortuso o de Pádua. Olivier de Serres reforma a agricultura 
francesa no reinado de Henrique IV, criando também, na sua propriedade de Pradel, em 
Vivarais, um admirável jardim de plantas medicinais, imitado algum tempo depois por Luís XIII, 
que funda em Paris o Jardim do Rei, predecessor do atual Museu Nacional de História Natural. 
O desenvolvimento das rotas marítimas, abertas a partir do final do século XV, coloca 
efetivamente a Europa no centro do Mundo. Os produtos dos países longínquos abundam e, 
entre eles, as plantas provenientes de outros territórios. Os conquistadores testaram em si 
mesmos as propriedades medicinais de muitas das plantas, suportando a experiência das 
propriedades mortais do curare; a casca de quina é utilizada para fazer baixar a temperatura nas 
febres palúdicas muito antes de se ter conhecimento de como dela extrair a quinina. 
A América transmitiu aos europeus o conhecimento das virtudes anestésicas e 
estimulantes da folha de coca. 
No período compreendido entre os anos de 1800 e 1900, aumentam os cientistas que 
sintetizam mais e mais compostos químicos. Começa novamente o declínio de tratamentos ou 
terapias com plantas que só voltam a serem utilizadas em meados do ano de 1914. 
 
 
10 
 
 
No ano de 1920 René-Maurice Gattefosse, Ph. D., químico francês especialista na área 
de cosmética, cria o termo aromaterapia. Enquanto trabalhava em seu laboratório, ele sofreu um 
acidente que resultou em uma queimadura de terceiro grau em sua mão e antebraço. Ele 
mergulhou seu braço em uma tina contendo óleo de lavanda, crendo que era água. Para sua 
surpresa, a dor da queimadura rapidamente diminuiu e durante um curto espaço de tempo, com 
o contínuo emprego do óleo de lavanda, a queimadura cicatrizou completamente sem a 
presença de qualquer tipo de cicatriz. 
Assim, como químico, Gattefosse dedicou-se a análise do óleo essencial de lavanda e 
descobriu que ele continha uma série de substâncias químicas de extraordinárias propriedades 
terapêuticas. 
Posteriormente, baseado nas pesquisas de Gattefosse, um médico francês, o Dr. Jean 
Valnet, desenvolveu o primeiro sistema de terapia através dos óleos essenciais. Durante a 
segunda guerra mundial, serviu como médico na frente armada francesa nas muralhas da China, 
tratando das vítimas. Em uma ocasião, ficou sem antibióticos e tentou a administração dos óleos 
essenciais. Para espanto de Valnet, os óleos essenciais possuíam um poderoso efeito em 
reduzir e parar com os processos infecciosos. 
Devido ao nascimentode uma nova forma de terapia, que não possuía ainda uma 
denominação clara e que fazia uso dos "aromas" presentes nos óleos essenciais para tratar 
corpo e mente. Gattefosse criou o termo aromaterapia, termo que em pouco tempo passou a ser 
utilizado em tratamentos com aromas por todo o mundo. 
Além de criar o termo que denominou o uso terapêutico de óleos essenciais, Gatefosse 
escreveu o primeiro livro sobre o assunto que recebeu o mesmo nome. Atualmente a 
aromaterapia é uma forma de tratamento reconhecida em diferentes países e pela Organização 
Mundial da Saúde. 
 
 
 
11 
4 O AROMA 
 
 
Aroma – termo de origem latina; odor, olor, perfume agradável; cheiro; essência 
odorífera. 
 
Aromaterapia – ramo da fitoterapia - novo termo para ciência dos aromas: Aromalogia 
(1989) 
 
Aromacologia – é uma ciência em desenvolvimento que promovera a integração entre 
áreas diversas. Tais como, a neurofisiologia, a química, a farmácia, a cosmetologia, a psicologia, 
entre outras. Pretende inter-relacionar os aromas e seus efeitos psicofisiológicos. 
Nada é mais marcante do que um aroma: ele pode ser inesperado, pode ser marcante, 
fugaz, e mesmo assim marcar para sempre um instante de vida! 
 
Os odores explodem suavemente em nossa memória, como minas poderosas, 
escondidas sob a massa espessa de muitos anos de experiência. Basta percebermos um aroma 
para que lembranças aflorem e emoções sejam sentidas. 
 
 
 
12 
5 A RESPIRAÇÃO E O AROMA 
 
 
A respiração é formada por pares: inspiração e expiração. Ao nascer inspiramos pela 
primeira vez e ao morrermos expiramos pela última vez. Ao longo da vida, cada respiração faz 
com que o ar passe pelo olfato. 
A inspiração, que promove a entrada de ar nos pulmões, dá-se pela contração da 
musculatura do diafragma e dos músculos intercostais. O diafragma abaixa e as costelas 
elevam-se, promovendo o aumento da caixa torácica, com conseqüente redução da pressão 
interna (em relação à externa), forçando o ar a entrar nos pulmões. 
As moléculas aromáticas flutuam até a câmara olfatória situada na parte mais alta do 
nariz, atrás da região entre as duas sobrancelhas; entram em contato com os receptores 
presentes no epitélio olfatório, que conduzem essas informações até o cérebro, até o sistema 
límbico (tálamo e hipotálamo) onde estão os sentimentos, as memórias, as emoções e as 
reações aprendidas e arquivadas. 
Quando as mensagens aromáticas atingem o sistema límbico, são processadas 
instantânea e intuitivamente. Por isso os aromas têm grande efeito, pois agem nos centros 
cerebrais, provocando reações emocionais ou físicas. 
De uma forma sutil, afetam os sentimentos relaxando ou revigorando, excitando ou 
ajudando a afastar o stress. 
 
 
 
13 
6 O OLFATO 
 
 
O olfato humano é pouco desenvolvido se comparado ao de outros mamíferos. O epitélio 
olfativo humano contém cerca de 20 milhões de células sensoriais, cada qual com seis pêlos 
sensoriais (um cachorro tem mais de 100 milhões de células sensoriais, cada qual com pelo 
menos 100 pêlos sensoriais). Os receptores olfativos são neurônios genuínos, com receptores 
próprios que penetram no sistema nervoso central. 
 
 
 
A cavidade nasal, que começa a partir das janelas do nariz, está situada em cima da 
boca e debaixo da caixa craniana. Contêm os órgãos do sentido do olfato e é forrada por um 
epitélio secretor de muco. 
Ao circular pela cavidade nasal, o ar se purifica, umedece e esquenta. 
O órgão olfativo é a mucosa que forra a parte superior das fossas nasais - chamada 
mucosa olfativa ou amarela, para distingui-la da vermelha - que cobre a parte inferior. 
 
 
14 
A mucosa vermelha é dessa cor por ser muito rica em vasos sangüíneos e contêm 
glândulas que secretam muco o que mantém úmida a região. Se os capilares se dilatam e o 
muco é secretado em excesso, o nariz fica obstruído, sintoma característico do resfriado. 
A mucosa amarela é muito rica em terminações nervosas do nervo olfativo. Os dendritos 
das células olfativas possuem prolongamentos sensíveis (pêlos olfativos), que ficam 
mergulhados na camada de muco que recobre as cavidades nasais. Os produtos voláteis ou de 
gases perfumados ou ainda de substâncias lipossolúveis que se desprendem das diversas 
substâncias, ao serem inspirados, entram nas fossas nasais e se dissolvem no muco que 
impregna a mucosa amarela, atingindo os prolongamentos sensoriais. 
 
 
 
Dessa forma, geram impulsos nervosos, que são conduzidos até o corpo celular das 
células olfativas, de onde atingem os axônios, que se comunica com o bulbo olfativo. Os axônios 
se agrupam de 10-100 e penetram no osso etmóide para chegar ao bulbo olfatório, onde 
convergem para formar estruturas sinápticas chamadas glomérulos. Estas se conectam em 
grupos que convergem para as células mitrais. Fisiologicamente essa convergência aumenta a 
sensibilidade olfatória que é enviada ao Sistema Nervoso Central (SNC), onde o processo de 
sinalização é interpretado e decodificado. 
 
 
15 
 
 
Aceitam-se a hipótese de que existem alguns tipos básicos de células do olfato, cada 
uma com receptores para um tipo de odor. Os milhares de tipos diferentes de cheiros que uma 
pessoa consegue distinguir resultariam da integração de impulsos gerados por uns cinqüenta 
estímulos básicos, no máximo. A integração desses estímulos seria feita numa região localizada 
em áreas laterais do córtex cerebral, que constituem o centro olfativo. 
 
 
Imagens: GUYTON, A.C. Fisiologia Humana. 5ª ed., Rio de Janeiro, Ed. Interamericana, 
1981. 
 
A mucosa olfativa é tão sensível que poucas moléculas são suficientes para estimulá-la, 
produzindo a sensação de odor. A sensação será tanto mais intensa quanto maior a quantidade 
de receptores estimulados, o que depende da concentração da substância odorífera no ar. 
O olfato tem importante papel na distinção dos alimentos. Enquanto mastigamos, 
sentimos simultaneamente o paladar e o cheiro. Do ponto de vista adaptativo, o olfato tem uma 
nítida vantagem em relação ao paladar: não necessita do contato direto com o objeto percebido 
para que haja a excitação, conferindo maior segurança e menor exposição a estímulos lesivos. 
 
 
16 
O olfato, como a visão, possui uma enorme capacidade adaptativa. No início da 
exposição a um odor muito forte, a sensação olfativa pode ser bastante forte também, mas, após 
um minuto, aproximadamente, o odor será quase imperceptível. 
Porém, ao contrário da visão, capaz de perceber um grande número de cores ao mesmo 
tempo, o sistema olfativo detecta a sensação de um único odor de cada vez. Contudo, um odor 
percebido pode ser a combinação de vários outros diferentes. 
Se tanto um odor pútrido quanto um aroma doce estão presentes no ar, o dominante 
será aquele que for mais intenso, ou, se ambos forem da mesma intensidade, a sensação 
olfativa será entre doce e pútrida. 
O olfato é 10 mil vezes mais sensível que o paladar. 
 
 
 
17 
7 VIVÊNCIAS: 
 
 
Vivência I: 
Comece preparando um ambiente tranqüilo para a sua meditação, longe de muitas 
interferências externas, arejado, limpo e que permita que você regule a luminosidade. Procure 
usar roupa confortável que lhe dê mobilidade, bem como se for ouvir música, que esta seja 
suave e em volume baixo. 
Deixe o ambiente em meia luz, coloque a música e sente-se confortavelmente. 
Relaxe os músculos e passe a respirar tranqüilamente de forma circular. A respiração 
circular consiste em inspirar o ar de modo que tórax e abdômen fiquem cheios de ar, depois 
expire todo o ar que puder, sem dar pausa entre um movimento e outro. Faça isso lentamente e 
logo se sentira em um estado de transe leve. 
Transporte-se agora para a sua infância e identifique quais os cheiros que o rodeavam e 
qual a sensação referente a cada um desses aromas. 
Quais os cheiros que vêm primeiro a mente? 
Qual a sensação relativa a eles; é boa ou ruim? 
Lembra alguémou situação em especial? 
Veja-se agora na adolescência. Quais os cheiros que você identificou na infância e 
permanecem agradáveis neste período? 
Quais os cheiros que te desagradavam neste período? Por quê? 
Quais de todos os cheiros que você identificou no período da infância e adolescência 
que permanecem agradáveis e a que tipo de sensação eles remetem? 
Vivência II 
Transcreva a vivência em detalhes. 
Vivência III 
Compre ramas de ervas secas e separe-as em vasilhas de vidro: 
Pétalas de rosas – referente aos aromas de flores 
Ramas de alecrim – referente aos aromas de folhas 
Canela e cravo – referente aos aromas de madeira 
Casca da laranja – referente aos aromas cítricos. 
 
Com os olhos vendados pegue cada um dos potes e sinta o aroma tentando identificá-
los e fixá-los. 
 
 
18 
Escrevam no caderno as sensações e percepções. 
Ex: Qual aroma identificou primeiro? 
Vivência IV 
Compre os óleos essenciais básicos e comece a uni-los em uma caixinha que será a sua 
caixa de aromaterapia. 
Os óleos são: lavanda, laranja, alecrim e cedro. 
 
 
 
19 
8 AS FASES DE INTERPRETAÇÃO DE UM AROMA 
 
 
A identificação e interpretação do aroma passam basicamente por três fases: 
 
Recepção: o óleo essencial libera notas de cabeça; as mais voláteis. Se não fossem 
voláteis, não daria para aspirá-las. A molécula também deve ser hidrossolúvel, ou pelo menos 
parcialmente solúvel em água. As moléculas voláteis entram pelas narinas, são aquecidas, 
umidificadas e captadas pelos receptores no Eptélio Olfativo, que fica dentro da cabeça a altura 
das sobrancelhas. 
 
Transmissão: Não são as moléculas que carregam o cheiro que vão para o cérebro. Na 
realidade, essas moléculas odoríferas, acabam sendo eliminadas após sofrerem modificações 
químicas. O que vai para o cérebro é a informação contida no cheiro. 
 
A terceira e última fase é responsável pela identificação. O rinencéfalo é responsável 
pela recepção, condução e integração das sensações olfatórias. 
Ele é constituído de todas as estruturas relacionadas diretamente com a olfação. 
 
Bulbo olfativo: é nessa pequena estrutura sólida e ovóide onde ocorre a identificação do 
cheiro. Essa estrutura consegue distinguir-se o odor de queimado é de uma folha de papel ou de 
uma folha de árvore; mesmo que não estejamos olhando. 
 
Sistema Límbico 
O Sistema Límbico atua no controle de nossas atividades emocionais e 
comportamentais, assim como nos impulsos motivacionais. 
Em 1978, o neurologista francês Paul Broca observou que na superfície medial do 
cérebro dos mamíferos, logo abaixo do córtex, existe uma região constituída por núcleos de 
células cinzentas (neurônios). A qual ele deu o nome de lobo límbico (que traduz a idéia de 
círculo, anel), uma vez que ela forma uma espécie de borda ao redor do tronco encefálico. Esse 
conjunto de estruturas, mais tarde denominado sistema límbico, surgiu com a emergência dos 
mamíferos inferiores. É ele quem comanda certos comportamentos necessários à sobrevivência 
de todos os mamíferos. 
 
 
 
20 
As Estruturas Cerebrais na formação das Emoções 
 
Algumas partes mais importantes do sistema límbico: 
 
Amígdala 
Essa é uma estrutura que fica dentro do cérebrodentro do sistema límbico. A amígdala 
participa de aspectos fundamentais do comportamento social. É a amígdala que nos da a 
sensação de prazer, de dor, nos faz alegre ou nos faz sofrer. Ela é como se fosse a sede de 
nossas emoções. 
A destruição experimental das amídalas (são duas, uma para cada um dos hemisférios 
cerebrais) faz com que o animal se torne dócil, sexualmente indiscriminativo, afetivamente 
descaracterizado e indiferente às situações de risco. O estímulo elétrico dessas estruturas 
provoca crises de violenta agressividade. Em humanos, a lesão da amígdala faz, entre outras 
coisas, com que o indivíduo perca o sentido afetivo da percepção de uma informação vinda de 
fora, como à visão de uma pessoa conhecida. Ele sabe quem está vendo, mas não sabe se 
gosta ou desgosta da pessoa em questão. 
Localizada na profundidade de cada lobo temporal anterior. Ela funciona de modo íntimo 
com o hipotálamo. É o centro identificador de perigo, gerando medo e ansiedade e colocando o 
animal em situação de alerta, apontando-se para fugir ou lutar. 
 
Hipocampo 
O Hipocampo é a estrutura envolvida com os fenômenos da memória de longa duração. 
Quando ambos os hipocampos (direito e esquerdo) são destruídos, nada mais é gravado na 
memória. 
Um hipocampo intacto possibilita ao animal comparar as condições de uma ameaça 
atual com experiências passadas similares, permitindo-lhe, assim, escolher qual a melhor opção 
a ser tomada para garantir sua preservação. 
 
Tálamo 
O Tálamo é um centro de organização cerebral; como uma encruzilhada de diversas vias 
neuronais onde estas podem se influenciar mutuamente antes de serem redistribuidas. As suas 
ligações mais abundantes são, de longe, com o Córtex. 
A principal função do Tálamo é servir de estação de reorganização dos estímulos vindos 
da periferia e do tronco cerebral e também de alguns vindos de centros superiores. Lá fazem 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tronco_cerebral
 
 
21 
sinapse com os axônios dos neurônios situados nesses locais, e daí partem novos axônios que 
vão efetuar ligações em nível de outros centros superiores, principalmente o Córtex. Quase 
todos os sinais ascendentes que vão para o Córtex fazem sinapse nos núcleos do Tálamo onde 
são reorganizados e/ou controlados, exceptuando o sentido do olfato. 
 
Hipotálamo 
É a parte mais importante do sistema límbico. Além de seu papel no controle do 
comportamento, o hipotálamo também controla várias condições internas do corpo, como a 
temperatura, o impulso para comer e beber, etc. Essas funções internas são em conjunto 
denominadas funções vegetativas do encéfalo e seu controle está relacionado com o 
comportamento. O hipotálamo mantém vias de comunicação com todos os níveis do sistema 
límbico. 
Desempenha, ainda, um papel nas emoções. Especificamente, as partes laterais 
parecem envolvidas com o prazer e a raiva, enquanto que a porção mediana parece mais ligada 
à aversão, ao desprazer e a tendência ao riso (gargalhada) incontrolável. De modo geral, 
contudo, a participação do hipotálamo é menor na gênese do que na expressão (manifestações 
sintomáticas) dos estados emocionais. Quando os sintomas físicos da emoção aparecem, a 
ameaça que produzem, retorna, via hipotálamo, aos centros límbicos e destes, aos núcleos pré-
frontais, aumentando por um mecanismo de feedback negativo, a ansiedade, podendo até gerar 
um estado de pânico. O Conhecimento desse fenômeno tem importante sentido prático dos 
pontos de vista clínico e terapêutico. 
 
Giro Cingulado 
Situado na face medial do cérebro entre o sulco cingulado e o corpo caloso, que é um 
feixe nervoso que liga os 2 hemisférios cerebrais. 
Há ainda muito por conhecer a respeito desse giro, mas sabe-se que a sua porção 
frontal coordena odores e visões com memórias agradáveis de emoções anteriores. Esta região 
participa ainda, da reação emocional à dor e da regulação do comportamento agressivo. A 
ablação do giro cingulado (cingulectomia) em animais selvagens domestica-os totalmente. A 
simples secção de um feixe desse giro (cingulomia), interrompendo a comunicação neural do 
circuito de Papez, reduz o nível de depressão e de ansiedade pré-existentes. 
 
Tronco Cerebral 
Região responsável pelas reações emocionais. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sinapse
http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3rtex
http://pt.wikipedia.org/wiki/Olfacto
 
 
22 
Na verdade, nos vertebrados inferiores, como os répteis e anfíbios, é responsável pelas 
respostas reflexas. 
As estruturas envolvidas são a formação reticular e o lócus cérulus, uma massa 
concentrada de neurônios secretores de nor-epinefrina. É importante assinalar que, até mesmo 
em humanos, essas primitivas estruturascontinuam participando não só dos mecanismos de 
alerta, vitais para a sobrevivência, mas também da manutenção do ciclo vigília-sono. 
 
Área Tegmental Ventral 
Grupo de neurônios localizados em uma parte do tronco cerebral que secreta dopamina. 
A descarga espontânea ou a estimulação elétrica dos neurônios da região 
dopaminérgica mesolímbica produzem sensações de prazer, algumas delas similares ao 
orgasmo. Indivíduos que apresentam por defeito genético a redução no número de receptores 
das células neurais dessa área tornam-se incapazes de se sentirem recompensados pelas 
satisfações comuns da vida e buscam alternativas "prazerosas" atípicas e nocivas, como por 
exemplo, alcoolismo, consumo de drogas, jogo desenfreado ou desenvolvem compulsão pela 
ingestão de alimentos doces. 
 
Septo 
Situado à frente do tálamo, por cima do hipotálamo. A estimulação de diferentes partes 
desse septo pode causar muitos efeitos comportamentais distintos. 
Anteriormente ao tálamo, situa-se a área septal, onde estão localizados os centros do 
orgasmo (quatro para mulher e um para o homem). Certamente por isto, esta região se relaciona 
com as sensações de prazer, normalmente aquelas associadas às experiências sexuais. 
 
Área Pré-Frontal 
Não faz parte do circuito límbico tradicional, mas suas intensas conexões com o tálamo, 
amígdala e outras estruturas subcorticais, explicam o importante papel que desempenha na 
expressão dos estados afetivos. 
Quando o córtex pré-frontal é lesado, o indivíduo perde o senso de suas 
responsabilidades sociais, bem como a capacidade de concentração e de abstração. Em alguns 
casos, a pessoa conquanto mantendo intactas a consciência e algumas funções cognitivas, 
como a linguagem, já não consegue resolver problemas; mesmo os mais elementares. Quando 
se praticava a lobotomia pré-frontal, para tratamento de certos distúrbios psiquiátricos, os 
pacientes entravam em estado de "tamponamento afetivo", não mais evidenciando quaisquer 
 
 
23 
sinais de alegria, tristeza, esperança ou desesperança. Em suas palavras ou atitudes não mais 
se vislumbravam quaisquer resquícios de afetividade. Existe uma tendência universal para só 
considerar como afeto (e seus derivados, afetividade, afeição, etc.) as impressões positivas. 
Com o desenvolvimento da linguagem, nomes foram atribuídos a essas e a outras 
sensações, permitindo sua delimitação e explicitação a outros membros do grupo. Porém, até 
hoje, dada a existência de um componente subjetivo importante, difícil de ser comunicado, não 
existe uniformidade quanto à melhor terminologia a ser empregada para designar essas 
sensações. Assim é que se utilizam, de maneira imprecisa e intercambiável, quase como 
sinônimos, os termos afeto, emoção e sentimento. 
Entretanto, assim pensamos, a cada uma dessas palavras deve ser atribuída uma 
definição precisa, em respeito à etimologia e às diferentes reações físicas e mentais que 
produzem. Afeto (do Latim affectus, significando afligir, abalar, atingir) é definido por Aurélio 
como sendo "um conjunto de fenômenos psíquicos que se manifestam sob a forma de emoções, 
sentimentos ou paixões, acompanhadas sempre da impressão de prazer, dor, de satisfação, 
insatisfação, agrado, desagrado, alegria ou tristeza". Curiosamente, existe uma tendência 
universal para só considerar como afeto (e seus derivados, afetividade, afeição, etc.) as 
impressões positivas. 
Assim, ao se dizer "sinto afeto por fulana" estou manifestando amor ou carinho; nunca 
raiva ou medo. Já em relação às emoções e sentimentos, o uso se aplica nos dois sentidos: "ela 
tem bons sentimentos; eu tenho sentido emoções desagradáveis”. Emoções (do Latim emovere, 
significando movimentar, deslocar) é como sua própria etimologia sugere: reações manifestas 
frente àquelas condições afetivas que, pela sua intensidade, mobilizam-nos para algum tipo de 
ação. 
Confrontando a opinião de vários autores, podemos dizer que as emoções se 
caracterizam por uma súbita ruptura do equilíbrio afetivo. Quase sempre são episódios de curta 
duração, com repercussões concomitantes ou consecutivas, leves ou intensas, sobre diversos 
órgãos, criando um bloqueio parcial ou total da capacidade de raciocinar com lógica. Isto pode 
levar a pessoa atingida a um alto grau de descontrole psíquico e comportamental. Por contraste, 
os sentimentos são tidos como estados afetivos mais duráveis, causadores de vivências menos 
intensas, com menor repercussão sobre as funções orgânicas e menor interferência com a razão 
e o comportamento. Exemplificando: amor, medo e ódio são sentimentos; paixão; pavor e cólera 
(ou ira) são emoções. 
 
 
 
24 
Existem ainda, duas condições bem caracterizadas que, de certa forma, estão inseridas 
no contexto da vida afetiva, posto que, dependendo da intensidade dos afetos, elas podem 
resultar destes e, às vezes, com eles se confundirem. Estamos nos referindo aos distúrbios do 
humor, representados pelas depressões e euforias maníacas e a diminuição do estado de 
relaxamento mental com reação de alerta, representada pela ansiedade. 
Ao longo dos séculos, filósofos, médicos e psicólogos estudaram os fenômenos da vida 
afetiva, questionando sua origem, seu papel sobre a vida psíquica, sua ação favorecedora ou 
prejudicial à adaptação, seus concomitantes fisiológicos e seu substrato neuroendócrino. As 
manifestações afetivas teriam como causa última, a capacidade da matéria viva de responder a 
estímulos sobre ela incidentes. Existem duas teorias clássicas e antagônicas sobre a questão. A 
primeira, defendida, por Darwin e seus seguidores, prega que as reações afetivas seriam 
padrões inatos destinados a orientar o comportamento, com a finalidade de adaptar o ser ao 
Meio Ambiente e, assim, assegurar-lhe a sobrevivência e a da sua espécie. 
Os distúrbios orgânicos que podem acompanhar o processo seriam apenas uma 
conseqüência de natureza fisiológica. Em oposição, outros, como William James, afirmam que 
diante de um determinado estímulo, real ou imaginado, o organismo reagiria com uma série de 
alterações neurovegetativas, musculares e viscerais. A percepção de tais alterações originaria 
estados afetivos correspondente. Existe uma terceira posição, mais moderna, que propõe 
soluções de compromisso entre as duas teorias clássicas. É o caso de Lehmann, o qual afirma 
que o afeto é um fenômeno complexo, que se inicia por um processo central, a partir de uma 
causa interna ou externa. Ele se manifesta como uma alteração do "eu" e pode desencadear 
movimentos reflexos faciais e variadas alterações orgânicas. 
À medida que os sintomas corporais aumentam de intensidade, o afeto torna-se mais 
mobilizador e se define como uma emoção. Esta idéia encontra sustentação na clínica, no 
tratamento de pacientes com fobias de desempenho, os quais, diante de situações que temem 
(falar em público, por exemplo), apresentam palpitações, suores, dificuldade de respirar, etc. 
Alguns óleos essenciais como: sândalo, alfazema, tangerina, cipreste, ylang-ylang, ajudam no 
bloqueio dos fenômenos neurovegetativos, “esvaziam” a ansiedade, permitindo maior controle da 
fobia. 
 
 
 
25 
9 OS ÓLEOS ESSENCIAIS 
 
 
Os óleos essenciais são substâncias complexas e voláteis extraídos de folhas, flores, 
frutos, madeira, cascas e raízes de ervas e árvores. Eles são compostos químicos naturais, 
porém, mais seguros do que as drogas farmacêuticas, mas de ação mais lenta, pelo que são 
mais recomendados como forma de tratamentos preventivo ou complementar. Os óleos 
essências têm cheiro e qualidade única, sua composição pode variar de acordo com a região de 
cultivo, o clima, a idade do terreno, o procedimento da colheita e o método de extração. 
A imagem que nos vem quando pensamos em óleo, é de algo pesado, que não se 
evapora, que vem de óleo de cozinha; mas este não é o caso dos óleos essências. As plantas 
frescas são de 75 a 100 vezes mais concentradasdo que as plantas secas e representam uma 
função importante em sua bioquímica, agindo como reguladoras e mensageiras, protegendo 
assim contra ataques de fungos, parasitas e doenças, além de exercer um papel fundamental na 
fertilização, polinização e adaptação ambiental. Por ter uma complexidade química, o valor 
terapêutico dos óleos essências é inegável, ao contrário dos produtos quimicamente sintéticos, 
que atuam de um modo relativo ao composto químico ativo. 
Os principais grupos químicos que constituem os óleos essências e o uso aromático: 
 
Na saga química, temos três protagonistas principais: o Átomo de Carbono, de 
Hidrogênio e de Oxigênio. 
 
Os óleos essências pertencem a uma das três classes de compostos químicos: 
 
1- Os Terpenos 
2- Derivados Terpênicos 
3- Compostos derivados de Fenilpropano. 
 
 
9.1 OS TERPENOS: 
 
 
Assim como o óleo essencial é o coração da aromaterapia, a molécula de isopreno é a 
pedra fundamental do óleo essencial. O Isopreno, de fórmula (C5H8)n, é o bloco da construção 
 
 
26 
favorito da natureza para todos os óleos essenciais. Esse “n” subscrito na fórmula significa: Os 
terpenos têm número variado de moléculas de Isopreno que formam seu esqueleto. Os 
compostos terpênicos que os compõem têm consistência similar ao dos álcoois. Portanto, 
recebem também o nome de óleos voláteis em virtude dessa qualidade etérea. 
 
 
9.2 DERIVADOS TERPÊNICOS: 
 
 
Quando os Hidrocarbonetos terpênicos sofrem a substituição dos átomos de hidrogênio 
por grupos funcionais (nos quais o oxigênio se liga ao átomo de carbono de diferentes 
maneiras), os terpenos viram Compostos Terpênicos. O tipo de substituição que ocorre impacta 
diretamente as propriedades medicinais, psicológicas e energéticas dos óleos essenciais. 
 
Grupos Funcionais mais importantes: 
 
Ésteres 
Tem efeito fungicida, sedantes e antiespamódicos. Geralmente o Aroma é agradável, 
muito usado na produção de perfumes. Alguns representantes: bergamota, sálvia e lavanda. 
Aldeídos terpênicos 
A ação é sedante, antiinfecciosa e anti-séptica. Estão presentes na melissa, no capim-
limão e na citronela. 
Cetonas 
São descongestionantes em caso de asma, bronquite e resfriado. Alguns são tóxicos, 
portanto devem ser usados com cautela. Alguns óleos: funcho, gengibre e hissopo. 
Álcoois terpênicos 
A ação é anti-séptica, antiviral e estimulante do sistema imunológico. Estão presentes 
em alguns óleos como: rosa, pau-rosa, sândalo, gerânio e citronela. 
Fenóis 
De ação bactericida, desinfetante e estimulante, ajudam na limpeza de ferimentos e no 
tratamento de inflamação, eles podem ser altamente irritante à pele. Alguns óleos: cravo, tomilho 
e órego. 
Óxidos 
 
 
27 
São expectorantes e bactericidas, estão presentes, por exemplo, no alecrim e na 
melaleuca. 
Ácidos 
De poder anti-séptico e diurético, podem ajudar a baixar a febre. 
Contêm vitaminas, fitormônios e antibióticos. Estão presentes no benjoim e na melissa. 
 
 
9. 3 DERIVADOS DE FENILPROPANO: 
 
 
Fenilpropano são compostos cuja estrutura tem um anel fenílico [-C6H5] com uma 
cadeia lateral de 3 carbonos (propano). A ligação dupla na cadeia lateral torna as moléculas 
ativas farmacologicamente; isto é, bastante reativas. Os óleos essenciais que contêm esses 
compostos devem ser diluídos porque são tóxicos quando usados em alta concentração ou por 
tempo prolongado. 
 
A ação é anti-séptica, fungicida e anestésica. São encontrados nos seguintes óleos: 
cravo e canela. 
 
 
9. 4 MÉTODOS DE EXTRAÇÃO 
 
 
O óleo essencial é a quintessência da planta da planta. É um trabalho árduo, porém 
compensador. Existem várias maneiras de se extrair os óleos. A opção de alguns fatores 
importantes: 
- Rendimento de cada método, 
- Aplicação final do óleo essencial, 
- Localização do óleo essencial na planta, 
- Maneira de preparar as plantas antes da extração. 
 
 
 
 
 
 
28 
9.4 1 Destilação a vapor 
 
 
A destilação a vapor é o método mais conhecido e mais comum dos Óleos Essências. É 
empregado para obter: óleos essências bastante voláteis, provenientes de folhas, flores, troncos 
e sementes. 
O processo é feito em um destilador, onde partes frescas ou secas das plantas são 
colocadas. Em uma caldeira, o vapor circula através do material vegetal, proporcionando a 
quebra de corpúsculos intercelulares, que se abrem, liberando o óleo essencial. As moléculas 
dos óleos evaporam junto com o vapor de água, passando através da coluna, no alto do 
destilador, passando para a etapa do resfriamento, através do uso de uma serpentina, onde se 
condensa, juntamente com a água. A camada de óleo essencial é separada através da 
decantação, sendo que a água que se apresenta como subproduto de todo este processo, após 
a retirada do material ativo, é denominada água floral, destilado, hidrossol ou higrolato. 
 
Alguns óleos essências obtidos por destilação: 
 
Flores-Lavanda 
Folhas-Patchuli 
Madeira-Sândalo e Cedro 
 
 
9.4. 2 Prensagem e Obtenção à Frio 
 
 
São usados para a obtenção de óleos essenciais voláteis que se alteram com o calor, 
como os óleos de cascas de frutas cítricas. Assim, as frutas são espremidas por meio de uma 
prensa hidráulica, extraindo tanto o óleo essencial quanto o suco. 
Após a prensagem é feita a centrifugação da mistura, através da qual se separa o óleo 
essencial puro. 
O rendimento máximo que se consegue neste método é de aproximadamente 80% do 
conteúdo total do óleo. Só para se ter uma idéia, uma pessoa experiente consegue preparar 
apenas um pouco mais de meio litro por dia. 
 
 
29 
A restrição básica é que as cascas a serem prensadas não tenham conservante, 
inseticida ou qualquer outro produto que por ventura possa vir a degradar a qualidade do óleo 
essencial. 
Alguns óleos essenciais obtidos por prensagem: 
 
Casca de Limão 
Casca de Bergamota 
Casca de Laranja 
 
 
9.4. 3 Maceração 
 
 
Na maceração, as folhas e flores são esmagadas até o ponto inicial da ruptura da 
glândula. Em seguida, são colocadas em gordura depurada (purificada e inodora) ou em óleo 
vegetal quente. A concentração se dá repetindo o processo. Portanto, coloca-se uma nova 
massa vegetal de folhas e flores dentro do óleo vegetal já aromatizado. O processo continua a 
ser repetido até a concentração de o óleo essencial ser a desejada. Pode levar até um mês para 
completar este ciclo. Temos então um óleo de massagem ou um excelente ungüento. 
 
 
9.4.4 Enfloragem 
 
 
No método da enfloragem, basicamente, o que se faz é colocar uma camada de 
pétalas sobre uma de banha ou gordura depurada que repousa sobre uma placa de vidro. 
A gordura altamente purificada e inodora consiste normalmente de uma parte de sebo 
(duro) misturado a duas partes de toicinho (banha de porco) como 0,6% de benjoim usado 
como conservante. 
O processo é novamente repetido como se estivesse se fazendo um sanduíche. A troca 
das pétalas é repetida todos os dias. A freqüência depende da planta: pode ocorrer de três em 
três dias, até todos os dias, como no caso do Jasmim. O ponto de saturação pode durar até 10 
semanas. Após esse período, a banha fica completamente saturada com o óleo essencial da flor. 
 
 
 
30 
Vigência 
 
Comece preparando um ambiente tranqüilo para a sua meditação, longe de muitas 
interferências externas, arejado, limpo e que permita que você regule a luminosidade. Procure 
usar roupa confortável que lhe dê mobilidade, bem como se for ouvir música, que esta seja 
suave e em volume baixo. 
Deixe o ambiente em meia luz, coloque a música e sente-se confortavelmente. 
Relaxe os músculos e passe a respirar tranqüilamente de forma circular. A respiração 
circular consiste em inspirar o ar de modo que tórax e abdômen fiquem cheios de ar, depois 
expire todo o ar que puder sem dar pausa entre um movimento e outro. Faça isso lentamente, e 
logo sentirá em um estado de transe leve. 
De olhosfechados, perceba os aromas que compõem o ambiente. Identifique as fases 
da interpretação do aroma e perceba em si mesmo o tempo e os efeitos do cheiro. 
 
A destilação a vapor é o método mais conhecido e mais comum de extração dos Óleos 
Essências. É empregado para obter óleos bastante voláteis, provenientes de folhas, flores, 
troncos e sementes. 
 
 
 
31 
10 USO DA AROMATERAPIA 
 
 
Podemos absorver oóleo essencial através da pele, (em 20 minutos o óleo já está na 
corrente sanguínea) e do nariz (em 2 segundos já chega no sistema límbico), que são as vias 
mais seguras. 
Na pele deve-se tomar cuidado extra, para evitar reações alérgicas, sensibilizações, 
queimaduras, irritações, etc. Para o uso seguro, devem-se diluir os óleos essenciais em veículos 
carreadores, como cremes neutros e óleos vegetais, usando-os em massagens, tratamentos 
estéticos, compressas, etc. Penetrando na pele, os óleos essenciais entrarão na corrente 
sanguínea e agirão nos órgãos internos, sendo excretadas as quantidades não metabolizadas. 
Via olfato deve-se tomar cuidado com tempo de exposição e concentração. Uma parte 
do aroma inalado vai para os pulmões via traquéia, penetrando nos brônquios, bronquíolos e 
alvéolos, passando para a corrente sangüínea nas trocas gasosas, agindo da mesma forma da 
penetração cutânea. Outra parte do aroma vai para o cérebro, atingindo o Sistema Nervoso 
Central e mais especificamente o Sistema Límbico, que é nosso antigo Cérebro das Emoções, 
responsável por nossas emoções, nossos comportamentos e atitudes, nossa memória e nossos 
humores. Para esta via, pode-se usar aromatizadores pessoais, aromatizadores à vela ou 
elétricos e pot-pourris. 
Desta forma, cada óleo essencial agirá de uma forma diferente no nosso corpo, físico, 
mental e emocionalmente, de acordo com sua composição química. Por isto, podemos dizer que 
a Aromaterapia é Holística, pois podemos atacar diversos males sob todos os aspectos, pois não 
podemos tratá-los isoladamente. Uma gastrite nunca é somente uma gastrite, mas um conjunto 
de fatores que culminam numa gastrite e assim sucessivamente. Cada pessoa é diferente das 
demais e, portanto, deve ser tratada de forma única e individual. Sendo assim, na Aromaterapia 
nunca se sugere um óleo essencial para uma gastrite de uma pessoa e para todas as outras que 
possuem gastrite, mas será uma sinergia de óleos essenciais considerando todos os outros 
aspectos da vida destas pessoas. 
 
 
 
 
 
 
http://www.aromalife.com.br/index.cfm?uPag=Textos&ID=20
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http://www.aromalife.com.br/index.cfm?uPag=Textos&ID=20
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32 
10. 1 MÉTODOS DE UTILIZAÇÃO 
 
 
Existem diversas maneiras para utilização dos benefícios que os óleos essenciais 
podem trazer: 
 
 
10.1.1 Inalação 
 
 
Indicada para o tratamento das vias respiratórias, rinite, sinusite, resfriados, asma e 
bronquite. 
 
Em dois litros de água fervente, pingue 4 (quatro) gotas de óleos essenciais indicados 
para o tratamento. Posicione o rosto sobre o vapor da bacia com cuidado e cubra a cabeça com 
uma toalha, formando uma cabana sobre a bacia. Feche bem os olhos e inale por 3 minutos. Se 
necessário, repita a aplicação por mais uma vez, totalizando 6 minutos. Nos quadros crônicos, a 
freqüência deve ser de duas vezes ao dia, por três dias. 
 
 
 
 
10.1.2 Massagem Terapêutica 
 
 
A massagem é o método mais utilizado na aromaterapia. Ela deve ser suave e relaxante 
e utiliza os vários sistemas de energia do corpo. Se você não é terapeuta em massagem, 
 
 
33 
simplesmente utilize movimentos suaves e rítmicos. Os óleos essenciais podem ser usados em 
técnicas como drenagem linfática, reflexologia e Shiatsu. 
 
 
 
10. 1.3 Aromatizadores 
 
 
Método adequado para os tratamentos de ordem emocional e psicológica. 
Os óleos essenciais, quando difundidos no ambiente, evocam sensações e memórias 
que influenciam, através do sistema nervoso central, o humor e o comportamento. 
Geralmente os difusores para óleos essenciais trabalham com pequenas quantidades de 
óleo. Para ambientes com 20 m², utilizam-se 10 (dez) gotas, aumentando-se a quantidade 
conforme o tamanho do local 
Os difusores podem ser elétricos, à vela ou pastilhas que absorvem os óleos essenciais 
e os difundem lentamente. 
 
 
 
 
 
 
 
34 
10.1.4 Banho Terapêutico 
 
 
Pelos banhos, os óleos essenciais são transportados para o interior do organismo e 
beneficiam vias respiratórias, funções orgânicas, pele, musculatura e circulação. Ideal para 
relaxar. 
 
 
Prepare a banheira; a temperatura da água deve estar quente ao máximo (38) 
suportável pela pele. Entre na banheira e despeje lentamente a mistura de óleos essenciais. 
A duração do banho deve ser de 20 minutos. 
Compressa quente 
Indicada para o alívio de dores como: cólicas, pancadas e distensões. 
Ferva dois litros de água, pingue 10 (dez) gotas de óleos essenciais conforme o objetivo 
da compressa. Tenha à mão duas toalhas, embeba uma delas na água e aplique. Quando a 
toalha atingir a temperatura do corpo, troque-a por outra quente. 
IMPORTANTE: Numa aplicação de compressa quente nunca deixe que a toalha esfrie 
sobre o local. Aplique por no mínimo 15 minutos e pelo menos três vezes ao dia até que as 
dores desapareçam totalmente. 
Compressa gelada 
Ideal para tratamento de inchaços, queimaduras, cicatrizes, feridas e enxaqueca. 
Em um litro de água gelada, pingue 5 (cinco) gotas de óleos essenciais adequados e 
aplique até que a compressa atinja a temperatura do corpo. A aplicação deve ser de 15 minutos 
duas vezes ao dia. 
Escalda pés 
 
 
35 
 
 
Encha uma bacia com água quente. Pingue 10 (dez) gotas de óleos essenciais sobre 
uma colher de sopa de sal grosso e misture na bacia. 
Mergulhe os pés por 15 minutos. Aplique o escalda-pés de preferência no tratamento de 
dores, cansaço, frieiras e calos antes de dormir. Mantenha os pés aquecidos durante a noite. 
 
Sauna 
Os óleos essenciais são as melhores essências para sauna. Dilua o aroma segundo as 
instruções do fabricante da sauna. Para a aplicação dos óleos essenciais dilua 2 (duas) gotas 
por concha d’água e derrame sobre as pedras. 
 
 
 
 
Pulverização 
 
Por ser um método mais rápido que a difusão, a pulverização com spray é própria para a 
recuperação e desinfecção de ambientes contaminados por germes. A pulverização é também 
indicada para a aplicação psicoterapêutica do óleo essencial. 
 
 
 
 
 
 
36 
10.1.5 Sinergias 
 
 
É o processo pelo qual a soma das partes forma uma nova composição. Isto é, alguns 
óleos essenciais têm o poder de se acentuar mutuamente. 
As sinergias permitem que um tratamento seja preciso ao histórico do indivíduo, pois se 
devem levar em conta os sintomas a serem tratados, a origem do distúrbio e os fatores 
psicológicos e emocionais envolvidos. 
 
 
Como Preparar uma Sinergia 
 
Para uma sinergia utilizamos os óleos carreadores para conduzir os óleos essenciais, 
através de massagens e banhos. Em que a estrutura molecular dos óleos vegetais permite que 
os óleos essenciais sejam absorvidos pela pele. 
Todos os carreadores servem como veículo emoliente para diluir ou misturar um ou mais 
óleos essências. Os carreadores podem ser de vários tipos: óleo vegetal, cera líquida, manteiga 
e gel. Tradicionalmente os óleos vegetais são os mais utilizados nas sinergias. 
 
A Matemática das Sinergias 
 
Para cada 5 ml (1 colher de sobremesa) de óleo vegetal podemos adicionar no mínimo 
uma gota de óleo essencial e no máximo 3 gotas. E, em dosagens maiores do óleo vegetal 
utilizamos à proporcionalidade. 
Ex: em uma massagem utiliza-se em média 20 ml (2 colheres de sopa) de óleo vegetal, 
então acrescentaremos no mínimo 4 gotas do óleo essencial e no máximo 12 gotas. 
É importante observar que na divisão das gotas dosóleos essenciais, os florais serão 
utilizados em maior quantidade, por serem mais voláteis, ou seja, evaporam mais rápido. Em 
seguida, as folhas, que tem volatilidade média e em menor quantidade as madeiras, que 
apresentam menor volatilidade. 
Em uma massagem relaxante, podemos dividir as 12 gotas em, por exemplo: 5 gotas do 
óleo essencial de lavanda, 3 gotas de laranja, 3 de cipreste e 1 gota do óleo essencial de cedro. 
 
 
 
 
37 
Correlação dos óleos essenciais ao Corpo Humano: 
 
Dividimos o corpo humano em 3 partes 
Cabeça Flores 
Nota alta/volátil 
Cheiro redondo 
Trabalham o emocional, relaxamento, são calmantes e/ou afrodisíacos 
Coração/Pulmão Folhas 
Nota média 
Cheiro espetado 
Trabalha o sentimento, a respiração 
 
Pés Madeiras 
Nota baixa 
Cheiro forte, revigorante, estanque 
Trabalham com o aterramento, a fixação. 
 
Os óleos essenciais cítricos permeiam entre os óleos de cabeça e os do coração, podem 
ser estimulantes ou relaxantes. 
 
No preparo da Sinergia devem-se levar em conta os seguintes fatores: 
 
Não misturar mais de quatro óleos essências 
Não usar óleos com efeitos opostos 
Fazer uma mistura agradável 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
Anamnese para o preparo da Sinergia 
 
Data: ____/____/____ 
 
Nome 
Data de nascimento: ____/_____/____ Sexo: 
End.: 
Bairro: Cidade: 
Estado: Cep.: 
E-mail: 
Fone res.: Com.: Cel.: 
Profissão: Estado civil: 
Indicado por: 
Motivo: 
 
1. Hábitos: 
 Álcool:( ) freqüente ( ) ocasional 
 Fumo: 
( ) sim – média/dia: ________ ( ) não ( ) ex-fumante – Tempo: _______ 
 Sono: 
( ) mais de 8h ( ) menos de 8h 
 Caminhada: 
( ) sim- freqüência: _____________ ( ) não 
 Prática de esporte: 
( )sim- qual: __________________ ( ) não 
 Postura diária: 
( ) sentada ( ) em pé ( ) em movimento 
 Dieta: 
( ) sim ( ) não 
 Com acompanhamento médico: 
( ) sim ( ) não 
 Ingestão de medicamentos: 
( ) sim – quais: _______________________________________ ( ) não 
 
 
39 
 Ingestão de água: 
( ) pouca ( ) moderada ( ) abundante 
 PA: 
Antes: ________________ Depois: _____________ 
 
2. Gestações: 
 Número de gestações: ____________ Número de filhos: ___________ 
 Última menstruação: início ________ Término ___________________ 
 Método contraceptivo: ______________________________________ 
 
3. Episódios Orgânicos: 
( ) cardíaco ____________________ ( ) respiratório ________________ 
( ) diabético ____________________ ( ) circulatório _________________ 
( ) gastrointestinal _______________ ( ) ginecológico ________________ 
( ) ortopédico ___________________ ( ) enxaquecas ________________ 
( ) alergias ______________________ ( ) renal _____________________ 
( ) endócrino ____________________ ( ) dermatológicos _____________ 
( ) infecciosos ___________________ ( ) psicológicos _______________ 
( ) neurológicos __________________ ( ) psiquiátricos _______________ 
 
4. Já fez algum trabalho corporal? 
( ) Sim, qual (s)? ________________________________________________ 
( ) Não 
 
5. Restrições em relação a banhos e/ou massagens? 
( ) Sim, quais? ________________________________________________ 
( ) Não 
 
 
6. Hoje está passando por algum processo terapêutico? 
( ) Sim, qual? ________________________________________________ 
( ) Não 
 
7. Como está sente-se neste momento? 
 
 
40 
( ) Cansado ( ) estressado ( ) deprimido 
( ) dores musculares/articulares ( ) tranqüilo ( ) enxaqueca 
( ) desegernizado ( ) tenso ( ) agitado 
( ) Sonolento ( ) insônia ( ) irritado 
( ) memória debilitada ( ) ansioso 
 
8. Qual o aroma que mais lhe agrada? 
( ) floral ( ) cítrico ( ) amadeirado ( ) folha 
 
9. Foi submetido a algum processo cirúrgico nos últimos 6 meses? 
( ) Sim, qual? Por quê? __________________________________________ 
( ) Não 
 
Observações: 
_______________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
______________________________________________________________________ 
 
 
 
41 
11 PRECAUÇÕES NO USO DA AROMATERAPIA 
 
 
Devem ser tomados cuidados especiais com crianças pequenas, gestantes e idosos 
A aromaterapia pode ser útil durante a gravidez e o parto, mas apenas sob orientação de 
um profissional qualificado. 
 
Óleos que devem ser evitados durante a gravidez: alecrim, cedro, salvia esclaréia, 
junípero, manjericão, manjerona, mirra, canela, erva doce, hortelã, pimenta negra. 
 
As doses para mulheres grávidas devem ser 25% de uma dosagem mínima 
recomendada; para crianças e bebês use quantidade extra diluída. 
 
Mantenha os frascos longe do alcance das crianças. 
A não ser casos indicados, não aplique óleo essencial puro diretamente na pele, pois 
podem causar reações alérgicas. 
É aconselhável fazer um teste de sensibilidade. Um desequilíbrio emocional, stress, 
distúrbios hormonais podem alterar a sensibilidade de uma pessoa. 
Os óleos essenciais são solventes e inflamáveis, portanto mantenha-os longe do fogo, 
plástico e madeira. 
Nunca faça uso de óleo essencial oralmente, somente sob orientação médica. 
Caso queira tomar remédio homeopático consulte seu médico antes de usá-lo. 
No caso de hipertensão evite os óleos de alecrim, sálvia e tomilho; epilepsia evitar os 
óleos de erva doce, alecrim, sálvia e tomilho. 
Óleos essenciais que não devem ser usados antes de exposição ao sol: bergamota, 
limão, laranja, tangerina e cítricos em geral. 
Não usar um óleo essencial por mais de três semanas, caso seja necessário, descanse 
uma semana, depois retome. 
Não substituir a medicação utilizada por óleos essenciais sem um acompanhamento 
médico. 
 
 
 
 
42 
12 CONFECÇÃO DE PRODUTOS AROMATERAPÊUTICOS: 
 
 
12.1 SAIS DE BANHO: 
 
 
1 kg de sal grosso 
1 colher de sopa de sulfato de magnésio 
1 recipiente de vidro para mexer 
10 ml de óleo essencial 
Corante alimentício líquido a base de água, na cor de sua preferência. 
 
Como Fazer: 
 
Coloque o sal em uma vasilha e acrescente o sulfato de magnésio. Mexendo sempre, 
coloque aos poucos o corante, conforme o tom desejado. Por último, acrescente o óleo 
essencial. Deixe descansar por uma semana. 
 
Algumas receitas de Sais de Banho 
 
80 ml de sal grosso moído 
75 gotas de óleo essencial 
Óleo vegetal para dar liga (+/- 10 ml) 
 
Limpeza Energética: 
 
25g de Lavanda 
20g de Pau-Rosa 
15g de Eucalipto 
15g de Limão 
 
Afrodisíaco: 
 
30g de Ylang-Ylang 
20g de Bergamota 
 
 
43 
18g de Hortelã-Pimenta 
7g de Canela 
 
Insônia, ansiedade, depressão e dores musculares: 
 
25g de Gerânio 
20g de Laranja 
15g de Eucalipto 
10g de cedro 
 
Banhos na banheira 
 
Revigorante 
 
20 ml de óleo vegetal de semente de uva 
4 gotas de óleo essencial de Ylang Ylang 
3 gotas de óleo essencial de alecrim 
3 gotas de óleo essencial de bergamota 
2 gotas de óleo essencial de cravo 
 
Desintoxicante 
 
20 ml de óleo vegetal de semente de uva 
4 gotas de óleo essencial de lavanda 
3 gotas de óleo essencial de lemongrass 
3 gotas de óleo essencial de limão tahiti 
2 gotas de óleo essencial de pau–rosa 
 
 
12.2 AROMATIZADOR: 
 
 
48 ml de água destilada 
12 ml de álcool de cereais 
 
 
44 
15 a 45 gotas de óleos essenciais 
 
Algumas receitas de Aromatizadores: 
 
Dores Muscularese Articulares: 
 
17g de Bergamota 
13g de Gerânio 
6g de Hortelã-Pimenta 
4g de Cravo 
 
Afrodisíaco: 
 
17g de Ylang-Ylang 
13g de Bergamota 
6g de Hortelã-Pimenta 
4g de Canela 
 
Limpeza energética e relaxante: 
 
17g de Lavanda 
13g de Limão 
6g de Eucalipto 
4g de Pau-Rosa 
 
Insônia, ansiedade, depressão e dores musculares: 
 
17g de Gerânio 
13g de Bergamota 
6 g de Manjerona 
4g de Cedro 
 
 
 
 
 
45 
12.3 PERFUME 
 
 
Afrodisíaco 
 
5 ml de óleo vegetal de semente de uva 
1gota de óleo essencial de Ylang ylang 
1 gota de óleo essencial de hortelã-pimenta 
1 gota de óleo essencial de cravo 
 
Para causar boa impressão 
 
5 ml de óleo vegetal de semente de uva 
1 gota de óleo essencial de gerânio 
1 gota de óleo essencial de laranja 
1 gota de óleo essencial de Cravo 
 
Para memória 
 
5 ml de óleo vegetal de semente de uva 
1 gota de óleo essencial dejasmim 
1 gota de óleo essencial de manjericão 
1 gota de óleo essencial de cravo 
 
Massagem 
 
Massagem relaxante e dores musculares 
 
20 ml de óleo vegetal de semente de uva 
5 gotas de óleo essencial de lavanda 
2 gotas de óleo essencial de eucalipto glóbulo 
3 gotas de óleo essencial de laranja 
1 gota de óleo essencial de cedro 
 
 
 
46 
Massagem estimulante 
 
20 ml de óleo vegetal de semente de uva 
5 gotas de óleo essencial de Ylang - Ylang 
2 gotas de óleo essencial de hortelã-pimenta 
3 gotas de óleo essencial de bergamota 
1 gota de óleo essencial de cravo 
 
 
12.4 ANIS-ESTRELADO 
 
 
Illicium anisatum lour., fam. Magnoliáceas 
 
Sin.:Illicium verum Hooker Filius. 
Sin. Popular: Badiana, Anis-da-china, Badiana-da-china. 
Origem (ervas): China e Japão. 
País produtor (O.E) :Espanha. 
Método de extração: Hidrodestilação dos frutos maduros. 
Rendimento: 20 kg de semente seca para extrair 1 kg de O.E. 
Constituintes principais (O.E.): 80 a 96% anetol. O restante fica rateado entre 
limoneno, d-pineno, cineol, terpineol, safrol, candineno, estragol,1-felandreno. 
Indicação terapêutica: Atonia gastrintestinal, dispepsia nervosa, cólica, enxaqueca de 
origem digestiva, catarro crônico, tosse, piolho de cabelo, inapetência (falta de apetite). 
Propriedades medicinais: Carminativo, digestivo, expectorante, galactogogo, 
estomáquico. 
Ação psicológica: Estimulante. 
 
Modo de usar: inalação, infuso, massagem, mascar o fruto do anis-estrelado. 
Sinergias: Misturam bem com óleo essencial de bergamota, laranja, melissa e funcho. 
 
Cuidados: o óleo essencial de anis e incompatível com oxidantes (ácido nítrico, 
permanganato, cromato). A água oxigenada anula a ação anti-séptica do óleo. Sais metálicos, 
como ferro, fazem ocorrer precipitações. Como este óleo é feito com 15% anis-japonês (Illicium 
 
 
47 
religiosum Siebold e Zunc...) cujos componentes têm certa toxicidade, é recomendado usa-lo 
com cautela e evitar o uso contínuo. 
 
 
12.5 CAMOMILA-ROMANA 
 
 
Anthemis nobilis, L.fam. Composta 
 
Sin.: Chamaemelum nobille All., Anthemis odorata Lam., Ormensis 
Sin. Populares: Camomila-nobre, Camomila-verdadeira, Camomila-odorante, 
Camomila-de-paris, Marcela, Macela-flor, Macela-dourada, Macela-galega, Macela. 
Origem (ervas): Europa. 
Países produtores (O.E): Itália, Bélgica, França, Inglaterra, Hungria. 
Método de extração: Hidrodestilação das sumidades florais. 
Rendimento: 50 a 300 kg. Em média 100 kg de flores para extrair 1 kg de O. E. 
Constituintes principais (O.E.): Ésteres como isobutirato de n-butila, angelatos de 
isobutila, isoamila; ésteres de ácidos (angélico, tíglico) e de álcool (metil–3–pentanol–1); ácido 
metacrílico, antenol (C10h16O); nobilina, trans-pinocarvona, pinocarveol. 
 
Indicação terapêutica: Dispepsia, flatulência, cólica, raquialgia (dor na coluna vertebral) 
de origem gripal, cefaléia, úlcera intestinal, problemas de pele (eczema, dermatite, insolação), 
ansiedades, depressão, irritabilidade, histeria. 
Propriedades medicinais: Emanagogo, diaforético, febrífugo, anti-séptico, anti-
helmíntico, carminativo, estomáquico. 
Ação psicológica: Sedativo, relaxante. 
 
Modos de usar: Inalação. Infuso, fricções, massagem, máscara facial. 
Sinergias: Mistura bem com óleo essencial de alfazema, bergamota, rosa, néroli, 
petitgrain, patchouli. 
 
Cuidados: O óleo de Camomila-Romana costuma sofrer adulterações com essências 
extraídas de outras espécies de camomila como a Anthemis Cotula L. que tem apenas 0,02a, no 
máximo, 0,06% de óleo essencial comparado com 0,32 a 2% encontrados na Camomila-
Romana. Outras vezes, este óleo é contrafeito com a Chamaemelum fuscatum Vasc. 
 
 
48 
ouAnthemis fuscata Brot., Ch. grisley (samp.) Vasc., e até com a Chrysanthemum parthernium 
Bernh. 
 
Informação adicional: Este óleo azul – escuro passa a marrom-amarelado quando em 
contato com ar e luz. Tem uma densidade que varia de 0,905 a 0,915 á 15ºC com índice de 
refração de 1,442 a 1,448 à 20ºC. É solúvel em 1 vol. de álcool à 6 vol. de álcool à 70%. 
 
 
12.6 BENJOIM 
 
 
Sin. Estrangeiro: Luban jawi, banjawi, benjuí, benzoin, benjamim. 
Sin. populares: Benjoim-de-samatra, bemjoim-de-java, benjoim-de-boréu, benjoim-da-
tailândia. 
Origem (árvore):Indo-Malaia. 
País produtor: (O.E): Samatra. 
Método de extração: Diluição da resina em álcool seguido de destilação. 
Rendimento: 20 kg da resina para extrair 1 kg O. E. 
Constituintes principais (O.E): 26 a 35% de ácidos aromáticos constituído 
principalmente pelos ácidos cinâmico e benzóide. Há ainda 2 a 3% de estiracina. O restante se 
divide: em cinamato de fenilpropila, feniletileno, vestígios de aldeído benzóico e traços de vanilal. 
 
Indicação terapêutica: Dermatite, rachadura dos seios, frieira, ferida, resfriado, tosse, 
bronquite, catarro, laringite, leucorréio. Indicada também para esgotamento emocional, agitação 
e tristeza. 
Propriedades medicinais:Anti-séptico, expectorante, cicatrizante e vulnerário. 
Ação psicológica: Estimulante, reconfortante, animador. 
 
Modo de usar: Inalação, fumigações com incensário, banho, massagem, compressa, 
ungüento. 
Sinergias: Mistura bem com óleo essencial de gerânio, rosa, junípero, baunilha. 
Informação adicional: O benjoim, conhecido como resina de benjamim, é o ingrediente 
clássico do incenso. O benjoim de Sião (styrax onkinense Pierre) tem aroma mais suave e 
agradável que nos faz lembrar a baunilha. Já o benjoim-de-samatra (styrax benzoin Dryand) 
 
 
49 
lembra mais o estoraque (Liquidambar orientalle Mill) da família das Hamamelidáceas. O extrato 
de benjoim é solúvel em álcool a 80%. 
 
 
12. 7 CANELA-DA-CHINA 
 
 
Sin.: Cinnamomum obtusifolium var. cássia Perrot e Eberthardt. 
Origem (árvore): Ásia. 
País produtor: (O.E): China. 
Método de extração: Hidrodestilação da casca. 
Rendimento: 60 a 80 kg de casca para extrair 1 kg de óleo essencial. 
Constituintes principais (O.E): 70 a 90% aldeído cinâmico, 1,5 a 12% aldeído o-
metoxicinâmico(o-meticumárico). O restante se divide em: aldeídos benzílicos, salicílico, 
cumarina e alguns ácidos (cinâmico, benzílico, sacílico) 
Indicação terapêutica: Resfriado, gripe, tosse, cólica, pediculose, (infestação de 
piolhos), preguiça. 
 
Propriedades medicinais: Carminativo, adstringente, emenagogo, anti-séptico, 
germicida, sudorífero. 
Ação psicológica: Estimulante, afrodisíaco. 
 
Modo de usar: Inalação, difusor, compressa, xampu. 
Sinergias: Mistura bem com óleo essencial de bergamota, toranja, erva-cidreira 
(lemongrass), limão, citronela, laranja-doce. 
 
Cuidados:Contra-indicado durante a gravidez. Use este óleo em dosagem bem diluída 
(<1%). Para uso interno, prefira óleo de canela-do-ceilão. 
 
 
12.8 CÂNFORA 
 
 
Sin.: Camphora offinalis, Steudt., Laurus camphora L., Persea camphora Spreng. 
 
 
50 
Origem (árvore): Ásia oriental. 
País produtor (O.E): China. 
Método de extração: Destilação fracionada da madeira a vapor d’água. 
Rendimento: 20 kg de lenho

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