Avaliação On-Line 6 (AOL 6) - Atividade Contextualizada_Farmacologia_uninassau

Prévia do material em texto

Discente: Urias Damião de Oliveira 
Disciplina: Farmacologia 
Curso: Farmácia Polo: São Bento-PB 
Matrícula: 01367414 
Atividade Contextualizada 
Os inseticidas organofosforados ligam-se à acetilcolinesterase (AChe), 
inibindo função que é de hidrolisar o neurotransmissor da acetilcolina em colina e 
acetato 
A acetilcolina liga-se aos canais metabotrópicos muscarínicos promovendo ações do 
Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático. Esse neurotransmissor sendo não 
hidrolisado potencializa as ações do SNAP, causando o que chamamos de síndrome 
colinérgica, que é causada pela estimulação desses receptores. Dependo dos seus 
subtipos, que são m1 m2 m3 m4 m5, que ocorrem em diferentes regiões 
anatômicas, as respostas fisiológicas acontecem de maneira distinta. 
“Os receptores muscarínicos M1, M3 e M5, acoplam-se preferencialmente 
com a proteína Gq/11, induzem a ativação da fosfolipase C (VENTURA; et Al, 2009). 
A ativação da fosfolipase produz um segundos mensageiros trifosfatos de 
diacilglicerol e inositol, desencadeando um aumento de Ca2+ intracelular. O cálcio 
pode inibir enzimas, estimular ou causar hiperpolarização, contração ou 
secreção(BRUM, L. F. S.; ROCKENBACH, L.; BELLICANTA, 2018). 
De forma diferenciada, os receptores muscarínicos M2 e M4, quando 
ativados, acoplam-se preferencialmente à proteína G inibitória, Gi/o, que inibe a 
atividade da adenilciclase e reduzem os níveis intracelulares de AMP cíclico22 
(VENTURA; et Al, 2009), aumentando assim a condutância de K+. O potássio por 
sua vez, no coração diminui a velocidade e aumenta a contração. 
Os sintomas presente no paciente do enunciado estão associados mais aos 
receptores do subtipo M3, ou seja, fazendo com que haja o aumento da salivação e 
lacrimejamento, a contração do músculo liso, constrição da pupila e contração do 
músculo ciliar, leva ao aumento da motilidade gástrica, contração da bexiga e 
broncoconstrição e promove sudorese. 
Como tratamento da intoxicação, foi administrado Atropina, esse fármaco age 
como um inibidor da acetilcolina nos receptores muscarínicos, nas estruturas 
inervadas pelos nervos colinérgicos pós-ganglionares e nos músculos lisos que 
respondem à acetilcolina endógena. Como o caso e tido como grave, também foi 
administrado a Pralidoxima, que atua como antidoto, revertendo a ligação dos 
organofosforados com a acetilcolinesterase, dessa forma reativando a enzima para 
cumprir sua função. 
Referências: 
BRUM, L. F. S.; ROCKENBACH, L.; BELLICANTA. Farmacologia Básica. Porto 
Alegre-RS: SAGAH, 2018. 
VENTURA, A.L.M; et al. Sistema colinérgico: revisitando receptores, regulação 
e a relação com a doença de Alzheimer, esquizofrenia, epilepsia e tabagismo 
Rev Psiq Clín. 2010;37(2):66-72. 
Disponível:<https://www.scielo.br/pdf/rpc/v37n2/a07v37n2.pdf>. Acesso em 18 de 
Maio de 2020.