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av1 processo do trabalho

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PRINCÍPIOS
Princípio Expositivo:
Princípio Inquisitório ou Inquisitivo: Uma vez provocado, o juiz tem o poder-dever de prestar a jurisdição e solucionar o mais rápido possível aquele conflito de forma justa e equânime, se utilizando de todos os meios e diligências processuais possíveis e necessárias
Princípio da Concentração dos Atos Processuais: O juiz deve tentar concentrar a maior parte dos atos processuais em uma única audiência, para que a sentença seja prolatada o mais rápido possível.
Princípio da Oralidade: Importância ainda maior no processo do trabalho é a prática dos atos processuais por meio verbal.
Principio da Celeridade
Princípio da Identidade Física do Juiz: O juiz que instruiu o processo deve ser o que vai proferir a sentença.
Princípio do Contraditório e da Ampla Defesa
Princípio da imediatidade ou imediação: Permite um contato mais próximo entre o magistrado, partes e testemunhas. O juiz é o destinatário da prova.
Princípio da irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias:É um princípio próprio do processo do trabalho. Não significa que não caiba recurso contra as decisões interlocutórias, mas sim que não cabe de imediato, só quando for recorrer da sentença
Princípio da Imparcialidade:
Princípio da Conciliação: 
Art. 764 da CLT: Os dissídios individuais e coletivos submetidos a justiça do trabalho serão SEMPRE sujeitos à conciliação. 
Art. 831, parágrafo único: estabelece que, homologado o acordo de conciliação, este passa a ser uma decisão irrecorrível para as partes.
Súmula 100, item 5, do TST: O acordo transita em julgado no momento da homologação. Somente por ação rescisória as partes poderão tentar impugnar o acordo homologado. Só não transita para a União, que defendendo o interesse social, pode recorrer para fins de previdência (INSS).
Princípio do “jus postulandi” da parte: A própria parte pode postular em juízo, sem a presença de advogado.
 - limita-se às varas do trabalho, aos TRTs, não sendo aplicável aos recursos ao TST e outros casos.
- “Jus postulandi” – ou por via postal ou oficial de justiça (não admite Edital, a não ser que tenha advogado);
Princípio do duplo grau de jurisdição
Princípio da Proteção:
Art. 844: reclamante falta na audiência, ação é arquivada, mas o trabalhador poderá ajuizar nova reclamação trabalhista. Súmula 212 do TST: Inversão do ônus da prova.
Art. 651 da CLT: competência territorial: reclamação deverá ser proposta na localidade de prestação de serviços, em regra.
Princípio da busca da verdade real
Princípio da normatização coletiva: Possibilidade de a justiça do trabalho estabelecer o seu poder normativo, de proferir a chamada sentença normativa de cunho obrigatório para os sindicatos dos trabalhadores e sindicatos patronais, caso não haja o acordo entre eles. Art. 114, §1º da CF/88.
Princípio da extrapetição: Portanto, o juiz pode condenar o reclamado além da inicial, sem que se configure uma sentença extra ou ultra-petita.
Atualmente os órgãos da Justiça do Trabalho, conforme redação do artigo 111
da Constituição Federal são:
1. O Tribunal Superior do Trabalho
2. Os Tribunais Regionais do Trabalho
3. Os Juízes do Trabalho.
Há ainda 2 aspectos peculiares da Justiça do Trabalho:
1. Não há divisão em entrâncias, ou seja, não há divisões judiciárias pela
maior ou menor quantidade de processos que existam nas comarcas, como
ocorre na justiça comum estadual; e
2. Não existem órgãos especializados na primeira instância da Justiça do
Trabalho. Em virtude disso todos os juízes do trabalho julgam quaisquer
controvérsias da competência inicial do juízo monocrático5.”
Competência em razão das pessoas 
A Justiça do Trabalho tem competência para dirimir conflitos entre trabalhadores e empregadores, que farão parte, respectivamente, do pólo ativo e passivo da reclamação trabalhista. Desta forma, toda matéria trabalhista e decorrente de emprego será processada e julgada perante a Justiça Laboral.
Competência em razão da matéria 
Só cabe à Justiça do Trabalho solucionar as causas de cunho trabalhistas que envolvam relação de trabalho
Competência em razão da função 
A competência funcional diz respeito à função que exerce cada juiz trabalhista.
Competência em razão do lugar
Inicialmente, importa salientar que a competência em razão do lugar é relativa, devendo ser arguida pelas partes de plano através de exceção de incompetência, caso contrário o juízo se tornará competente para dirimir o litígio trabalhista. A competência em razão do lugar é delimitada com base no espaço geográfico em que atua o órgão jurisdicional. Quase sempre essa competência é instituída aos órgãos de primeira instância da justiça do trabalho designados de Varas do Trabalho, porém há certos casos em que o município não possui vara especializada para dirimir conflitos trabalhistas, dessa forma a lei atribui essa árdua tarefa aos juízes comuns.
- o empregado, comporta três exceções, a saber: quando o empregado for agente ou viajante comercial; quando o empregado brasileiro estiver trabalhando no estrangeiro e quando o empregador promove realização de atividade fora do lugar do contrato.
Conflitos em razão da competência
Os conflitos de competência poderão ocorrer entre Varas do Trabalho e Juízes Comuns incumbidos de jurisdição trabalhista. Nesses casos os conflitos serão resolvidos pelo Tribunal Regional do Trabalho da região. 
Quando o conflito é entre duas varas de trabalho da mesma região os conflitos serão solucionados pelo tribunal hierarquicamente superior, no caso em tela o Tribunal Regional do Trabalho será competente. 
Quando o conflito decorrer entre duas Varas do Trabalho de diferentes Regiões e entre Tribunais Regionais do Trabalho será competente o Tribunal Superior do Trabalho. Nas hipóteses de conflitos entre tribunais superiores ou entre estes e quaisquer tribunais a competência para sanar tal situação será do Supremo Tribunal Federal. No entanto, os conflitos de competência entre juiz do trabalho e juiz federal serão dirimidos pelo Superior Tribunal de Justiça. 
O Supremo Tribunal Federal se declarou competente para julgar conflitos de competência entre qualquer tribunal superior e magistrados que não estejam vinculados a ele. Como rol exemplificativo, há o conflito entre Tribunais Superiores do Trabalho e Juízes de Direito ou Juízes Federais. A Suprema Corte também será competente para resolver conflitos entre o Superior Tribunal de Justiça e o Tribunal Superior do Trabalho, por serem tribunais superiores 
Quanto aos conflitos entre Tribunais Regionais do Trabalho, Tribunais Regionais Federais ou Tribunais de Justiça, estes terão resolução pelo Superior Tribunal de Justiça. Contudo, os conflitos entre juízes de um mesmo tribunal serão solucionados por este, mediante o pleno ou órgão especial. 
Entende-se que não há existência de conflito entre Tribunal Regional do Trabalho e Vara do Trabalho; Tribunal Regional do Trabalho e Tribunal Superior do Trabalho, pois preexiste uma hierarquia entre esses órgãos, coexistindo o dever de subordinação. (Súmula 420 do Tribunal Superior do Trabalho).
Capacidade postulatória: intimamente relacionada à atuação do Advogado (art. 133 da CRFB/88), ou seja, somente o Advogado possui tal espécie de capacidade.
“Jus postulandi”: regra geral, o Advogado não é necessário na Justiça do Trabalho, já que o art. 791 da CLT, recepcionado pela CRFB/88, sustenta a existência do “jus postulandi”, ou seja, do direito das partes postularem em juízo, tanto reclamante quanto reclamado sem a presença de um advogado. Tal direito sofreu nítida restrição com a edição da SÚMULA Nº 425 DO TST, ao afirmar que: “O Jus postulandi” aplica-se nas varas de trabalho e nos Tribunais Regionais do Trabalho.. Ele NÃO se aplica se tratar de recursos (de competência) para o Tribunal Superior do Trabalho, ou nos casos de ação rescisória, ação cautelar e mandado de segurança no processo do trabalho”.NÃO É OBRIGATÓRIO ADVOGADO.
Assistência judiciária gratuita - lei nº 5584/70 No processo do trabalho, a Assistência Judiciária Gratuita é prestada peloSINDICATO ao trabalhador, independentemente de ser filiado ou não.
reclamante - autor (ofendido)
reclamado - réu 
Dos atos, termos e prazos processuais
O art. 770 da Consolidação das Leis Trabalhistas inicia o assunto dizendo que os atos processuais são públicos, salvo quando o interesse social permitir o contrário. Destaca-se que o conceito de "interesse social", embora subjetivo, pode ser ilustrado com o assédio sexual e moral, por exemplo. São situações que demandam a preservação das partes. 
O mesmo dispositivo diz, ainda, que os atos deverão ser praticados entre às 6 e às 20 horas, em dias úteis. Portanto, LEMBRE-SE: para a prática de ATOS PROCESSUAIS, SÁBADO É DIA ÚTIL. Lado outro, PARA A CONTAGEM DE PRAZOS, SÁBADO NÃO É CONSIDERADO DIA ÚTIL. 
O parágrafo único do art. 770 ressalva a hipótese de penhora em dia domingo ou feriado quando expressamente autorizado pelo juiz. O termo "expressamente" deve ser lembrado sempre! O servidor não poderá praticar a penhora em domingo ou dia feriado "de ofício". O juiz precisa tê-lo autorizado para tanto
Quanto à publicidade 
Regra: público;  
Exceção: segredo de justiça para preservar interesse social (CLT, art. 770) 
Quanto ao tempo 
ATOS
Regra: das 6h às 20h, em dias úteis, – só excluímos domingos e feriados; 
Não significa que a parte possa realizar atos nesse horário. 
Deve respeitar o horário de expediente. 
Sábado é considerado dia útil para atos processuais – pode-se fazer penhora por exemplo, mas não é incluído na contagem de prazo). 
Exceção penhora: domingos e feriados desde que devidamente autorizado; 
Audiência: 8h às 18h (máximo 5 horas seguidas), salvo atos urgentes; 
 Expediente forense: norma interna do TRT;  
Meio eletrônico: até às 24 horas (horário do município a que foi dirigida  
a petição); 
Os atos e termos (redução por escrito dos atos praticados no processo) poderão ser escritos à tinta, datilografados ou a carimbo (art. 771, CLT); 
A comunicação dos atos processuais consiste no meio pelo qual se dá conhecimento a alguém dos atos realizados no processo. 
Realizados entre juízos: 
Carta de ordem – quando há hierarquia; 
Carta precatória – de uma vara para outra, quando não há hierarquia; 
Carta rogatória – comunicação entre o judiciário brasileiro e estrangeiro. 
O novo CPC traz a Carta Arbitral. Realizado entre o juízo e outros. 
Edital: NÃO pode no rito sumaríssimo pois necessariamente deve apresentar o endereço correto do réu.
Prazos processuais
•  Peremptórios – prazos fatais, não podem ser alterados por vontade das partes;
•  Dilatórios – alterado por vontade das partes + antes do vencimento + que haja motivo legítimo;
•  Impróprios – não produz efeitos processuais. Como regra prazos dirigidos ao juiz;
•  Próprios – aquele que uma vez descumprido gera um efeito processual:
– Preclusão temporal – em decorrência de ter ultrapassado o lapso temporal, perde o direito de praticar o ato processual.
– Preclusão consumativa – usa o prazo. Ex: interpõe o recurso no segundo dia e percebe que esqueceu alguma coisa. Daí já não pode fazer mais nada.
– Preclusão lógica – impede que atos posteriores sejam incompatíveis com atos anteriores. Ex: desiste do recurso aceitando a decisão judicial. Depois não pode protocolar recurso.
•  Regra: prazo legal, a própria lei estabelece. Se não existir o juiz irá estabelecer;
•  Ausência: juiz define quando não há prazo legal;
•  Sem prazo legal, nem definição do juiz = 5 dias;
•  Prazo Procedimento Sumaríssimo – ciência laudo pericial (art. 852-H, par. 6º, CLT) – 5 dias para ambas as partes.
Interrupção
Recomeça a contagem com o prazo integral. 
Ex: embargos de declaração – interrompe o prazo dos recursos. Depois da intimação da decisão dos embargos o prazo será reiniciado.
Suspensão
Retoma a contagem de onde parou. 
Recesso (natureza jurídica de férias) e férias coletivas (Súmula. 262 do TST).
Requisitos exigidos para que o ato processual seja válido são: 
capacidade do sujeito; 
objeto lícito e possível; 
manifestação livre de vontade; 
forma prescrita ou não defesa em lei.
NULIDADE
 -vício ou defeito dos atos processuais. Para que ocorra um vício ou defeito dos atos processuais, algum requisito de validade desse ato processual, vai se perder.
Nulidade absoluta é imposta quando determinado ato fere norma fundamentada no interesse público, de ordem pública absoluta. As partes não tem o poder de dispor em relação a um interesse público e, se assim o fizerem, restará configurada a nulidade absoluta.
Desta forma, se o juiz não decretar esta nulidade de ofício, o processo estará viciado pela nulidade absoluta e, por isso, não poderá ser apreciado pelo juízo incompetente.
Nulidade relativa representa um vício sanável, posto que decorre da ofensa ao interesse da parte, isto é, quando a norma desrespeitada tiver por base o interesse da parte e não o público.
Por exemplo, não estando a parte devidamente representada, o juiz designará um prazo para que este vício seja sanado e, o sendo, o processo prosseguirá normalmente.
Principios aplicados a nulidade:
Princípio da Instrumentalidade artigos 188, 248 do CPC
– Princípio da legalidade
– Princípio da finalidade: estabelece que o importante é que o ato praticado atinja sua finalidade, permitindo, em alguns casos, por isso, que este seja validado mesmo diante da inobservância das formas. Por exemplo, se o réu não citado comparece na audiência para defesa, não comina a nulidade, pois o ato processual atingiu sua finalidade.
– Princípio da economia processual: desde que não resulte prejuízo às partes e que não seja expressamente previsto sua nulidade absoluta, deverão ser aproveitados no máximo os atos praticados, mesmo se provenientes da não-observância da forma legal.
– Princípio do aproveitamento da parte válida do ato: o processo deve ser anulado em parte, possibilitando que, sempre que possível, a parte válida do ato seja aproveitada, até mesmo por economia processual.
– Princípio do interesse de agir: a nulidade não se configurará se a parte não a requerer. (só em interesse particular e não em público)
– Princípio da causalidade: haverá a nulidade desde que configurada a causa e seu consequente efeito. Sendo assim, só poderão ser aproveitados os atos não afetados por esta causa.
– Princípio da lealdade processual: tem como base o artigo 77 do Código de Processo Civil, que prevê que as partes e seus procuradores devem proceder com lealdade e boa-fé no processo. Diante disso, entende-se que a nulidade deve ser arguida na primeira oportunidade que a parte tiver de falar nos autos, sob pena de preclusão.
– Princípio do prejuízo: prevê que não havendo prejuízo processual à parte, a nulidade poderá ser desconsiderada.
– Princípio da convalidação: conforme previsto no artigo 795 da CLT, "as nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as quais deverão argui-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos". Diante do exposto, resta claro que se as partes não a arguirem, tal nulidade deverá ser convalidada.
Classificação 
Irregularidades: vícios que têm leve deformação, podendo ser facilmente corrigidos
Atos inexistentes: não geram efeito. Exemplo: contestação sem assinar. Sentença sem assinatura do juiz. Nulidades: são os vícios com a deformidade grande, sendo necessária a interveniência, para que a nulidade seja sanada. 
Irregularidade sem consequência: pequenos erros materiais que podem ser sanados. Um equívoco na contestação, que não gere muita consequência. 
Irregularidades que geram sanção extraprocessual: Exemplo: demorando a proferir sentença. Pode-se buscar auxilio à Corregedoria de Justiça.
Saneamento dos vícios: 
Dependendo da extensão, o vício pode ser saneado das seguintes maneiras: 
1. Ignorado; 
2. Gerar sanção extraprocessual; 
3. Ser objeto de correção (pode ser corrigido); 
4. Invalidado
Princípios das Nulidades 
Princípio do Prejuízo ou da Transcendência
Princípio da Convalidação ou Preclusão
Princípio da Economia Processual (artigo 796, alínea “a” CLT)
Princípiodo Interesse (artigo 796. Alínea “b” CLT)
Princípio da Utilidade (artigo 798 CLT)
Princípios da PROVA
princípio da necessidade da prova
princípio da unidade da prova
lealdade ou probidade da prova
igualdade de oportunidade de prova
princípio da legalidade
princípio da imediação
princípio da obrigatoriedade de prova
As defesas processuais se subdividem em peremptórias e dilatórias: 
São peremptórias as que, uma vez acolhidas, levam o processo à extinção, como a de inépcia da inicial, ilegitimidade de parte, litispendência, coisa julgada, perempção, etc. Aqui o vício processual é tão profundo que o inutiliza como instrumento válido para obter a prestação jurisdicional. 
São dilatórias as defesas processuais que, mesmo quando acolhidas, não provocam a extinção do processo, mas apenas causam ampliação ou dilação do curso do procedimento.
	
Testemunhas: art. 228, CC
Parágrafo único. Para a prova de fatos que só elas conheçam, pode o juiz admitir o depoimento das pessoas a que se refere este artigo.
Contradita 
As testemunhas impedidas ou suspeitas devem ser contraditadas até antes do início do depoimento na audiência. Se a testemunha nega os fatos que lhe são imputados na contradita, a parte pode prová-los por meio de documentos ou testemunhas, até três. Admitida a contradita, a testemunha é dispensada e substituída.
Jurisdição: para o Direito a jurisdição é una e indivisível, entretanto esse poder decisório que o magistrado tem deve ser repartido em competências para maior agilidade e funcionamento do Judiciário Brasileiro
- Competência é parte da jurisdição que é conferida ao juiz pela Carta Magna ou mediante lei, afim de que sejam dirimidas controvérsias em casos concretos
Art. 112 da CF – redação nova EC 45/2004 dispõe que a “lei criará varas da justiça do trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho

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