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Uso de alimentos ricos em lipídeos para alimentação de bovinos de corte

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USO DE ALIMENTOS RICOS EM LIPÍDEOS PARA 
ALIMENTAÇÃO DE BOVINOS DE CORTE: 
RECOMENDAÇÕES DE USO, LI MITAÇÕES E 
IMPACTOS NA QUALIDADE DA CARNE 
 
Sergio Raposo de Medeiros1 e Tiago Zanett Albertini2
1 Pesquisador A - Embrapa Gado de Corte; sergio@cnpgc.embrapa.br 
2 Pos-doc PNPD/CNPq - Embrapa Gado de Corte; tiagoza@cnptia.embrapa.br 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Nenhum nutriente de bovinos de corte tem tantas implicações 
como a gordura. Ele interfere desde a mistura de ingredientes da 
dieta até o tempo de prateleira da carne. Entre esses dois extremos, 
ela modifica a fermentação ruminal, influi no aproveitamento de 
energia da dieta, afeta o metabolismo intermediário, altera a 
composição nutricional da carne e, até, interfere no número de 
acidentes nos frigoríficos. O objetivo deste texto é trazer informações 
multifacetadas sobre o uso desse fascinante nutriente para 
possibilitar o entendimento de suas restrições e potencialidades e, 
assim, permitir o melhor uso possível de qualquer que seja o 
ingrediente rico em lipídeos. 
 
IMPLICAÇÕES NO USO DA GORDURA NA ALIMENTAÇÃO DE 
BOVINOS 
 
Implicações no Manejo da Alimentação de Bovinos 
 
Alimentos ricos em lipídeos, representados por grãos de 
oleaginosas e seus óleos, apresentam vantagens e desafios desde a 
operacionalização de seu fornecimento aos animais. Quando usados 
como óleo, tem a vantagem de reduzirem o fino das rações (pó), 
que, além do desconforto do animal ao consumir pode levá-lo a ter 
problemas respiratórios.Por outro lado, há o desafio de obter uma 
mistura homogênea desse óleo com os demais ingredientes. 
Aquecer o óleo e ir dosando aos demais ingredientes já misturados 
ou em processo de mistura melhora o processo. O aquecimento 
- VIII Simpósio de Produção de Gado de Corte 
 
238 
deve ser brando (temperaturas inferiores à 50º C), pois o calor 
excessivo pode gerar a produção de peróxidos (CHRISTIE, 1981), 
especialmente os ácidos graxos poli-insaturados (AGPI). Se, em vez 
de óleo, a própria semente da oleaginosa é utilizada, a facilidade na 
mistura depende de cada ingrediente. O grão de soja moído, por 
exemplo, é adequado para misturar com os demais ingredientes, 
apenas devendo evitar misturar com ureia por conta da urease 
provocar a liberação de amônia que, além de ser uma perda, reduz a 
palatabilidade da mistura. Já o caroço de algodão não se presta a 
moer, pois, ocorre seu emplastramento, sendo comum colocá-lo 
como um ingrediente à parte ao concentrado e pré-misturando 
ambos antes de juntá-los ao volumoso. 
Outro desafio no uso de ingredientes ricos em gordura é a 
menor estabilidade da mistura, pois a oxidação das gorduras 
(rancificação) reduz o tempo de estocagem. Há alguma preocupação 
com a ingestão dos radicais livres formados no processo (FERRARI, 
1998), mas o grande problema com alimentos rancificados é sua 
baixa palatabilidade e consequente menor consumo. O uso de 
antioxidantes ajuda a retardar esse processo e aumentar a vida de 
prateleira do produto. Algum dos produtos utilizados pela indústria 
são o Butilhidroxianisol (BHA, máximo 200mg/kg), o 
Butilhidroxitolueno (BHT, máximo 100mg/kg). Podem ser usadas 
vitaminas lipossolúveis, também, especialmente a Vitamina E. A 
estocagem em local coberto e ventilado ajuda na conservação, pois 
luz e calor interferem na peroxidação. 
 
Implicações Ruminais 
 
Gordura e Rúmen 
 
 Os caminhos evolucionários que moldaram os ruminantes 
foram baseados em consumo de forragens, cujos teores de gordura 
médios ficam, em geral, abaixo de 30 g/kg de MS (VAN SOEST, 
1994). Portanto, não surpreende a dificuldade que o ecossistema 
ruminal tem em lidar com altos teores de gordura. Os ácidos graxos, 
principais componentes das gorduras, são tóxicos para os 
microrganismos ruminais, sendo particularmente negativos para 
 IV Simpósio Internacional de Produção de Gado de Corte - 
 
239 
bactérias gram positivas, metanogênicas e protozoários 
(PALMQUIST e MATTOS, 2006). A degradação da fibra costuma ser 
prejudicada e acreditava-se que o principal efeito seria por 
recobrimento das partículas de alimento que dificultaria a 
colonização pelas bactérias celulolíticas. Todavia, a toxicidade dos 
ácidos graxos aos microrganismos ruminais, particularmente as 
celulolítica se o fator principal (HENDERSON, 1973; MACZULAK et 
al., 1981). Quando o excesso de ácidos graxos no rúmen é grande, 
ocorre redução na ingestão de MS (IMS) total do animal (URANO et 
al., 2006; SOUZA et al., 2009; JORGE et al., 2009). Em dietas com 
maior relação volumoso:concentrado, pode ocorrer redução da taxa 
de passagem pela mais lenta redução do tamanho das partículas de 
fibra. Já em dietas ricas em concentrado, a explicação mais lógica 
para menor IMS recai sobre o controle quimiostático de mecanismos 
regulatórios de consumo, com efeito da maior quantidade de ácidos 
graxos na corrente sanguínea reprimindo no sistema nervoso central 
o desejo de ingestão. Nesta sinalização, a capacidade limitada de 
ruminantes em oxidar ácidos graxos tem importante papel. Seja qual 
for a razão da redução de IMS, o maior tempo de permanência no 
trato digestivo pode compensar a menor taxa de digestão ruminal 
(que ocorre especialmente na fração fibrosa) com o efeito final sendo 
um aumento na digestibilidade da dieta. Essa pode ser uma das 
explicações para melhoria da eficiência alimentar com uso de dietas 
ricas em gordura. 
 
AGPI, Rúmen e Biohidrogenação 
 
Em sua evolução, o ruminante teve que criar estratégias para 
lidar com uma parcela dos ácidos graxos que é especialmente tóxica 
e que pode ocorrer em quantidades apreciáveis nas forragens:ácidos 
graxos monoinsaturados (AGMI) e poli-insaturados (AGPI). Além 
disso, quanto mais insaturada a gordura, mais tóxica ela é para os 
microrganismos ruminais (MACZULAK et al., 1981) devido a maior 
solubilidade dos AGPI (PALMQUIST e MATTOS, 2006). Como forma 
de defesa à toxidez, o rúmen tem microrganismos muito 
competentes em produzir enzimas extracelulares que colocam 
átomos de H nas duplas ligações tornando-as simples (saturadas), 
- VIII Simpósio de Produção de Gado de Corte 
 
240 
processo chamado de biohidrogenação. A biohidrogenação é 
extensa e, em geral, apenas 10-35% dos ácidos graxos insaturados 
escapam da biohidrogenação (PALMQUIST, 1988). Assim, apesar 
do ácido linoleico (18:2) e linolênico (18:3) serem os principais AGPI 
na dieta de ruminantes, a biohidrogenação faz com que o principal 
ácido graxo que saia do rúmen seja o esteárico (C18:0) (WOODS e 
FEARON, 2009). Esse é o motivo pelo qual a gordura da carne do 
ruminante é mais saturada do que a do monogástrico (Figura 1). 
 
2,21
51,14
17,46
20,46
6,19
41,3
52,31
10,25
3,9
0
10
20
30
40
50
60
Dieta Digesta Marmoreio
Te
or
 (%
) C 18:0
C 18:1
C 18:2
 
Figura 1 - Teores dos ácidos graxos em três situações: antes da 
ingestão, no duodeno (digesta) e o marmoreio resultante 
(Duckett, 2000). 
 
Uma maneira de tentar fazer os ácidos graxos serem menos 
expostos à biohidrogenação no rúmen seria através da própria 
proteção pela planta (ou parte da planta) que os contêm 
(PALMQUIST, 1988; CHILLIARD et al., 2001). Ainda outra estratégia 
para reduzir a biohidogenação é o aumento na concentração de 
ácidos graxos na dieta (BEAM et al., 2000). O uso de ionóforos e a 
redução do pH ruminal também reduzem a biohidrogenação 
(DEMEYER & DOREAU, 1999). 
 IV Simpósio Internacional de Produção de Gado de Corte - 
 
241 
 
Gordura no Rúmen e Produção de Metano 
 
Conforme já comentado, as bactérias metanogênicas também 
são mais sensíveis aos ácidos graxos, o que abre a possibilidade de 
usar a suplementação com gordura para obtenção de uma 
fermentação ruminal mais eficiente, com maior produção de ácido 
propiônico e consequente maior retenção de carbono (CLARY et al., 
1993; LANA & FOX, 2001). Já HESS et al. (2008) alertam que em 
dietas em que o óleo de soja suplementar a dieta em 30 g/kg de MS, 
a redução da relação acetato:propionato estaria maisrelacionada ao 
milho presente na dieta do que ao próprio óleo em si, havendo 
também contribuição da fermentação do glicerol que resulta em 
produção de propionato. Há, portanto, um confundimento de efeitos 
difíceis de serem isolados.TEDESCHI et al. (2003) comentam que a 
suplementação com gordura pode alterar a resposta ao ionóforo, 
pois seus modos de ação se sobrepõe, mas que, por outro lado, o 
efeito do ionóforo em reduzir a lipólise dos triglicerídeos no rúmen 
poderia ser benéfico ao animal, pois menos ácidos graxos não 
esterificados haveriam no rúmen. 
Apesar do grande interesse em se reduzir a emissão de 
metano com a suplementação de gordura, ainda há um grande 
confundimento de quanto o efeito é por alteração qualitativa da 
fermentação ruminal (rotas metabólicas alternativas mais eficientes 
como discutido acima) ou, além disso, por um efeito decorrente da 
menor atividade fermentativa, que pode reduzir o desempenho. 
BEAUCHEMIN et al, (2008), agregando o resultado de trabalhos com 
inclusão de gordura de várias fontes em diversas situações, 
estimaram que o metano (g CH4/kg IMS) seria reduzido em 5,6% 
para cada 1% de adição de gordura a mais na dieta (1% = 10 g de 
gordura suplementar/kg de MS, Figura 2). 
Esses autores, além de determinarem que a gordura 
suplementar explicava 67% da redução de metano em relação aos 
tratamentos controle, fizeram observações interessantes: 
 
 
 
 
d di i d ( )
- VIII Simpósio de Produção de Gado de Corte 
 
242 
 
Girassol, semente 
Linhaça, grão 
Côco, óleo 
Soja, óleo 
Peixe/Girassol, 
Canola, semente 
Soja, semente 
Caroço de algodão 
Caroço de algodão/Canola semente 
Canola,óleo 
Girassol, óleo 
Peixe/LInhaça, 
Ácido mirístico puro 
Farelo de Côco 
%
 R
ed
uç
ão
 M
et
an
o/
IM
S 
Figura 2 - Efeito da gordura adicional na redução de emissão de 
metano por quilograma de MS ingerida em relação ao 
controle sem suplementação de gordura (Beauchemin et 
al., 2011). 
Gordura Adicionada (%MS) 
 
(i) a variação entre as diversas fontes foi muito grande, 
chegando a reduções de até 63,8% com 70 g gordura/kg MS óleo de 
coco a mais na dieta; (ii) óleos contendo altos teores de ácidos 
graxos de cadeia média (AGCM) (C12:0 e C14:0), como o óleo de 
coco e o óleo de palma são os que mais reduzem o metano, mas 
tem pouco apelo comercial por serem caros e (iii) os ácidos graxos 
de cadeia longa (AGCL) provenientes de algumas fontes de grãos de 
oleaginosas que não são extensamente mastigadas (linhaça, por 
exemplo), precisam ser mecanicamente processadas para que 
 IV Simpósio Internacional de Produção de Gado de Corte - 
 
243 
exerçam o efeito redutor de emissão e (iv) parte da redução ocorre 
por degradação da fibra e parte por redução de IMS. Conforme já 
comentado, se essa redução de IMS for grande, pode resultar em 
pior desempenho. Nesse caso, apesar de ocorrer a redução da 
emissão de metano, o resultado pode não ser vantajoso, uma vez 
que a produção de metano por quilograma de carne pode menor ao 
tratamento sem a gordura suplementar. BERCHIELLI et al. (2011), 
por exemplo, concluíram que soja grão e óleo de linhaça produziram 
menores valores de produção de metano por quilograma de carcaça 
de bovinos da raça Nelore (menos 15% e 20%, respectivamente) em 
relação a uma dieta controle sem adição de gordura suplementar ou 
dietas com óleo de palma ou gordura protegida. Todavia, o ganho de 
peso do tratamento com óleo de linhaça (0,79 kg/cab.dia) foi 
significativamente inferior ao controle e ao de gordura protegida (1, 
15 e 1,03 kg/cab.dia) 
 
Implicações Metabólicas 
 
Um dos aspectos mais interessantes do uso da gordura é o 
aumento da eficiência alimentar decorrente da inclusão deste 
nutriente. Há basicamente dois motivos para o aumento da 
eficiência: (i) ácidos graxos pré-formados dispensam síntese de novo 
a partir do acetato, evitando parte do incremento calórico associado 
à esta rota metabólica (economia no anabolismo) e (ii) a geração de 
energia por oxidação de AGCL é cerca de 10% mais eficiente que a 
oxidação de acetato (economia no catabolismo). A gordura no animal 
foi vista por muito tempo apenas como fonte de energia e insulante 
corporal, mas, a essencialidade de alguns ácidos graxos levou a 
descoberta deles serem importantes precursores de compostos 
reguladores do metabolismo como as prostaglandinas, tromboxanas 
e leucotrientos, conhecidos como eicosanóides (PALMQUIST & 
MATTOS, 2006).Também foi reconhecida importante ação de ácidos 
graxos individualmente na lipogênese (GRIINARI et al., 1998) já com 
trabalhos realizados no Brasil (GAMA et al., 2008; MEDEIROS et al., 
2010). Ainda mais surpreendente foi a descoberta que o tecido 
adiposo era o produtor de um importante hormônio com efeitos 
drásticos em consumo e uma série de outros importantes efeitos, a 
- VIII Simpósio de Produção de Gado de Corte 
 
244 
Leptina (JI et al., 1998). A leptina é um pequeno hormônio proteico 
(16 kDa) secretado pelo tecido adiposo branco que regula a ingestão 
de matéria seca (IMS), o dispêndio energético, a homeostase do 
peso corporal e, consequentemente influencia a deposição de 
gordura em animais e humanos (HOUSEKNECHT et al., 1998)
 Entre os efeitos metabólicos que os ácidos graxos podem 
influenciar um dos mais bem documentados são as melhorias na 
reprodução animal. A quantidade que parece fazer diferença seria 
algo em torno de 400 g por vaca por dia e identificou-se que fontes 
de gordura vegetal dão melhores resultados que fontes de gordura 
animal. Isto está ligado a maior proporção de AGPI (particularmente 
ácido linoleico) das fontes vegetais. Uma das explicações 
metabólicas para isso é que a Prostaglandina F2α, quando não 
bloqueada pelo embrião, resulta em morte embrionária. A enzima 
responsável por esse bloqueio é a Ciclooxygenase-2 (COX-2), cuja 
enzima limitante para sua produção é regulada por AGPI (18:2, EPA 
= 20:5, DHA = 22:6, CLA) (STAPLES et al, 1998; MATTOS et al., 
2002 ). Portanto, teores baixos desses ácidos graxos podem 
predispor a morte embrionária. No Brasil-Central, onde temos 
estacionalidade pronunciada e devemos ter menor ingestão de 
AGPI, por conta das forrageiras tropicais terem um perfil de ácidos 
graxos mais saturados (O’KELLY e REICH; 1976), pode-se esperar 
resultados na exploração desta técnica. HESS et al. (2008) 
comentam situações em que excesso de suplementação fez com 
que as novilhas engordassem demais e resultados negativos fossem 
observados. Eles sugerem a suplementação de gordura para 
novilhas de 90 a 60 dias antes da estação de monta, porque as 
concentrações de colesterol aumentada pela suplementação 
atingiram seu plateau entre essas datas. Uma estudo contendo uma 
meta análise de cinco estudos envolvendo a suplementação de CLA 
no inicio da lactação demonstra a melhoria no desempenho 
reprodutivo (DE VETH et al. 2009). Interessantemente, as melhorias 
na reprodução foram relacionadas a dose do CLA t10, c12, mas não 
a melhoria no balanço energético, o que sugere que o efeito do CLA 
seria independente do balanço de energia. Resultados positivos na 
reprodução também foram obtidos com vacas de leite em pastagem 
por MEDEIROS et al (2010). 
 IV Simpósio Internacional de Produção de Gado de Corte - 
 
245 
Implicações na Qualidade da Carne 
 
Dietas com Gordura e Qualidade da Carcaça 
 
 Dietas ricas em gordura podem ter efeitos na qualidade da 
carne por vários motivos. O primeiro deles, seria decorrente do efeito 
da gordura na terminação da carcaça, usualmente medida pela 
espessura de gordura subcutânea (EGS) na altura da 13ª costela. A 
EGS é importante por reduzir a chance de resfriamento rápido da 
carcaça que causa o encurtamento das fibras da carne, 
comprometendo fortemente a maciez (FELÍCIO, 1997). O valor 
mínimo de 3 mm é recorrente em programas de qualidade de carne, 
como no caso do programa do Novilho Precoce de Mato Grosso do 
Sul. Também há uma forte relação entre EGS e os mercados 
internacionais que melhorremuneram a carne. Com relação a isso, 
não se trata da carcaça em si, mas que há uma remuneração maior 
do mercado para carnes com maiores teores de gordura 
marmorizada (LANNA e ALMEIDA, 2005) e, quanto mais intensa a 
terminação, maior o marmoreio (SCOLAN et al., 2006, SMITH et al., 
2009).É curioso observar que alguns confinadores vem sendo 
orientados a fornecer gordura, principalmente como gordura 
protegida para aumentar a espessura de gordura subcutânea, sem 
qualquer suporte dos resultados obtidos na literatura, que mostram 
haver pouco efeito da inclusão de gordura na dieta na terminação da 
carcaça. O efeito da gordura tem sido indireto: em dietas com 
gordura acima do limite ruminal, que reduzem o consumo de energia 
e resultam em ganhos menores, a EGS da carcaça é menor, 
ocorrendo o oposto, quando a energia da gordura aumenta o ganho. 
Esse é o motivo para o menor teor de gordura de animais criados em 
pastagens. WARREM et al (2008), por exemplo, observaram maior 
teor de gordura na carcaça comparando dieta com silagem de 
gramínea do que dietas com concentrado porque a oferta destes foi 
restrita de forma a resultar em mesmo ganho. Portanto, não é 
necessariamente o tipo de dieta que causa a maior deposição de 
gordura, mas a taxa de ganho (SCHOONMAKER et al.; 2004). 
Maiores taxas de ganho resultam em aumento na taxa de deposição 
- VIII Simpósio de Produção de Gado de Corte 
 
246 
de gordura quando se ultrapassa a capacidade de deposição de 
proteína muscular (OWENS et al. 1993, REEDS e MERSMANN, 1991). 
 
Dietas com Gordura e Marmoreio 
 
 Outro aspecto fundamental para qualidade da carne é a 
quantidade de gordura intramuscular da carne que se deposita 
particularmente na terminação dos animais, por uma manutenção de 
síntese de gordura e declínio no crescimento muscular (SCOLAN et 
al. 2006). Sua valorização está relacionada, principalmente, a dois 
aspectos: maciez e sabor. No caso da maciez, a gordura tem efeito 
direto modesto (SCOLLAN et al. 2006), especialmente quando 
medida fisicamente (Warner-Bratzler, por exemplo), mas, como ela 
aumenta a sensação de maciez por sua ação lubrificante, é melhor 
identificada pelos painéis sensoriais. Na questão do sabor, por sua 
vez, a importância se dá principalmente em função de que os 
compostos que dão flavor (aroma + sabor) solubilizam-se na gordura 
e pela própria participação dos ácidos graxos, inclusive pós-cocção 
quando resultam em vários compostos que alteram a palatabilidade 
da carne (CALKINS e HODGE, 2007). 
Uma hipótese que a inclusão da gordura na dieta poderia 
atrapalhar o marmoreio é que a maximização da energia para ganho 
como carboidrato (glucose, particularmente) aumentaria a deposição 
de gordura. Isso ocorreria por ação de hormônios (especialmente a 
insulina) que estimulariam a lipogênese e/ou a preferência dos 
adipócitos responsáveis pelo marmoreio pelos carbonos de 
carboidratos, em contraste com os adipócitos da carcaça (SCOLLAN 
et al. 2006). Os resultados de GUNN et al. (2009), que observaram 
maior marmoreio nas dietas com maior ganho quando estudavam 
dietas com diferentes proporções de DDGS (Dried distillers grains 
with solubles) e dietas com alta proteína (21-22% na MS) ou alta 
gordura (9% da MS), poderiam indicar o efeito do carboidrato, mas 
na verdade houve efeito do ganho na marmorização, pois as dietas 
com altos teores de gordura e proteína tinham níveis nutricionais 
problemáticos em termos de fermentação ruminal e custos de 
excreção de proteína, respectivamente. Assim, de forma geral, dietas 
com elevada porcentagem de gordura que resultem em ganhos 
 IV Simpósio Internacional de Produção de Gado de Corte - 
 
247 
equivalentes às dietas convencionais parecem não ter grande influência 
no marmoreio (RULE & BEITZ, 1986; ANDRAE et al., 2001) 
 
Dietas com Gordura ePerfil de Ácidos Graxos 
 
O ponto em que a suplementação com gordura mais pode 
influenciar na qualidade da carne, sem dúvida, é o perfil de ácidos 
graxos. Uma elevada ingestão de ácidos graxos insaturados pode 
exceder a capacidade dos microrganismos do rúmen em 
biohidrogenar, o que aumenta a absorção intestinal de ácidos graxos 
insaturados (RULE & BEITZ, 1986). A mera adição de grandes 
quantidades de ácidos graxos na dieta não garante a alteração do 
perfil lipídico produzido, como relatado por HUERTA-LEIDENZ et 
al.(1991) que usaram altas porcentagens de caroço de algodão (15 e 
30% da MS da dieta) obtendo apenas discretas alterações na 
composição de gordura perirenal e subcutânea. Um dos motivos 
seria a presença de ácidos graxos ciclopropenos, que inibem a ação 
das dessaturases e, portanto, aumentariam a saturação dos ácidos 
graxos (KELLY et al., 2001), o que ilustra bem que a alteração do 
perfil lipídico tem particularidades dependendo de cada fonte de 
gordura. Outro motivo de não ter alterado o perfil de ácidos graxos é 
a extensa biohidrogenação dos ácidos graxos do caroço que, uma 
vez protegidos com caseína (GULATI et al.; 1996) e variando de 3,5 
a 7,5% da MS da dieta, aumentaram em 5 a 8 vezes no valor de 18:2 
na gordura perirenal, omental e subcutânea de animais britânicos. 
CHANG et al. (1992), também usando semente de girassol 
(9,57% da MS), observaram aumento de oleico (18:1), mirístico 
(14:0) e esteárico (18:0) na gordura da base da cauda de animais. 
Além de sementes de oleaginosas, milho de alto teor de óleo (7% de 
gordura na MS) também podem ser usados para mudar o perfil 
lipídico e, assim, ANDRAE et al. (2001), substituindo milho 
convencional, obtiveram aumento de linoleico (18:2), araquidônico 
(20:4) e AGPI, com redução nos ácidos graxos saturados no 
Longissimus dorsi. A gordura de marmoreio pode ser mais difícil de 
ser alterada, como em trabalhos com 14% de sementes de soja 
extrusada que não causaram alteração na composição da gordura 
de marmoreio, apesar de causarem aumentos de ácido linoleico 
- VIII Simpósio de Produção de Gado de Corte 
 
248 
(18:2) e α-linolênico (18:3 n-3, ALC) de mais de 24% na gordura 
subcutânea (RULE & BEITZ, 1986; ANDRAE et al., 2001). O perfil 
lipídico alterado por quantidades crescentes de soja extrusada pode 
ser visualizado na Tabela 1. 
 
Tabela 1 - Concentração de ácidos graxos na carne de bovinos 
alimentados com soja extrusada: baixa soja (2,7% EE na 
MS) e alta soja (5,6% EE na MS) 
 
mg/g de gordura Controle baixa soja alta soja 
C18:0 141,3 b 155,2 a 165,2 a 
C18:1 c9 392,8 a 385,2 ab 377,5 b 
C18:1 t10 8,5 b 11,7 a 12 a 
C18:1 t11 13,3 b 14,2 b 17,1 a 
C18:2 c9,c12 16,1 b 16,7 ab 19,1 a 
C18:3 c9,c12,c15 2,1 c 2,3 b 2,8 a 
C18:2 c9,t11 (CLA) 6,6 b 6,9 b 7,7 a 
Fonte: Madron et al (2004) citados por Ladeira e Oliveira(2006). 
 Dentro da mesma linha médias acompanhadas por letras minúsculas diferem 
 (P<0,05). 
 
O uso de óleos vegetais na dieta de ruminantes é bem menos 
comum do que o uso de sementes de oleaginosas pelas dificuldades 
operacionais, preço e por serem mais desafiadoras ao ambiente 
ruminal como já comentado. Todavia, exatamente por 
proporcionarem maior disponibilidade dos ácidos graxos no rúmen, 
podem resultar em maiores alterações lipídicas. OLIVEIRA et al. 
(2008) demonstraram bem isso na terminação de novilhos bubalinos, 
pois não obtiveram aumento de ácido linoleico conjugado (18:2 c9, 
t11, CLA) com 13% de grão de soja em relação ao controle (~ 2 mg 
CLA/g gordura), mas obtiveram 4,6 mg CLA/g gordura com o uso de 
2,5% de óleo de soja, aporte equivalente ao proporcionado pelo 
grão. Neste mesmo trabalho, apenas com o aumento da 
disponibilidade dos ácidos graxos no rúmen (por ser como óleo) 
houve redução de palmítico (16:0) e esteárico (18:0; ~25 para 23 
g/100 g gordura). Já o aumento de gordura, independente do tipo de 
 IV Simpósio Internacional de Produção de Gado de Corte - 
 
249 
oferta (grão vs. óleo), aumentou a quantidade de vacênico (18:1 t11; 
~0,7 para 0,9). O uso do óleo aumenta a relação AGI/AGS, 
especialmente pela redução do 16:0 e do 18:0. Os AGPI têm uma 
maiorcapacidade para inibir a síntese de novo de lipídeos do que os 
AGS. Portanto, além do efeito de reduzir ácidos graxos de maneira 
relativa, quando se aumenta oferta de AGPI, pode ocorrer também 
uma redução na síntese de AGS de cadeia curta e média, o que é 
positivo em termos de perfil de ácidos graxos uma vez que o láurico 
(12:0) e o mirístico (14:0) são os principais ácidos graxos 
hipercolesterolêmicos. 
SCOLLAN et al. (2001) utilizaram óleo de linhaça na 
alimentação de bovinos, suplemento rico em ácido α-linolênico, 
resultando em um aumento de 100% na concentração deste no 
músculo bovino. O óleo de linhaça tem se mostrado o alimento mais 
interessante para alterar o perfil lipídico da carne, mas seu uso 
esbarra no seu elevadíssimo custo quando comparado às demais 
fontes. 
 
Perfil de Ácidos Graxos e Sabor 
 
Ácidos graxos individualmente podem interferir com o sabor 
da carne. Foi detectada correlação positiva entre sabor favorável os 
seguintes ácidos graxos: miristoleico (14:1); palmítico (16:1); 
esteárico (18:0); oleico (18:1 c9); linoleico (18:2 c9,c12) e linolênico 
(18:3 c9,c12,c15) (Davis e Backus, 1982 citado por CALKINS e 
HODGEN, 2007). Forante o 14:1 e o 18:0, o aumento no teor dos 
demais está em linha com um perfil de ácidos graxos mais saudável. 
O teor de oleico (18:1 c9) foi positivamente relacionado com 
qualidade sensorial da carne em vários trabalhos (WESTERLING & 
HERDRICK, 1979; DRYDEN & MARCHELLO, 1970; MELTON et al., 
1982). Isto poderia ser por um efeito indireto: HAUSMAN et al.(2009) 
afirmam que, em parte, o melhor sabor pode estar ligado ao oleico 
(18:1 c9) conferir menor rigidez da gordura em função do seu menor 
ponto de fusão, o que faria a gordura mais solubilizável e, portanto, 
mais fácil de ser sentida pelas nossas estruturas gustativas. Todavia, 
ter mais AGPI, não resulta necessariamente em melhorias no sabor, 
como observado por ANDRAE et al. (2001). Neste trabalho,apesar 
- VIII Simpósio de Produção de Gado de Corte 
 
250 
do Longissimus dorsi produzido com milho de alto teor de óleo ter 
significativamente mais AGPI que o controle (4,7% vs. 5,7%), não 
houve diferença no sabor pelas notas de um painel sensorial. 
 
Estabilidade da Carne com Perfil mais Insaturado 
 
O aumento de AGPI predispõe a rancificação da carne. 
(RULE et al., 1995; NURNBERG et al., 1998; CALKINS e HODGE, 
2007), pois eles são mais susceptíveis à oxidação, sendo por vezes 
negativamente correlacionados com notas de flavor dadas em 
painéis sensoriais (DUCKETT et al., 1993; CALKINS e HODGE, 
2007). O linolênico (18:3) seria duas vezes mais susceptível à 
oxidação do que o linoleico (18:2) (SHAIDI, 1992 citado por YANG et 
al., 2002). MANDELL et al. (1997) observaram que o aumento de 
AGPI contribuiu para menor vida de prateleira e problemas de flavor 
típicos daqueles encontrados em animais com dieta à base de 
forragem. A inclusão de Vitamina E na dieta é uma das maneiras de 
tentar reduzir o problema. JUAREZ et al. (2012) usando vários 
tratamentos nutricionais (controle, alto teor de vitamina E, 10% linho 
moído ou alto teor de vitamina E e 10% linho moído) encontraram 
que, enquanto os tratamentos não tiveram efeito na composição da 
carne ou sua maciez, o aumento na ocorrência de produtos de 
oxidação foram menores na carne de novilhos suplementados com 
vitamina E os valores mais elevado ocorreram na carne de novilhos 
suplementados com a linhaça, rica em 18:3. Os dados de 
composição em ácidos graxos, em geral, é obtida do tecido in natura, 
levantando dúvidas quanto ao que efetivamente o consumidor iria 
ingerir após o preparo que envolve altas temperaturas. Neste 
sentido, o trabalho de ALAFAIA et al (2010) confirma a boa 
estabilidade do AGPI da carne após processamentos térmicos. 
 
 IV Simpósio Internacional de Produção de Gado de Corte - 
 
251 
LIMITES NO USO DE LIPÍDEOS EM DIETAS DE BOVINOS DE 
CORTE E RECOMENDAÇÕES DE USO DE ALIMENTOS RICOS 
EM GORDURA 
 
 A recomendação usual, como limite crítico a partir do qual piores 
resultados são obtidos, fica entre 50 a 60 g de gordura/kg de MS (5 a 
6% da MS). Quanto se ultrapassa esse nível crítico efeitos negativos 
em eficiência alimentar, desempenho e atributos de carcaça, podem 
ocorrer (ZINN & PLASCÊNCIA, 1993; HUERTA-LEIDENZ et al., 1991; 
GUNN et al., 2009). Em uma interessante revisão com suplementação 
em pastagem e confinada, HESS et al. (2008) sugerem inclusão de 
menos de 30 g/kg de MS da dieta de gordura suplementar para 
maximizar o uso de dietas baseadas em forragem. Considerando a 
dieta basal com valores próximos a 30 g/kg de MS, isso equivaleria a 
manter a dieta com 3 a 6% da MS como gordura. O outro extremo seria 
a recomendação de uso de 80 a 100 g/kg de MS em locais de elevado 
estresse calórico, onde o consumo é comprometido pelo calor e, assim, 
esse aporte permite aumento de consumo de energia (além da 
vantagem do menor incremento calórico da gordura). 
O valor crítico de inclusão de gordura não leva em consideração 
a fonte de gordura, nem a sua forma de apresentação, sendo que 
ambas influem neste efeito. Assim, grãos de oleaginosas têm perfil 
altamente insaturado, mais deletério (PALMQUIST & JENKINS, 1980), 
que é um pouco aliviado pelo fornecimento dos grãos inteiros, uma vez 
que o óleo fica inicialmente isolado do ambiente ruminal e tem sua 
liberação mais lenta no tempo (CHILLIARD et al., 2001). Todavia, 
mesmo a gordura ingerida dentro dos grãos costuma ser extensamente 
biohidrogenada (PALMIQUIST, 1988; ZINN e PLASCENCIA, 1993; 
CHILLIARD et al., 2001). 
Há trabalhos com valores bem acima dos limites sugeridos, sem 
grandes problemas. Assim, apesar do fornecimento como óleo 
costumar ser mais danoso ao ambiente ruminal, há trabalhos como o 
de BEAULIEU et al. (2002) em que novilhas Angus x Wagyu receberam 
dietas com 0% ou 5% de óleo de soja e apesar da dieta com o óleo de 
soja ter 10,7% de gordura na MS, a ingestão foi a mesma. Um dos 
fatores que parece ser muito importante para explicar resultados que 
contrariam os limites usuais é a relação volumoso:concentrado. 
- VIII Simpósio de Produção de Gado de Corte 
 
252 
JORDAN et al (2006) observaram que, em suas dietas 
experimentais com relação volumoso:concentrado (V:C) de 10:90, 
apesar de altos níveis de inclusão de gordura suplementar, a redução 
de ingestão não foi tão grande quanto em outros trabalhos com relação 
V:C maiores, o que faz sentido ao se focar o efeito da menos IMS na 
redução da digestibilidade da fibra. Outro aspecto interessante, é que 
em dietas com maiores teores de concentrado a menor taxa de 
biohidrogenação faz aumentar o fluxo ruminal de AGI, cuja absorção 
intestinal é maior, o que faz com que haja aumento do teor de energia 
metabolizável (PLASCENCIA et al, 2003). Ainda com relação à relação 
V:C na dieta, quando ela é alta o efeito dos lipídeos da dieta é menos 
negativo, pois a interação dos ácidos graxos com as regiões 
hidrofóbicas das partículas de alimento reduzem sua toxicidade 
(PALMQUIST e MATTOS, 2006). 
A composição lipídica basal da dieta também pode influir. No 
caso dos países tropicais, por exemplo, seria lógico esperar uma maior 
margem de segurança, uma vez que as forragens tropicais seriam 
menos insaturadas (O’KELLY & REICH, 1976), permitindo, assim, 
maiores níveis de inclusão dos nutrientes ricos em gordura. 
O sebo, por ser menos insaturado, é menos prejudicial que o 
óleo (ZINN e PLASCENCIA, 1993; PALMQUIST e JENKIS, 1980). 
Todavia, o uso de sebo no Brasil está proibido1. O motivo da proibição 
seria o risco de disseminação da BSE (doença da vaca louca). A lei 
intenciona abranger o risco de sebo que contenha ainda restos de 
tecido nervoso que poderiam conter o príon defeituoso causador dessa 
doença. Há críticas no sentido dessa proibição ser severa demais, mas 
tem prevalecido o entendimento mercadológico que o rigor demonstra 
uma posição sanitária firme necessária frente aos nossos importadores. 
 O uso de suplementos contendo gorduraem pastagem é pouco 
comum, o que deve ocorrer principalmente pelos desafios operacionais 
comentados no item 2.1. Com o uso de forragens temperadas, HESS et 
al (2008) sugerem não incluir mais de 20 g/kg de MS da dieta de 
gordura suplementar para evitar efeito de substituição da forragem pelo 
suplemento, o que equivaleria a não ter esse efeito até cerca de 5% de 
gordura da MS somada da pastagem (3 unidades percentuais) com a 
 
1Instrução Normativa no. 8 de 25 de Março de 2004 do Ministério da Agricultura, Pecuária e 
Abastecimento 
 IV Simpósio Internacional de Produção de Gado de Corte - 
 
253 
do suplemento (2 unidades percentuais). Esses mesmos autores 
comentam que para o objetivo de aumentar a ingestão de energia 
digestível, não se deve passar dos 40 g/kg de MS da dieta de gordura 
suplementar (dieta final com cerca de 7% de gordura na MS). No Brasil, 
ainda há menos estudos, dos quais se destacam os trabalhos 
desenvolvidos por PAULINO et al. (2002, 2006) que avaliaram o efeito 
da utilização de suplementos contendo soja em grão, bem como caroço 
de algodão, na terminação de bovinos durante a época seca e das 
águas. De acordo com PAULINO et al. (2002) na estação seca os 
animais foram manejados sobre pastagem diferida com 4 kg/animal.dia 
de suplementos(7,9% EE, na MS). O pH ruminal para um suplemento 
tradicionalmente formulado com farelo de soja (3,2% EE) foi menor que 
nos suplementos contendo soja em grãos e caroço de algodão, todavia, 
os autores não observaram para os diferentes tratamentos reduções de 
pH abaixo do nível crítico (i.e. pH 6) onde iniciariam os efeitos deletérios 
sobre a microbiota celulolítica ruminal. Esse efeito dos suplementos 
contendo grão de oleaginosas pode ser interessante e estaria mais 
ligado a substituição do amido pela gordura do que um efeito 
tamponante propriamente dito. O desempenho dos animais na estação 
seca para ganho e rendimento de carcaça foram 1,07 kg/d e 52,9%, 
respectivamente. Já no estudo realizado no período das águas 
(PAULINO et al, 2006), em que os suplementos foram oferecidos na 
quantidade de 500 g/animal/dia (82% NDT e 59,6% PDR) em intervalos 
não frequentes (3 vezes/semana) houve ganhos adicionais de até 143 
g/animal.dia em relação ao grupo testemunha apenas recebendo sal 
mineral. Com o objetivo de avaliar o efeito da suplementação de 
gordura por um período curto de tempo (flushing), MULLER et al. 
(2008) suplementaram vacas de corte no período pós-parto e avaliaram 
a taxa de ganho dos mesmos. As vacas foram suplementadas ad 
libitum (30% grãos de soja e 70% de milho, com 8% EE) durante 15 
dias após o parto, contudo, não verificaram diferença significativa 
quando comparada ao grupo controle. 
Por outro lado, o número de estudos de suplementação com 
gordura em animais terminados em confinamento no Brasil é mais 
expressivo ( Tabela 2). 
- VIII Simpósio de Produção de Gado de Corte 
 
254 
Tabela 2 - Alguns resultados de experimentos que avaliaram os efeitos de 
suplementados contendo gordura em confinamento no Brasil 
 
Autor N° animais Objetivo Tratamento Resultados 
JAEGER et 
al. (2004) 32 
Verificar o efeito da 
gordura protegida 
sobre as 
características de 
carcaça. 
Dieta contendo 
gordura 
protegida1. Dieta 
controle (9,5% 
PB, 2,4% EE em 
base de MS); 
dieta com gordura 
(11% PB, 6,16% 
EE). 
Não houve 
efeito do tratamento. 
SILVA et al. 
(2007) 48 
Avaliar os efeitos 
dos sais de cálcio 
de ácidos graxos 
no desempenho, 
características de 
carcaça de 
novilhos e na 
população de 
protozoários no 
rúmen. 
Duas dietas (com 
45% de grão seco 
ou úmido de 
milho, 78% NDT, 
13,9%PB e 6,57% 
EE) contendo de 
sais de cálcio de 
ácidos graxos2 em 
base de MS. 
Os animais tratados com 
sais de cálcio de ácidos 
graxos apresentaram 
maior consumo 
comparados ao grupo 
controle, contudo, não foi 
detectada diferença na 
eficiência alimentar. A 
população de 
protozoários ciliados 
reduziu em função das 
dietas contendo os sais 
de ácidos graxos. 
WADA et al. 
(2008) 24 
Avaliar a influência 
de sementes de 
linhaça e grãos 
canola no 
consumo, 
digestibilidade de 
nutrientes e 
desempenho. 
Dietas contendo 
sementes de 
linhaça (inclusão 
de 9,25% em 
base de MS) e 
grãos de canola 
(inclusão de 
9,2%). 
A ingestão de energia 
bruta foi 5% maior para 
as dietas contendo grãos 
de linhaça e canola em 
relação ao tratamento 
controle (sem a inclusão 
de oleaginosas), contudo, 
não houve melhoria na 
eficiência alimentar. 
JORGE et 
al. (2009) 48 
Avaliar o consumo, 
desempenho e 
características de 
carcaça. 
Dieta contendo 
caroço de algodão 
(15% de inclusão 
em base de MS), 
com 71,6% NDT, 
12,6% PB e 5,7% 
EE. 
A ingestão de MS foi 8% 
menor para os animais 
que ingeriram caroço de 
algodão, contudo, não 
houve melhoria na 
eficiência alimentar, 
desempenho ou 
características de 
carcaça. 
 
 
 
 
 
 IV Simpósio Internacional de Produção de Gado de Corte - 
 
255 
Tabela 2 – Continuação... 
 
SOUZA et 
al. (2009) 29 
Avaliar o 
desempenho com 
dietas contendo 
diferentes teores 
de gordura. 
Dietas contendo 
baixo (3,15% EE 
e 72,8% NDT) e 
alto teor de 
gordura (7,28% 
de EE e 71,7% 
NDT). O nível de 
EE foi elevado 
com grãos de soja 
moídos. 
A ingestão de MS (como 
% PV) foi 7,3% menor 
para os bovinos que 
ingeriram a dieta de alto 
teor de gordura e para um 
dos genótipos avaliados 
melhorou a eficiência 
alimentar (kg ganho/kg 
consumo MS) em 8%. 
COSTA et 
al. (2011) 36 
Desempenho e 
características de 
carcaça 
Foram utilizados 
níveis crescentes 
de inclusão de 
caroço de 
algodão: 0, 14,3, 
27,5 e 34%(em 
base de MS). 
Houve redução linear no 
consumo e no tamanho 
do músculo Longissimus 
dorsi. 
MARGARID
O et al 
(2011) 
60 
Desempenho e 
qualidade de carne 
Sais de cálcio de 
ácidos graxos4 
foram acrescidos 
em dietas 
contendo baixo 
(46,7% da MS, 
65% NDT e 12% 
PB) e alta teor de 
concentrado 
(76,6%, 71% NDT 
e 13,9 % PB) 
Os sais de cálcio de ácido 
graxo aumentaram 18% 
da taxa de ganho de peso 
e 2% do rendimento de 
carcaça de animais que 
ingeriram a dieta com 
maior proporção de 
concentrado. 
 
1 5% de inclusão (em base de MS) do produto comercial LAC 100 – Yakult® com 88% 
EE à base de óleo de soja. 24% de inclusão (em base de MS) do produto comercial 
Lactoplus® (Dalquim Indústria Química Ltda, Itajaí, SC, Brasil). 3Dieta com a proporção 
30:70 (volumoso:concentrado) contendo 46% de grãos de soja ou 5% de gordura 
protegida e dieta 70:30 contendo 6,5% de grãos de soja ou 5% de gordura protegida. 
43% de inclusão (em base de MS) de Lactoplus®. 
- VIII Simpósio de Produção de Gado de Corte 
 
256 
Dietas com Uso de Gordura Protegida 
 
O uso de gordura protegida para alterar a composição de 
ácidos graxos na carne é uma saída óbvia, uma vez que o perfil 
lipídico mais saturado dos bovinos ocorre, exatamente, pela ação de 
biohidrogenação ruminal. Ao se reduzir a ocorrência da hidrólise das 
ligações ésteres estáveis no rúmen, evita-se a biohidrogenação que 
só ocorre no ácido graxo livre. A busca por sistemas que, além de 
eficazes na proteção dos lipídeos, sejam economicamente viáveis é 
um dos grandes desafios do setor. A única forma comercialmente 
empregada com sucesso há mais de 20 anos são sais de cálcio de 
ácidos graxos. Ocorre que esse tipo de proteção é eficiente apenas 
quando o óleo vegetal usado como matéria prima tem elevada 
porcentagem de ácidos graxos saturados, como o óleo de palma, 
rico em ácido palmítico (16:0). Hoje existe a variante, feita com o 
óleo de soja como matéria prima. Como o óleo de soja é bastante 
insaturado, com cerca de 50% de linoleico (18:2), a proteção como 
sais de cálcio é bem menos eficaz. Resultados do trabalho de 
JENKINS & PALMQUIST (1984) explicam isso: o sal de cálcio 
produzido com óleo de soja apresentou valores de 80% de 
dissociação, em função do menor pKa dos AGI,enquanto que os 
sais de ácidos graxos com óleo de palma apresentaram menos de 
1% de dissociação em pH 6,5 ou menos de 10% em pH 5,5. Outras 
formas de proteção à biohidrogenação ruminal como a reação de 
ácidos graxos com aminas primárias para produzir amino-acil graxos 
(JENKINS et al., 1996) e a mistura com caseína e proteção (GULATI 
et al., 2000) são relatadas na literatura. Este último, desenvolvido 
originalmente na Austrália nos ano 1970, tem alto grau de proteção, 
entre 79–84% para uma gama de suplementos ricos em gordura n-3 
(GULATI et al. , 2002). Apesar do sucesso técnico, essas tecnologias 
não se estabeleceram na prática particularmente por serem caras. Já 
existe tecnologia para a proteção ruminal de ácidos graxos com uso 
de nanotecnologia (CHO et al., 2010) e essa é uma vertente que 
poderá mudar radicalmente a possibilidade de alterar o perfil de 
ácidos graxos da carne. 
Em um trabalho com terminação de vários grupos genéticos 
comparando um tratamento controle com outro contendo gordura 
 IV Simpósio Internacional de Produção de Gado de Corte - 
 
257 
protegida como sais de cálcio de ácidos graxos, JAEGER et al. 
(2004) não obtiveram efeito na terminação com os animais sem 
diferença significativa para EGS: 7,46 mm e 8,04 mm, 
respectivamente para dieta controle e com a gordura protegida 
(Tabela 2). Isto mostra, também, que a gordura per se também não 
altera o grau de acabamento, pois, o tratamento com gordura 
protegida tinha mais de 2,5 vezes mais gordura (6,16% vs 2,40%). 
PIRES et al. (2008) obtiveram aumento de AGPI nas dietas com 
gordura protegida (5% da MS como sais de cálcio de ácido graxo) 
tendo 5,41% contra 4,21% do controle, todavia isso provavelmente 
ocorreu porque a dieta controle continha apenas 2,4% de gordura e 
a dieta com a gordura protegida 6,2%. Recentemente, SCHIAVON et 
al (2011) realizaram trabalho usando CLA protegido da fermentação 
ruminal (produto comercial: SILA, Noale, Itália), no qual ésteres 
metílicos de ácidos graxos estão ligados à uma matriz de sílica e, 
recobrindo esse complexo, óleo de soja hidrogenado. A proteção 
alterou ligeiramente o perfil de ácidos graxos músculo e em tecidos 
gordurosos quando oferecido (80 g/cab.dia ou ~0,9% MS) por sobre 
o alimento no cocho por longo período, mas sem alterar o teor de 
gordura. Os CLA foram significativamente aumentados e o isômero 
t10, c12 aumentou muito mais no músculo (20 vezes mais que o 
controle) em relação ao tecidos gordurosos (de 0,2 a 0,9 vezes 
mais), mostrando que ele é preferencialmente depositado no 
músculo. 
 
Dietas com Caroço de Algodão 
 
É comum as pessoas associarem a inclusão de caroço de 
algodão na dieta de bovinos de corte com o desenvolvimento de 
sabor desagradável na carne, todavia isso ainda não foi reproduzido 
em condições experimentais, mesmo com dietas contendo 20% de 
caroço de algodão (PESCE, 2008). Em um trabalho conduzido na 
Embrapa Gado de Corte com a suplementação de 9% de gordura na 
MS por 178 dias não foi detectado diferença por painel sensorial 
quanto a sabor ou aroma (MEDEIROS et al, 2005). Isto pode estar 
ligado ao fato que as análises são feitas apenas com o músculo 
Longissimus dorsi. Adicionalmente, há relatos de ocorrência de 
- VIII Simpósio de Produção de Gado de Corte 
 
258 
graves problemas com o sabor da carne com o uso elevados teores 
de gordura que não o caroço de algodão. Os fatores, isoladamente 
ou em conjunto que podem levar a problemas de sabor com 
oleaginosas seriam: a) Inclusão acima dos limites nutricionais (6-7% 
da MS); b) uso de oleaginosas em mal estado de conservação; c) 
acúmulo de algum componente aromático na gordura e d) 
peroxidação dos ácidos graxos da carne durante seu 
armazenamento. O gossipol, um composto polifenólico solúvel em 
lipídeos mais conhecido por sua ação tóxica para animais é também 
um composto aromático e poderia esta envolvido no problema. 
Como seu teor no caroço de algodão é muito variável, ajudaria a 
explicar o problema ser intermitente. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O uso de alimentos ricos em gordura tem se mostrado 
compensador seja por motivos econômicos (R$/unidade de energia), 
seja por terem vantagens nutricionais como menor incremento 
calórico ou menor estresse ao pH ruminal. Por isso, eles têm sido 
bastante usados e devem continuar sendo. 
Já quanto a alterar o perfil de ácidos graxos, de forma geral, 
as estratégias de suplementação mais efetivas são caras e 
causariam impacto negativo na rentabilidade. Seria, então, 
imperativo que fosse pago um bônus para viabilizar economicamente 
sua produção, o que faz com que apenas alguns nichos de mercado 
ou condições especiais viabilizem produzir carne assim diferenciada. 
Soma-se a isso, a incerteza se o mercado estará disposto a pagar a 
mais por essa carne mais saudável. 
Por fim, o fato de serem ricos em gordura tem pouca 
influência no teor de gordura da carcaça ou no da gordura 
intramuscular, que são bem mais influenciados por fatores genéticos 
e pela taxa de ganho, sendo, portanto, fundamental o correto 
balanceamento da dieta como um todo. 
 
 IV Simpósio Internacional de Produção de Gado de Corte - 
 
259 
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