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Suporte Avançado de Vida e PCR

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Medicina FTC – 2020.2 Catarina Viterbo 
SUPORTE AVANÇADO DE VIDA PARADA 
CARDÍACA 
Emergências Clínicas – Prof. Oswaldo– 14/09/2020 
Objetivos principais 
• Reconhecer uma PCR 
• Saber os passos necessários para a condução de um processo de reanimação 
Corrente de sobrevivência 
• Acesso Precoce 
• RCP Precoce 
• Desfibrilação Precoce 
• Cuidados Avançados Precoce 
 
Esse primeiro gráfico é a proposta AHA para a cadeia de sobrevivência até 2010. Em 2010, mudaram para 
esse modelo abaixo. 
 
1. Reconhecimento e Acesso imediato 
2. RPC precoce 
3. Desfibrilação rápida 
4. SAV 
5. Cuidados pós PCR 
Tem algumas diferenças entre os dois gráficos. 
O último começa pelo reconhecimento e acesso imediato, isso quer dizer que eles têm que multiplicar 
(capilarizar) o conhecimento de SBV para toda população, já que a maioria das paradas começa na 
comunidade e não dentro do hospital. Por isso, tem capilarizar todo esse conhecimento para que a própria 
comunidade reconheça uma parada e inicie o suporte básico de vida precocemente e que consigam acionar 
o serviço de emergência. 
Esse é o primeiro passo: Reconhecimento → Acionar o serviço de emergência → Começar a reanimação. 
Hoje em muitos locais públicos já existe uma disponibilidade de desfibriladores externos automáticos. 
Existe em alguns lugares como a França e Nova Zelândia, que existem aplicativos que você consegue saber 
qual o DEA mais próximo de você. Tem lugares na França que quando você abre a portinha para pegar o 
DEA a central do SAMU já é acionada e será enviada uma unidade de suporte avançado. 
Importante: Reconhecimento e acesso imediato. 
O paciente reanimando existe a necessidade de alguns cuidados pós-PCR para você otimizar a chance de 
recuperação desse paciente. 
Abordagem Sistemática 
Importância de uma equipe especializada: existem hospitais no mundo que quem faz a reanimação é uma 
equipe especializada, em algum lugares chama de equipe de código azul, ou seja, é uma equipe que é 
treinada só para fazer a reanimação. No Brasil não temos nem uma equipe especializada para a sala de 
emergência, quanto mais só para a parada. É uma coisa que precisa melhorar bastante aqui no Brasil. 
Metas da Equipe da sala de emergência 
• Evitar o colapso da circulação, da ventilação e da oxigenação eficaz: quem está na sala de 
emergência é para evitar que o paciente pare e principalmente manter a função neurológica desse 
paciente intacta. Se o paciente parar quem entra é a equipe de ressuscitação, que no nosso meio 
acaba sendo a mesma equipe. 
• Restaurar a circulação, a ventilação e a oxigenação de forma eficaz. 
• Retorno da função neurológica intacta. 
Infelizmente, não são em todas as emergências do nosso país que é possível que isso ocorra 
satisfatoriamente. 
Parada Cardíaca – Prioridades 
1. RCP Básica (CAB): SBV, que é o CAB (Compressão, Vias aéreas e propiciar uma boa respiração) 
2. Desfibrilação: de forma precoce. 
3. Medicações: Já corresponde a SAV 
4. Via Aérea Definitiva: Já corresponde a SAV 
Todos esses tópicos já são SAV, porém a etapa 1 e 2 fazem parte do SBV. Então, não existe um SAV adequado 
se não começar um SBV bem feito. 
Existem vários trabalhos que mostram que se eu começar um SBV bem rápido depois de uma PCR a chance 
desse paciente reanimar é bem melhor do que só chegar o SAV depois. 
Tanto que aqui em Salvador o protocolo para o envio de ambulâncias é se eu tenho uma PCR vai ser enviada 
uma unidade avançada que está mas próxima, mas se tiver mais perto uma unidade básica é enviada porque 
ela já vai começar a fazer SBV e é enviada a avançada mais próxima para continuar no processo de 
reanimação. Se eu só mando a avançada muitas vezes ela vai demorar para chegar e se demorar muito o 
paciente acaba ficando neurologicamente inviável, o dano sistema nervoso do paciente vai ser proibitivo e a 
gente não vai ter como reanimar esse paciente. 
Os mesmos objetivos do SBV 
Quanto maior o tempo sem circulação, menor a possibilidade de recuperação cerebral. 
Reanimação Cardio-Pulmonar 
A reanimação deve ser feita na sequência correta e não em qualquer sequência. 
Avaliação Inicial 
ABCD PRIMÁRIO 
• A – Ar – Vias aéreas 
• B – Boa Respiração 
• C – Circulação 
• D – Disfunção neurológica 
Atuação Inicial 
• C – Circulação: priorizar a circulação com compressões rápidas e fortes 
• A - Ar / Vias aéreas: avaliar. 
• B - Boa Respiração. 
• D – Desfibrilação: assim que possível deve ser instalado o desfibrilador e obedecer aos comandos 
dele. 
Algoritmo Simplificado SBV Adulto 
 
1. Acionar serviço de emergência 
2. Iniciar suporte básico 
3. Assim que chegar o desfibrilador instala, verifica se vai dar choque ou não 
4. Continuar as compressões dentro do ciclo de SBV 
No SAV: 
 
1. Entra com algumas medicações 
2. Verifica a necessidade de uma via aérea avançada → Algumas das causas de PCR podem ser por 
hipóxia por obstrução de via aérea. Então, nesse caso é importante garantir a via aérea e ventilar 
adequadamente. 
3. Principalmente, tratar as causas reversíveis. Nesses casos é muito importante, porque se não 
tratarmos a causa adequadamente vai ser bastante provável que a gente não consiga reanimar esse 
paciente. 
Diferença entre SAV e SBV: Nós vamos entrar com medicações, via aérea avançada e tentar tratar as causas 
reversíveis. 
Desfibrilação: Posição dos Eletrodos 
• A posição recomendada é a linha hemi-clavicular, no 
meio do caminho entre a linha intermamilar e a hemi-
clavicular deve ser colocado no meio uma das pás. 
• Entre a linha axilar anterior e média no 5º espaço 
intercostal deve ser colocado o meio da segunda pá. 
O problema de não colocar nessa posição é que o choque pode 
percorrer os tecidos mais superficiais e não passar na estrutura 
miocárdica como deveria. 
D – Desfibrilação – Ritmo passível de Desfibrilação? 
1. Avaliar o ritmo 
a. Se for chocável → Choca e vai continuar a compressão 
Na parada só precisamos entender 4 ritmos, em dois a gente dá choque e em dois não: 
Sim 
• Taquicardia Ventricular sem Pulso 
• Fibrilação Ventricular 
A cada dois minutos as compressões são interrompidas. 
Não 
• Assistolia; 
• Atividade Elétrica Sem Pulso (AESP): é um termo utilizado principalmente para as paradas de SAV, 
que é qualquer ritmo que não seja taquicardia ventricular, que não é fibrilação e nem assistolia e não 
tem pulso. 
o “Ah! Mas é um bloqueio de 2º grau... Tem pulso? Não! Então é Atividade elétrica sem pulso 
(AESP) 
Nesses dois ritmos que não dá choque o mais importante são as compressões rápidas e fortes. 
Fibrilação Ventricular 
• Além de estar presente nas paradas pode estar presente em outras manifestações clínicas. 
• Fibrilação é como se cada músculo e cada fibrila contraísse separadamente. 
• Aqui não tem uma regularidade, absolutamente caótico. 
 
Taquicardia Ventricular sem pulso 
• É um complexo QRS bem largo (>3,4 quadradinhos) 
• Relativamente regular 
 
Esses dois ritmos são importante reconhecer na tela de um monitor. 
Importante identifica visualmente, porque ao enxergar isso no monitor do eletrocardiógrafo eu tenho que 
preparar a pá para chocar o paciente. 
D- Desfibrilação 
• Ligar o desfibrilador e não sincronizar 
• Distribuir o gel condutor pelas pás (boa quantidade): aquela coisa dos filmes de esfregar uma pá 
na outra não tem nenhuma base técnica. A função do gel é propiciar uma superfície de condução 
homogênea, entre a pá e o gradeado costal, principalmente se a pessoa for muito magrinha vão ficar 
uma serie de saliências e reentrâncias e a pá como é reta NÃO vai ter uma distribuição homogênea. 
Se eu esfrego uma pá na outra eu vou ficar com uma superfície muito fina e isso não vai adiantar 
nada. 
• Carregar o desfibrilador: 
o 200 Joules – bifásicos, ou seja, a onda vai para um lado e para o outro. Na realidade a AHA 
recomenda que o primeiro choqueé a dose recomendada pelo fabricante. Se o paciente não 
voltar nos choques seguintes eu vou aumentando a carga até 200. 
o 360 Joules – monofásicos, são os mais antigos, a onda de choque só vai para um lado e vai 
para o zero. 
o Existem trabalhos mostrando que nos pacientes obesos choques de maior intensidade são 
úteis e às vezes em um paciente assim eu vou ter que dar um choque de 260-360 joules. 
Existem aparelhos que vão até 360 que também são bifásicos. Apesar da AHA recomendar até 
200 Joules, se você tiver um desfibrilador que vá além disso que você não possa aumentar a 
carga para esse paciente. 
• Afastar-se do leito: Importante porque se alguém tiver se encostando na maca o choque que você 
vai dar no paciente, uma parte desse choque pode estar indo para essa pessoa. Não que isso vá matar, 
mas uma parte da carga vai ser desviada para pessoa e o choque que estava direcionado para o 
paciente como foi dispersada uma parte da energia na pessoa que estava encostando no paciente 
não vai ser efetivo. O choque é disparado para dar um reset no coração para ele parar de ter aquela 
atividade caótica e o marcapasso pode assumir o controle de novo. Para o leigo fala que é para afastar 
porque ele vai morrer para ele não atrapalhar na RCP, mas na verdade isso não acontece. 
o “Um – eu me afasto” 
o “Dois – você se afasta” 
o “Três – Todos se afastam” 
• Desfibrilação; 
• Reassumir a RCP imediatamente após o choque: 
o Checar ritmo após 5 ciclos ou 2 minutos: Hoje a gente choca e mesmo que o coração volte 
ele volta de uma forma muito tênue sem força suficiente para gerar um pulso consiste. Então, 
esses dois minutos de RCP que você faz, você está ajudando o coração a bombear o sangue 
para daqui a dois minutos você checar de novo. 
Suporte Avançado de Vida - “MOV” 
Quando o SAV chega muitas vezes ele assume, isso não quer dizer que é para chegar para a equipe que está 
fazendo SBV parar. 
Enquanto a equipe está fazendo SBV (Comprimindo e ventilando) a equipe de SAV já vai monitorizar o 
paciente colocar os eletrodos em uma posição que mesmo no RCP eu consiga avaliar o ritmo adequado do 
paciente, além disso vou propiciar oxigênio para esse paciente quer seja no ambu, quer seja propiciando a 
via aérea. A enfermagem vai fazer o acesso venoso para ter uma via pronta caso eu queira fazer alguma 
medicação. 
A equipe chegou já vou fazer: 
M = Monitorização 
O = Oxigênio → incluindo oximetria 
V = Venóclise → acesso venoso 
• Se possível, na hora que for fazer esse acesso venoso vascular, já vou colher exame para mandar para 
o laboratório, para ver depois se eu vou querer algum parâmetro adicional. Posso já pedir eletrólitos, 
glicemia, hemograma. 
Monitorização: 
• •Desfibrilador 
o •Monitorização nas pás: primeiro são elas, exceto se o paciente já estiver com o DEA. Que 
daí, você vai perguntar a equipe se já foi ou não dado o choque. Elas são colocadas primeiro 
porque se estiver em um ritmo chocável você já vai dar um choque imediatamente. 
o •Cardioscópio: é o monitor que já estamos acostumados nas unidades, em salas de UTI. No 
SAMU já tem o monitor junto com o desfibrilador. 
• •Monitores 
o •Cardioscópio 
Oxigênio: 
• •Ventilação com Ambú: 
o 1 “C” e 1 “E” ou 2 “C´s” e 2 “E´s” 
o Ciclo = 30:2 (30 compressões e 02 ventilações): porém depois que eu garanto uma via 
aérea avançada ou uma via aérea definitiva, intubou o paciente ou passou uma máscara 
laríngea, nós perdemos esse sincronismo, não é necessário esse ciclo 30:2 e vou fazer 
compressões direto (100-120 compressões por minuto por dois minutos ou até completar 2 
minutos) e a ventilação é feita uma a cada 6 segundos. 
▪ 30:2 é para SBV. A partir do momento que eu garanti uma via aérea avançada eu faço 
100-120 compressões direto e uma ventilação a cada 6 segundos. 
• Fração inspirada de O2 (FiO2): 
o Ar ambiente: 21%: se tiver o ambu sem nenhuma fonte de o2 
o Boca-boca: 17%: do ponto de vista técnico NÃO é recomendado 
o O2 15l/min.: 30-40%: um cateter de O2 ligado no ambu com 15l eu posso propiciar até (30-
40%) 
o O2 15l/min.: com reservatório ~ 100%: se o cateter tiver reservatório eu vou dar 
aproximadamente 100%. 
Gerenciar A e B 
Lembrem da avaliação inicial. 
Venóclise: 
• Acesso venoso 
o Antecubital: o ideal seria nessa região. 
▪ Jelco (16, 18, 20, 22) 
o Acesso venoso central 
▪ Apenas se já disponível 
• Coleta sanguínea para exames 
o Puncionou → Coletou 
• Medicações 
Acesso Venoso 
Medicações via periférica: 
• Administrar em bolus (sem diluição) 
• Seguido de 10 a 20 mL de SF em bolus: Não dilui a droga nesses 10-20ml porque eu vou dar a 
droga e esses 10-20ml que eu estou dando depois é mais para “empurrar” a droga para ela chegar 
até o coração do que diluir. Então, durante uma parada praticamente não temos uma circulação 
periférica boa e eu preciso disso para levar a droga para o coração. Por isso, ponha a droga dentro 
do leito vascular e vou empurrar essa droga até o coração através desse bolus de soro fisiológico. 
• Elevar o membro por 10 a 20 segundos para essa droga por gravidade chegar também ao coração. 
Tudo isso é feito para facilitar a chegada dessa droga ao coração. 
Se não conseguir acesso venoso? 
• Intra-ósseo: segunda opção, e não o acesso central, porque até para uma pessoa experiente é difícil 
fazer um acesso venoso central com alguém comprimindo o tórax. 
o No adulto geralmente é feito na tíbia. Mas pode ser feito também no úmero e no esterno, se 
tiver a agulha adequada. 
• Via endotrqueal: acaba sendo muito difícil hoje em dia, porque na endotraqueal a absorção das 
drogas é rápida, errática e nunca sabemos se vai absorver a quantidade que queremos. 
Dobro da dose (adrenalina, atropina, lidocaína, naloxone) → para ter uma absorção melhor. Fica muito dentro 
do tubo endotraqueal. 
Diliuir em 5 a 10 mL de água destilada 
Amiodorona: NÃO pode usar endotraqueal porque além de não pode ser absorvida na arvore brônquica ela 
ainda propicia a irritação desse processo, ou seja, piora a parte respiratória desse paciente. 
IOT: Intubação Oro Traqueal 
Via Aérea Definitiva 
Conceito: Cânula na traqueia, com cuff insuflado (balonete), fixada e ligada a uma fonte enriquecida de 
oxigênio com pressão positiva. 
Por um tubo no paciente e deixar lá NÃO é via aérea definitiva. Tem que ficar ligado a uma fonte de o2 com 
pressão positiva. No mínimo UM ambu. 
• Intubação oro-traqueal: é o mais comum a ser feito. 
o Intubação naso-traqueal: ela praticamente só é possível quando o paciente está ventilando 
espontaneamente e isso não seria uma PCR. 
• Cricotireoidostomia: no caso de falha de intubação, ou se eu não tiver uma máscara laríngea para 
fazer uma via aérea avançada a gente lança a mão da cricotireoidostomia que é a perfuração da 
membrana cricotireoidea. 
o Traqueostomia: a recomendação é que não seja feita na sala de emergência. Porque mesmo 
em mão experientes vai demorar uns 5 minutos, o que é muito tempo para uma PCR. 
Na emergência a intubação traqueal durante a intubação NÃO é para parar a compressão para intubar, tem 
que fazer a intubação mesmo com a compressão em execução. Na cricotireidostomia a mesma coisa. 
Via Aérea 
• Após a desfibrilação 
• Não precisa de sedação 
• RCP não para 
o Só para para checar se a intubação está no lugar e se você tiver uma equipe bem treinada 
você consegue para menos que 10s, que é a recomendação da AHA. 
• Fixar 
Após via aérea definitiva / avançada (IOT, ML, CT, Cri, etc...): 
• 100 a 120 compressões/min por 2 minutos. 
• 10 ventilações/min (1 ventilação a casa 6 seg.) independente da compressão. → Estávamos fazendo 
30:2 depois passamos para 100-120 compressões por minuto por dois minutos e uma ventilação a 
cada 6 segundos. 
• Assincrônico 
FV/TV sem pulso 
 
Esse é o protocolo da AHA para FT/TV sem pulso. 
1. Teve uma parada → Já começa o RCP 
2. Chegou o desfibrilador → Instala → Sefor para dar choque já dá 
3. Dei um choque 
4. Continua as compressões e a ventilação (seja com o ambu ou com via aérea avançada) 
5. Depois de 2 minutos → Checar o ritmo novamente. 
6. Precisa dar choque? Sim → Dar o choque 
7. Continua o RCP 
8. Depois de 2 minutos → Checar o ritmo novamente 
9. Precisa de choque? Sim → Dar o choque 
Só que assim, dei um choque e depois de dois minutos não reverteu, mesmo com o DEA. Deu dois minutos 
para olha o ritmo e você tem menos de 10s para decidir se vai chocar ou vai fazer RCP. Se for ritmo chocável, 
choque e continua o RCP, se for não chocavel reinicia o RCP. 
O RCP dá uma paradinha a cada 2 minutos para checar o ritmo. 
Terminou o meu ciclo e eu vou ter que dar outro choque eu já vou pensando em um vasopressor e o 
vasopressor continua sendo a adrenalina (1mg/ml) → Como toda droga que a gente faz na parada é droga, 
flush e levanta o braço. 
Tudo isso é feito em paralelo, enquanto alguém comprime, alguém ventila, alguém a casa dois minutos fala 
para que vamos checar o ritmo, se dá choque ou não e alguém está fazendo a medicação. São varias coisas 
sendo feitas simultaneamente durante o ciclo. 
Então, nesse ciclo eu adicionei um vasopressor que é a adrenalina. No ciclo seguinte se eu precisei dar outro 
choque no RCP enquanto alguém comprime, alguém ventila, dá outro choque e dá outra droga, aqui é 
vasopressor e no outro antiarrítimico (geramente, o de escolha é a amildarona). 
Voltou para o outro ritmo, volta para cá. Se eu precisar de outra droga vou dar um vasopressor que é a 
adrenalina. Se eu precisar dar um antiarritimico vou dar a amildarona de novo e assim vai mantendo esse 
ciclo até o paciente mudar de ritmo ou até ele retornar. 
FV/TV sem pulso – 1 ciclo 
• Administrar, após o segundo choque, adrenalina (1ml) IV 
o A cada 3 a 5 minutos: se prestar atenção na imagem, para ficar mais fácil gerenciar durante a 
parada eles recomendam que em um ciclo você faz uma droga e no outro ciclo você faz outra. 
Se você mantiver uma regularidade entre ciclos, você vai dar entre esse ciclo e este vai dar 
mais ou menos 4 minutos, que fica entre os 3 e o 5. É mais fácil fazer assim do que ficar 
contando o tempo. Isso tudo é feito simultaneamente, enquanto alguém comprime, alguém 
ventila, alguém chocou, alguém tá dando a droga. O líder está vendo se tudo isso está sendo 
feito de maneira correta. 
• RCP – 5 ciclos ou 2 minutos 
• Checar ritimo; 
• Desfibrilação (se indicada) 
• Continua RCP 
FV/TV sem pulso – 2 ciclo 
• Administrar amiodarona (300mg) IV: No segundo ciclo vai dar a primeira dose desse medicamento, 
são duas ampolas. 
• •RCP – 5 ciclos ou 2 minutos; 
• •Checar ritmo; 
• •Desfibrilação (se indicada); 
• •Continua RCP; 
FV/TV sem pulso – 3 ciclo 
• •Administrar adrenalina (1ml) IV: 
• • a cada 3 a 5 minutos; 
• •RCP – 5 ciclos ou 2 minutos; 
• •Checar ritmo; 
• •Desfibrilação (se indicada); 
• •Continua RCP; 
FV/TV sem pulso – 4 ciclo 
• •Administrar amiodarona (150mg) IV: só que agora só vou dar 150mg. 
• •RCP – 5 ciclos ou 2 minutos; 
• •Checar ritmo; 
• •Desfibrilação (se indicada); 
• •Continua RCP; 
FV/TV sem pulso – 5 ciclo 
• •Administrar adrenalina (1ml) IV: 
• • a cada 3 a 5 minutos; 
• •RCP – 5 ciclos ou 2 minutos; 
• •Checar ritmo; 
• •Desfibrilação (se indicada); 
• •Continua RCP; 
FV/TV sem pulso – 6 ciclo 
Nesse ciclo agora não dá nada porque a almiodarona a gente só dá até 450mg, que equivalem a dois ciclos. 
Então, a partir daí não dá mais no ciclo que deveria dar o anti-arritimico, porque eu já dei a dose de ataque 
da amiodarona. 
Se eu usei a amiodarona, no próximo ciclo que seria a amiodarona eu não faço nada. Então, em um ciclo eu 
faço adrenalina e no outro eu não faço nada. 
Se eu não tiver amiodarona eu posso usar lidocaína 
• Lidocaína (1 a 1,5mg/kg → Primeira dose): pode substituir a amiodarona, mas lembrando que ela é 
por kg de peso. 
o 80kg → 4 a 6mL de xylocaína 2%; 
• Adrenalina; 
• Lidocaína (0,5 a 0,75mg/kg) → No que eu usei na primeira dose, nas dose subsequentes eu vou usar 
a metade. 
o 60kg → calculem...; 
• Adrenalina; 
• Lidocaína (até 3mg/kg → dose máxima): 
o 100kg → calculem...; 
Em relação ao uso da lidocaína → se na primeira dose eu usei 1mg/kg, 0,5mg na segunda e na terceira, 0,5 
na quarta, 0,5 na quinta, você dá 5 doses. Se eu usar 1,5mg na primeira, 0,75 na segunda, até completar 3mg 
por kg) 
Não existem dados na literatura que dizem que um é melhor que o outro, você usa a dosagem que você 
quiser, 1 ou 1,5 mg. Depende do que fica mais fácil para você fazer conta. 
• Lidocaína (1 a 1,5mg/kg): 
o 80kg → 4 a 6mL de xylocaína 2%; 
• Adrenalina; 
• Lidocaína (0,5 a 0,75mg/kg): 
o 60kg → calculem...; 
• Adrenalina; 
• Lidocaína (até 3mg/kg): 
o 100kg → calculem...; 
Assistolia (checar eletrodos e conexões, aumentar o ganho, mudar a derivação do registro) 
Primeiro temos que ver se esse ritmo aqui que está mostrando o coração NÃO tem atividade elétrica, 
realmente é uma falha de atividade elétrica do coração e não uma falha do sistema. 
Então, toda vez que eu ver esse ritmo para gente NÃO é assistolia é uma linha reta. Vou ter que checar os 
eletrodos e as conexões, que a gente chama, “checa os cabos”, vou aumenta o ganho (amplitude dessa linha, 
é como se pegasse a linha e desse um zoom, para ver se ela é retinha mesmo ou se tem uma fibrilação fina 
aí dentro). Além disso, mudar as derivações do registro, porque tem algumas derivações (seria o ângulo que 
estou olhando a atividade elétrica) que pode ser que um ângulo não tenha atividade elétrica e do outro 
ângulo tenha, então, preciso mudar a derivação para ter certeza, que em TODAS as derivações não tem 
atividade elétrica. 
No popular, e conhecido como o protocolo da linha reta. Cabo → Ganho → Derivação 
 
Se for assistolia mesmo → NÃO choca 
Atividade Elétrica sem pulso (AESP) 
O ritmo desse eletro supostamente é sinusal, com uma frequência, aparentemente próxima de 60 bpm. 
Nesse caso, precisa checar se tem pulso ou não. Se não tiver é AESP. 
AESP: Qualquer atividade elétrica que NÃO tem pulso. 
 
Nesse exemplo, apesar de ter um ritmo sinusal NÃO tem pulso. 
O que pode estar acontecendo nessa situação é que o coração está tão fraco que ele não consegue gerar 
pressão passível de detecção, nós não conseguimos sentir o pulso de tão fraco que ele está. 
Assistolia ou AESP 
 
• •Administrar adrenalina, o mais breve possível, (1ml) IV: 
o a cada 3 a 5 minutos; 
• •RCP – 5 ciclos ou 2 minutos; 
• •Checar ritmo; 
• •RCP; 
• •Adrenalina; 
• Outras drogas: 5H’s e 5T’s; 
• Adrenalina; 
• Outras drogas: 5H’s e 5T’s; 
• Adrenalina; 
No caso de assistolia ou AESP, tenho que tentar avaliar as causas. 
5 H’s é um algoritmo para lembrar das causas reversíveis no adulto. 
 
• Hipóxia: muito comum em idosos que broncoaspiram e param. A intubação pode ser uma medida 
salvadora. 
• Hipovolemia: o idoso está com uma desinteria há uma semana e ninguém tratou ele, fez 
hipovolemia, baixa o fluxo e ele para. 
• Hipotermia: aqui em Salvador é muito pouco provável que pegue algum caso, no entanto no interior 
da Bahia, tem regiões que podem dar hipotermia. 
o Hipotermia: temperatura central abaixo de 35ºC. 
▪ 35-32ºC: Hipotermia leve 
▪ 32-29ºC: Hipotermia moderada 
▪ <29ºC: Hipotermia severa 
5 T’S 
 
Lembrar que a maioria dos tóxicos não tem um antídoto específico, são medidas de suporte. 
Ressucitação Cardio-Respiratória : Quando parar? 
• Restabelecimento de circulação e ventilação espontânea eficazes → é o objetivo, mas nem sempre 
acontece. 
• Definição médica a respeito da irreversibilidade da PCR e morte inevitável: A AHA tem um critério 
que utiliza do passado, principalmente fazendo uma transposição das questões de afogamento que 
são: 
o 20 minutos de assistolia → sendo que eu estou fazendo todos os procedimentos, tentando 
tratar, todas as causas evitáveis. 
o Existemalguns países que depois de 20 minutos e o paciente não voltar já instala o ECMO 
(Circulação extra corpórea) 
• Risco ambiental aos socorristas: estou fazendo o RCP no meio da rua e começa um tiroteio, vai 
começar uma inundação. Se eu conseguir levar o paciente, vou continuar em outro lugar, se eu não 
conseguir o paciente fica e a equipe sai. A prioridade é a segurança da equipe. 
• Exaustão da equipe de socorristas: estou com a equipe fazendo RCP por 1,2,3 horas, cansei, não tem 
gente para substituir, a equipe toda está cansada, então infelizmente vai ter que encerrar esforços 
porque a equipe também vai parar. Em uma unidade hospitalar é mais difícil porque tem mais gente 
para trocar. 
o Hoje existem alguns dispositivos que facilitam isso como o auto-puff, que realiza 
automaticamente a compressão torácica e assim conseguir mais tempo de compressão 
torácica. 
o Lembra da definição médica. Não é fazer 10 minutos de RCP e parar, isso não é definição 
médica e sim negligência. A gente só pode parar com 20 minutos de assistolia sendo que eu 
tentei corrigir todos os 5H-5T, não tenho ECMO disponível, aí eu posso dizer que é irreversível 
ou tenho por 20 minutos uma capinometria abaixo de 10, que é o outro critério que foi 
introduzido em 2015 pela AHA. 
o Então, nos dois eu tenho que ter a assistolia, se não tiver assistolia o coração está dizendo “eu 
tô aqui precisando de ajuda” e a gente dá comprimindo, chocando. Não é para parar. 
Cuidados após a PCR 
• •Verificação de sondas, drenos, acessos (efetuar um mais seguro se possível) e procedimentos; 
• •Exames: 
o •Clínico direcionado: “pulso, PA, pulmão, frequência, saturação, dor, dextro, temperatura”; 
o •ECG 12 derivações, Rx tórax, Exames laboratoriais: se tiver em um local que não tenha, 
procurar um local que possa fazer isso. 
• •Capnografia; Hemogasometria; 
• •Consulta com especialista; 
• •Vaga em UTI: porque temos que otimizar. 
Paciente estabilizado? → Transportar ou encaminhar à UTI 
• Otimizar a perfusão de órgãos vitais; 
• Titular a FIO2 para manter SO2 ≥ 94%; 
• Transporte para local adequado a cuidados pós-PCR → inclui fazer uma hipotermia terapêutica ou 
um controle rigoroso de temperatura. 
• Reperfusão para IAM SST ou alta suspeita de IAM; 
• Temperatura: manter a temperatura central do paciente entre 32-36ºC por 24h isso porque propicia 
uma neuroproteção e um melhor prognóstico neurológico. Alguns trabalhos mostram que isso gera 
algum grau de cardioproteção. Isso quer dizer que se uma pessoa parou por um infarto, quando 
fazemos um controle de temperatura isso propicia uma menor área cardíaca danificada depois do 
infarto. 
• Antecipar, prevenir e tratar DMOs: Todo mundo fala, leva o paciente para a UTI e esquece que o 
paciente hidrata, tem que nutrido, que tem que manter condições de temperatura adequadas, porque 
você acaba propiciando condições que vai levar a deficiência de múltiplos órgãos. Se eu não hidratar 
o paciente ele vai evoluir para uma insuficiência renal, hipofluxo cerebral e vai danificar órgãos e vai 
fazer com que ele entre em deficiência de múltiplos órgãos. 
SAVC 
• •A base para o sucesso do ACLS é um adequado BLS; 
• •Algoritmo tradicional de RCP foi simplificado e um desenho conceitual alternativo foi realizado 
(ambos enfatizando a importância da RCP de alta qualidade); 
• •Aumenta a ênfase na capnografia contínua com formato de onda para: 
o •Verifica a posição do tubo endotraqueal; 
o •Otimizar a qualidade da RCP e detectar RCE. 
Capnografia de Onda 
• •Após a intubação, o dióxido de carbono é detectado, confirmando a posição do tubo; 
• •Alto valor no final da expiração (Pet CO2). 
 
Intubei o paciente e começou a cair abaixo de 10 tem duas possibilidade. Uma é que o paciente não vai 
voltar e se ele permanecer assim por mais de 20 minutos eu posso considerar isso um mau prognóstico, se 
ele tiver em assistolia também já um indicativo de encerrar os esforços ou pode ser um indicativo que estou 
fazendo uma compressão mal feita que não está gerando uma troca gasosa suficiente. 
Então, toda vez que a capnografia começou a cair eu tenho que melhorar a qualidade da minha compressão. 
Por isso, que e importante revessar os membros da equipe durante o processo de reanimação. 
Algoritmo Simplificado SBV Adulto 
 
Lembre-se: “O paciente em para cardiorrespiratória não se transporta... se atende.”. Nós atendemos a parada 
no local. 
Existem algumas exceções para transportar do local: 
1) Tem um alto grau de suspensão, nós sabemos que aquela parada foi por uma questão cirúrgica, por 
exemplo, um pneumotórax bilateral muito grande. Porém é preciso ter algum dispositivo para fazer 
a compressão torácica durante o transporte porque tem vários trabalhos mostrando que a gente 
tentar fazer a compressão humana de um paciente em uma ambulância em movimento o resultado 
é pífio. Não consegue fazer a compressão de forma adequada e não tem uma efetividade.

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