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Aula 9 1 - Acessos Vasculares

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AMC - Anatomia Médico-Cirúrgica
Acessos Vasculares e Venosos
- aula 8 (04/10) - Kawazoe
Artéria Femoral
■ INDICAÇÕES
Os acessos na artéria femoral são indicados
para:
- cineangiocoronariografia + ventriculografia
esquerda;
- procedimentos endovasculares;
- procedimentos neurointervencionistas;
- TAVI ou TAVR;
- punção: gasometria arterial.
■ TÉCNICA
Deve ser realizado:
- posicionamento do paciente;
- preparo do material;
- localização da artéria;
- proteção do profissional;
- assepsia e antissepsia;
- anestesia local.
TÉCNICA DE SELDINGER (IPC):
1. Punção com agulha acoplada a uma
seringa.
2. Passagem do fio guia.
3. Retirada da agulha.
4. Dilatação do trajeto.
5. Inserção do cateter.
6. Retirada do fio guia.
Deve-se confirmar a posição do cateter no
interior da luz do vaso pelo refluxo de sangue
arterial.
Além disso, se for de longa duração, deve-se
fixar o cateter na pele e colocar um curativo
compressivo após a retirada.
Artéria Radial
■ CATETERIZAÇÃO
Tem trajeto superficial, sendo de fácil palpação
mesmo em pacientes obesos.
O local da punção não é sobre uma articulação.
A artéria é separada dos principais nervos e
veias e o fornecimento de sangue é duas vezes
assegurado pelo arco palmar.
Também usa a técnica de Seldinger.
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Acesso Venoso Central
■ INDICAÇÕES
As principais indicações para acesso venoso
central são:
- hidratação venosa;
- nutrição parenteral;
- administração de medicação EV
(antibioticoterapia);
- quimioterapia: port-a-cath (normalmente
jugular ou subclávia);
- hemodiálise;
- dificuldade para acesso periférico;
- implante de marca-passo provisório ou
definitivo;
- procedimentos no coração direito.
As contraindicações são relativas e dependem
da urgência.
São evitados locais com distorções anatômicas,
marca-passos, stents, entre outros.
Evita-se abordagem da subclávia em pacientes
anticoagulados (compressão dificultada) ou com
doença pulmonar unilateral ou bilateral grave
(atrapalha a visão do RX de tórax).
Obs.: A anestesia local deve ser feita sem o uso
de de vasoconstritor (nunca é usado em
circulação terminal - dedos de mãos e pés e
pênis).
■ VEIA FEMORAL
As vantagens do acesso na femoral são:
- acesso rápido (alta possibilidade de
sucesso;
- não interfere nas manobras de RCP e/ou
intubação;
- não há risco de pneumotórax;
- não há necessidade de Trendelemburg:
colocar a cabeça mais baixa que os MMII
para ingurgitação das veias subclávia e
jugular.
As desvantagens são:
- demora da circulação de drogas durante
RCP;
- impede mobilização do paciente;
- dificuldade para manter o local da inserção
estéril;
- risco aumentado de trombose iliofemoral.
A técnica consiste em colocar o paciente em
decúbito dorsal, com cabeceira elevada e o
membro rodado lateralmente.
O local da punção é medial à artéria femoral.
■ VEIA SUBCLÁVIA
As vantagens são:
- facilidade para manter o curativo e a
fixação;
- maior conforto para o paciente;
- melhor identificação em pacientes obesos;
- local de inserção acessível durante
estabelecimento de via aérea.
As desvantagens são:
- risco aumentado de pneumotórax
iatrogênico;
- sangramento menos propício à pressão
direta;
- menor possibilidade de sucesso por
profissionais menos experientes;
- trajeto mais longo da pele até o vaso
(comparado à jugular;
- mau posicionamento do cateter;
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- cateter afetado por compressões torácicas.
A técnica consiste na manobra de
Trendelemburg, com a cabeça rodada para o
lado oposto e os MMSS estendidos.
O local da punção é na junção do ⅓ médio e
medial da clavícula, com agulha na direção da
fossa jugular.
■ VEIA JUGULAR INTERNA
As vantagens são:
- menor risco de pneumotórax iatrogênico;
- abordagem pela cabeceira do leito;
- compressão direta da artéria em caso de
punção acidental;
- baixo risco de falha por profissionais
inexperientes.
As desvantagens são:
- não é ideal para acessos de tempo
prolongado;
- risco de punção da a. carótida;
- desconfortável para o paciente;
- difícil manutenção do cateter e do curativo;
- risco de perfuração do ducto torácico (à
esquerda);
- difícil identificação anatômica em pacientes
obesos ou edemaciados;
- proximidades do cateter da área de
abordagem para pacientes com
traqueostomia;
- propensão à colapsar em estados
hipovolêmicos;
- difícil acesso durante manejo emergencial
da via aérea.
A técnica consiste na mesma anterior, mas o
local da punção é o ápice do ângulo entre as
cabeças do ECM.
Obs.: Uma complicação comum é o
pneumotórax (por perfuração da pleura
parietal).
Obs.: Nas punções de subclávia e jugular,
deve-se, sempre, radiografar.
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