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Instituição: Estácio de Sá Campus: Alcântara EP1 NPJ ALCÂNTARA 2020.2 CASO CONCRETO 2 PRÁTICA SIMULADA II ( TRABALHO) Tício, auxiliar administrativo, residente no município de São Gonçalo-RJ, foi contratado pela empresa Alfa LTDA, para trabalhar na filial localizada no Município do Rio de Janeiro-RJ, em 4 de janeiro de 2016. A contratação ocorreu no município de Niterói, local onde está situada a matriz da empresa. Cumpria jornada de trabalho das 8 às 17h, com 1 hora de interva-lo para repouso e alimentação. Recebia o salário mensal de R$ 2.000,00 (dois mil reais). Foi imotivadamente dispensado, sem prévio aviso, no dia 26 de janeiro de 2017, ocasião em que nada lhe foi pago a título de verbas resilitórias. Informa que, encontra-se desempregado até o presente momento e que nunca usufruiu férias. Você, na qualidade de advogado(a) do sindica-to da categoria de TÍCIO, promova a medida processual cabível, observando o procedimento devido e o Juízo competente. 4CM MERITÍSSIMO JUÍZO DA _____VARA DO TRABALHO DA COMARCA DO RIO DE JANEIRO. 2CM 10 LINHAS Tício, brasileiro, estado civil ___, auxiliar administrativo, data de nascimento ____, inscrito no RG n° ___, portador da CTPS n° ____, inscrito no PIS sob o n° ______, nome da mãe ___, endereço eletrônico _____, residente e domiciliado no endereço _____, com CEP ____, vem, por seu advogado infra-assinado, endereço eletrônico _____, com endereço profissional com-pleto com CEP ____, onde recebe intimações, com fulcro no artigo 840, parágrafo 1°, da CLT c/c artigo 319 do CPC, propor RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, em face DA SOCIEDADE LIMITADA ALFA, inscrita no CNPJ n° ___, com endereço ____, CEP ____, pelos seguintes fatos e fundamentos jurídicos que se passa a expor: I- DA GRATUIDADE JUDICIÁRIA Requer o Autor, nos termos da lei n° 1.060 de 1950 e dos artigos 98 e seguintes do CPC e 5°, LXXIV DA CRFB/88, que lhe seja deferido os benefícios da justiça gratuita, tendo em vista de que o mesmo não pode arcar com as custas processuais e com os honorários advocatícios sem o prejuízo do sustento próprio. II- DA COMPETÊNCIA DO JUÍZO É competente este foro para a propositura da presente ação, tendo em vista que, embora a con-tratação tenha sido feita na cidade de Niterói-RJ, a prestação do serviço se deu na cidade do Rio de Janeiro/RJ, conforme é exposto nos autos e assim preleciona o artigo 651 da CLT. Artigo 651- A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado no outro local ou estrangeiro. Portanto, resta-se nítido a competência desde juízo para apreciação do caso em tela. II- DOS FATOS. Ocorre que Tício, ora reclamante, fora admitido como auxiliar administrativo, em contrato firmado com a empresa ALFA LTDA, ora reclamada, para trabalhar na filial desta localidade no município do Rio de Janeiro-RJ, em 4 de janeiro de 2016. Tício cumpria jornada de trabalho das 8 às 17h, com 1 hora de intervalo para repouso e alimentação. Percebia o salário mensal de R$ 2.000,00 (dois mil reais). Acontece que em 26 de janeiro de 2017, com mais de um ano de prestação de serviços, o autor fora imotivadamente dispensado, sem prévio aviso, e percebimento algum das verbas resilitórias, tampouco pode-se dizer das férias, jamais usufruídas. Tício hoje encontra-se desempregado, vivendo as amarguras de uma vida com direitos violentamente extirpados. III- DO MÉRITO III-I. DA DIREITO A PERCEPÇÃO DAS VERBAS RESCISÓRIAS Excelência, desde logo, convém registrar que o Autor possui o digno direito de receber as suas verbas resilitórias, não por tão somente terem sido todas elas olvidadas e injustificada-mente não pagas, mas, a bem verdade, por serem o primeiro socorro alimentício de um traba-lhador quando se encontra repentinamente sem os provimentos as suas mínimas condições de existência. Percebe-se, no caso em tela, que o SR, Tício foi obstado de receber os valores do aviso prévio (no caso, indenizado), saldo de salário, férias vencidas integrais acrescidas do terço constitucional, o décimo terceiro salário, os depósitos referentes ao fundo de garantia por tempo de serviço (FGTS) com a respectiva multa dos 40% do saldo do aludido fundo. Como se vê, nobre magistrado, resta-se claro a proporção da severidade na vida do traba-lhador e nos mandamentos da lei, que foram sumariamente feridos por um empregador sem escrúpulos. III-II. DA DESCRIÇÃO DAS VERBAS RESILITÓRIAS DEVIDAS Nobre julgador, por motivos aclaratórios, faz-se necessário discriminar de modo especi-fico os valores e os fundamentos legais de todas as verbas devidas. Como já explanado em alhures, são os valores referentes: · Ao aviso prévio indenizado (artigo 487, II, da CLT, artigo 7°, XXI da CRFB/88 e o artigo 1° da Lei 12.506/2011); · Saldo de salário (artigo 457 e 458 c/c 462 da CLT); · Férias vencidas integrais acrescidas do terço constitucional (artigo 7° da CRFB88, XVII. CLT- artigo 129, CLT – artigo 146, súmula 328 do TST); · Décimo terceiro salário (CRFB 88 – artigo 7° VIII, Lei 4090/62 artigo 1° e artigo 3°); · Depósitos referentes ao fundo de garantia por tempo de serviço (Lei 8036/90 artigo 20). Com a respectiva multa dos 40% do saldo de aludido fundo (Lei 8036/90 – artigo 18). III-III. DA APLICAÇÃO DA MULTA DISPOSTA NO ARTIGO 477, PARÁGRAFO 8°, DA CLT Excelência, com devido respeito, mostra-se claramente necessário no caso em tela a apli-cação de multa que é exposta no artigo 477, parágrafo 8° da CLT, levando em consideração que o prazo para o pagamento das verbas rescisórias em muito fora desrespeitado pelo empre-gador, tornando, assim, a premente necessidade de se estabelecer um punição a contento para aquele que desrespeita a lei. E quando, então, tal desrespeito fere gravemente verbas de natureza alimentícia, mostra-se ainda mais justa a penalidade. Nesse sentido: RECURSO DE REVISTA. MULTA DO ARTIGO 477 DA CLT. A multa do artigo 477, parágrafo 8° da CLT tem como escopo compensar o prejuízo oriundo, unicamente, do não pagamento das verbas rescisórias no prazo legal estabelecido por seu parágrafo 6°, não aquele porventura decorrente de atraso na homologação da rescisão contra-tual. Recurso de revista não conhecido. (TST – RR: 404020145120031, Relatos: Renato de Lacerda Paiva, data de julgamento: 20/05/2015, 2° Turma, data de publicação: DEJT 29/05/2015). IV. DOS PEDIDOS Por todo o exposto, juntamente com a efetiva condenação da Reclamada, deste logo, com o devido respeito e acatamento, perante a vossa Excelência, o autor passar a requer: · Seja julgado procedente os pedidos expostos na exordial; · Protestar em provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidos, notadamente oitiva de testemunhas e depoimento pessoal, nos termos do artigo 369 do CPC/15; · O deferimento do pedido de justiça gratuita, visto que o mesmo é pobre na forma da lei e de acordo com os artigos 98 do CPC/15, e 5° LXXIV, da CRFB/88 e na lei 1.060/50. · A notificação da Reclamada para comparece à audiência a ser designada para, querendo, apresentar defesa a presente reclamação e acompanhá-la em todos os seus termos, sob as penas da lei. · Julgar ao final, totalmente procedente a presente Reclamação, condenando a Reclamada a: a) Aviso prévio indenizado e b) 13° salário proporcional c) Férias vencidas e proporcionais + 1/3 constitucional; d) Condenar a Reclamada ao pagamento da multa prevista no artigo 477 da CLT. Dar-se-á o valor da causa em R$ 10.000,00 (Dez mil reais) Nestes termos, pede e espera deferimento. Local, Data _____ Advogado OAB ___/UF _____
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