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2019
	UNIVERSIDADE GUARULHOS - SP		Nome:	 	Andreia Aparecida Tito Dos 	Carolina Silva Esteves 	Erivaldo 	Fernanda Midori 	Isabella Leão Dias de 	Rachel Finotti de Freitas	Larissa Alves Corredato 			
[PSICOLOGIA JURÍDICA]
 Esse artigo tem como objetivo apresentar a história da Psicologia Jurídica no Brasil e os principais campos de atuação, com uma breve descrição das áreas desempenhadas pelos psicólogos.
1. Histórico da Psicologia Jurídica no Brasil
A história dos Psicologia Jurídica teve seu reconhecimento da profissão na década de 1960. Essa ação foi de uma forma gradual e lenta e algumas vezes de um modo informal, por meio de trabalhos voluntários. 
Os primeiros trabalhos aconteceram na área criminal, tendo como foco em estudos a respeito de adultos criminosos e adolescentes infratores da lei. 
A partir da promulgação da Lei de Execução Penal (Lei Federal nº 7.210/84)Brasil (1984), o psicólogo passou a ser autenticado legalmente pela instituição penitenciária. 
Atualmente para o psicólogo encontrar respostas para solução de problemas, o profissional utiliza estratégias de avaliações com objetivos determinados. 
O histórico inicial potencializa a aproximação da Psicologia e do Direito por meio da área criminal e a importância dada à avaliação psicológica. Apesar das particularidades de cada estado brasileiro, a prestação dos setores da psicologia era, a perícia psicológica nos processos cíveis, de crime e ás vezes nos processos de adoção.
Com a implantação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) Brasil (1990), o Juizado de Menores passou a ser nomeado como Juizado da Infância e Juventude.
O trabalho do psicólogo foi ampliado, envolvendo atividades na área pericial, acompanhamentos e aplicação das medidas de proteção ou medidas socioeducativas.
Outras formas de atuação além da avaliação psicológica ganharam força, entre elas a implantação de medidas de proteção e socioeducativas e o encaminhamento e acompanhamento de crianças e/ou adolescentes.
A avaliação psicológica ainda é a principal demanda dos operadores do Direito. É possível concluir que esse ramo da Psicologia é muito recente, especialmente na área científica. As deficiências na formação decorem em parte, do rápido desenvolvimento das relações entre Psicologia e Direito e o despreparo para lidar com avanços e as novas áreas de atuação que surgem a cada dia. 
2. O que é Psicologia Jurídica?
“É um campo de investigação/ação do psicólogo especializado, cujo objeto de estudo é o comportamento dos atores do fato jurídico, no âmbito do Direito, da Lei e da Justiça” (Jesus, 2001).
“Especialidade que desenvolve um grande e específico campo de relações entre o mundo do Direito e da Psicologia, nos aspectos teóricos, explicativos e de pesquisa, aplicação, avaliação e tratamento” (Colégio Oficial de Psicólogos, 1997).
3. Objetivo
É verificar o campo de atuação do psicólogo jurídico e suas atribuições. É mostrar a importância da Psicologia Jurídica uma vez que compreende o estudo, o comportamento, a precaução, o acompanhamento e o tratamento de fenômenos psicológicos que prejudicam ou podem vir a prejudica a conduta de uma pessoa ao ponto de levá-la a infringir as normas legais vigentes na sociedade.
A conduta humana é o objeto de estudo tanto do Direito quanto da Psicologia Jurídica.
4. Importante
Antes de entrarmos diretamente em assuntos relacionados á Psicologia jurídica e atuação do Especialista.
É importante destacar os princípios apontados que encaminham a profissão do Psicólogo assim como a responsabilidade e a vedação por atos ilícitos:
- Código de Ética Profissional do Psicólogo, Resolução N° 010/2005
- Resolução de Fiscalização e Orientação Nº 6, de 17 de março de 2007 - Institui o Código de Processamento Disciplinar 
- Resolução 13/2007- CFP
5. RESOLUÇÃO CFP Nº 010/05 
O Código de Ética Profissional do Psicólogo
· Princípios Fundamentais
I. O psicólogo baseará o seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade, da dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores que embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
II. O psicólogo trabalhará visando promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e das coletividades e contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
 III. O psicólogo atuará com responsabilidade social, analisando crítica e historicamente a realidade política, econômica, social e cultural.
 IV. O psicólogo atuará com responsabilidade, por meio do contínuo aprimoramento profissional, contribuindo para o desenvolvimento da Psicologia como campo científico de conhecimento e de prática. 
V. O psicólogo contribuirá para promover a universalização do acesso da população às informações, ao conhecimento da ciência psicológica, aos serviços e aos padrões éticos da profissão. 
VI. O psicólogo zelará para que o exercício profissional seja efetuado com dignidade, rejeitando situações em que a Psicologia esteja sendo aviltada. 
VII. O psicólogo considerará as relações de poder nos contextos em que atua e os impactos dessas relações sobre as suas atividades profissionais, posicionando-se de forma crítica e em consonância com os demais princípios deste Código.
6. RESPONSABILIDADES DO PSICÓLOGO
· Art. 1º – São deveres fundamentais dos psicólogos: 
a) Conhecer, divulgar, cumprir e fazer cumprir este Código;
b) Assumir responsabilidades profissionais somente por atividades para as quais esteja capacitado pessoal, teórica e tecnicamente; 
c) Prestar serviços psicológicos de qualidade, em condições de trabalho dignas e apropriadas à natureza desses serviços, utilizando princípios, conhecimentos e técnicas reconhecidamente fundamentados na ciência psicológica, na ética e na legislação profissional; 
d) Prestar serviços profissionais em situações de calamidade pública ou de emergência, sem visar benefício pessoal; 
e) Estabelecer acordos de prestação de serviços que respeitem os direitos do usuário ou beneficiário de serviços de Psicologia; 
f) Fornecer, a quem de direito, na prestação de serviços psicológicos, informações concernentes ao trabalho a ser realizado e ao seu objetivo profissional; 
g) Informar, a quem de direito, os resultados decorrentes da prestação de serviços psicológicos, transmitindo somente o que for necessário para a tomada de decisões que afetem o usuário ou beneficiário;
h) Orientar a quem de direito sobre os encaminhamentos apropriados, a partir da prestação de serviços psicológicos, e fornecer, sempre que solicitado, os documentos pertinentes ao bom termo do trabalho;
 i) Zelar para que a comercialização, aquisição, doação, empréstimo, guarda e forma de divulgação do material privativo do psicólogo sejam feitas conforme os princípios deste Código;
j) Ter, para com o trabalho dos psicólogos e de outros profissionais, respeito, consideração e solidariedade, e, quando solicitado, colaborar com estes, salvo impedimento por motivo relevante; 
k) Sugerir serviços de outros psicólogos, sempre que, por motivos justificáveis, não puderem ser continuados pelo profissional que os assumiu inicialmente, fornecendo ao seu substituto as informações necessárias à continuidade do trabalho;
 l) Levar ao conhecimento das instâncias competentes o exercício ilegal ou irregular da profissão, transgressões a princípios e diretrizes deste Código ou da legislação profissional.
· Art. 2º – Ao psicólogo é vedado:
a) Praticar ou ser conivente com quaisquer atos que caracterizem negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade ou opressão;
b) Induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas, de orientação sexual ou a qualquer tipo de preconceito, quando do exercício de suas funções profissionais; 
c) Utilizar ou favorecer o uso de conhecimento e a utilização de práticaspsicológicas como instrumentos de castigo, tortura ou qualquer forma de violência; 
d) Acumpliciar-se com pessoas ou organizações que exerçam ou favoreçam o exercício ilegal da profissão de psicólogo ou de qualquer outra atividade profissional; 
e) Ser conivente com erros, faltas éticas, violação de direitos, crimes ou contravenções penais praticados por psicólogos na prestação de serviços profissionais;
f) Prestar serviços ou vincular o título de psicólogo a serviços de atendimento psicológico cujos procedimentos, técnicas e meios não estejam regulamentados ou reconhecidos pela profissão;
g) Emitir documentos sem fundamentação e qualidade técnicocientífica;
h) Interferir na validade e fidedignidade de instrumentos e técnicas psicológicas, adulterar seus resultados ou fazer declarações falsas;
i) Induzir qualquer pessoa ou organização a recorrer a seus serviços; 
j) Estabelecer com a pessoa atendida, familiar ou terceiro, que tenha vínculo com o atendido, relação que possa interferir negativamente nos objetivos do serviço prestado; 
k) Ser perito, avaliador ou parecerista em situações nas quais seus vínculos pessoais ou profissionais, atuais ou anteriores, possam afetar a qualidade do trabalho a ser realizado ou a fidelidade aos resultados da avaliação; 
l) Desviar para serviço particular ou de outra instituição, visando benefício próprio, pessoas ou organizações atendidas por instituição com a qual mantenha qualquer tipo de vínculo profissional; 
m) Prestar serviços profissionais a organizações concorrentes de modo que possam resultar em prejuízo para as partes envolvidas, decorrentes de informações privilegiadas;
n) Prolongar, desnecessariamente, a prestação de serviços profissionais; 
o) Pleitear ou receber comissões, empréstimos, doações ou vantagens outras de qualquer espécie, além dos honorários contratados, assim como intermediar transações financeiras; 
p) Receber, pagar remuneração ou porcentagem por encaminhamento de serviços;
q) Realizar diagnósticos, divulgar procedimentos ou apresentar resultados de serviços psicológicos em meios de comunicação, de forma a expor pessoas, grupos ou organizações.
7. Resolução de Fiscalização e Orientação Nº 6, de 17 de março de 2007 - Institui o Código de Processamento Disciplinar.
· Quanto apuração de denúncias :
Os processos disciplinares éticos serão iniciados mediante representação de qualquer interessado ou, de ofício, pelos Conselhos de Psicologia, por iniciativa de qualquer de seus órgãos internos ou de seus Conselheiros, efetivos ou suplentes. Os procedimentos a serem adotados no processo ético devem seguir as disposições previstas no Código de Processamento Disciplinar (Resolução nº 06/2007 do CFP). A apuração dos fatos será realizada pelo Conselho Regional de Psicologia da jurisdição onde ocorreu o fato. A partir dos dados obtidos nos procedimentos de apuração, a Comissão de Ética proporá o arquivamento da representação ou a instauração de processo disciplinar-ético. O conteúdo do processo ético terá caráter sigiloso, sendo permitido acesso aos autos apelas pelas partes e seus procuradores.
· Com relação á instauração do processo
Determinada a instauração do processo, a Comissão de Ética, ou de Instrução determinará a citação do psicólogo processado para que ofereça defesa, por escrito, no prazo de 15 dias.
· Do Julgamento
Recebidos os autos da Comissão, o Plenário designará um relator dentre os Conselheiros efetivos ou suplentes em exercício. O relator designado deverá apresentar seu relatório na reunião plenária do julgamento, em que só participam os conselheiros e as partes. Esclarecidas as dúvidas sobre o relatório, o Presidente encerrará a discussão e os Conselheiros passarão à votação.
· Das penalidades 
O artigo 21 do Código de Ética Profissional do Psicólogo enumera as penalidades aplicáveis decorrentes do Processo:
a) Advertência;
b) Multa;
c) Censura pública;
d) Suspensão do exercício profissional, por até 30 (trinta) dias, ad referendum do Conselho Federal de Psicologia;
e) Cassação do exercício profissional, ad referendum do Conselho Federal de Psicologia.
· Processos Éticos
Os processos disciplinares éticos serão iniciados mediante representação de qualquer interessado ou, de ofício, pelos Conselhos de Psicologia, por iniciativa de qualquer de seus órgãos internos ou de seus Conselheiros, efetivos ou suplentes. Os procedimentos a serem adotados no processo ético devem seguir as disposições previstas no Código de Processamento Disciplinar (Resolução nº 06/2007 do CFP).A apuração dos fatos será realizada pelo Conselho Regional de Psicologia da jurisdição onde ocorreu o fato. A partir dos dados obtidos nos procedimentos de apuração, a Comissão de Ética proporá o arquivamento da representação ou a instauração de processo disciplinar-ético. O conteúdo do processo ético terá caráter sigiloso, sendo permitido acesso aos autos apelas pelas partes e seus procuradores.
Determinada a instauração do processo, a Comissão de Ética, ou de Instrução, determinará a citação do psicólogo processado para que ofereça defesa, por escrito, no prazo de 15 dias. Desta forma o mesmo terá oportunidade apresentar recurso
8. RESOLUÇÃO 13/2007- CFP
A Resolução CFP 13/07 institui a Consolidação das Resoluções relativas ao Título Profissional de Especialista em Psicologia e dispõe sobre normas e procedimentos para seu registro.
· Registro de Especialista 
É importante esclarecer que as especialidades regulamentadas são profissionais, isto é, são especialidades no campo do exercício profissional do psicólogo.
Claro que há um número maior de especialidades, mas foram regulamentadas algumas que se configuraram como mais definidas e consensuais.
Novas especialidades poderão ser regulamentadas, pelo CFP, sempre que sua produção teórica, técnica e institucionalização social assim as justifiquem.
· DEFINIÇÕES:
I - Psicóloga/o especialista em Psicologia Escolar/Educacional
II - Psicóloga/o especialista em Psicologia Organizacional e do Trabalho
III - Psicóloga/o especialista em Psicologia de Trânsito
IV - Psicóloga/o especialista em Psicologia Jurídica
V - Psicóloga/o especialista em Psicologia do Esporte
VI - Psicóloga/o especialista em Psicologia Clínica
VII - Psicóloga/o especialista em Psicologia Hospitalar
VIII - Psicóloga/o especialista em Psicopedagogia
IX - Psicóloga/o especialista em Psicomotricidade
X - Psicóloga/o especialista em Psicologia Social
XI - Psicóloga/o especialista em Neuropsicologia
XII – Psicóloga/o especialista em Saúde (Resolução CFP 003/2016)
9. Atribuições do Psicólogo Jurídico
O psicólogo jurídico pode exercer em várias áreas dentro de seu conhecimento.
É necessário ao profissional, analisar as questões que versam sobre desvio de conduta no que pertencem a origem psicológica, vai analisar, justificar ou explicar, a partir do ponto de vista psicológico, as causas relacionados à saúde mental que conduziram o réu a praticar um delito.
 A participação do psicólogo jurídico pode ser decisiva para a decisão e conclusão de casos processuais.
10. Como se tornar um especialista em Psicologia Jurídica
O primeiro passo é começar por uma graduação em Psicologia, para ter uma base de conhecimento da Psicologia Jurídica, pois essa é uma das avaliações que faz parte da grade curricular do curso, no final do curso, o estudante passa por um estágio supervisionado obrigatório, para assim ter contato prático com a profissão escolhida.
Assim que o graduado conclui o curso, precisa se inscrever no Conselho Regional de Psicologia (CRP) de sua região. O que não é obrigatório, mas aconselhado para quem quer ser um psicólogo jurídico, é se especializar em Psicologia Jurídica. 
É possível obter o Título Profissional de Especialista em Psicologia do Conselho Federal de Psicologia (CFP) prestando concurso proporcionado pelo CFP, com exames teóricos e práticos, e, além disso, comprovar experiência profissional de ao menos dois anos de experiência. 
· Documentação e Procedimentos
Conclusão de cursos de especialização credenciados pelo CFP,e conclusão de cursos de especialização credenciados pelo MEC: Seguindo a Ação Civil Pública nº 5994-36.2013.4.01.3800, em trâmite na 20ª Vara Federal da Seção Judiciária de Minas Gerais o Conselho Federal de Psicologia suspendeu o credenciamento e recredenciamento de cursos para concessão do Título Profissional de Especialista em Psicologia,  bem como orientou os Conselhos Regionais a emitirem o título aos profissionais que tenham concluído cursos de especialização credenciados pelo MEC, desde que atendam aos demais requisitos previstos na Resolução CFP nº 013/2007.  Logo, o título de especialista será emitido para psicólogas/os que concluíram os cursos de pós graduação reconhecidos pelo MEC.
Destacamos que o título de especialista em psicologia é uma referência sobre a qualificação da/o psicóloga/o, não se constituindo condição obrigatória para o exercício profissional.
- Poderão ser registrados até dois títulos profissionais de especialidade;
- É possível o cancelamento do título, ou substituição por outro, a qualquer tempo;
- Não há obrigatoriedade de solicitar o título de especialista. É um direito que a/o psicóloga/o tem.
Na hipótese de o CFP regulamentar nova especialidade, será facultada a obtenção do título por experiência comprovada à/ao psicólogo que se encontra inscrita/o no Conselho Regional de Psicologia por, pelo menos, 5 (cinco) anos, contínuos ou intermitentes, em pleno gozo de seus direitos, o qual deverá apresentar os documentos identificados na Resolução CFP 013/07, comprovando a experiência profissional na especialidade por igual período.
Para obtenção do título de especialista as/os psicólogas/os devem estar inscritas/os há pelo menos dois anos no Conselho Regional de Psicologia e atender a um dos seguintes requisitos, conforme determina a Resolução CFP 013/07:
Aprovação em concurso de provas e títulos e comprovação de dois anos de experiência profissional: Os concursos para obtenção do título têm sido realizados periodicamente em edital unificado para todas as especializações regulamentadas.
11. ÁREAS ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO JURÍDICO
Neste ponto vamos detalhar as áreas de atuação na qual o psicólogo jurídico pode atuar:
· Psicologia Jurídica no âmbito dos Direitos Humanos
Psicologia e Direitos Humanos
 A Psicologia deve considerar a subjetividade uma premissa fundamental à garantia dos direitos humanos, destacando a necessidade de que a subjetividade seja entendida como uma construção histórico-social, ou seja, construída nas relações que o sujeito estabelece com o contexto do qual faz parte.
Definição de direitos Humanos pela ONU :
 “Garantias universais que protegem indivíduos e grupos contratações ou omissões dos governos que atentem contra a dignidade humana”.
Segundo o Artigo de Gesser ,Políticas públicas e direitos humanos: desafios à atuação do Psicólogo (Psicologia Ciência e Profissão, vol. 33, 2013, pp. 66-77
· Psicologia Jurídica no âmbito do Direito do Trabalho
Psicologia e o Direito do trabalho
O Psicólogo jurídico e o direito do trabalho pode atuar como perito em processos trabalhistas. 
A perícia a ser realizada nesses casos serve como uma vistoria para avaliar o nexo entre as condições de trabalho e a repercussão na saúde mental do indivíduo. 
Na maioria das vezes, são solicitadas verificações de possíveis danos psicológicos supostamente causados por acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, casos de afastamento e aposentadoria por sofrimento psicológico. Cabe ao psicólogo a elaboração de um laudo no qual irá traduzir, com suas habilidades e conhecimento da causa.
· Psicologia do Direito Civil
Psicologia âmbito Civil
O psicólogo vai atuar nos processos em que são requeridas indenizações em virtude de danos psíquicos e também nos casos de interdição judicial. 
O dano psíquico pode ser definido como a sequela, na esfera emocional ou psicológica de forma traumatizantes com efeitos traumáticos na organização psíquica e comportamental da vítima. Cabe ao psicólogo, de posse de seu referencial teórico e instrumental técnico, avaliar a real presença desse dano e ficar atento a possíveis manipulações dos sintomas.
Direito da Família
Atuação dos psicólogos nas Varas da Infância e da Juventude e nas Varas de Família tem como objetivo destacar e analisar os aspectos psicológicos das pessoas envolvidas no processo jurídico, que digam respeito a questões afetivo-comportamentais da dinâmica familiar, ocultas por trás das relações processuais, e que garantam os direitos e o bem-estar da criança e/ou adolescente, a fim de auxiliar o juiz na tomada de uma decisão que melhor atenda às necessidades desses sujeitos.
Podemos identificar que psicólogo que atua questões relacionadas ao Direito de Família, em que os processos são contenciosos, vão atuar diretamente em audiências em situações que envolvem violência familiar; nas indicações terapêuticas às pessoas atendidas e, principalmente, na realização de perícias psicológicas.
Com relação as pericias às solicitações contidas nos processos judiciais, são feitas através de respostas aos quesitos formulados pelos advogados das partes envolvidas, pelo Ministério Público e, posteriormente, emitidos os laudos visando a auxiliar os magistrados nos julgamentos dos processos judiciais.
· Mediação
É um processo de gestão de conflitos, no qual as pessoas envolvidas são auxiliadas por um terceiro imparcial, o mediador, na eliminação de adversidades através do esclarecimento das áreas de maior dificuldade, o que proporcionará às partes uma discussão produtiva, podendo chegar a construir um acordo de benefício mútuo. (BREITMANN; PORTO)
A mediação familiar é muito mais do que a resolução de conflitos, pois procura minimizar os efeitos de uma ruptura para a posição parental, o que vem possibilitar a reorganização daquela família, com outras perspectivas e de restauradas funções. Com ela, os cônjuges conseguirão compreender que apenas deixarão de ser marido e mulher, mas terão a convicção de que serão sempre pais de seus filhos. 
A importância do trabalho dos psicólogos através da análise e compreensão do comportamento humano no contexto afetivo e social, principalmente nos casos de família, considerando a existência do inconsciente das pessoas envolvidas no litígio, reconhecendo que, por detrás desses atos, podem estar latentes determinações que a razão desconhece. Ou seja, através dessa formação, conseguir decodificar mensagens que são transmitidas pelas partes que outros profissionais não conseguiriam identificar.
· Direito da Criança e Adolescente
Destaca-se o trabalho dos psicólogos junto aos processos de adoção e destituição de poder familiar e também o desenvolvimento e aplicação de medidas socioeducativas dos adolescentes infratores.
Base legal : Estatuto da criança e do adolescente o (ECA); 
Especificamente no que se refere aos direitos fundamentais, direito à liberdade, ao respeito e à dignidade da criança e do adolescente.
A principal função do psicólogo é a perícia judicial, realizando diligências especificas para diagnosticar aspectos conflitivos da dinâmica familiar, e consubstanciar seus resultados e conclusões em um laudo, documento que será anexado ao processo, segundo as regras processuais e éticas que serão vistas adiante.
O psicólogo judiciário pode atuar em direito da Infância e Adolescência em situações de abandono, risco, abuso, violência, negligência, depoimento com redução de dano, medidas protetivas e socioeducativas, oitiva de crianças vítimas de abuso sexual, estudo da família, avaliações psicológicas do estado emocional da criança ou do adolescente. Já o que atua em prol do direito civil: casos de interdição em geral, indenização, anulação de atos da vida civil por incapacidade do agente - doença mental -, dano moral, entre outras ocorrências cíveis.
· Psicologia Jurídica no Direito Penal
O psicólogo jurídico no âmbito do direito penal, poderá ser solicitado para atuar como perito nas questões da averiguação de periculosidade e das condições de discernimento ou sanidade mentaldas partes assim como no litígio ou em julgamento. 
A criação da Lei de Execução Penal (LEP), em 1984, foi um marco no trabalho dos psicólogos no sistema prisional, pois a partir dela o cargo de psicólogo passou a existir oficialmente. 
· Penitenciária e Carcerária
A Psicologia Penitenciaria Implica no trabalho do psicólogo dentre de presídios. Ou seja, quando o juiz opta por manter afastado da sociedade pessoas que já foram condenadas por crimes cometidos ou aquelas que estão aguardando julgamento em meio fechado.
Principais funções do psicólogo nesta área de penitenciária e carcerária:
- Avaliar detentos nas diferentes fases de internamento: inteligência, personalidade, processos psicológicos, habilidades e outros.
- Elaborar relatórios psicológicos para as autoridades competentes: mediante solicitação e baseada na abordagem criminológica.
- Elaborar planos de tratamento para cada pessoa privada de liberdade.
- Executar programas de intervenção psicoterapêutica: individual e em grupo.
- Proporcionar formação para novos profissionais da psicologia que venham a compor o quadro de recursos humanos.
- Realizar diagnósticos de transtornos mentais, distúrbios de comportamento sexual e de alta periculosidade.
- Desenvolver programas de saúde social e mental.
- Organizar grupos de apoio com detentos: comissão de saúde, disciplina, higiene, esportes.
- Treinar todos os profissionais da equipe técnica e de vigilância.
· Criminologia
“A ciência empírica (baseado na observação e experiência) e interdisciplinar que tem por objeto de análise o crime, a personalidade do autor do comportamento delitivo, da vítima e o controle social das condutas criminosas”. Nestor Sampaio Penteado Filho (2010, p.19) em sua obra, Manual Esquemático de Criminologia.
A psicologia criminal, por sua vez, tem por objetivo o estudo da personalidade, buscando entender os fatores que a influenciam, ou seja, biológicos, mesológicos (meio ambiente) ou social.
· Vitimologia
É importante compreendermos que a vitimologia dedica-se também à aplicação de medidas preventivas e à prestação de assistência às vítimas, visando, assim, à reparação de danos causados pelo delito. 
Ao psicólogo , atuante nessa área deverá traçar o perfil e compreender as reações das vítimas perante a infração penal, avaliando o comportamento e a personalidade da vítima.
 A intenção é averiguar se a prática do crime foi estimulada pela atitude da vítima, o que pode denotar uma cumplicidade passiva ou ativa para com o criminoso. Para tanto, a análise é feita desde a ocorrência até as consequências do crime (Brega Filho, 2004).
· Psicologia Jurídica no âmbito Militar 
· Psicologia Policial 
A atuação dos psicólogos no âmbito policial é de suma importância, já que é por intermédio do aludido profissional que o servidor será avaliado. Diante disso, tem-se um panorama mais completo, sendo possível verificar se os policiais estão afetados psicologicamente, se pode permanecer em serviço, bem como se pode portar armas. Cuida-se da saúde mental do profissional, que está atrelada ao fato de exercer suas funções sem que isso acarrete dano.
- Avaliar e diagnosticar as condutas psicológicas dos atores jurídicos;
- Assessorar / orientar, como perito, órgãos judiciais em questões próprias de sua área; 
 -Intervir, planejar e realizar programas de prevenção, de tratamento, de reabilitação e de integração de atores jurídicos na comunidade;
 - Formar e educar os profissionais do sistema legal em conteúdos e técnicas psicológicas úteis em seu trabalho;
- Mediar, apresentar soluções negociadas aos conflitos jurídicos, visando diminuir e prevenir e dano emocional e social.
· Psicologia Juri
O tribunal do Juri no Brasil tem a competência para julgar crimes dolosos contra a vida (Homicídios). 
A participação dos jurados é fundamental para a condenação ou absorção do réu, o juiz não interfere na decisão, e sim como será executado a escolha do veredito. 
Vamos citar como exemplo a atuação do psicólogo jurídico no tribunal atuando com o parecer técnico, com informações dos jurados:
como dados demográficos e psicossociais, idade, sexo, raça, condições socioeconômicas, estado civil, escolaridade, crenças, viés político, profissão.
Cujo objetivo é analisar quais jurados são mais propensos á condenar ou absorver os condenados.
· Psicologia do Testemunho
Os psicólogos podem ser solicitados a avaliar a veracidade dos depoimentos de testemunhas e suspeitos, de forma a colaborar com os operadores da justiça.
O chamado fenômeno das falsas memórias tem assumido um papel muito importante na área da Psicologia do Testemunho. Inclusive no âmbito do depoimento sem Dano, que tem como objetivo, proteger psicologicamente crianças e adolescentes vítimas de abusos sexuais e outras infrações penais que deixam graves sequelas no âmbito da estrutura da personalidade.
12. MERCADO DE TRABALHO E A PROCURA
O campo de trabalho é muito amplo e está crescendo cada vez mais. 
Infelizmente, em um país onde o índice de violência é alto, as pessoas socorrem ás respostas, causas ou explicações de diversos delitos no âmbito psicológico. 
· Honorários e Remunerações em Termos de Pesquisa de Mercado
Para informar os honorários dessa especialidade, é importante verificar o tempo de experiência no setor privado, a conduta da empresa ou do cliente para o qual vai prestar serviço e a sua localização. 
Este profissional  ganha em média R$ 3.443,33 no mercado de trabalho brasileiro para uma jornada de trabalho de 35 horas semanais de acordo com o CAGED do MTE e pesquisa do Salario.com.br no período de 06/2018 até 01/2019 com um total de 29 salários.
A faixa salarial do Psicólogo Jurídico CBO 2515-25 fica entre R$ 2.444,77 (média do piso salarial 2019 de convenções coletivas e dissídios), R$ 3.044,00 (salário mediana da amostragem) e o teto salarial de R$ 5.203,67, levando em conta profissionais contratados com carteira assinada em regime CLT a nível nacional.
· No âmbito das nossas pesquisas encontramos órgãos, associações e sociedade específicos que representam a categoria:
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA
· Conselho Federal de Psicologia – CFP é uma autarquia de direito público, com autonomia administrativa e financeira, cujos objetivos, além de regulamentar, orientar e fiscalizar o exercício profissional, como previsto na Lei 5766/1971, regulamentada pelo Decreto 79.822, de 17 de junho de 1977, deve promover espaços de discussão sobre os grandes temas da Psicologia que levem à qualificação dos serviços profissionais prestados pela categoria à sociedade. 
· Conselho Regional de Psicologia de São Paulo - 6ª Região Tem a finalidade de orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão de psicólogo, de acordo com o estabelecido na Lei Federal n° 5.766, de 20 de dezembro de 1971. Existem 23 Conselhos Regionais em todo o País, distribuídos por Estados ou regiões. O CRP SP mantém uma sede na capital e nove subsedes no interior: Assis, Baixada Santista e Vale do Ribeira, Bauru, Campinas, Grande ABC, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Sorocaba e Vale do Paraíba e Litoral Norte. As metas e formas de trabalho do Conselho Federal (CFP) e dos Conselhos Regionais (CRPs) são pautadas pelas deliberações do Congresso Nacional de Psicologia, realizados a cada três anos, quando são aprovadas teses sobre a estrutura funcional dos Conselhos e os princípios que norteiam suas ações quanto aos exercícios, à formação e à ética profissional. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSICOLOGIA JURIDICA – ABPJ (DATA ABERTURA – 17/03/2015)
· A ABPJ é uma associação sem fins lucrativos, filiada ao Conselho Federal de Psicologia e devidamente registrada nos órgãos federais competentes, sob o CNPJ: 22.083.247/0001-51. O principal objetivo da ABPJ é divulgar conhecimento e pesquisas na área da Psicologia Jurídica, evidenciando a junção da Psicologia e do Direito, no estudo e combate à violência e criminalidade. 
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PSICOLOGIA JURIDICA
· A Sociedade Brasileira de Psicologia Jurídica é uma associação, sem finslucrativos, de caráter exclusivamente cultural, instituída na forma da legislação em vigor. A Sociedade Brasileira de Psicologia Jurídica foi fundada em 2008, por um grupo constituído de advogados, juízes, promotores de justiça, psicólogos, psiquiatras, professores ,pedagogos, biólogos, e estudantes dessas mesmas áreas. A SBPJ tem por objetivo divulgar e aprofundar o conhecimento da Psicologia Jurídica, fazendo-o através de cursos, palestras, seminários e congressos, bem como pelo incentivo da informação e produção de textos, artigos científicos, livros e revistas. Considera a Psicologia Jurídica uma disciplina ainda por construir, uma área de convergência e conexão entre direito, psicologia e ciências humanas e sociais.
BIBLIOGRAFIA
http://www.crpsp.org.br/portal/comunicacao/jornal_crp/127/frames/fr_profissao.aspx
https://www.guiadacarreira.com.br/carreira/psicologia-juridica/
https://www.educamaisbrasil.com.br/cursos-e-faculdades/psicologia/noticias/psicologia-juridica-tudo-o-que-voce-precisa-saber
https://site.cfp.org.br/https://www.mundovestibular.com.br/articles/19029/1/Tudo-o-que-voce-precisa-saber-sobre-Psicologia-Juridica/Paacutegina1.html
http://www.scielo.br/pdf/estpsi/v26n4/09.pdf
http://www.crpsp.org/site/index.php
http://www.salario.com.br 
http://www.abpj.org.br
http://revistas.fw.uri.br/index.php/psicologiaemfoco/article/download/1581/1769
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https://site.cfp.org.br/servicos/titulo-de-especialista/cursos-credenciados/
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