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AULA 6 NUTRIÇÃO DE BOVINOS PARTE 1

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NUTRIÇÃO DE BOVINOS PARTE 1 
08/09/2020 
Falamos sobre as fases da criação dos bovinos. Na 
fase de cria as vacas são cobertas na época de 
estação de monta, 1 mês antes do parto vão para 
o pasto maternidade aonde é um pasto especial 
para elas parirem, nesse pasto maternidade tem 
alguns cuidados, como: avaliar a condição 
corporal da vaca para que ela esteja parindo 
com a condição corporal adequada. E logo após 
o nascimento temos alguns cuidados para serem 
feitos com esses bezerros, eles ficavam por volta 
de 15 dias nesse pasto maternidade com a mãe e 
dps eram levados para o pasto aonde ficam até o 
momento da desmama, e dependendo do 
objetivo do produtor temos 3 tipos de desmama: 
-desmama tradicional- onde o custo é menor, 
sendo que os bezerros ficam a pasto, com apenas 
o leite materno e recebendo a pastagem. Pq a 
partir do momento que ele passa a se tornar 
ruminante ele começa a ingerir o capim, a mãe 
ensina ele a ingerir esse capim (ele come aonde a 
mãe come), e a presença desse alimento solido 
vai fazer com que ele se torne ruminante mais 
rapidamente. Ele fica com a mãe, e quando ele 
tem 7-8 meses ou 6-8 meses ele é desmamado 
com 150-180kg. 
-desmama precoce: é outra forma de desmama, 
ele é desmamado com 90 dias pesando 90kg, tem 
como objetivo a mãe e não o bezerro, já que 
desmamando precocemente tenho que ter 
cuidados maiores em suplementar esse bezerro 
(por ele ser mais jovem), e visa a mãe portanto tem 
como objetivo fazer com que ela emprenhe mais 
rapidamente, ela entra em cio mais rápido e 
consiga produzir um novo bezerro, ou tb 
desmamando mais cedo para que essa femea 
engorde para ser vendida para o abate, é mto 
usado em novilhas de 1° cria já que elas são mais 
sensíveis e ainda estão em fase de crescimento. 
-desmama com creep-feeding: tem como 
objetivo desmamar bezerros mais pesados já que 
eles são suplementados a partir dos 2 meses de 
idade, quando a produção do leite da mãe 
começa a cair eu forneço essa suplementação 
concentrada que apenas o bezerro tem acesso, 
ele vai manter um alto ganho sendo desmamado 
mais pesado, então ele tem a mesma idade da 
desmama tradicional (de 7-8 meses ou 6-8 meses), 
só que desmamando com um peso maior 230-
250kg). O objetivo de desmamar bezerros pesados 
é que ele atinja mais rapidamente o peso de 
abate, então conseguindo abater um animal 
precocemente ou fazendo o creep-feeding para 
as femeas eu consigo que elas atinjam a primeira 
cobertura a uma idade menor, tendo o 1° parto 
com 24 meses, que seria considerado o ideal. 
-Esses animais após a desmama vão para a fase 
de recria, que tem como objetivo ganhar estrutura 
e peso para entrar na fase de terminação (se o 
objetivo é produzir carne, que eles atinjam o 
acabamento e o peso em uma idade 
considerada adequada). Então quanto mais 
cedo abatermos esse animal teremos uma carne 
de melhor qualidade e uma melhor conversão 
alimentar, e com isso o nosso capital gira mais 
rápido. É importante saber como produzir um 
novilho precoce e superprecoce, então o creep-
feeding surge como uma estratégia para eu 
conseguir produzir o novilho precoce e 
superprecoce já que eu desmamo os bezerros 
mais pesados, que podem ir para o pasto e logo 
para uma suplementação a pasto, ou 
posteriormente para o confinamento e ser abatido 
mais pesado. 
-Nutrição de ruminantes: voltada para as noções 
práticas. 
 
-Sabemos que a realidade brasileira na pecuária 
é produção a pasto, pq a pastagem é a forma 
mais barata de conseguir produção de carne e 
produção de leite. Só que falamos tb quando 
falamos dos sistemas de produção que 
dependendo da região nós temos que fazer uma 
programação para suplementar esses animais na 
época seca. Pq hj produzindo somente a pasto, 
principalmente em regiões onde temos a época 
seca onde a produção e a qualidade dessas 
pastagens diminuem, e temos o chamado boi 
sanfona- que é aquele animal que será abatido 
com 4 anos de idade, no sistema atual acaba 
inviabilizando a pecuária. Todo produtor que 
trabalha com pecuária tem que ter um 
planejamento para suplementação desses 
animais na época seca. E quais seriam os tipos de 
suplementação? 
-Sistema semi-intensivo: onde vou fazer a 
suplementação apenas de manutenção, 
fornecendo sal mineral enriqueido com ureia ou 
vou fazer uma suplementação de pequenos 
ganhos tb fornecendo a pastagem, a 
suplementação com sal mineral e fornecendo 
uma fonte de proteína e energia (como farelo de 
soja e milho), e no semi-confinamento que seria a 
suplementação concentrada, forneço uma 
quantidade de concentrado maior para que esses 
animais tenham um maior ganho de peso. 
-Quais são os volumosos e concentrados que 
poderão ser usados e pq que fornecendo uma 
quantidade maior ou menor de concentrado eu 
promovo um maior ou menor ganho de peso? E 
quais os problemas que os animais podem ter 
quando ingerem uma quantidade de 
concentrado maior? Para isso veremos a 
fermentação ruminal. 
 
-Classificação dos alimentos: para falar sobre 
suplementação, saber o que é um alimento 
volumoso e um alimento concentrado? Os 
alimentos são divididos em alimentos volumosos e 
alimentos concentrados. Os alimentos volumosos 
são tds os alimentos que possuem mais que 18% de 
fibra bruta na matéria seca. Para fazer análise 
bromatológica dos nossos alimentos a primeira 
etapa é determinar o teor de matéria seca, que é 
retirar a água. Nessa matéria seca temos a fibra, 
proteína, extrativos não nitrogenados, teor de 
lipídeos. Faremos a análise bromatológica, e nela 
quando temos mais que 18% de fibra bruta na 
matéria seca o meu alimento é volumoso, e menos 
que 18% de fibra bruta na matéria seca esse 
alimento é concentrado. É importante saber o que 
é volumoso e o que é concentrado pq 
dependendo do tipo de alimentação que eu vou 
fornecer para esses animais eu preciso saber quais 
são as proporções de volumoso e concentrado 
respectivamente, principalmente para o 
confinamento. Pq à medida que eu aumento o 
teor de volumoso (a proporção de volumoso em 
relação ao concentrado), eu vou diminuir o ganho 
de peso dos animais. E à medida que eu aumento 
a quantidade de concentrado na ração, 
aumento o ganho de peso e a produção de leite 
tb desses animais, por isso que vamos falar o que 
vai interferir nessa proporção de volumoso e 
concentrado. Então que tipo de volumoso tenho? 
Os volumosos úmidos tem mais que 13% de água 
(ex: capins, silagens e cana), e os volumosos secos 
são aqueles que tem menos que 13% de água (ex: 
fenos, palhas). Com relação aos concentrados, o 
meu concentrado pode ser: energético e 
proteico. O concentrado energético é todo 
concentrado que tem menos que 20% de proteína 
bruta na matéria seca; e o concentrado proteico 
é o que tem mais de 20% de proteína bruta na 
matéria seca. 
-Toda dieta ou ela é à base só de volumoso, ou se 
tem concentrado adicionado aos volumosos- pq 
o sistema digestório do ruminante foi desenvolvido 
para usar as fibras dos volumosos, sendo que o 
objetivo de acrescentar o concentrado é para 
promover um melhor desempenho ou melhor 
ganho de peso e uma melhor produção de leite 
dos animais, principalmente quando os nossos 
volumosos são de baixa qualidade. Quando eu for 
adicionar o concentrado, geralmente adiciono o 
proteico e o energético, pq o objetivo do 
concentrado é corrigir a proteína como tb 
fornecer energia para os nossos animais. A 
ingestão de matéria seca dos animais é em 
função do tipo de alimento. Ex: quanto que um 
animal come de feno? De 1,5 a 2% do peso vivo 
médio dele de feno, palha- 0,8% do peso vivo, 
palha enriquecida com ureia- 1,2% do peso vivo, 
bagaço de cana-1,2% do peso vivo dele, capins- 
de 1,8 1 2,2% do peso vivo (na época das águas), 
pq na época seca a ingestão de capim diminui. 
Falamos em ingestão em função do alimento pq 
quanto melhor a qualidade do alimento, maior a 
ingestão de matéria seca daquele alimento. À 
medida que a qualidade do alimento diminui, a 
ingestão de matéria seca tb diminui. Ex: palha temuma qualidade inferior, na época seca os capins 
tem uma qualidade inferior pq o consumo de 
alimento é menor. As silagens, silagem de milho- 
2%, sorgo 1,8%, capim 1,5% de peso vivo. Quanto 
melhor a qualidade da silagem, maior é a 
ingestão de matéria seca daquele alimento. E um 
animal ingere em média 50g de sal comum 
(cloreto de sódio) por dia, a partir do momento 
que eu tenho esse sal adicionado com vitaminas 
e minerais, e até a ureia, o consumo desse sal 
mineral aumenta. 
-Quanto melhor a qualidade do alimento, mais ele 
come. Quanto melhor a qualidade, maior será a 
degradação desse alimento no rúmen e com isso 
maior será a ingestão desse alimento. o alimento 
que tem uma qualidade ruim, a degradação dele 
no rúmen é mais lenta e por isso que ele vai comer 
menos. 
 
-Fermentação ruminal: um ruminante produz em 
média 200L de saliva por dia, é mta coisa, e a 
função da saliva para o ruminante é manter o pH 
do rúmen. O pH do rúmen fica em torno de 5,5-7,0 
(em média 6,8- é um pH básico), por isso que essa 
grande produção de saliva é importante para 
manter esse pH do rúmen em torno de 6,8. A saliva 
não possui enzimas digestivas, a finalidade da 
saliva é manter o pH do rúmen, só que ela é uma 
fonte de nitrogênio para o ruminante. O nitrogênio 
que foi absorvido na forma de amônia lá no rúmen 
volta através da saliva para o rúmen. A saliva é 
produzida em grade quantidade, pq ela mantém 
o pH do rúmen e ela tb é uma fonte de nitrogênio 
para o rúmen. Os ruminantes passam 8h por dia 
ruminando, 8h pastejando e 8h dormindo (então 
em 24h é tudo 8-8-8h), e se eu dificultar a 
disponibilidade de alimentos ou a acessibilidade 
de alimento para o ruminante ele vai passar uma 
maior parte do tempo pastejando e isso pode 
interferir no consumo de alimento, posteriormente 
na ruminação e tb no tempo que o animal 
descansa. A forma com que o alimento está 
disponível e a quantidade de alimento disponível 
para esse animal tb vai interferir no ganho de peso 
e na produção desses animais. 
-O estômago do ruminante é composto/formado 
pelo rúmen, retículo, omaso e abomaso. O rúmen 
é chamado de câmara de fermentação, é o local 
onde se encontram os microorganismos que 
realizam a fermentação ruminal (que é onde 
acontece a degradação dos alimentos quando 
estes caem no rúmen, então no rúmen ocorre a 
degradação ruminal), sendo que a digestão 
ocorre no abomaso. A partir do momento que o 
animal ingeriu o alimento, este cai no rúmen, que 
é uma parte do estômago que está em constante 
movimento, pq a finalidade da ruminação é 
promover a estratificação do alimento lá no 
rúmen. Na primeira ingestão do alimento o 
ruminante faz uma mastigação rápida e engole 
esse alimento. Esse alimento tem partículas 
maiores e 60 minutos após a ingestão desse 
alimento o animal começa a ruminar. Então o que 
promove a ruminação é o enchimento do rúmen, 
o tempo que demorou para o animal ingerir, e ele 
começa a ruminação. 
-A ruminação é o ruminante regurgitar esse 
alimento, que volta para a boca, ele vai fazer uma 
remastigação mais demorada (ele vai remastigar 
o alimento que já foi ingerido, remastiga de uma 
forma mais demorada) e redeglute. Quando ele 
redeglute esse material que foi mastigado mais 
demorado vai ter partículas menores que por essa 
movimentação desse material dentro do rúmen 
promove essa estratificação. Então temos os 
materiais mais grossos/grosseiros e maiores na 
parte superior do rúmen e os materiais médios e os 
menores na parte inferior do rúmen. Esse material 
mais liquido e menor (com partículas menores) 
que está na parte inferior do rúmen vai passar a 
sofrer a ação dos microorganismos presentes no 
rúmen (que são bactérias, fungos e protozoários); 
mas principalmente as bactérias que vão 
promover a fermentação ruminal. Então após essa 
parte mais liquida e menor sofrer a ação dos 
microorganismos do rúmen ela passará para o 
retículo, omaso e chegará ao abomaso. E no 
abomaso essas partículas menores sofrerão ação 
das enzimas digestivas (no processo de digestão 
química), que finalizará a digestão no duodeno 
(no intestino do animal). E as partículas maiores 
(que estavam no estrato superior) retornam para a 
boca para sofrer ruminação e serem 
remastigadas. 
-No rúmen a saliva não tem enzimas digestivas e 
nem o rúmen secreta enzimas. Então quais 
enzimas vão atuar para ocorrer a fermentação 
ruminal ou a degradação desses alimentos que 
caíram no rúmen? As enzimas que serão 
secretadas pelos microorganismos presentes no 
rúmen. Os microorganismos que estão no rúmen 
secretam enzimas que irão degradar as proteínas, 
amido como as amilases, proteases, e tb eles 
sintetizam vitamina B e K (que serão usadas pelos 
ruminantes). Os alimentos que estão em contato 
com os microorganismos do rúmen serão os que 
sofrerão a fermentação ruminal (que é a 
degradação dos microorganismos no rúmen). O 
pH do rúmen é em torno de 6,8 e a temperatura 
para que ocorra a ação dessas enzimas 
produzidas pelos microorganismos do rúmen é em 
torno de 39-40°C (a temperatura do rúmen é alta), 
e os tipos de alimentos que caem nesse rúmen são 
constituídos de 3 partes: carboidratos, proteínas e 
lipídeos. 
-Pq fornecer água quente para o boi em 
confinamento ou para o boi é bom? Um dos 
indicativos do animal tomar água que não seja 
gelada favorece a atuação das enzimas do 
rúmen, pq a temperatura ideal para elas atuarem 
e de 39-40°C. Se a água é mto fria promove uma 
redução na temperatura e para as enzimas 
atuarem a temperatura precisa voltar ao normal 
para que elas atuem de forma adequada. 
- Carboidratos: Os carboidratos estão presentes 
nos alimentos na célula vegetal, temos 2 tipos de 
carboidratos que formam o alimento: há os 
carboidratos estruturais (que são os que formam a 
fibra do alimento e que estão presentes na forma 
de celulose e hemicelulose), e temos os 
carboidratos de armazenamento, e temos os 
carboidratos solúveis (como os carboidratos de 
reserva o amido, e os açúcares solúveis que estão 
presentes dentro do conteúdo celular). Somente 
os microorganismos do rúmen conseguem 
degradar a celulose e a hemicelulose (e alguns 
microorganismos presentes no ceco de alguns 
animais degradam uma pequena quantidade de 
celulose), esses microorganismos presentes no 
rúmen transformam a celulose em energia ou os 
açúcares solúveis ou o amido também em 
energia. Então essa transformação se chama 
fermentação ruminal, os microorganismos do 
rúmen vão atuar nos carboidratos e vão degradar 
esses carboidratos em ácidos graxos voláteis, e 
para que ocorra essa atuação e degradação ou 
a fermentação lá no rúmen precisa ter energia na 
forma de ATP (que vem da presença dos 
carboidratos que estão sendo degradados no 
rúmen), esses carboidratos foram convertidos em 
ácidos graxos voláteis, e uma parte deles ou eles 
serão absorvidos pelas papilas ruminais 
(lembrando que o rúmen parece uma toalha 
felpuda internamente, sendo que cada partícula 
dessa toalha felpuda seriam as papilas ruminais- 
que tem como principal finalidade absorção 
desses AGVs que serão convertidos em energia 
pelo ruminante). Os ácidos graxos voláteis que são 
produzidos no rúmen são: ácido acético (65-70%), 
ácido propiônico (20-25%), e o ácido butírico (10-
15%), e estes serão convertidos em energia pelos 
ruminantes. O ácido propiônico é o precursor da 
glicose, e ele entra no ciclo na glicólise e vai 
fornecer energia para o ruminante, então os 
ácidos graxos absorvidos a nível de rúmen 
fornecem energia para o ruminante e eles 
também são usados para os microorganismos do 
rúmen incorporarem as suas células e sintetizarem 
massa microbiana. Então os microorganismos no 
rúmen presentes usam uma parte desses 
carboidratos para a produção de massa 
microbiana. E quando essa massa microbiana 
morrer ela fornece energia e proteína para o 
ruminante. Além dos ácidos graxos voláteis que 
são absorvidos pelo rúmen e da massa microbiana 
que é sintetizada no rúmen, há também durante a 
fermentação ruminala produção de gases (como 
metano, CO2 e nitrogênio) que serão eliminados 
pelo ruminante na forma de eructo. Este eructo 
são gases eliminados através das narinas, é 
comum nos confinamentos ouvir essa eliminação 
(é como se eles estivessem arrotando, mas não sai 
pela boca- pode até sair uma parte pela boca, 
mas é principalmente pelas narinas), e ele deve 
ser eliminado porque o acúmulo desses gases 
pode levar o animal a um quadro de timpanismo. 
Em média um bovino produz de 400-600L de gases 
por dia, daí se considerar o bovino como poluidor 
do meio ambiente pela quantidade de gases 
produzidos e liberados principalmente por serem o 
gás metano, que pode provocar danos na 
camada de ozônio. 
 
-E além desses gases há a produção de calor e de 
by pass (que é a parte do carboidrato que não foi 
degradada no rúmen), esse carboidrato que não 
foi degradado no rúmen ele vai passar intacto 
para o abomaso e sofre digestão química no 
abomaso (onde se inicia a digestão química), que 
finaliza no duodeno. Então a digestão do 
ruminante se inicia no abomaso, e finaliza no 
duodeno (aonde ocorre a maior parte de 
absorção dos nutrientes). Dos carboidratos, 
grande parte deles foi convertida em AGVs que 
foram absorvidos pelas papilas ruminais, sendo 
usados como fonte de energia pelo animal, uma 
parte do carboidrato foi usado como fonte de 
energia/ATP para sintetizar massa microbiana e o 
que não foi usado a nível de rúmen passou intacto 
para as partes posteriores do rúmen, que temos o 
retículo, omaso e abomaso. O retículo e o rúmen 
estão se movimentando, no abomaso temos o 
principal local para absorção de água (60-70% da 
água ingerida pelo animal é absorvida a nível de 
abomaso), e o que não foi absorvido será 
absorvido depois no intestino grosso, e no omaso 
há a absorção de ácidos graxos voláteis e minerais 
que não foram absorvidos no rúmen, e o abomaso 
é o local de digestão química (equivalente ao 
estômago químico). Então o que não sofreu 
degradação no rúmen vai ser digerido no 
abomaso, por isso que falamos que é by pass (pq 
ela é passante). 
- Proteínas: além dos carboidratos temos as 
proteínas que também sofrem ação dos 
microorganismos ruminais, as proteínas presentes 
na dieta do animal são: temos as proteínas 
presentes na forma de polipeptídeos, dipeptídeos, 
e tb alguns aminoácidos. As proteínas presentes 
nas células dos vegetais ou no farelo de soja, no 
concentrado proteico, elas vão sofrer ação dos 
microorganismos do rúmen (elas serão 
degradadas pelos microorganismos do rúmen e 
convertidas em aminoácidos). As proteínas sofrem 
ação das enzimas produzidas pelos 
microorganismos do rúmen (proteases), e serão 
degradadas em aminoácidos que posteriormente 
serão degradados em amônia. A amônia é o 
produto da degradação das proteínas 
verdadeiras (que são as proteínas dos alimentos, 
que estão presentes no volumoso ou no 
concentrado proteico). Então aquela proteína vai 
ser degradada e convertida em amônia, que 
pode ser absorvida também pelas papilas ruminais 
ou pode ser usada pelas bactérias do rúmen para 
sintetizar novos peptídeos. A amônia é uma fonte 
de alimento para os microorganismos do rúmen, 
que utilizam a amônia como fonte de nitrogênio 
para sintetizar novos peptídeos ou uma nova 
proteína de alta qualidade. Essa proteína 
microbiana vai oferecer proteína para o bovino, 
quando essa proteína microbiana que foi 
sintetizada pelos microorganismos do rúmen, 
quando esses microorganismos morrerem ela vai 
para o abomaso como proteína by pass (como 
uma proteína microbiano que vai fornecer 
proteína para o bovino). Essa proteína microbiana 
quando passa pelo abomaso ela fornece proteína 
para o bovino. 
-A proteína do alimento foi degradada pelos 
microorganismos do rúmen em amônia e esses 
microorganismos usaram essa amônia para 
sintetizar novas proteínas microbianas/novos 
microorganismos do rúmen (que fazem a 
degradação ruminal). Só que além da proteína 
que foi convertida em amônia, toda a proteína 
verdadeira (ex: farelo de soja) possui uma parte 
que não sofrerá degradação no rúmen, que passa 
intacta para o abomaso e se chama proteína by 
pass. Do mesmo modo que eu tinha o amido by 
pass, tenho q proteína by bass (que é a proteína 
que não foi degradada pelos microorganismos do 
rúmen). O amido e a proteína by pass são de 
extrema importância para os animais de alta 
produção, pois quanto mais amido e mais 
proteína passarem intactos pelo rúmen, maior será 
o ganho de peso e a produção de leite desses 
animais. Mas pq que elas sofrem ação dos 
microorganismos do rúmen? Pq se os 
microorganismos do rúmen não tiverem AGVs ou 
amido para produzirem novos microorganismos, 
ou amônia para sintetizar novos microorganismos 
e os microorganismos do rúmen morrerem, não 
tem como promover a degradação do alimento 
(principalmente a degradação da fibra que 
somente os microorganismos degradam). Além da 
proteína verdadeira, que é a proteína dos 
alimentos, o produtor pode fornecer para os 
ruminantes um outro tipo de proteína que se 
chama proteína não verdadeira, que é a ureia. Pq 
falamos de proteína verdadeira e não 
verdadeira? O que é a ureia? A proteína 
verdadeira é a proteína do alimento, que é a 
proteína que estava na silagem de milho, no farelo 
de soja ou algodão. A ureia é chamada de 
proteína não verdadeira pq ela não é uma 
proteína, ela é uma fonte de nitrogênio que ao 
cair no rúmen os microorganismos do rúmen 
sintetizam a urease que degrada a ureia em 
amônia. A ureia presente no rúmen já é 
rapidamente convertida em amônia, que será 
usada pelos microorganismos do rúmen para 
sintetizar proteína microbiana, então a proteína 
que a ureia fornece- ela não fornece proteína 
para o boi, e sim fornece amônia que será usada 
para a síntese de proteína microbiana pelos 
microorganismos do rúmen, e quando esses 
microorganismos/proteína microbiana morrem 
que fornece proteína para o bovino. Então essa 
proteína oriunda dos microorganismos do rúmen é 
de alta qualidade, mas ela tem uma qualidade 
inferior à proteína verdadeira. Por isso que a ureia 
é composta basicamente por 45% de nitrogênio 
(multiplicando por 6,25 chego que a ureia tem 
261% de proteína bruta), então ela tem um alto 
teor de proteína mas é uma proteína de 
qualidade inferior à proteína verdadeira. Por isso 
que quando misturamos ureia, quando falamos do 
sal proteinado (que é sal com ureia), sempre que 
eu forneço ureia misturo o enxofre junto pq toda 
proteína verdadeira (ex: proteína do farelo de 
soja) ela tem na sua constituição enxofre e 
nitrogênio, e se eu fornecer somente a ureia os 
microorganismos do rúmen vão sintetizar uma 
proteína só com nitrogênio (sem enxofre). Então 
para eles conseguirem sintetizar uma proteína de 
alta qualidade eu forneço além da ureia o enxofre 
tb, para eles sintetizarem uma proteína de alta 
qualidade. E quando esses microorganismos do 
rúmen morrerem fornecerem uma proteína de alta 
qualidade para o bovino. Se a ureia fornece um 
alto teor de proteína, ex: farelo de soja tem 36% de 
proteína e a ureia 261%, então seria melhor 
fornecer ureia do que farelo de soja? Não, pq o 
farelo de soja vai ter a proteína by pass, que é uma 
parte da proteína do farelo de soja que não é 
degradada no rúmen, enquanto toda a ureia que 
forneço é transformada em amônia, e 
dependendo da quantidade de ureia que eu 
forneço eu posso levar o animal à morte pq uma 
parte da amônia é rapidamente absorvida pelas 
papilas ruminais e pode levar o animal à morte 
(promover intoxicação), daí existe um limite de 
ureia a ser fornecido para os ruminantes. 
 
-A amônia, que é o produto da ureia, então 
rapidamente a ureia sob a ação da uréase é 
convertida em amônia, ou a proteína sob a ação 
das enzimas secretadas pelos microorganismos do 
rúmen é degradada em aminoácidos e uma parte 
vira amônia e umaparte passa como proteína 
verdadeira. A amônia é importante estar no rúmen 
pq ela é a matriz para a síntese de proteína 
microbiana que corresponde aocrescimento dos 
microorganismos que habitam o rúmen. Então 
quanto mais amônia no rúmen, maior a 
quantidade de microorganismos e maior vai ser a 
degradação dos alimentos. Pq que quanto pior a 
qualidade do alimento, menor a ingestão de 
matéria seca dele? Pq o rúmen precisa ter no 
mínimo 6,25-7% de proteína no rúmen, se não tiver 
7% de proteína no rúmen os microorganismos 
morrem, e se não tem microorganismos no rúmen 
eles não conseguem degradar os alimentos. Então 
quanto mais amônia/proteína no rúmen, maior a 
quantidade de microorganismos e maior a 
degradação dos alimentos, maior é a ingestão do 
alimento. E se o meu alimento é de baixa 
qualidade, ex: capim seco ou palha são de baixa 
qualidade, o que ocorre com os microorganismos 
do rúmen? Um pasto na época seca tem 3% de 
proteína, se o animal comer só capim com 3% de 
proteína dentro do rúmen dele vai diminuir a 
quantidade de microorganismos. Então falta 
proteína no rúmen, falta amônia no rúmen, os 
microorganismos morrem e se tem poucos 
microorganismos eles não vão conseguir degradar 
o alimento/o capi, seco que está no rúmen, e o 
animal não vai conseguir comer. O animal morre 
pela falta de microorganismos no rúmen que não 
conseguem degradar o alimento mesmo sendo 
de baixa qualidade. Daí a vantagem da 
suplementação de manutenção (onde eu dou o 
capim seco, mas dou o sal com ureia e enxofre) 
com a finalidade de manter a fonte de amônia no 
rúmen, que vai manter os microorganismos vivos, 
degradando ou fermentando aquele alimento de 
baixa qualidade. Mas pq que ele mantém o peso? 
Pq a qualidade do alimento é baixa, então se eu 
tenho um alimento de baixa qualidade mantém o 
peso pq mantém a fermentação e a degradação 
da fibra, que fornece um alimento de baixa 
qualidade para os animais. 
-Com a presença de energia no rúmen as 
bactérias captam a amônia e sintetizam novos 
aminoácidos, e deles novos peptídeos e 
polipeptídeos, que são a proteína microbiana de 
alta qualidade, por isso que tem que ser o enxofre 
(para ter nitrogênio e enxofre tb), e essa proteína 
microbiana quando morre vai para o abomaso 
posteriormente ser absorvida a nível intestinal 
como um aminoácido de qualidade. Quando dou 
a ureia, eu não dou nitrogênio para o boi, eu dou 
a fonte de alimento para o microorganismo do 
rúmen, que sintetiza a proteína microbiana e 
quando essa proteína microbiana morre que dá a 
proteína para o boi. E que eu preciso ter um 
mínimo de proteína no rúmen para esses 
microorganismos sobreviverem e fazerem essa 
fermentação ruminal. Pq se eles morrerem eles 
não tem como fermentar nem o carboidrato e 
nem a proteína, e aí o alimento fica no rúmen e o 
animal come menos, por isso que ganha menos 
peso ou morre. Então fornecendo o sal com ureia 
mantenho o nível mínimo de amônia no rúmen, 
mantenho a sobrevivência das bactérias, que 
continuam degradando fibra e promovendo a 
manutenção do peso. A ureia quando cai no 
rúmen sob a ação da uréase (que é sintetizada 
pelos microorganismos do rúmen) dão origem à 2 
moléculas de amônia e 1 molécula de CO2, que 
posteriormente é convertida em aminoácido. E 
esse aminoácido que pode ser usado para 
sintetizar novas proteínas microbianas. 
-Falamos que tínhamos a suplementação de 
mantença, só que temos tb a suplementação de 
pequenos e altos ganhos, que era além do sal 
com ureia tb misturávamos nos pequenos ganhos 
farelo de soja e milho. Pq quando eu misturo farelo 
de soja e milho proporciono um maior ganho de 
peso nos animais do que quando forneço somente 
a ureia? O que o farelo de soja e o milho fornecem 
para o animal que vai proporcionar maior ganho 
de peso, e somente o sal com ureia não? Aumenta 
o by pass de carboidratos e proteínas. Então 
quando eu misturo uma proteína verdadeira 
(farelo de soja) ou milho, mesmo que eles sofram a 
fermentação no rúmen uma parte deles passa na 
forma de by pass (amido by pass e proteína by 
pass) e a eficiência de utilização deles como fonte 
de energia e proteína para o animal é maior do 
que se ele fosse totalmente absorvido a nível de 
rúmen. Aquela suplementação de pequenos 
ganhos e grandes ganhos proporciona maior 
ganho de peso pq forneço carboidrato by pass e 
amido by pass. 
-Qual é a diferença dos pequenos e grandes 
ganhos? Nos pequenos ganhos eles consumiam 
300g por ex por animal/dia, e nos grandes ganhos 
3kg por animal/dia. Então comendo 300g a 
quantidade que passa é menor, 3kg a quantidade 
de carboidrato (milho e farelo de soja) que eu 
ofereço é maior, por isso que proporciona maior 
ganho de peso. 
 
-Lipídeos: além da fermentação dos carboidratos 
(que originaram os AGVs, que absorvidos a nível 
de rúmen forneceram energia), e as proteínas 
(que forneceram as bactérias, que seriam fonte de 
proteína para o boi), temos tb a presença de 
lipídeos ou gorduras (que estão nas membranas 
celulares das plantas, todas as membranas são 
lipoproteicas, nos pigmentos, na cera, nos olhos, 
farelo de algodão tem um alto teor de lipídeos). 
Esses lipídeos quando caem no rúmen, tb sofrem 
ação dos microorganismos do rúmen e são 
convertidos em glicerol + ácidos graxos de cadeia 
longa. O glicerol posteriormente é convertido em 
ácidos graxos voláteis (que quando absorvidos 
fornecem energia para o boi, massa microbiana), 
e temos tb a parte by pass. Então é dessa forma 
que os lipídeos tb fornecem energia e proteína 
para o boi. (Os lipídeos fornecem energia como os 
carboidratos ?). Então quanto mais alimentos by 
pass, maior vai ser o ganho de peso ou a 
produção de leite dos nossos animais. Os 
microorganismos do rúmen além de fazer a 
fermentação ruminal, eles tb sintetizam vitaminas 
B e K (que são absorvidas a nível de rúmen e tb 
posteriormente a nível de duodeno). No abomaso 
se inicia a digestão química, que finaliza no 
duodeno com a ação das enzimas produzidas 
pelo fígado e pelo pâncreas, que finalizam a 
digestão a promovem a absorção dos nutrientes, 
principalmente no duodeno. E dps temos o 
duodeno, jejuno e íleo, ceo, cólon e reto, no 
intestino grosso ocorre grande absorção de água, 
e o que não foi absorvido ou usado pelo animal é 
eliminado através das fezes. O quadrado na 
imagem é o rúmen, do que entra no rúmen na 
forma de nitrogênio e o que sai na forma de 
nitrogênio. Falamos que no rúmen nós temos o 
nitrogênio proteico (que é a proteína verdadeira, 
que é o nitrogênio que veio do capim e do farelo 
de soja, ou de qualquer fonte proteica- é o 
nitrogênio proteico que é a proteína verdadeira), 
e temos o nitrogênio não proteico (que é o da 
ureia). Esse nitrogênio não proteico, que é 
convertido em amônia, uma parte dessa amônia 
e absorvida pelas paredes ruiminais (por isso que 
tem perigo de intoxicação), então existe um limite 
do fornecimento de ureia- que é 0,3g/kg de peso 
vivo (nunca posso passar esse limite). Todo animal 
deve consumir no máximo 0,3g/kg de peso vivo na 
forma de ureia, acima disso pode levar à morte. À 
medida que existe a formação da amônia no 
rúmen, ela é absorvida pelas papilas ruminais, uma 
parte que é absorvida não é usada pelos 
microorganismos para sintetizar proteína 
microbiana, é absorvida no rúmen a vai para o 
fígado, é convertida em ureia, uma parte é 
eliminada na forma de urina e a outra volta 
através da corrente sanguínea pela saliva (que é 
chamada de proteína metabólica). O que entra 
no rúmen é o nitrogênio que vem do alimento, o 
nitrogênio da ureia, e todo o tempo temos o 
nitrogênio que veio na saliva. Quanto maior a 
quantidade de ureia que forneço e os 
microorganismos não conseguiram usar, esse 
excesso de ureia é absorvido a nível de rúmen e 
vai para o fígado, daí a morte dos animais por 
intoxicação. O excesso de proteína vai sendo 
eliminado na forma de urina ou volta pela saliva, 
ou pode levar o animal à morte. Ex: eu vou dar 
mais proteína, vou dar mto farelo de soja, não 
adianta fazer isso pq se eu der mais do que o 
necessário ele vai ser convertido em ureia e vai ser 
eliminado na forma de urina. E se eu der uma alta 
concentraçãode amônia, rapidamente é 
absorvido a nível de rúmen, e leva o animal à 
morte. Então há um limite, mas e se ocorrer 
intoxicação? Se o funcionário colocou uma 
quantidade maior ou choveu e ela dissolveu 
rapidamente e o animal ingeriu, então se tiver 
uma grande quantidade de amônia já dissolvida 
no rúmen e o animal ingerir pode levar à morte. 
-O que eu faço se o animal estiver intoxicado por 
ureia? Quais são os cuidados que eu tenho que 
ter? O vet tem que saber e toda fazenda que usa 
ureia tem que ter para impedir a morte dos 
animais: é importante aplicar nos animais um 
diurético para que ele urine bastante, pq urinando 
ele vai estar eliminando a ureia na forma de urina, 
diminuindo o retorno na saliva. E tb coloco na 
boca deles para que evite a morte é vinagre, ele 
é imprescindível em fazendas que usam ureia, pq 
ao observar os animais que estão com sintomas de 
intoxicação o ideal é que eu coloque via oral de 
3-6L de vinagre (ácido acético), pq ele vai tornar 
o pH do rúmen ácido (lembrando que o pH era 
básico 6,8). E eu colocando o vinagre ele vai 
manter o pH do rúmen baixo e vai fazer com que 
a amônia seja convertida em amônio (NH4), este 
não é absorvido pelas papilas ruminais, então ele 
convertido em amônio não será absorvido e será 
eliminado posteriormente, e eu dando tb um 
diurético eu vou forçar a eliminação dessa ureia 
que estava presente na urina. Forneço de 3-6L de 
vinagre quando observo os sintomas, que podem 
ocorrer de 20min a 1h após o consumo em 
excesso. Com o diurético e dando soro fisiológico 
intravenoso auxilia o animal, e promovendo 
soluções de cálcio, magnésio, glicose, e laxativos 
para evitar a perda e morte desses animais. 
-Sintomas de intoxicação por ureia: tremores 
musculares, incoordenação ao andar, dor 
abdominal, salivação excessiva (baba espessa), 
animal começa a urinar frequentemente, 
respiração acelerada, timpanismo, viram a 
cabeça na direção do rúmen, enrijecimento dos 
membros, convulsões. São sintomas que se uso a 
ureia, indicam intoxicação por ureia, o que é 
comum quando se usa em confinamento a ureia. 
-A partir do momento que o animal ingeriu a 
proteína, no duodeno temos o nitrogênio da 
saliva, nitrogênio do alimento (by pass), o 
nitrogênio da ureia (que não fio absorvido), e o 
nitrogênio microbiano (proteína microbiana, que 
será digerida a nível de abomaso e duodeno). 
Mesmo que eu retire essa alimentação do animal, 
colocar ele no pasto se ele estava em 
confinamento, e observar ele pq mesmo retirando 
a ureia ele ainda pode no mesmo dia ou no dia 
seguinte ter intoxicação por causa do nitrogênio 
que veio pela saliva (que é essa proteína 
metabólica). Então o excesso de ureia pode 
retornar ao rúmen através do nitrogênio da saliva. 
Quando for formular uma ração, posso colocar na 
ração a ureia como uma fonte de nitrogênio 
barata, para baratear a ração, sabendo que é 
uma fonte de nitrogênio para os microorganismos 
do rúmen, então é uma proteína que fornece 
proteína para o boi mas ela não proporciona altos 
ganhos para o animal. Se for misturar a ureia na 
cana, que é mto recomendada, se mistura ureia 
na cana pq a cana apesar de ser rica em energia 
(rica em sacarose), e ter aquelas folhas verdes, ela 
é pobre em proteína (só tem 3% de proteína, a 
mesma proteína que o capim seco da época 
seca tem). Se der somente cana para o boi ele vai 
morrer, pq os microorganismos do rúmen não vão 
ter 7% de proteína no rúmen e eles vão parar de 
comer a cana, pq esses microorganismos vão 
morrer por falta de nitrogênio e com isso levando 
o animal à morte, pq ele não vai conseguir comer. 
O alimento ideal é a cana enriquecida com ureia, 
que é uma fonte barata. E faço isso misturando 1%, 
a cada 100kg de cana misturo nesses 100kg de 
cana 900g de ureia e 100g de sulfato de amônio 
(totalizando 1kg). Nesses 100kg de cana com ureia 
forneço 2% do peso vivo do animal, o animal que 
pesa em média 200kg vai comer 12kg de matéria 
seca por dia (2% de 100kg, ele vai comer 5% de 
matéria seca do peso vivo dele). Pq se tenho 
100kg de cana já misturada com ureia, o animal 
de 200kg vai comer 2% do peso vivo, 2% de 200kg 
dará 4kg. (2 dividido por 100, vezes 200kg= ele vai 
comer 4kg de matéria seca de cana). Se for 
oferecer na forma de silagem, aplica a ureia na 
forma de 0,5%, a cada 100kg de silagem misturo 
450g de ureia e 50g de sulfato de amônio, e 
mistura com água no material para fornecer para 
o animal (corrigindo a deficiência de proteína), e 
posso misturar a ureia na fonte de mineral, usando 
80% da mistura mineral e 20% de ureia. 
-O bovino pode comer volumoso e concentrado, 
só que o concentrado é caro e o bovino é mais 
rústico que o equino (sendo que para este não 
dou ureia pq ele não tem rúmen), a degradação 
e essa fermentação ruminal do equino ocorre no 
ceco, então ele vai fazer a fermentação da fibra 
(que no ruminante é feita no rúmen) mas o equino 
produz esses AGVs que são absorvidos a nível de 
ceco, o ruminante não. Posso dar o capim ou 
cana ou silagem para o boi com a fonte de 
proteína e energia (com isso tenho um custo 
maior, pois estou dando farelo de soja e milho), só 
que tenho a cana e tenho um animal que não tem 
uma exigência mto grande, e eu vou querer 
manter o ganho dele e fornecer um ganho baixo. 
Posso fornecer para ele para baratear o custo: a 
cana (que é um alimento de excelente 
qualidade) e somente corrigir a deficiência de 
proteína com a ureia, que é uma fonte barata de 
nitrogênio. Só que existe um limite da ureia. Então 
posso misturar essa proporção e para cada 100kg 
de cana coloco 1kg de ureia e sulfato de amônio, 
vou molhar e misturar em água, vou diluir e aí esse 
material já misturado de cana com ureia vou dar 
apenas 2% do peso vivo dele. 0,3g/kg de peso vivo 
(esse valor é na formulação da dieta total), agora 
se eu dilui a ureia e misturo o volumoso, eu calculo 
a ingestão do volumoso e não da ureia (pq eu já 
fiz a proporção de diluição de cana com ureia). 
Os 4kg de matéria seca são o que ele vai comer 
no total no dia. Ex: ele vai comer 20kg de cana 
misturada com ureia, pq eu estou dando só o 
volumoso que já foi corrigido com a ureia. Ou 
posso dar 10kg de silagem + 3kg de farelo de soja 
e milho, aí fica mais caro. Ou ele pode comer só o 
capim e eu dou somente o sal proteinado (sal 
enriquecido com ureia) para corrigir a deficiência 
de proteína do capim, pq se não o animal não vai 
conseguir comer pq os microorganismos do rúmen 
morrem. 
-Posso dar só a suplementação de volumoso 
(cana + ureia), posso dar só suplementação de 
concentrado (capim, corrigindo com fonte de 
proteína- farelo de soja e milho), ou posso deixar 
ele no pasto e se não tem capim forneço para ele 
feno + farelo de soja e milho. Isso depende de qual 
é a alimentação que tenho para eles disponível no 
momento. 
 
-A proteína não degradada no rúmen (proteína by 
pass, que é a proteína verdadeira, ex: do farelo de 
soja) é importante para animais de alta produção, 
onde a demanda de proteína é maior que os 
microorganismos do rúmen conseguem sintetizar. 
Então aquela proteína que dou em maior 
quantidade visando a proteína by pass, que é do 
farelo de soja ou de algodão, do amido, que vem 
do milho ou sorgo, eles são mto importantes para 
animais de alta produção, por isso que quando 
quero altos ganhos de peso forneço quantidade 
maior de farelo de milho e de soja, e quando 
quero alta produção de leite forneço uma 
quantidade maior de milho e de soja, pq são 
animais que precisam de proteína e amido by 
pass. Essa proteína que não foi degradada no 
rúmen (que é o alimento by pass) deve ser um 
suplemento/complemento à proteína microbiana, 
e deve atender as exigências- se ele não atender 
as exigências o produtor pode usar a proteína 
verdadeira by pass ou até a protegida. Então tem 
animais de alta produção de gado de leite que a 
nível experimental que protegem algum 
aminoácido, principalmente lisina e metionina, 
contra a ação dos microorganismos do rúmen 
com o intuitode que eles passem intactos para o 
abomaso e serem absorvidos a nível de duodeno, 
pq a fermentação ruminal diminui a eficiência de 
aproveitamento do alimento quando comparado 
ao intestino delgado (aonde o aproveitamento 
energético seria maior se o alimento passasse 
intacto para o abomaso). Se o alimento fosse 
intacto para o abomaso, o aproveitamento 
daquele alimento seria mto melhor para o animal, 
só que se eu não tiver a fração do alimento que é 
degradada no rúmen não tenho a sobrevivência 
dos microorganismos do rúmen. Então todo o 
alimento precisa ter uma parte que vai ser 
degradada no rúmen, e para animais de alta 
produção proporcionar alimentos que possam 
passar intactos para o abomaso e serem digeridos 
a nível intestinal, para isso fornecer um maior 
ganho de peso ou uma maior produção de leite. 
Por isso que animais de confinamento ganham 
mais peso pq eles tem uma quantidade maior de 
concentrado que proporciona uma maior 
quantidade de alimentos by pass, e com isso terão 
um maior ganho de peso em um menor espaço 
de tempo. E as vacas de leite tb, vacas de alta 
produção, que comem maior quantidade de 
concentrado, proporcionam maior produção de 
leite por terem maior quantidade de alimento 
como amido e proteína by pass. 
-Quanto mais concentrado, maior ganho de peso 
e maior será a produção de leite. Só que rações 
ricas em amido podem promover o acúmulo de 
ácidos graxos voláteis no rúmen (principalmente o 
ácido propiônico), fazendo com que o pH do 
rúmen se torne baixo (lembrando que o pH era 
6,8), o pH do rúmen ácido promove alteração dos 
microorganismos ruminais (predominando os 
lactobacilos) e causando a acidose ruminal. O pH 
do rúmen baixo promove acidose ruminal, que 
pode reduzir o consumo de alimentos, promover 
desidratação acentuada, laminites (inflamações 
do casco), levando animal à morte. Por isso que 
toda alimentação do ruminante deve ser feita 
com adição de concentrado e ureia na fase de 
adaptação para os animais se adaptarem a 
receber esses concentrados, quem tem que 
adaptar são os microorganismos do rúmen, 
sempre observando a quantidade de 
concentrado fornecida para esses animais. Então 
vemos mto problema de laminites em gados de 
leite que mtas vezes elas recebem 60% de 
concentrado e 40% de volumoso, principalmente 
quando elas tem uma alta produção. É mto 
comum em rações de confinamento, rações de 
altos ganhos de suplementação a pasto, 
adicionar calcário, que tem como finalidade 
fornecer cálcio para manter o pH mais básico e tb 
adicionar alguns aditivos como monensina sódica, 
pq alguns aditivos reduzem a produção de gases 
produzidos durante a fermentação ruminal, e com 
isso melhoram a conversão alimentar evitando tb 
o problema de timpanismo. Pq à medida que que 
nós promovemos um excesso de concentrado, 
vou promover alta produção de ácidos graxos 
voláteis (principalmente o propiônico), que 
promove acidose ruminal. E alta quantidade de 
concentrados tb promove alta produção de 
gases, que podem promover o timpanismo. Como 
se trata o timpanismo desses animais? O animal 
com timpanismo fica mais “estufado/parece um 
balão”, o rúmen que está sempre em um vazio do 
lado esquerdo fica aumentado, e o animal fica 
tão incomodado que vira a cabeça para a região 
indicando desconforto e dor, há o trocarter que é 
colocado para a eliminação desses gases, e tem 
algumas sondas que pode tentar passar até o 
rúmen para promover a saída e a eliminação 
desses gases tb. 
-Saber como ocorre a fermentação ruminal. O 
animal que come concentrado tem um ganho de 
peso maior, e fornecendo vinagre consigo 
controlar a intoxicação por ureia. Quando há 
intoxicação com ureia se usa o vinagre (ácido 
acético), ele vai diminuir o pH do rúmen 
(lembrando que o pH do rúmen é básico 6,8), 
diminuindo/tornando o pH do rúmen ácido a 
amônia se transforma em amônio (NH4), que não 
é absorvido pelas paredes ruminais, ele vai ser 
eliminado pelos animais e não vai mais ser 
absorvido pelas paredes ruminais.

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