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Paper Uniasselvi - Prática Interdisciplinar: Introdução à Pesquisa

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1 Nome do acadêmico 
2 Nome do Professor tutor externo 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (PED0187) – Prática do Módulo I - 22/09/2020 
PESQUISADOR(A)? EU? 
Apontamentos sobre Iniciação Científica 
 
 
Ágila Garcia Bezerra¹ 
Tatiana Cals Maués Souza² 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI 
Licenciatura em Pedagogia (PED 0187) – Prática Interdisciplinar: Introdução à Pesquisa 
22/09/2020 
 
 
RESUMO 
 
O presente trabalho versa sobre Iniciação Científica, uma modalidade de pesquisa desenvolvida 
por estudantes das diversas áreas do conhecimento humano, no âmbito da Educação Superior. Tem 
por objetivo realizar alguns apontamentos a respeito do tema e de sua contribuição para a 
formação acadêmica dos estudantes de graduação. Para tanto, apoia-se nos argumentos de Freire 
(1996), Ximenes (2000), Müller (2013), Pereira (2014), Moser (2017) e Cobo (2019). Como 
metodologia, apropria-se da pesquisa bibliográfica cuja abordagem qualitativa esmera-se em 
analisar as especificidades do assunto escolhido sem ater-se a aspectos quantificáveis. Pontua 
algumas vantagens que a Iniciação Científica proporciona ao jovem pesquisador e sua relação 
com o mercado de trabalho. Finaliza reiterando sinteticamente os tópicos abordados ao longo 
deste estudo. 
 
 
Palavras-chave: Iniciação Científica. Ensino e Pesquisa. Educação Superior. 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A conquista de uma vaga na Educação Superior é motivo de muita comemoração, 
especialmente no Brasil, um país marcado pela extrema desigualdade social, herança histórica de 
discriminação e má distribuição de renda; onde este feito assume demasiada dificuldade, sobretudo 
para as camadas mais pobres da população (MOSER, 2017). 
Apesar dos percalços pelo caminho, ao ingressar em uma instituição de ensino superior, seja 
ela pública ou privada, o estudante de ensino médio recém-chegado à academia se depara com uma 
espécie de novo mundo, tal qual Cabral ao vislumbrar as novas terras além-mar, pois a sistemática 
do ambiente acadêmico destoa da dinâmica outrora vivenciada no colegial. 
Neste cenário apresenta-se a Iniciação Científica, uma espécie de primeiro contato com a 
produção de conhecimento científico. Nas palavras de Cobo (2019, não paginado): 
 
A iniciação científica pode ser entendida como o ingresso do estudante no universo da 
pesquisa científica. A partir do momento em que esse acadêmico é apresentado ao método 
2 
 
 
 
de investigação (seus protocolos e suas rotinas), ele começa, portanto, a reconhecer os 
variados métodos com os quais a informação científica é produzida. 
 
Sendo assim, este trabalho pretende realizar alguns apontamentos a respeito de Iniciação 
Científica e de sua contribuição para a formação acadêmica dos estudantes de graduação. 
 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
A curiosidade é uma característica inerente ao ser humano, pois enquanto ser vertical, isto é, 
dotado da capacidade de pensamento e raciocínio, é natural que nutra inquietação e encantamento 
pelo mundo que o cerca. Assim, o homem transcende a realidade palpável na busca por 
conhecimento (MÜLLER, 2013). 
Essa atitude investigativa acentua-se, sobretudo, no ensino superior, quando do ingresso no 
ambiente acadêmico. A universidade apoiada em seus eixos fundantes, ensino, pesquisa e extensão, 
oferece o suporte necessário para o ato de pesquisar, tomando para si a responsabilidade pela 
geração de novos conhecimentos. 
É comum associarmos pesquisa ao trabalho de pessoas confinadas em laboratórios, trajando 
jalecos brancos, circundadas de tubos de ensaio. No entanto, essa é apenas uma das vertentes nas 
quais ela se apresenta, nas chamadas ciências experimentais. Mas, afinal, o que vem a ser pesquisa? 
O Minidicionário Ediouro da Língua Portuguesa define pesquisa como: “sf. 1. Ação ou efeito de 
pesquisar. 2. Investigação minuciosa e sistemática com o fim de descobrir conhecimentos novos no 
domínio científico, artístico, etc.” (XIMENES, 2000, p. 722, grifo do autor). 
Conforme exposto, o conhecimento gerado pelas investigações científicas deve ser 
estruturado mediante a utilização de métodos, técnicas e instrumentos específicos de acordo com o 
objeto sujeito à análise. É na graduação que o espírito crítico e questionador pode ser desenvolvido 
e as técnicas de pesquisa apre(e)ndidas. Esse é um papel importante da Iniciação Científica. Pereira 
(2014, p. 3) esclarece que a introdução à pesquisa: 
 
 
 
 
 
Todavia, o jovem pesquisador não irá se aventurar sozinho e às cegas nesse universo cheio 
de possibilidades que a pesquisa oferece, haja vista possuir pouca ou nenhuma experiência. É 
necessário que alguém o conduza e oriente na árdua jornada de lapidação do conhecimento, a fim 
de que não se perca tempo “reinventando a roda”. Para tanto, cabe às instituições de ensino superior 
está relacionada diretamente com a atitude, o ato e o processo de perguntar. Quem não 
tem pergunta não sai em busca de respostas. O pesquisador que não tem perguntas é 
como um comprador que está sem dinheiro, crédito, cheque e cartão de crédito, não 
compra nada. 
3 
 
 
 
oferecer os subsídios necessários para que a prática seja bem sucedida. É nesse momento que o 
professor orientador ou supervisor entra em ação. 
No processo de construção da pesquisa, o docente assumirá a função de guia, fornecendo 
sugestões de melhoria, apontando quais métodos são os mais adequados para determinados tipos de 
investigação, quais autores são autoridades em determinado assunto, qual linha de pesquisa possui 
lacunas que merecem maior atenção, etc. Sempre em uma constante troca de saberes com seus 
iniciados, visto que é insustentável a concepção de que o professor universitário é o guardião da 
erudição e sapiência tornando-se superior aos discentes do ponto de vista intelectual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Além disso, a Iniciação Científica propicia uma espécie de preparação para a pós-graduação. 
É bem verdade que ainda na graduação existe a possibilidade de se exercitar a capacidade de 
pesquisa do aluno de nível superior, mesmo aquele não participante de projetos de Iniciação 
Científica, isto é, ao final do curso com a entrega do Trabalho de Conclusão de Curso. 
Considerando o exposto, cabe dizer que a Iniciação Cientifica oportuniza ao acadêmico 
algumas vantagens, pois chegará melhor preparado para disputar uma vaga nos processos de seleção 
para pós-graduação, visto que já foi construída uma base preparatória lá na graduação. Logo, é 
possível inferir que não encontrará grandes problemas para alcançar uma vaga, seja na pós-
graduação lato sensu ou stricto sensu. 
Dessa forma, o discente que é iniciado à pesquisa científica tão logo quanto possível só tem 
a agregar à sua formação acadêmica. A participação em eventos para manter-se atualizado a 
respeito de sua área profissional também é uma ótima alternativa a fim de inteirar-se ao que é 
tendência em termos de pesquisa. E não apenas isso, mas também é muito importante participar de 
tais eventos (Seminários, Encontros, Congressos) a fim de divulgar os resultados das pesquisas 
desenvolvidas nos projetos de Iniciação Científica. O meio mais prático e, relativamente, mais 
rápido para se fazer isso é por meio dos artigos científicos ou dos papers; um tipo de trabalho 
acadêmico similar ao artigo, porém menos extenso. 
Conforme assevera Pereira (2014), a Iniciação Científica modifica o relacionamento entre 
professor, aluno e conhecimento. Significa dizer que o processo pedagógico e seus envolvidos 
sofrem uma reestruturação nesse contexto, uma vez que docente e discente encontram-se, 
digamos que, em par de igualdade como produtores de conhecimento. Dessa maneira, torna-se 
irrelevante definir quem ensina e quem aprende, visto que o conhecimento é construído de forma 
colaborativa. Pode-se dizer que a Iniciação à pesquisa proporciona a eliminação do desinteresse 
e passividadeeducativos. Logo, é evidente a importância da indissociabilidade entre ensino e 
pesquisa para a garantia de sucesso do processo pedagógico. 
 
4 
 
 
 
Os períodos científicos são outra ferramenta relevante de divulgação da produção de 
conhecimento e os principais responsáveis por promoverem a comunicação científica. Ao submeter 
um paper ou um artigo a um periódico, deve-se levar em conta a relevância que a publicação 
seriada possui na área. Isso é verificável ao acessar a ferramenta de classificação Qualis; 
desenvolvida pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), que 
atribui conceitos, cuja escala vai de A1 até C, de acordo com o renome da revista, levando em conta 
vários critérios pré-estabelecidos. 
 
3. MATERIAIS E MÉTODOS 
 
 Na construção deste paper, a etapa inicial foi delimitar o subtema relativo à introdução à 
pesquisa para fins de discussão, a saber: Iniciação Científica. Em um segundo momento partiu-se 
para a busca de fontes de informação que registrassem materiais pertinentes à temática selecionada, 
em sua maioria artigos de periódicos bem como dicionário, blog e, tradicionalmente, o livro. 
Para a seleção dos materiais obtidos foram estabelecidos critérios, como por exemplo: a data 
de publicação, o idioma, a ocorrência da palavra iniciação científica no título e resumos e o fator de 
impacto, no caso dos artigos. Assim, procurou-se fundamentar as ideias que versam nesta pesquisa 
nas reflexões de Freire (1996), Ximenes (2000), Müller (2013), Pereira (2014), Moser (2017) e 
Cobo (2019). 
A investigação aqui desenvolvida assume caráter qualitativo, uma vez que se empenha em 
abordar as características de um assunto de modo a desprezar a quantificação ou tentativa de 
mensuração das mesmas. Identifica-se, ainda, como pesquisa bibliográfica, visto que recorre a 
materiais já publicados a fim de conferir sustentação teórica à discussão e encadear os argumentos 
logicamente para que o leitor consiga acompanhar o raciocínio desenvolvido. 
 
5. CONCLUSÃO 
 
A Iniciação Científica pode ser considerada como a porta de entrada para o mundo 
acadêmico-científico. Portanto é salutar ao graduando participar de e engajar-se em grupos de 
pesquisa e programas de iniciação à pesquisa, oferecidos pelas instituições de ensino superior, tão 
logo houver ciência da existência desses. 
O acadêmico iniciado aos métodos de pesquisa cientifica e, portanto, familiarizado com o 
processo de produção do conhecimento, encontrará maior facilidade ao concorrer aos processos 
seletivos de pós-graduação, pois carrega consigo a vivência da pesquisa. Logo, encontrará maiores 
oportunidades profissionais, visto que um profissional produtivo academicamente torna-se mais 
5 
 
 
 
valorizado no mercado de trabalho do que aquele que apenas passou pela graduação e nada 
produziu. 
Para que outros pesquisadores de interesses afins possam acompanhar a produção de seus 
pares é imprescindível manter o currículo lattes sempre atualizado, visto que se constitui na 
principal fonte de informação referente à trajetória acadêmico-cientifica de um profissional. 
Também foi abordada a questão da divulgação da produção científica por meio dos eventos 
acadêmicos e dos periódicos científicos. Falou-se também da importância de ater-se à classificação 
atribuída pela CAPES à publicação a que se deseja submeter um manuscrito, visando sempre a 
maior divulgação possível das ideias nele contidas. 
Neste breve estudo, discutiu-se a necessidade da indissociabilidade entre pesquisa e ensino, 
visto os benefícios e vantagens que a Iniciação Científica oferece e a relação entre docente e 
discente no processo de construção de saberes. Mas principalmente a imprescindibilidade de se 
moldar uma mente questionadora. Assim, para citar Paulo Freire (1996, p. 32): 
 
Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino [...] Enquanto ensino continuo 
buscando, reprocurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me 
indago. Pesquiso para constatar, constatando, intervenho, intervindo educo e me educo. 
Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
COBO, Valter José. Entrevista concedida pelo coordenador de iniciação científica da 
Universidade de Taubaté (UNITAU). Taubaté, 27 mar. 2019, não paginado. Disponível em: 
http://www.unitauvest.com.br/blog/2019/03/27/a-importancia-da-iniciacao-cientifica-na-formacao-
do-aluno-e-profissional/. Acesso em: 18 set. 2020. 
 
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz 
e Terra, 1996. (Coleção Leitura). 
 
MOSER, Ana Cláudia. Educação e diversidade. Indaial: Uniasselvi, 2017. 
 
MÜLLER, Antônio José (Org.). et al. Metodologia científica. Indaial: Uniasselvi, 2013. 
 
PEREIRA, Reinaldo Arruda. A importância da Iniciação Científica na formação acadêmica e 
profissional do aluno. Davar Polissêmica, Belo Horizonte, v. 7, n. 1, 2014. Disponível em: 
http://periodicos.redebatista.edu.br/index.php/DP/article/view/252/191. Acesso em: 16 set. 2020. 
 
PESQUISA. In: XIMENES, Sérgio. Minidicionário Ediouro da Língua Portuguesa. 2. ed. 
reform. São Paulo: Ediouro, 2000. 
http://www.unitauvest.com.br/blog/2019/03/27/a-importancia-da-iniciacao-cientifica-na-formacao-do-aluno-e-profissional/
http://www.unitauvest.com.br/blog/2019/03/27/a-importancia-da-iniciacao-cientifica-na-formacao-do-aluno-e-profissional/
http://periodicos.redebatista.edu.br/index.php/DP/article/view/252/191

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