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Novos Tempos Novas Estratégias para intervenção em linguagem infantil em telefonoaudiologia

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Em tempos como os que temos vivido nos últimos meses o conceito de adapta-
ção passou a fazer parte da nossa rotina em qualquer atividade a ser desenvolvi-
da. Nos adaptamos à uma nova rotina, a novas formas de sair de casa, ao uso de 
hábitos de higiene cada vez mais frequentes e a cuidados antes não imaginados. 
Toda a situação nos coloca em um lugar até então desconhecido e que demanda 
de nós uma reinvenção constante. Todas essas mudanças têm impacto direto na 
nossa prática profissional. Como dar continuidade aos atendimentos sem colocar 
em risco nossas crianças, muitas vezes em situação de maior vulnerabilidade? 
Considerando a quarentena instituída pela maior parte do país e as orientações 
quanto ao isolamento social, o Conselho Federal de Fonoaudiologia emitiu uma 
recomendação no dia 19 de março de 2020 que dispõe em seu artigo 4º quanto 
a possibilidade de realizar teleconsulta e telemonitoramento como alternativa a 
continuação dos atendimentos fonoaudiológicos durante a pandemia (CRF, 2020). 
“Art. 4º A fim de garantir a continuidade e prestação de serviços de qualidade, 
considerando-se, também, os impactos econômicos advindos do período da 
suspensão do atendimento presencial, o atendimento fonoaudiológico pode 
ocorrer por teleconsulta e telemonitoramento”, de acordo com a Resolução 
CFFa nº 427, de 1º de março de 2013, conforme publicação do CFFa no dia 
17 de março de 2020, atualizada pela Recomendação CFFª nº 20, de 23 de 
abril de 2020, que dispõe sobre o uso da Telefonoaudiologia durante a crise 
causada pelo coronavirus (SARS-CoV-2).
 
Enquanto fonoaudiólogos, pensando na Linguagem Infantil, sabemos que um lon-
go período sem a adequada intervenção pode ter um impacto negativo importante 
no prognóstico da criança. A partir da resolução supracitada, inicia-se então, um 
debate a respeito da forma como essa modalidade de atendimento pode ser con-
duzida e de que forma podemos garantir sua efetividade.
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
É importante ressaltar que a teleconsulta, assim como os atendimentos presen-
ciais precisam estar pautados no Código de Ética do Fonoaudiólogo e garantir que 
se cumpram algumas diretrizes fundamentais como o sigilo de dados e o cuidado 
com o uso de imagens. 
Portanto, ainda de acordo com o Conselho Federal de Fonoaudiologia, é impor-
tante que as tecnologias de informação e comunicação utilizadas para os aten-
dimentos obedeçam a parâmetros de verificação, confidencialidade e segurança 
reconhecidos e adequados, garantindo a proteção de dados pessoais obedecen-
do ainda às normas técnicas de guarda, manuseio e transmissão de dados (CRF, 
2020). 
Além disso, o fonoaudiólogo que prestar este serviço deve garantir a equivalência 
aos serviços prestados presencialmente, sendo obedecido o Código de Ética da 
Fonoaudiologia, assim como outros dispositivos que regem as boas práticas de 
sua área de atuação.
Inicialmente o Fonoaudiólogo deve pensar em quais recursos ele e os pacientes 
necessitam a fim de conduzir o atendimento nessa modalidade. Conversar com 
os responsáveis e expor a situação deixando claro a responsabilidade e preocu-
pação com a saúde da criança pode ser uma forma de iniciar o atendimento nesse 
contexto. 
É importante deixar claro ao responsável que, caso seja de comum acordo a con-
tinuidade dos atendimentos por teleconsulta, ele será corresponsável nesse pro-
cesso auxiliando tanto na organização do espaço físico quanto na condução da 
terapia, fornecendo à criança os apoios necessários conforme a orientação do 
Fonoaudiólogo. 
Por essa razão, uma parte fundamental da intervenção em Fonoaudiologia, seja 
qual for o contexto, é o estabelecimento de parcerias deixando claro o papel de 
cada um nesse processo. É de vital importância que haja – presencialmente, junto 
à criança, no momento do teleatendimento – um adulto responsável.
O segundo passo é determinar de que forma o atendimento será transmitido a 
partir dos recursos disponíveis tanto para o fonoaudiólogo quanto para o pacien-
te. O ideal é que a transmissão ocorra pelo computador a fim de facilitar a visuali-
zação por parte da criança e permitir o uso de recursos como o compartilhamento 
de telas o que pode favorecer e facilitar o momento da intervenção. 
Existem diversos programas disponíveis de forma gratuita para esse fim, é impor-
tante entender qual melhor irá se adaptar às necessidades de cada caso de forma 
individualizada e quais os recomendados pelos órgãos reguladores da Profissão 
em termos de segurança, para que sejam mantidos o sigilo e a confidencialidade 
necessárias. 
Pensar que a criança não terá os recursos trabalhados em terapia em mãos, de for-
ma concreta, é fundamental para auxiliar na elaboração dos materiais a serem uti-
lizados. Nesse sentido, explorar imagens que possam ser compartilhadas em tela 
assim como vídeos e outros recursos de mídia digitais são ideias interessantes. 
Outro ponto e o planejamento prévio e orientações prévias ao cuidador que será 
o acompanhante no teleatendimento, desta forma o cuidador poderá se preparar, 
selecionar algum material caso seja necessário ou indicar o que não haverá dis-
ponível no momento da intervenção, desta forma a sessão interventiva via telea-
tendimento será mais produtiva.
Após definir alguns aspectos de cunho técnico resta saber como conduzir o aten-
dimento e que tipo de estratégias pode ser utilizado. Pensando nisso, reunimos 
aqui uma série de estratégias elaboradas pelos alunos do Curso de Aprimoramen-
to em Linguagem Oral Infantil: Atualização para a prática profissional de Fonoau-
diólogos. Ressaltamos que foram realizadas algumas adaptações a fim de que 
INTRODUÇÃO
possam ser utilizadas no contexto de teleconsulta. Nosso objetivo é auxiliar os 
fonoaudiólogos que atuam com linguagem infantil nesse momento de adaptação, 
garantindo assim a continuidade dos atendimentos.
É importante ressaltar que, cada uma das estratégias aqui apresentadas pode e 
deve ser adaptada à necessidade de cada criança, aos objetivos que se pretende 
trabalhar. Assim como os materiais e recursos utilizados podem sofrer variações 
a depender do recurso disponível. 
Muitas das estratégias aqui colocadas foram adaptadas das estratégias que nos-
sas alunas e alunos do Curso de Aprimoramento em Intervenção em Linguagem 
Oral Infantil (ALO-APP FONO) das turmas realizadas até o momento elaboraram 
no decorrer do curso como atividades dos diversos módulos, o que é motivo de 
maior orgulho para todos nós! Queremos agradecer a todas pela generosidade de 
compartilhar o fruto de seus estudos aqui conosco!
Que todos os fonoaudiólogos e fonoaudiólogas possam aproveitar ao máximo 
esse material que preparamos com carinho para vocês! Sempre naquele padrão 
de excelência que a TK realiza todos seus materiais e cursos! 
Um grande abraço,
Fga. Dra. Simone Ap. Lopes-Herrera 
Fga. Me. Camilla Guarnieri
Fga. Me. Thais dos Santos Rosa
Fga. Ana Micheline da Costa Faga
INTRODUÇÃO
SUMÁRIO
QUE BARULHO É ESSE?
(meios de transportes)
01
CONTE-ME DO SEU 
FINAL DE SEMANA 
25
CAIXA SURPRESA 
DAS EMOÇÕES
13 ESTÁ NA TELA E 
ESTÁ NA CARTA! 
26
FAÇA O QUE O FANTOCHE
ANIMAL MANDOU
02
JOGO DAS CARTAS:
PARTES DA CASA
14
CONHECENDO A 
FAMÍLIA
03
CADÊ A 
FIGURA?
15
PIQUENIQUE 
DAS FRUTAS
04
O QUE É, 
O QUE É?
16
CAIXA 
SURPRESA
05
REPÓRTER 
POR UM DIA
17
CHARADA 
ANIMAL
06
PEPPA: MINHA FESTA
DE ANIVERSÁRIO
18
FALA, FAZ E DEPOIS
TROCAMOS A VEZ
07
O QUE EU 
PRECISO?
19
CONTEME DO SEU
FINAL DE SEMANA
08
EXPLORANDO 
A MÚSICA
20
HISTÓRIA 
INFANTIL
09
QUEM BATE 
PRIMEIRO?
21
TAPÃO10
DOMINÓ 
CONSCIENTE!
22
PESCARIA 
DIVERTIDA
11
DISCRIMINAÇÃO AUDITIVA E
VISUAL E RECONHECIMENTO
DE SONS AMBIENTAIS
23
MÚSICA DA 
BARATA
12
ONDE O MONSTRINHO 
MORA?
24
Autora: Cintia Marineli 01
QUE BARULHO É ESSE?
(meios de transportes)
Faixa etária: 2 a 4 anos
Estratégia
QUE BARULHO É ESSE? (meios de transporte)
X
Figuras dos meios de transporte:
Carro, avião, moto, barco, trem, caminhão,ônibus;
Sons gravados dos respectivos meios de transporte.
MATERIAIS
OBJETIVO
A atividade permite trabalhar a linguagem receptiva através da compreensão 
de ordens simples e complexas, além da expansão do vocabulário, atenção, 
discriminação e memória auditiva.
DESCRIÇÃO
 Inicialmente as imagens são apresentadas à criança e em seguida os sons 
correspondentes. Deve ser realizada, então, a associação dos sons com as imagens. 
Nessa etapa é possível solicitar à criança que imite os sons apresentados.
 
Em seguida trabalhar a respeito dos meios de transporte escolhidos: o que anda 
na água, na terra, no céu, no trilho, até mesmo qual tem roda, qual faz o som mais 
forte e mais fraco; 
Logo após, começa o trabalho de associação em que a criança deverá ouvir o 
som e em seguida será pedido para que aponte o objeto correspondente;
Em maior complexidade, é possível apresentar mais de um som e sequência e 
pedir que a criança realize as associações.
COMANDOS A SEREM DADOS
Estes comandos podem ser graduados. Inicialmente é pedido que escute 
o som e logo em seguida aponte o objeto correspondente ao som escutado; 
Em seguida pode ser pedido que separe os meios de transporte que ande na 
terra/céu/ar depois de escutar os sons: “Vamos separar os meios de transporte 
QUE BARULHO É ESSE? (meios de transporte)
X
da água”;
Outra possibilidade é apresentar todos os sons e solicitar que a criança mostre 
apenas os do ar: “Depois de ouvir os sons me mostre aqueles que andam no ar”; 
Outros possíveis tipos de categorização: “Me mostre os meios de transporte que 
tem o som mais forte”;
No contexto de diálogo, perguntar: “Em qual desses você já andou?”; “Em qual 
tem vontade de andar?” “Qual é o maior?”
Como atividade de casa, pedir que a criança faça um desenho do meio de 
transporte favorito.
FAÇA O QUE O FANTOCHE 
ANIMAL MANDOU
Autora: Márcia Gomes Cassita de Souza 
Faixa etária: 2 a 4 anos
02
Estratégia
X
FAÇA O QUE O FANTOCHE ANIMAL MANDOU
Fantoche de animais ou bonecos e ursos de pelúcia que a criança tiver em casa.
MATERIAIS
OBJETIVO
A partir dessa atividade é possível trabalhar a linguagem receptiva e expressiva 
além da expansão do vocabulário e habilidades dialógicas.
DESCRIÇÃO
Primeiro deve ser apresentado a criança os fantoches de animais. Nesse 
momento a criança poderá apresentar à terapeuta os bonecos e ursos que tiver 
em casa; 
Durante a apresentação, no caso dos fantoches e bonecos de animais, o 
fonoaudiólogo pode associar o som produzido por cada um e descrever as partes 
do corpo. Outra opção é solicitar à criança que aponte ou mostre na tela as partes 
do corpo solicitadas: “Cadê a orelha do leão? Onde está o nariz da zebra?”. 
Em seguida pedir a atenção da criança e explicar que o animal irá pedir a ele 
algumas coisas: “O lobo quer saber onde está a sua barriga”; “O jacaré quer saber 
onde está a sua boca” e assim, cada animal pede para a criança mostrar uma 
parte do corpo. A atividade inversa também pode ser interessante. Dessa forma, a 
criança pode solicitar à terapeuta que aponte determinada parte do corpo; 
Uma possível variação é pedir para que a criança aponte mais de uma parte 
do corpo a partir de ordens mais complexas e solicitar ordens que envolvam 
movimentos corporais como “coloca a mão na barriga”.
COMANDOS A SEREM DADOS
Os comandos podem ser realizados com ordens simples para as crianças que 
apresentem maior dificuldade: “Cadê o nariz do gato?”; “Onde está a orelha do 
cachorro?”; “O sapo mandou pular”; “O tucano pediu para bater palmas”; 
X
FAÇA O QUE O FANTOCHE ANIMAL MANDOU
Aumentar o grau de complexidade das ordens a serem executadas como: “O 
leão mandou colocar a mão na cabeça e pular”. 
CONHECENDO A FAMÍLIA
Autora: Mônica Vaz de Campos
Faixa etária: 2 a 4 anos
03
Estratégia
X
CONHECENDO A FAMÍLIA
Fotos da criança, dos pais, irmãos e avós ou outras pessoas do convívio da criança. 
Obs.: Solicitar que o responsável pela criança compartilhe previamente as fotos 
com o fonoaudiólogo.
MATERIAIS
OBJETIVO
A partir dessa atividade é possível trabalhar habilidades de linguagem receptiva e 
expressiva, atividade dialógica e memória.
DESCRIÇÃO
 Inicialmente, o fonoaudiólogo pode compartilhar na tela cada uma das fotos e 
solicitar que a criança pareie com as cópias das fotos disponíveis em casa; 
Na sequência, solicitar que a criança identifique cada uma das pessoas nas 
fotos; 
Pedir que a criança escolha uma foto e não mostre à terapeuta. Ela deve então 
dar dicas para que o fonoaudiólogo adivinhe de quem ela está falando. Em seguida, 
o fonoaudiólogo faz o jogo inverso: “adivinha quem é: usa óculos e tem bigode”.
COMANDOS A SEREM DADOS
Vários comandos podem ser dados, dependendo do nível de linguagem receptiva 
e expressiva da criança. Se a criança só aponta, pedir que ache na cartela a pes-
soa que o fonoaudiólogo está mostrando, até chegar na situação em que a criança 
consegue dar características do familiar. 
X
CONHECENDO A FAMÍLIA
PIQUENIQUE DAS FRUTAS
Autora: Aline Silva de Almeida
Faixa etária: 2 a 5 anos
04
Estratégia
X
PIQUENIQUE DAS FRUTAS
Frutas variadas – o fonoaudiólogo deverá combinar com os pais ou responsáveis 
pela criança quais frutas serão utilizadas, de preferência, orientando a seleção de 
acordo com a variação de sabor, cor e tamanho a fim de ampliar a possibilidade de 
conceitos a serem trabalhados. No dia da intervenção, o fonoaudiólogo também 
deverá ter as frutas; 
Obs: O fonoaudiólogo pode orientar os pais ou responsáveis pela criança a criar 
um cenário de piquenique, a atividade pode ser realizada em algum ambiente 
externo na casa, por exemplo. 
Outra dica importante é trabalhar previamente com a criança o que é um piquenique, 
mostrar vídeos de figuras que exemplifiquem a atividade a fim de que ela esteja 
familiarizada. 
Para todas essas etapas é fundamental contar com a participação de um respon-
sável pela criança. Nessa atividade podem ser envolvidos outros participantes 
como os irmãos, por exemplo. 
MATERIAIS
OBJETIVO
A partir dessa atividade é possível trabalhar diversos aspectos da linguagem 
receptiva como a compreensão de ordens simples e complexas e o vocabulário 
receptivo. 
A linguagem expressiva pode ser trabalhada a partir da expansão do vocabulário 
expressivo, construção de frases simples e complexas e da atividade dialógica 
incluindo a troca de turnos. Habilidades como atenção e memória de trabalho 
também podem ser estimuladas nesse contexto. 
X
PIQUENIQUE DAS FRUTAS
Podem ser utilizados comandos baseados em ordens simples: “Vamos começar 
pela banana. Onde a banana está?”; “Você gosta dessa fruta?”; “Coloque a bana-
na na mesa”; comandos baseados em ordens complexas segmentadas: “Pegue a 
banana.” “Agora coloque a banana na toalha.” Ou ainda comandos baseados em 
ordens complexas não-segmentadas: “Pegue a banana e coloque em cima da to-
alha vermelha.” 
COMANDOS A SEREM DADOS
DESCRIÇÃO
Ao iniciar a atividade, o fonoaudiólogo convida a criança para fazer um pique-
nique. Certifica-se que a criança saiba o que é um piquenique, e, se necessário, 
retomar a explicação. Em seguida, contar que neste piquenique “especial” só en-
tram as frutas, e que juntos irão descobrir quais frutas foram escolhidas para este 
momento. 
Após esta introdução, o fonoaudiólogo apresenta as frutas e juntos exploram 
e conversam sobre elas. Trabalhando o lúdico e o faz de conta, o fonoaudiólogo 
pode contar uma história de que as frutas participantes deste piquenique estabe-
leceram uma ordem de serem saboreadas, porque todas querem ser experimen-
tadas.
A criança deverá, então, escolher a fruta a ser experimentada. Pode ser um mo-
mento interessante para introduzir novos sabores. Juntos, o fonoaudiólogo e a 
criança irão conversar sobre a fruta, seu tamanho, cor, sabor etc. 
Num nível de complexidade maior, pode-se pedir que a criança arrume a mesa 
do piquenique seguindo as ordens do fonoaudiólogo, que pode, conforme nível de 
dificuldadeda(s) criança(s), emitir ordens simples ou complexas. 
X
PIQUENIQUE DAS FRUTAS
Outra possibilidade é estabelecer comparações entre as frutas trabalhando outros 
conceitos: “Qual é maior, o morango ou a maçã?”; sugerir que a criança separe por 
categorias: “Vamos colocar aqui todas as frutas vermelhas” ou ainda “Vamos se-
parar as azedas das doces”.
CAIXA SURPRESA
Autora: Aline Adriano
Faixa etária: A partir de 3 anos 
05
Estratégia
X
CAIXA SURPRESA
Figuras de personagens – poderão ser selecionados os personagens preferidos 
da criança como forma de motivação;
Figuras que representem ações como por exemplo: criança escovando os den-
tes; crianças jogando; adulto cozinhando etc.;
Obs.: Cada figura de personagem deve esconder uma figura de ação. Uma forma 
de organizar a atividade seria colar uma figura de ação no verso de uma figura de 
personagem. A quantidade de figuras, bem como a complexidade das ações de-
vem ser adequadas à idade da criança e ao seu desenvolvimento de linguagem. 
Por exemplo, figuras com maior riqueza de detalhes são mais adequadas a crian-
ças mais velhas, figuras mais simples e objetivas podem ser utilizadas com crian-
ças menores ou com maior comprometimento de linguagem. 
Computador ou celular. 
MATERIAIS
OBJETIVO
A partir dessa atividade é possível trabalhar a linguagem receptiva em diferentes 
graus de complexidade, o aspecto sintático e a narrativa também são aspectos 
trabalhados. 
DESCRIÇÃO
No início da atividade o fonoaudiólogo deverá explicar a criança como ela será de-
senvolvida. Apresentar os personagens podendo conversar com a criança sobre 
eles, perguntar quais são os preferidos, pedir características. 
Em seguida, explicar que cada um dos personagens escondem uma ação que de-
verá ser descrita por ela. Em seguida, o fonoaudiólogo pede a criança que escolha 
um personagem e mostra a ação que ele esconde. O fonoaudiólogo então per-
X
Podem ser realizadas diversas perguntas à criança: “Quem está na imagem?”; “O 
que ele(a) está fazendo?”; “Onde ele(a) está?”. 
É possível perguntar à criança se ela realiza alguma das ações em casa e de que 
forma, quais são as diferenças e semelhanças com as imagens. Pedir que ela de-
mostre algumas ações por meio de gestos pode tornar a atividade interessante! 
Por fim, em um nível de maior complexidade, solicitar que a criança associe as 
imagens e tente criar uma sequência estimulando, dessa forma, a habilidade 
narrativa. 
COMANDOS A SEREM DADOS
CAIXA SURPRESA
gunta o que está acontecendo na imagem e a criança deverá responder podendo 
receber o apoio do fonoaudiólogo com pistas e perguntas que direcionem sua 
resposta. 
CHARADA ANIMAL
Autora: Fernanda Tessaro
Faixa etária: A partir de 3 anos 
06
Estratégia
X
CHARADA ANIMAL
Figuras de animais associados aos nomes de cada um para serem compartilha-
das pela tela do celular ou computador; 
Figuras representativas dos diferentes tipos de habitat. 
MATERIAIS
OBJETIVO
A partir dessa estratégia é possível trabalhar habilidades de compreensão de 
ordens simples e complexas, expansão de vocabulário receptivo e expressivo, 
habilidades dialógicas. 
DESCRIÇÃO
A atividade deve ser iniciada com o reconhecimento dos animais envolvidos na 
atividade. Nesse momento, além das imagens, o fonoaudiólogo pode utilizar ví-
deos e músicas a fim se tornar a atividade mais interessante. Explorar o som dos 
animais, onde mora e o que come também é uma forma interessante de conduzir 
essa etapa. A quantidade de animais apresentados deve estar de acordo com a 
idade da criança e com seu desenvolvimento de linguagem. Envolver muitas op-
ções pode elevar a complexidade da tarefa. 
Na sequência, apresentar também os diferentes habitats representados nas fi-
guras. Conversar sobre cada um deles e suas características e perguntar para a 
criança se ela conhece algum lugar como aqueles; 
Selecionar um habitat e deixar disponível na tela todos os animais selecionados. 
A atividade pode então ser iniciada da seguinte forma: “Preste atenção! Qual é o 
animal que vive na água?”; “Quem é que vive na fazenda?”;
Conforme a criança responde, o fonoaudiólogo poderá brincar com uso da ono-
matopeia do animal encontrado e utilizar músicas representativas. Além disso, 
caso a criança tenha em casa miniaturas de animais ou um bicho de pelúcia, ela 
X
A seleção de comandos a serem utilizados irá depender do nível de linguagem 
expressiva e receptiva da criança. Por exemplo, se a criança apresenta dificuldade 
em responder, o fonoaudiólogo deve dar uma ordem simples exigindo como 
resposta o uso do apontar, caso ela olhe para o item e não aponte poderá ser dado 
auxílio com uso de pista gestual. São exemplos de comandos simples: “Quem faz 
muuuu?”; “Onde está o sapo?”; “Aponta o gato?”. 
Para as crianças que apresentem maior desenvolvimento de linguagem, as 
tarefas serão iniciadas com os mesmos comandos, porém maior número de 
imagens. São exemplos de comandos a serem utilizados nesse contexto: “Vamos 
encontrar um animal que mora na água e é verde”; “Dois animais que moram na 
fazenda, um bota ovo e outro dá leite”. 
Outra possível variação para essa atividade é utilizar, ao invés dos locais, o que 
cada animal come. Diversas adaptações podem ser realizadas de acordo com as 
necessidades da criança. 
COMANDOS A SEREM DADOS
CHARADA ANIMAL
poderá apresentar à terapeuta e determinar o local onde moram. Essas são for-
mas de engajar ainda mais a criança na tarefa.
X
CHARADA ANIMAL
FALA, FAZ E DEPOIS 
TROCAMOS A VEZ 
Autora: Marcele Viana
Faixa etária: A partir de 3 anos 
07
Estratégia
X
FALA, FAZ E DEPOIS TROCAMOS A VEZ 
O que houver disponível no ambiente, sendo assim é importante pedir ao res-
ponsável pela criança que deixe alguns objetos disponíveis para a terapia; 
Cronômetro ou ampulheta projetado na tela; 
MATERIAIS
OBJETIVO
A atividade permite trabalhar a linguagem receptiva e funções executivas 
como, memória de trabalho, atenção sustentada, planejamento, organização, e 
gerenciamento do tempo.
DESCRIÇÃO
 Inicialmente orientar a criança a explorar os objetos disponíveis em casa, solici-
tar que os nomeie e descreva sua função; 
O fonoaudiólogo também pode ter objetos à sua disposição e apresentá-los a 
criança também descrevendo suas funções;
Em seguida, explicar que serão dados alguns comandos e que eles terão um de-
terminado tempo para executá-los, mostrando o cronômetro na tela e explicando 
como ele funciona; 
 Iniciar a atividade fornecendo um determinado comando à criança, o tempo pode 
ser reduzido conforme sua habilidade assim como a complexidade do comando 
pode ser aumentada;
Por fim, invertem-se os papéis e a criança deverá dar a ordem ao fonoaudiólogo. 
X
 Iniciar com comandos simples como “Pegue o pente”; “Tire a caneta da mesa”. 
Passar para comandos mais complexos: “Pegue o pente e penteie seu cabelo”; 
“Pegue o lápis e desenhe uma bola”. 
COMANDOS A SEREM DADOS
FALA, FAZ E DEPOIS TROCAMOS A VEZ 
CONTE-ME DO SEU 
FINAL DE SEMANA 
Autoras: 
Indianara Thomé Pereira Andres 
Daniela Nogueira
Faixa etária: 3 a 4 anos 
08
Estratégia
X
CONTE-ME DO SEU FINAL DE SEMANA 
Fotos impressas ou no celular compartilhadas previamente com o fonoaudiólogo. 
MATERIAIS
OBJETIVO
A atividade tem como objetivo favorecer o diálogo além de trabalhar a habilidade 
sintática e narrativa.
DESCRIÇÃO
O fonoaudiólogo combinar anteriormente com a família o envio de fotos com 
fatos que a criança tenha vivenciado durante o final de semana;
A partir do suporte visual a criança conta o que fez, o fonoaudiólogo faz a cor-
reção estruturando as sentenças e fazendo com que a criança reproduza adequa-
damente, até que suas produções se tornem independentes;
O fonoaudiólogo pode conduzir a atividade da seguinte forma: “Olha que foto legal! 
Quem está nela?”; “Onde vocês estavam?”; “Você se divertiu nesse dia?”. 
COMANDOS A SEREM DADOS
HISTÓRIA INFANTIL
Autora: Andréa Liliane Farias Silva de CamposFaixa etária: 3 aos 6 anos 
09
Estratégia
X
HISTÓRIA INFANTIL 
História infantil disponível no formato digital (vídeos ou apresentação em Power 
point) que possa ser compartilhado na tela do celular ou computador; 
Fichas individuais com os principais personagens, local da história e principais 
acontecimentos. 
MATERIAIS
OBJETIVO
A partir dessa atividade é possível trabalhar a linguagem receptiva a partir da 
compreensão de ordens simples e complexas e ampliar o vocabulário receptivo. 
É possível ainda trabalhar as habilidades sintática e narrativa, além da atenção e 
memória de trabalho. 
DESCRIÇÃO
 Inicialmente, contar a história infantil selecionada com apoio visual das ima-
gens da história (em formato digital);
Após essa etapa, recontar a história identificando os principais personagens 
mostrando as fichas com suas imagens; 
Feito essa identificação conversar sobre cada um dos personagens, se forem 
animais, por exemplo, associar ao som que produzem, conversar sobre o lugar 
onde vivem e o que comem. 
Por fim, solicitar que a criança reconte a história. Nessa etapa, podem ser dis-
ponibilizadas as imagens do livro digital como forma de apoio. O fonoaudiólogo 
pode auxiliar nessa etapa fazendo perguntas a fim de direcionar a criança. 
Uma possível variação para atividade é modificar a história, invertendo persona-
gens e acontecimentos. Lembre-se sempre de adaptar a estratégia àquilo que se 
pretende trabalhar com a criança ao seu nível de linguagem. Crianças com maior 
X
 Inicialmente o fonoaudiólogo pode solicitar a nomeação dos personagens, 
onomatopeias e descrição dos cenários: “Que animal é esse?”; “Eles estão na 
praia! O que mais tem aí?”; “Que barulho o carro faz?”. 
Solicitar que a criança reconte a história oferecendo o apoio necessário: “Onde a 
chapeuzinho foi? O que ela carregava na cesta?”. Uma opção é recontar a história 
deixando lacunas para que a criança complete: “A........(galinha) queria fazer um 
bolo para comemorar a nova estação com seus amigos da floresta. Foi procurar o 
............(cachorro) para pedir ajuda...”. 
Em um maior nível de complexidade fazer associações entre a história e a vida 
da criança: “Você tem um cachorro como o da história?”; “Eles estão em uma 
fazenda! Você já foi em algum lugar como esse?”.
COMANDOS A SEREM DADOS
HISTÓRIA INFANTIL 
dificuldade irão necessitar de maior apoio e não chegarão a construir uma narra-
tiva. Nesse caso, pode ser trabalhada a construção de frases simples ou mesmo 
a nomeação de figuras. 
TAPÃO
Autora: Juliana Bitar
Faixa etária: 3 a 6 anos
10
Estratégia
X
TAPÃO
Figuras de objetos de diferentes categorias semânticas.
 
MATERIAIS
OBJETIVO
A estratégia permite trabalhar o acesso ao léxico e categorias semânticas, memória 
de trabalho, atenção e controle inibitório.
DESCRIÇÃO
Mais uma vez, é importante apresentar à criança todas as figuras que serão 
utilizadas na atividade. Elas poderão ser organizadas, por exemplo, em uma apre-
sentação de Power point e deverão ser compartilhadas na tela. O fonoaudiólogo 
deverá passar uma a uma e conversar sobre cada uma delas;
Em seguida, o fonoaudiólogo seleciona uma classe semântica como, por exem-
plo, vestuário. Explica à criança que irá passar as figuras na tela e, cada vez que a 
figura for uma roupa, a criança deverá bater a mão na mesa e dizer o nome figura; 
Para cada acerto da criança, ela deverá ganhar um ponto e, atingido uma de-
terminada pontuação ganha o direito de assistir um vídeo do seu interesse, por 
exemplo.
São exemplos de comandos a serem fornecidos: “Vamos iniciar o jogo, cada vez 
que um animal aparecer você deve bater na mesa e dizer seu nome”; “Para cada 
acerto você ganha um ponto e perde um cada vez que errar”;
Outra adaptação é quanto a velocidade com que as figuras são apresentadas, 
para crianças com maior dificuldade, reduzir a velocidade e aumentar de forma 
gradativa até chegar ao limite da criança. 
COMANDOS A SEREM DADOS
PESCARIA DIVERTIDA
Autoras: 
Cristiana Marques 
Valéria Nehmeh 
Fernanda Belgamasco
Faixa etária: 3 anos até 8 anos
11
Estratégia
X
PESCARIA DIVERTIDA
Figuras de diferentes peixes que possam ser compartilhados na tela; 
Em cada peixe deve existir figuras, palavras, sílabas ou letras, conforme o obje-
tivo da atividade. 
MATERIAIS
OBJETIVO
A atividade permite trabalhar habilidades de consciência fonológica como rima, 
aliteração, consciência de silábica e sintática.
Obs.: Pode ser aplicada de diferentes formas a depender do objetivo selecionado. 
DESCRIÇÃO
A atividade será realizada de forma gradativa, respeitando a hierarquia do de-
senvolvimento da consciência fonológica. Inicialmente, deixar disponível na tela 
todos os peixes com as figuras, palavras ou sons. 
Se o objetivo for trabalhar a rima e aliteração: A criança deverá selecionar na tela 
os peixes figuras ou palavras que rimam ou que aliteram. Caso a criança tenha 
dificuldade de perceber a rima e/ou aliteração, o fonoaudiólogo poderá facilitar 
acentuando a sílaba tônica ou sílaba inicial enquanto nomeia as figuras para que 
a criança perceba com mais facilidade.
Se o objetivo for trabalhar a consciência silábica: Selecionar na tela os peixes 
com sílabas para formar palavras. Após a formação da palavra, a criança deverá 
bater palmas contando quantas sílabas esta palavra contém;
Se o objetivo for trabalhar a consciência sintática: selecionar uma palavra alvo e 
formar uma frase a partir dela;
X
Os comandos podem variar conforme o objetivo da atividade. Para rimas, por 
exemplo: “Na tela temos vários peixes, cada um possui uma figura, você deverá 
analisá-las e escolher os pares de peixes que rimam”. Para aliteração: “Na tela 
temos vários peixes, cada um possui uma figura, você deverá analisá-las e escolher 
as que começam com o mesmo som, formando pares de peixes”. 
Para a consciência silábica: “Que palavra podemos formar com essas sílabas?”; 
“Quantas sílabas essa palavra tem?”;
Para a habilidade sintática: “Vamos escrever a frase que você criou?”; “Quantas 
palavras sua frase tem?” 
Outra opção é o fonoaudiólogo elaborar uma frase e pedir que a criança avalie se 
ela está correta: “Eu vou falar uma frase e quero que você preste bastante atenção 
e diga se ela está correta ou não”; ”Agora você irá corrigi-la, como é a forma correta 
de falar esta frase?”. 
COMANDOS A SEREM DADOS
PESCARIA DIVERTIDA
Dependendo da idade e desenvolvimento da criança, o fonoaudiólogo pode soli-
citar que ela escreva as palavras ou frases envolvidas na atividade. 
MÚSICA DA BARATA
Autora: Angela Teixeira Senise
Faixa etária: A partir de 4 anos
12
Estratégia
X
MÚSICA DA BARATA
Letra com as estrofes da música da Barata: 
A barata diz que tem um anel de formatura / É mentira da barata, ela tem a casca 
dura / A barata diz que foi passear de avião / É mentira da barata ela foi de cami-
nhão / A barata diz que tem um sapato de veludo / É mentira da barata ela tem o 
pé peludo / A barata diz que tem uma cama de marfim / É mentira da barata ela 
dorme no capim. 
Cartão com imagens: Casca da barata (casca dura); Caminhão; Pé peludo; Ba-
rata dormindo no capim. 
MATERIAIS
OBJETIVO
A atividade permite trabalhar a percepção e identificação de rimas.
DESCRIÇÃO
O fonoaudiólogo inicia cantando a música da barata junto com a criança. Pode 
ser utilizado um vídeo para tornar a atividade mais interessante;
Em seguida, o fonoaudiólogo coloca novamente a música, dessa vez somente o 
áudio, e mostra imagens que correspondem à rima de cada estrofe. 
Finalmente, o fonoaudiólogo deverá deixar as figuras visíveis na tela, ele irá en-
tão cantar a música e pedir que a criança aponte ou nomeie a figura que corres-
ponde a rima do final da estrofe.
 São exemplos de comandos a serem fornecidos: “A Barata diz que tem um sapato 
de veludo. É mentira da Barata ela tem... E agora qual que rima com sapato de 
veludo?”; “O que cantamos agora?”; “Ela vai de caminhão ou ela tem o pé peludo?”.COMANDOS A SEREM DADOS
CAIXA SURPRESA 
DAS EMOÇÕES 
Autoras: 
Aline Silva de Almeida 
Andréa Liliane Farias Silva de Campos 
Faixa etária: 4 a 5 anos 
13
Estratégia
X
CAIXA SURPRESA DAS EMOÇÕES
Figuras ou fotos que representem diferentes expressões faciais; 
Vídeos de personagens do interesse da criança;
MATERIAIS
OBJETIVO
O objetivo da atividade é trabalhar o diálogo a partir da troca de turnos e manutenção 
do diálogo, além de estimular o reconhecimento de sentimentos e expressões 
faciais no outro.
DESCRIÇÃO
Apresentar para a criança as figuras e as diferentes expressões faciais as asso-
ciando com os sentimentos. É importante verificar nesse momento se a criança 
compreende esses conceitos; 
Pedir que a criança escolha na tela uma das expressões e pedir que ela a des-
creva. Em seguida, ela deverá imitá-la na câmera junto com o fonoaudiólogo. É 
possível perguntar nesse contexto em que momento a criança utiliza a expressão 
selecionada e qual sentimento está associado a ela.
Por fim, o fonoaudiólogo pode compartilhar um vídeo no qual um personagem 
do interesse da criança apresente a expressão da rodada. Além de assistir ao ví-
deo, é interessante conversar com a criança sobre o que foi visto. 
Alguns comandos que podem ser utilizados: “Qual figura você escolheu?”; “Essa 
pessoa está feliz ou triste?”; “Ele está chorando? Em que situações você chora?”; 
“Vamos fazer juntos a expressão de medo?”. 
COMANDOS A SEREM DADOS
X
CAIXA SURPRESA DAS EMOÇÕES
JOGO DAS CARTAS: 
PARTES DA CASA
Autoras: 
Adriana da Silva Araújo 
Carolina Gasparini Nachif
Faixa etária: 4 a 6 anos
14
Estratégia
X
JOGO DAS CARTAS: PARTES DA CASA 
Cartas com figuras coloridas de imagem de objetos relacionados aos ambientes 
da cozinha, sala, quarto, banheiro, lavanderia e jardim.
MATERIAIS
OBJETIVO
A atividade permite trabalhar a atenção sustentada, controle inibitório, habilidades 
de memória, troca de turnos e habilidade sintática. 
DESCRIÇÃO
 Inicialmente conversar com a criança sobre os cômodos da casa. Pedir que ela 
faça referência à sua própria casa aproximando a atividade do contexto conheci-
do por ela. Em seguida, apresentar as figuras previamente selecionadas na tela e 
pedir que a criança nomeie cada um dos objetos. 
Solicitar que a criança escolha uma parte da casa e, com os objetos na tela, pe-
dir que ela nomeie todos os objetos que pertencem àquele cômodo. 
O fonoaudiólogo deverá explicar à criança que irá passar as figuras na tela e, 
cada vez que aparecer uma figura que represente um objeto do cômodo selecio-
nado, ela deverá bater palmas; 
Uma possível variação da atividade, aumentando a complexidade, é pedir que 
a criança descreva quais ações podemos realizar em cada um dos cômodos da 
casa, pedir que escolha seu cômodo favorito e, se possível, mostre ao fonoaudió-
logo o que tem nele.
X
Podem ser utilizados comando como: “Vamos conhecer as partes da casa, em 
qual cômodo você está agora?” “Vamos começar com a cozinha, cada vez que 
um objeto da cozinha aparecer você deverá bater palmas”. “Qual seu cômodo 
favorito?”; “O que você gosta de fazer lá?”.
COMANDOS A SEREM DADOS
JOGO DAS CARTAS: PARTES DA CASA 
CADÊ A FIGURA?
Autora: Lais Dias Alves
Faixa etária: 4 a 6 anos
15
Estratégia
X
CADÊ A FIGURA?
Uma prancha com figuras diversificadas ou até mesmo uma imagem de ação ou 
paisagem que possa ser compartilhada na tela do computador ou celular.
MATERIAIS
OBJETIVO
A atividade favorece a compreensão de comandos simples e complexos, a 
ampliação de vocabulário além de trabalhar a habilidade de memória auditiva. 
DESCRIÇÃO
Para iniciar a atividade, o profissional irá apresentar a imagem para a criança, 
irão conversar sobre as figuras que aparecem na imagem e após essa etapa ela 
será tirada da tela;
Em seguida, o fonoaudiólogo dirá três palavras que deverão ser memorizadas 
pela criança;
A prancha volta à vista da criança e ela deverá indicar qual(is) das palavras apa-
recem na imagem, ou seja, algumas palavras não estarão na imagem;
Dependendo do nível de memória e compreensão da criança a atividade pode 
exigir um pouco mais da compreensão com perguntas negativas, como: “Qual das 
palavras ditas não aparece na imagem?”;
A imagem pode ter poucas figuras inicialmente ou ser mais elaborada e pode-se 
iniciar somente com duas palavras para memorização e aumentar ao longo da 
atividade.
Alguns possíveis comandos são: “Eu vou dizer três palavras e você vai dizer qual 
delas aparece na imagem”; “Eu vou dizer três palavras e você vai dizer qual delas 
não aparece na imagem”.
COMANDOS A SEREM DADOS
O QUE É, O QUE É?
Faixa etária: 4 a 7 anos
16
Estratégia
Autora: Carla Casagrande
X
O QUE É, O QUE É?
Figuras de animais, frutas, meios de transporte etc., que deverão ficar visíveis
 na tela; 
Cartas com dicas e descrições das figuras selecionadas. 
MATERIAIS
OBJETIVO
A partir da estratégia é possível trabalhar habilidades de linguagem receptiva 
como a compreensão de ordens simples e complexas, ampliação do vocabulário 
receptivo e expressivo além do aspecto semântico, habilidades atencionais e de 
memória. 
DESCRIÇÃO
 Inicialmente mostrar para a criança as figuras com as quais iremos brincar, e 
verificar se ela conhece todos;
Explicar que a brincadeira será de adivinhação (o que é, o que é?), sendo que o 
fonoaudiólogo irá perguntar e a criança irá responder; 
Deixar disponível na tela as figuras selecionadas. Uma sugestão é iniciar com 
menos imagens e aumentar conforme o desempenho da criança; 
O fonoaudiólogo pega uma carta e lê as dicas para a criança identifique a minia-
tura ou a figura.
Outra opção é inverter os papéis de modo que a criança de dicas à terapeuta. 
X
Se a criança souber o que é cada categoria, começar com perguntas do tipo: “O 
que é, o que é? É uma fruta vermelha.”; “É um animal que voa”.
Aumentando o nível de complexidade, colocar um número maior de figuras de 
diferentes classes semânticas e perguntar: “É um brinquedo e podemos chutar”; 
“É uma fruta pequena” ou ainda “É um animal grande que vive no mar”; “É uma 
fruta amarela que o macaco gosta”.
COMANDOS A SEREM DADOS
O QUE É, O QUE É?
REPÓRTER POR UM DIA
Faixa etária: 5 a 6 anos
17
Estratégia
Autora: Carla Casagrande
X
REPÓRTER POR UM DIA
Microfone – pode ser improvisado com uma escova de cabelo ou um rolo de 
papelão.
Câmera do próprio computador ou celular.
MATERIAIS
OBJETIVO
A atividade tem como objetivo favorecer as habilidades dialógicas com trocas de 
turno.
DESCRIÇÃO
 Inicialmente o fonoaudiólogo deverá conversar com a criança e selecionar um 
assunto a ser abordado na entrevista, por exemplo, parque de diversões. A criança 
será a jornalista e entrevistará o fonoaudiólogo (dona do parque de diversões), o 
responsável que acompanha o atendimento com a criança poderá ser o cinegra-
fista.
A criança deverá entrevistar o fonoaudiólogo sobre o parque usando o microfo-
ne, sendo assim, antes de iniciar, a criança e o fonoaudiólogo poderão conversar 
sobre as perguntas que podem ser feitas de acordo com o assunto selecionado.
Nesse caso a criança irá conduzir a atividade a partir das perguntas feitas ao 
fonoaudiólogo. Contudo, caso a criança não consiga iniciar a atividade dessa 
forma, é possível inverter os papéis de modo que o fonoaudiólogo de o modelo, 
exemplificando o papel do repórter no diálogo. 
COMANDOS A SEREM DADOS
X
REPÓRTER POR UM DIA
PEPPA: MINHA FESTA 
DE ANIVERSÁRIO 
Autoras: 
Cristiana Marques 
Fernanda Belgamasco 
Valéria Nehmeh 
Faixa etária: 5 a 6 anos
18
Estratégia
X
PEPPA: MINHA FESTA DE ANIVERSÁRIO
Vídeos que envolvam um contexto, por exemplo, aniversário;
Exemplo: O aniversário da Peppa Pig – selecionar o vídeo de acordo com o inte-
resse da criança. 
 Imagens de ações e objetos que compõem uma festa de aniversário;
Fotos da criança em festas de aniversário fornecidas pelos responsáveis. 
MATERIAIS
OBJETIVO
A atividade tem como objetivo trabalhar habilidadesnarrativo-discursivas, troca 
de turnos e jogo simbólico.
DESCRIÇÃO
O fonoaudiólogo deverá ler o livro ou assistir o vídeo do aniversário da Peppa 
Pig ou de outro personagem de interesse da criança. Caso o fonoaudiólogo opte 
por assistir ao filme selecionado, deverá fazer pausas para se certificar de que 
a criança está compreendendo a história. Contudo se optar pela leitura do livro, 
deve ler pausadamente e ir mostrando as figuras, fazendo a entonação e as vozes 
dos personagens.
Após concluir esta etapa, o fonoaudiólogo deverá compartilhar na tela imagens 
de ações e objetos relacionados a uma festa de aniversário e solicitar que a crian-
ça descreva a sequência temporal dos fatos e a função de cada um dos objetos 
na festa;
Com a ajuda do fonoaudiólogo e apoio das figuras a criança poderá ser incenti-
vada a recontar o que foi visto no vídeo;
Por fim, pedir que a criança mostre e descreva as fotos do próprio aniversário 
ressaltando semelhanças e diferenças com o vídeo assistido. 
X
São exemplos de comandos a serem fornecidos: “Hoje é aniversário da Peppa!”; 
“Ela acordou muito cedo, por que será que Peppa acordou tão cedo?”; ““Vamos 
cantar parabéns?!”; “Será que ela gostou da festa do seu aniversário?”; “E no seu 
aniversário, o que você mais gostou?”.
COMANDOS A SEREM DADOS
PEPPA: MINHA FESTA DE ANIVERSÁRIO
O QUE EU PRECISO?
Autora: Letícia Carla da Silveira Mersoni
Faixa etária: 5 a 8 anos
19
Estratégia
X
O QUE EU PRECISO?
Figuras de diversas classes semânticas (alimentos, utensílios de cozinha, mate-
riais escolares, objetos de higiene pessoal, móveis da casa etc.).
MATERIAIS
OBJETIVO
A partir dessa atividade é possível ampliar o vocabulário receptivo e expressivo, 
além da compreensão de sentenças simples e complexas no contexto dialógico. 
DESCRIÇÃO
Ao iniciar a atividade, o fonoaudiólogo apresenta as diversas figuras de diferen-
tes classes semânticas, pedindo à criança que as nomeie. É possível combinar 
com o responsável da criança que disponibilize alguns objetos da casa a fim de 
tornar a atividade mais interessante. Dessa forma, a criança poderá relacionar as 
imagens apresentadas em tela com os objetos concretos disponíveis. 
Na sequência, o fonoaudiólogo deve associar os objetos à sua função ques-
tionando qual objeto é usado para cada atividade. Por exemplo: “Qual destes eu 
uso para escrever?”. O fonoaudiólogo convida a criança para brincar de ser seu 
ajudante, dizendo-lhe que precisa que pegue sobre a mesa os objetos que vai 
precisar, caso estejam disponíveis em casa, ou aponte na tela as figuras que cor-
respondem a eles: 
“Eu preciso fazer algumas tarefas e preciso de um ajudante para mostrar os ob-
jetos. Você me ajuda?”. O fonoaudiólogo apresenta situações em que a criança 
deduzirá a resposta e pegará o objeto que está sendo requerido, por exemplo: “Eu 
esqueci de pentear o cabelo. O que eu preciso?”. 
Para cada uma das rodadas, o fonoaudiólogo poderá aumentar o número de 
imagens disponíveis tornado a atividade mais complexa. Outra possibilidade é 
associar a atividade à personagens do interesse da criança e criar uma dinâmi-
ca de pontuação. Ex.: “O baby shark precisa escovar os dentes, o que ele precisa 
X
Outros exemplos de comandos utilizados são: “Qual destes eu uso para escrever?”; 
“Eu preciso lavar as mãos, o que pode me ajudar?”; “Quero escovar os dentes e 
depois lavar o rosto. O que eu vou precisar?”; “Estou com fome e vou fazer um 
sanduíche. O que eu preciso?”. 
COMANDOS A SEREM DADOS
O QUE EU PRECISO?
usar?”. Quando a criança atingir determinada pontuação ganha o direito de esco-
lher um vídeo curto do seu interesse. 
EXPLORANDO A MÚSICA
Autoras: 
Renata Henriques de Oliveira 
Vanise Cristine Furstenau
Faixa etária: 3 a 4 anos
20
Estratégia
X
EXPLORANDO A MÚSICA
Música Infantil “A Galinha e o Galo Carijó” (Galinha Pintadinha).
MATERIAIS
OBJETIVO
A partir da atividade é possível trabalhar a habilidade de narrativa, além dos 
aspectos semânticos, lexicais e sintáticos da linguagem.
DESCRIÇÃO
 Inicialmente a criança e o fonoaudiólogo devem ouvir junto uma música infantil. 
Vamos exemplificar aqui com a música da “galinha e o galo Carijó”. A música pode 
ser apresentada somente em áudio ou também em vídeo dependendo do objetivo.
O fonoaudiólogo e a criança podem, então, cantar a música juntos. Nesse mo-
mento é importante observar se a criança compreendeu todos os trechos da mú-
sica e soube reproduzi-los;
Na etapa seguinte o fonoaudiólogo irá auxiliar a criança na construção da nar-
rativa: “Vamos contar o que acontece na música?”; “Quais animais aparecem na 
música?”; “O que aconteceu com a galinha?”; “O que o galo fez?”; “O que a galinha 
estava sentindo?”.
Nesse momento, dependendo do desempenho da criança, o fonoaudiólogo po-
derá dar pistas a partir de figuras projetadas na tela e que auxiliem a criança a 
recontar a história da música;
Ao final da atividade, a criança poderá ser incentivada a encenar alguns momen-
tos da música ou mesmo fazer um desenho dos personagens. 
X
A seleção de comandos irá depender do desenvolvimento de linguagem da 
criança. Para crianças com maior dificuldade, explorar aspectos como os 
personagens e lugares pode ser uma boa opção. Para crianças maiores ou com 
maior compreensão, o fonoaudiólogo deverá explorar comandos mais complexos 
como a relação entre os personagens e seus sentimentos, por exemplo.
COMANDOS A SEREM DADOS
EXPLORANDO A MÚSICA
QUEM BATE PRIMEIRO?
Autora: Márcia Gomes Cassita de Souza
Faixa etária: A partir de 5 anos
21
Estratégia
X
QUEM BATE PRIMEIRO?
Figuras com os fonemas alvo que se pretende trabalhar;
Figuras com outros sons que estão sendo trabalhados.
MATERIAIS
OBJETIVO
 A partir dessa atividade é possível trabalhar aspectos atencionais, controle inibi-
tório, memória de trabalho e o nível fonológico da linguagem. 
DESCRIÇÃO
Apresentar à criança às figuras e palavras alvo. Pedir que a criança nomeie cada 
uma delas. Auxiliar a criança na identificação das palavras que contém o fonema alvo; 
O fonoaudiólogo deverá explicar à criança que irá passar as figuras na tela e, 
cada vez que aparecer uma figura com o fonema alvo, a criança deverá bater pal-
mas. Para cada acerto a criança ganha um ponto. 
Alguns exemplos de comando a serem utilizados pelo fonoaudiólogo são: “Toda 
vez que aparecer uma figura que tem o som (determinar o fonema alvo), temos 
que bater palmas”; “Cada vez que você acertar irá ganhar um ponto”; “Quando 
você fizer 10 pontos, poderá escolher um vídeo para assistir”. 
Caso a criança apresente dificuldade no fonema alvo, o fonoaudiólogo poderá 
fornecer apoio auditivo e visual (articulação). 
COMANDOS A SEREM DADOS
DOMINÓ CONSCIENTE!
Autoras: 
Fernanda Tessaro 
Letícia Carla da Silveira Mersoni 
Faixa etária: 6 a 10 anos
22
Estratégia
X
DOMINÓ CONSCIENTE!
Fichas de figuras previamente selecionadas. É importante selecionar pares de pa-
lavras sendo que uma deve ter a sílaba inicial igual a final da outra palavra, por 
exemplo: JARRA – RATO – TOMADA – DADO – DOMINÓ – NOVE – VELA – LA-
RANJA – JAQUETA – TAÇA – SAPATO – TOMATE – TIJOLO – LOJA. 
MATERIAIS
OBJETIVO
A atividade permite trabalhar a consciência fonológica, além de habilidades 
atencionais e de memória de trabalho.
DESCRIÇÃO
 Inicialmente mostrar à criança os cartões, garantindo que ela conheça a todas 
elas. Uma estratégia é pedir que a criança nomeie cada uma delas; 
Selecionar um par de palavras como “CAMA” e “MACACO”, pedir que a criança 
identifique quantas sílabas tem cada uma das palavras e quais são elas. Pergun-
tar se as palavras têm alguma sílaba em comum e a partir dessa identificação 
exemplificar como irá funcionar o jogo;
O fonoaudiólogo deverá deixar disponível na tela todas as figuras. Pedir que a 
criança selecione uma para iniciar. Em seguida, ela deverá identificar qual, entre as 
demais figuras, começa com a sílaba final da figura escolhida e assim sucessiva-
mente até o final do jogo.Uma opção para garantir uma participação mais ativa da criança é pedir que ela 
escreva as palavras e dessa forma possa fazer as separações de sílabas de forma 
concreta, usar palmas para auxiliar nessa tarefa pode ser uma estratégia interes-
sante. 
DISCRIMINAÇÃO AUDITIVA E 
VISUAL E RECONHECIMENTO 
DE SONS AMBIENTAIS 
Autora: Marilisa M. Baioni Lemos
Faixa etária: A partir de 5 anos
23
Estratégia
X
DISCRIMINAÇÃO AUDITIVA E VISUAL E 
RECONHECIMENTO DE SONS AMBIENTAIS 
Áudios de sons ambientais – som de carro, liquidificador, chuveiro etc. 
Fichas com figuras ilustrativas referentes aos mesmos sons. 
MATERIAIS
OBJETIVO
A estratégia permite estimular habilidades de atenção e discriminação auditiva. 
DESCRIÇÃO
 Iniciar a atividade apresentando à criança as fichas ilustrativas e associadas 
aos seus respectivos sons; 
Depois, deixar as figuras disponíveis na tela e apresentar um a um os sons am-
bientais para que a criança os relacione; 
Em um nível de complexidade maior, o fonoaudiólogo pode solicitar que a crian-
ça nomeie o objeto e diga em qual parte da casa pode ser encontrado. 
Uma outra opção é solicitar à criança que mostre algum objeto da sua casa que 
goste muito. Pedir que ela descreva sua função e a razão para que seja seu objeto 
preferido.
Vários comandos podem ser dados, dependendo do nível de linguagem receptiva e 
expressiva da criança. No caso de crianças com maior dificuldade usar comandos 
como: “Mostre o chuveiro” ou “O que faz este barulho?” 
Se a criança já compreende todos esses comandos mais simples, pode-se partir, 
como o descrito acima, para associação da função do objeto: “Para que serve o 
chuveiro?”.
COMANDOS A SEREM DADOS
ONDE O MONSTRINHO MORA? 
Autora: Beatriz Barros Santos Trindade
Faixa etária: A partir de 7 anos
24
Estratégia
X
ONDE O MONSTRINHO MORA?
Figuras de casas diferentes que possam ser compartilhadas na tela do compu-
tador ou celular; 
Figuras de monstros; 
Figuras que associem cada um dos monstros a uma determinada casa; 
Fichas com as dicas do jogo.
MATERIAIS
OBJETIVO
A atividade permite trabalhar a memória operacional, atenção sustentada, leitura 
e compreensão leitora. 
DESCRIÇÃO
 Iniciar a atividade apresentando à criança as figuras dos monstros e das casas, 
de forma separada. Explicar que cada um dos monstros mora em uma determina-
da casa e que ele deverá ajudar o fonoaudiólogo a encontrar a casa de cada um;
Deixar disponível na tela, no início de cada rodada, todas as casas e solicitar 
que a criança escolha uma. Em seguida, mostrar à criança o cartão com a dica 
correspondente da casa selecionada a fim de que a criança identifique o monstro 
que mora lá; 
A criança deverá ler as dicas compartilhadas na tela. De forma geral, as dicas 
são relacionadas às características do monstro. É possível que a criança desenhe 
o monstro conforme as características lidas e, por fim, identifique, entre as figuras, 
qual é o monstro correspondente;
Caso a criança faça a associação entre a casa e o morador de forma adequada, o 
fonoaudiólogo deve compartilhar na tela a figura que associa os dois, confirman-
do assim a resposta da criança. 
X
Diversos comandos podem ser utilizados ao longo da atividade: “Escolha uma 
das casas”; “Leia as dicas, vamos tentar descobrir quem mora nessa casa”; “Tente 
desenhar o monstro descrito”; “Com qual dos monstros seu desenho se parece?”. 
Se a criança tiver dificuldade na hora de ler a carta, o fonoaudiólogo pode auxiliar 
na leitura e interpretação da pista.
COMANDOS A SEREM DADOS
ONDE O MONSTRINHO MORA?
CONTE-ME DO SEU 
FINAL DE SEMANA
Autoras: 
Indianara Thomé Pereira Andres 
Daniela Nogueira
Faixa etária: 3 a 4 anos
25
Estratégia
X
Fotos impressas ou no celular compartilhadas previamente com o fonoaudiólogo. 
MATERIAIS
OBJETIVO
A atividade tem como objetivo favorecer a atividade dialógica além de trabalhar 
a habilidade sintática e narrativa. 
DESCRIÇÃO
O fonoaudiólogo combinar anteriormente com a família o envio de fotos com 
fatos que a criança tenha vivenciado durante o final de semana;
A partir do suporte visual a criança conta o que fez, o fonoaudiólogo faz a cor-
reção estruturando as sentenças e fazendo com que a criança reproduza adequa-
damente, até que suas produções se tornem independentes;
O fonoaudiólogo pode conduzir a atividade da seguinte forma: “Olha que foto legal! 
Quem está nela?”; “Onde vocês estavam?”; “Você se divertiu nesse dia?”. 
COMANDOS A SEREM DADOS
CONTE-ME DO SEU FINAL DE SEMANA
ESTÁ NA TELA E 
ESTÁ NA CARTA!
Autor: Hugo Carvalho
Faixa etária: 3 a 5 anos
26
Estratégia
X
Vídeos de histórias infantis curtas; 
Flashcards com fotos de diversos elementos que estão presentes ou não nas 
histórias a serem exibidas; 
MATERIAIS
OBJETIVO
A partir da atividade podem ser trabalhadas habilidades de linguagem receptiva 
tais como a compreensão de ordens simples e complexas além de habilidades 
de memória visual. 
DESCRIÇÃO
A atividade inicia com a apresentação da história infantil selecionada. É impor-
tante orientar o responsável que estiver acompanhando a criança em casa a es-
colher um ambiente tranquilo com poucos estímulos ou competição de ruídos a 
fim de favorecer sua a atenção. 
Fazer perguntas à criança relacionadas à história: “O que o gato foi fazer no te-
lhado?”; “O que o avô de Joãozinho comeu antes de dormir?”. 
Apresentar os flashcards, e solicitar à criança que identifique os elementos 
presentes nos desenhos: “Mostre as frutas que você viu na fazenda.”; “Quais 
frutas você não viu?”. Essa etapa pode ser repetida com diferentes categorias 
semânticas. 
ESTÁ NA TELA E ESTÁ NA CARTA!
X
Mais uma vez, os comandos irão depender do nível de compreensão da criança. 
Portanto, podemos começar perguntando sobre cores primárias, por exemplo. 
Caso ela tenha dificuldade em nomeá-las, podemos incluir cartões com as cores, 
nomeando-as com a criança. 
Outra opção é realizar perguntas e apresentar de forma concomitante opções de 
resposta, por exemplo: “Qual a cor dos shorts do Joãozinho?” enquanto mostra 3 
opções de cores. Sempre que possível, aumentar a complexidade da atividade a 
partir de comandos como: “Qual o nome do gatinho e a cor do seu pelo?”.
COMANDOS A SEREM DADOS
ESTÁ NA TELA E ESTÁ NA CARTA!
ALUNOS
TURMA 1 
Aline Adriano
Aline Silva de Almeida
Andréa Liliane Farias Silva de Campos
Beatriz Barros Santos Trindade
Cristiana Marques
Daniela Nogueira
Fernanda Belgamasco
Fernanda Tessaro 
Hugo Carvalho 
Indianara Thomé Pereira Andres 
Juliana Bitar
Letícia Carla da Silveira Mersoni 
Marcele Viana
Márcia Gomes Cassita de Souza
Marilisa M. Baioni Lemos
Mônica Vaz de Campos
Renata Henriques de Oliveira
Valéria Nehmeh
Vanise Cristine Furstenau
TURMA 2 
Adriana da Silva Araújo
Carla Casagrande
Carolina Gasparini Nachif
Lais Dias Alves
TURMA 3 
Angela Teixeira Senise
Cintia Marineli
X
ABE, C. M. Elaboração de um checklist de habilidades comunicativas verbais 
para levantamento do perfil pragmático infantil em fonoaudiologia. Dissertação 
(Mestrado em Ciências). Universidade de São Paulo. Faculdade de Odontologia de 
Bauru, Bauru, 2013.
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(2015). Dicas e Estratégias para Intervenção em Linguagem Oral Infantil. Ribeirão 
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Atividades na Escola.2018. Disponível em: https://faag.com.br/editorafaag/livros/
conscienciafonologica/ Acesso em: setembro. 2019 
GUARNIERI, C; LOPES-HERRERA, S.A. Dicas e Estratégias para intervenção 
fonoaudiológica em linguagem infantil. Ribeirão Preto, Book Toy, 2016.
LOPES-HERRERA, S.A.; MAXIMINO, L.P.(Org) Fonoaudiologia: intervenção e 
alteração da linguagem oral infantil. RibeirãoPreto: Editora Booktoy,2012. 
LOPES-HERRERA, S.A. Alterações da linguagem na infância. Material Didático. 
Curso de aprimoramento em linguagem oral infantil: Atualizações para a prática 
profissional de fonoaudiólogos. Techknowledge Treinamentos, 2018.
MAYER, M.G.G.; LOPES-HERRERA, S.A. Intervenção Fonoaudiológica nas alterações 
da compreensão/linguagem receptiva. In: GUARNIERI, LOPES-HERRERA (2015). 
Dicas e Estratégias para Intervenção em Linguagem Oral Infantil. Ribeirão Preto: 
Editora Booktoy, 2015. cap. 3, p. 31-45 
REFERÊNCIAS
X
REFERÊNCIAS
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habilidades auditivas. Aprendizagem e desenvolvimento das habilidades auditivas: 
Entendendo e praticando em sala de aula. 2ªed. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2015.

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