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18/03/2020 1 FISIOTERAPIA NO PUERPÉRIO Período que se segue ao parto Órgãos e sistemas sofrem processos regenerativos Classificação: Puerpério Imediato: 1º ao 10º dia Puerpério Tardio: 11º ao 40º dia Puerpério Remoto: 41º ao 60º dia PUERPÉRIO 18/03/2020 2 ADAPTAÇÕES ANATÔMICAS E FISIOLÓGICAS NO PUERPÉRIO Útero: Involução uterina Lóquios: secreção vaginal pós-parto 1º ao 5º dia: sanguinolento 5º ao 10º dia: serossanguinolento 11º ao 21º dia: seroso Genitália externa: Hiperemia e edema (traumatismo local) Atrofia por carência estrogênica Episiotomia: relato de dor Hemorróidas (↑ Pabd no período expulsivo) Mamas: Lactação 24 a 72 horas após o parto (↑prolactina) Ingurgitamento mamário prévio = apojadura do leite Parede abdominal: Torna-se flácida; sensação de “vazio” abdominal Diastase abdominal Aparelho Urinário: ↓ diurese Hiperdistensão vesical e ↑ urina residual Pode surgir incontinência urinária 18/03/2020 3 Aparelho Cardiovascular: Perda sangüinea de 500 (parto normal) a l000 mL (cesariana) ↓FC Pressão arterial eleva-se 10-20 mmHg ↑ Transitório do DC; tende a diminuir em 20% dos níveis gestacionais Hipercoagulabilidade (↑adesividade plaquetária e fibrinogênio) ↓ Pressão venosa nos MMII Baracho, 2012 Aparelho Respiratório: Hipocinesia diafragmática por fadiga pós-parto vaginal ↓ Ventilação alveolar pós-cesariana Aparelho Digestório: ↓ Peristaltismo intestinal Baracho, 2012; Corrêa, 2004 18/03/2020 4 Peso: Perda de 5-6 Kg logo após o parto (saída do feto, anexos e sangue) Diurese, sudorese, involução uterina e lóquios: perda adicional de 2-5 Kg Final do 6º mês de pós-parto: peso final, em média 1,4 Kg acima do peso pré-gestacional Alterações Psíquicas: Choros, labilidade emocional, alterações de humor Baracho, 2012 ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NO PUERPÉRIO IMEDIATO AVALIAÇÃO: Coleta de dados no prontuário. Atendimento: após 8 horas (PN) e 12 horas (PC) Estabelecimento de contato com a puérpera Dados vitais Aparelho respiratório: - Padrão respiratório - Expansibilidade da caixa torácica Baracho, 2012 18/03/2020 5 Baracho, 2007 Avaliação das mamas: - Aspecto: flácida, túrgida, estrias - Volume, simetria - Tipo de mamilo: protruso ou normal; plano; invertido - Expressão mamilar 18/03/2020 6 Avaliação abdominal: - Timpanismo abdominal - Involução uterina (fundo uterino=nível cicatriz umbilical) - Diastase abdominal Não realizar em pós-cesariana! Baracho, 2007 18/03/2020 7 Baracho, 2007 18/03/2020 8 Sistema Urinário e Assoalho Pélvico: - Diurese - História de incontinência urinária ou anal - Avaliação da habilidade de contração do assoalho pélvico Avaliação dos membros inferiores: - Sinais e sintomas de trombos - Edema Baracho, 2007 Baracho, 2007 18/03/2020 9 CONDUTA: Reeducação da função respiratória Alívio de dores e/ou tensões musculares: Por quê Por quê Baracho, 2007 Estímulo ao aparelho circulatório Estímulo ao peristaltismo intestinal Por quê 18/03/2020 10 Estímulo à musculatura abdominal Reeducação do assoalho pélvico Por quê Por quê Fisioterapeuta Deve identificar, em cada puérpera, os fatores de risco que podem estar associados à lesão muscular e atuar no sentido de prevenir e/ou tratar as disfunções uroginecológicas que podem acompanhá-la. Os exercícios para o assoalho pélvico (cinesioterapia) realizados no pré-natal e no pós-natal são eficazes para a resolução ou redução da incontinência urinária após o parto. (Haddow et al, 2005) Nível de Evidência I 18/03/2020 11 Orientações quanto ao posicionamento e mudanças de decúbito Orientações quanto à postura nos cuidados com o bebê Orientações quanto à amamentação 18/03/2020 12 ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NO PUERPÉRIO REMOTO Atendimentos realizados em ambulatório ou clínica 30-40 dias após o parto, por 2-3 meses Objetivos - Reeducação do assoalho pélvico - Reeducação Postural - Preparação para o retorno às atividades físicas habituais Baracho, 2007 18/03/2020 13 AMAMENTAÇÃO Com ralação às mamas, o que podemos ou devemos orientar PRODUÇÃO DE LEITE Parto ↓ estrógeno e progesterona + Hipófise anterior Sucção do RN ↑ prolactina + células produtoras de leite Rego, 2006 sangue 18/03/2020 14 EJEÇÃO DO LEITE Sucção + Receptores nervosos na aréola + Hipófise Posterior ↑ Ocitocina + células mioepiteliais Ejeção do leite Rego, 2006 Colostro: obtido até 7 dias pós-parto (rico em imunoglobulina) Leite de transição: 7-15 dias pós-parto Leite maduro: a partir do 15º dia pós-parto. Composição: água, proteínas, lipídeos, carboidratos, minerais e vitaminas. O LEITE HUMANO 18/03/2020 15 RECOMENDAÇÃO DA OMS Aleitamento exclusivo até os 6 meses de vida Ministério da Saúde, 2001 Mãe: Facilita o estabelecimento do vínculo afetivo Favorece a involução uterina Favorece o retorno do peso pré-gestacional Bebê: Protege contra infecções Diminui a probabilidade de desencadear processos alérgicos BENEFÍCIOS DO ALEITAMENTO Rego, 2006; Ministério da Saúde, 2001 18/03/2020 16 Orientações quanto à amamentação: - “Pega” correta - Posicionamento adequado da mãe e do bebê - Uso do sutiã - Não passar cremes ou óleos na aréola e mamilo - Hidratação Uma onda peristáltica que se desloca ao longo da língua pressiona os ductos lactíferos, retirando o leite do peito. 18/03/2020 17 Sinais de pega correta: A boca do bebê está bem aberta O queixo do bebê toca o peito O lábio inferior do bebê está virado para fora O bebê suga, dá uma pausa e suga novamente – com sucções lentas e profundas A mãe pode ouvir o bebê deglutindo Se as mamas estiverem ingurgitadas, dificultando a pega e a sucção, orientar a mãe a fazer massagem iniciando na região areolar e circulando toda a mama e ordenhar em seguida para aliviar a mama. Ministério da Saúde, 2003; Rego, 2006 Bebê na vertical 18/03/2020 18 FISSURAS Podem ocorrer por técnica inadequada, ingurgitamento mamário ou hipersensibilidade mamilar Tratamento: correção da técnica, ordenha, banho de sol, evitar pomadas e evitar higiene excessiva Rego, 2006; Ministério da Saúde, 2001 COMPLICAÇÕES 18/03/2020 19 INGURGITAMENTO Ocorre quando oferta é maior que demanda; presença de fissuras Sinais e sintomas: ↑ volume mamário; edema; tensão na região aréolo-mamilar; dificuldade de drenagem; endurecimento Tratamento: ordenha, compressa fria Rego, 2006; Ministério da Saúde, 2001 MASTITE Processo infeccioso agudo - Staphylococcus aureus Porta de entrada mais comum: mamilos fissurados Sinais e sintomas: Febre; dor; rubor; calor; mal-estar; calafrios; vômitos Tratamento: higienização, antibioticoterapia, analgésico, ordenha da mama, compressa fria. Rego, 2006; Ministério da Saúde, 2001 18/03/2020 20
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