RELATÓRIO DE PRÁTICA DE ENSINO E ESTÁGIO 2

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RELATÓRIO DE PRÁTICA DE ENSINO E ESTÁGIO 
 SUPERVISIONADO DE PORTUGUÊS I I
 Juliane Alencar Muniz
 201610000226
 Rio de Janeiro 
 2020.2
RELATÓRIO DE PRÁTICA DE ENSINO E ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE PORTUGUÊS II
Este trabalho é pré-requisito para aprovação na disciplina Prática de Ensino e Estágio Supervisionado de Português I, do Curso de Letras (modalidade EAD), ministrada pela professora Maria Gracinda Vieira de Almeida Greco, da Universidade Estácio de Sá. 
Rio de Janeiro 
2018.1 
 Rio de Janeiro 
 2020.2
 
SUMÁRIO
 1. INTRODUÇÃO ................................................................... 03 
2. ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA ESCOLA .............. 04 
2.1. Aspecto físico, humano e material da escola..................... 05 
2.2. Projeto político-pedagógico.............................................. 07 
2.3. A escola como grupo social............................................. 08 
2.4. Atividades docentes e discentes ..................................... 09 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................... 10 
4. REFERÊNCIAS .................................................................. 11 
ANEXOS
1. INTRODUÇÃO 
O presente trabalho Relatório de Prática de Ensino e Estágio Supervisionado de Português I realizado na Escola Municipal Gurgel do Amaral tem por objetivo a formação referenciada de valores e princípios no crescimento pleno de nosso futuro profissional, demonstrando a nítida aprendizagem no decorrer do Estágio Supervisionado I a partir do convívio no corpo docente e discente da instituição. Assim, o relatório de Estágio apresentado articula a perspectiva do currículo com a realidade, utilizando das teorias existentes para reflexão crítica das situações reais de trabalho, bem como a distinção de teoria e prática apresentado como um apoio de melhor qualificação profissional. O relatório de estágio é um processo avaliativo e criativo que nos remete a novas experiências enriquecedoras a partir da observação do funcionamento escolar, melhorando nossa visão de futuro docente. 4 
2. ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA ESCOLA 
 O prédio da escola é amplo, murado em todas as direções, contém em sua parte interna quadra de esportes e estacionamento para professores, porém não utilizados pelos mesmos, a parte exterior do muro é pintada na cor marrom predominantemente, as paredes do prédio exteriores não foram pintadas devido à falta de repasse de verbas do Governo Municipal, sua parte interior se encontra em bom estado de conservação. Atendendo a nova proposta do governo municipal é uma escola de horário regular, onde atende cerca de 360 alunos matriculados do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental, com idade média de doze a dezesseis anos de idade, no horário de 07h30 às 14h30, contando ainda com duas turmas de ensino especial, com diversas peculiaridades e idades, entre os dois horários regulares da instituição. 5 
 2.1. Aspecto físico, humano e material 
 
 A escola Municipal Gurgel do Amaral funciona com dez salas de aula ativas de aulas regulares do Ensino Fundamental II, todas as salas contém ar condicionado e em algumas também existe a presença de ventiladores, nem sempre o ar ou ventiladores estão funcionando, pois no período em que estive na escola não houve a manutenção desses aparelhos, justificadas pela diretora como sendo de responsabilidade do Governo Municipal, as janelas de algumas salas com telas quebradas e algumas cadeiras e carteiras de alunos não muito conservadas, em algumas salas há equipamentos de Datashow, mas somente funcionando em uma sala específica. A escola contém uma biblioteca com livros comprados pelo Governo Federal, porém, neste meu período de estágio, não sendo utilizado, pois a professora responsável por sua utilização encontra-se de licença de saúde, há também uma sala de computadores com vinte notebooks, todos em perfeitas condições de uso e conectados à internet, porém sem um responsável pela sala, poucas vezes os alunos a utilizam e quando o fazem, não são supervisionados, ficando a seu bem entender o que fazem com o conteúdo acessado, não sendo para o estudo. A quadra da escola é ampla e é utilizada como área de aulas de Educação Física e também de outras atividades de Projeto Vida, como aulas de capoeira, e também é utilizado como área de lazer no período de recreio. A escola contém ainda uma sala de atividades para jogos bem adequada e uma sala de vídeos, onde os alunos se revezam junto com os professores para organizar, pintar e enfeitar para que a sala fique melhor, esta é a sala em que o Datashow está em funcionamento, porém não tem uma tela adequada para os vídeos. O refeitório da escola é grande e adequado aos alunos, contando com cinco funcionárias que se revezam entre fazer as refeições e organização e limpeza do local, são oferecidas a todos os alunos, professores e estagiários café da manhã, almoço e lanche da tarde com cardápio variado que vem da Coordenadoria Regional de Ensino. 
 O quadro de funcionários é formado por diversos colaboradores. Conta com uma Diretora Principal, uma Diretora Adjunta, um Coordenador/Pedagogo, uma Assistente de Pessoal, três Secretárias, uma Psicóloga, que atende os alunos de Educação Especial e vinte e oito Professores que orientam e ensinam duas turmas de cada base do Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano) e duas turmas de Educação Especial, desse número de professores já mencionado, quatro são de Língua Portuguesa. As Diretoras Principal e Adjunta compartilham da mesma sala e as secretárias de outra, o Coordenador se utiliza da sala da direção e dos professores para seu trabalho. A instituição conta ainda com quatro funcionários da Companhia de Limpeza Urbana (Comlurb), que fazem o trabalho de limpeza das áreas internas e externas do prédio, como salas dos funcionários, salas de aulas e banheiros e parte da limpeza da área externa, porém os funcionários da Comlurb não fazem a limpeza específica de equipamentos como ventiladores, ar condicionados, Datashow, computadores e cortinas. 
 Nas salas de aula são encontrados mobiliários em boas condições de uso, mas muitas vezes não adequados a alguns alunos, devido ao tamanho, a mesa de professores é padrão de todas as unidades escolares e o quadro é do modelo branco para a utilização de canetas hidrocores. A Unidade Escolar recebe verba do Governo Federal para a compra de livro didático, que é entregue ao aluno para o ano letivo, e o Governo Municipal envia apostilas, que os alunos utilizam a cada bimestre para que o ensino seja uniforme em todo o Município do Rio de Janeiro e ainda, é entregue também de forma gratuita kits escolares contendo duas blusas do Município, caderno, lápis e borracha. Sempre que possível a direção da escola solicita a compra de materiais diversos de apoio para os professores como canetas, papéis diversos, materiais de tintura, lápis de cor e de cera, não tem material de sobra, mas os que tem são bem utilizados pelos professores para dar seguimento ao seu trabalho. 
2.2. Projeto Político-Pedagógico 
O projeto político-pedagógico da Escola Municipal Gurgel do Amaral propõe ao corpo escolar não apenas o ensino, mas também a mudança de atitude dos funcionários e alunos levando em conta suas particularidades, resistindo contra uma realidade de violência que existe em torno da Unidade Escolar, visto que na sua maioria a escola atende a alunos de comunidades próximas. Todo o trabalho dos envolvidos na educação dos alunos acreditam na transformação social, buscando maneiras de progredir com o avanço de aprendizado e tornando dia após dia a escola um lugar de ensino, lazer, conforto e objetivos alcançáveis. Sempre que necessário, o Coordenador faz reuniões,junto com a direção escolar, para alinhar os conceitos e dar os devidos ajustes na linha direcional de ensino da unidade. 8 
2.3. A escola como um grupo social 
 A Escola Municipal Gurgel do Amaral ao longo dos anos vem buscando e conseguindo concretizar mudanças no pensamento de seus funcionários e alunos para um modo de vida e realidade social, sempre com base no respeito, adequando o seu ensino nos diversos acontecimentos contemporâneos, combatendo o bullyng, o preconceito racial e homofóbico, mostrando a todos que somos pessoas boas e diferentes, e essas diferenças fazem, de modo particular, com que sejamos iguais na construção de um caráter, de integridade, de companheirismo e de dignidade. A Unidade Escolar busca o entendimento ao aluno sobre sua cidadania, mostrando que eles têm direitos e deveres e que são pessoas sempre em desenvolvimento. Portanto, para ajudar nessas atividades de desenvolvimento conta com o apoio dos profissionais da 11ª Coordenadoria Regional de Educação, que enviam materiais de apoio, professores para acompanhamento e cursos de capacitação para os professores da unidade, colaborando assim para um desenvolvimento coletivo de professores e alunos. 9 
 2.4. Atividades docentes e discentes 
 
 Desde o primeiro encontro com os funcionários da escola fui “acalorado” e recebido com muito carinho e profissionalismo, me respeitaram e me trataram como se fosse um deles, o que me deixou mais à vontade e me reconhecer como vocacionado ao ensino. Fui acompanhado e orientado pela professora Adriana Dutra nas suas turmas de Ensino Fundamental II, onde tive o prazer de constatar em sala de aula o universo que é o ensino de escola pública, conhecendo suas realidades. Várias observações em sala de aula me abriram os olhos de como estamos tratando os nossos alunos e como são tratados também os profissionais que ali trabalham. Os alunos trabalham a cada bimestre com uma apostila do Governo Municipal, que hoje é padrão em toda rede Municipal do Rio de Janeiro, para que se nivele o conteúdo e com isso também são monitorados através de estatísticas o desenvolvimento dos alunos e professores em entender e passar as matérias. Em torno dos bimestres, os alunos fazem testes programados pela Rede Municipal de Ensino e também fazem provas e testes preparados por seus professores. Percebo o quanto é difícil obter atenção de alguns alunos, devido a grande parcela de distrações advindas de aparelhos celulares e vejo os professores criando alternativas para driblar essa falta de atenção. Por se tratar de escola de horário integral, os professores se utilizam de outros mecanismos para ajudar o aluno como aulas de capoeira, estudo dirigido e projeto vida, onde os alunos assistem filmes e documentários com temas variados chamando a atenção para os dias atuais e consciência de cidadania. Constatei também na fala e maneira de escrever a necessidade da Língua Portuguesa, dentro e fora da sala de aula e além dos muros da escola no seu papel de construção da identidade do aluno. 10 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Nesta caminhada de observações e práticas escolares fui agraciado com pessoas que mudaram meu modo de pensar sobre a educação escolar pública, onde no início, ainda com preconceito, mas querendo conhecer a realidade, me deparei com professores competentes, esperançosos e motivados em ensinar para os alunos matérias diversas que os qualificarão como alunos e pessoas melhores. Os professores não deixam a desejar com o ensino público, ensinando de forma crítica e criativa os seus alunos. Muitas dificuldades foram apresentadas pelos alunos e tive a oportunidade de utilizar na prática toda a teoria aprendida nas aulas para ajudar e também compreender que os alunos nos ensinam tanto quanto nós a eles. Com isso compreendi que a vivência do estágio é válida e nos mostra uma realidade que não somos capazes de imaginar em sala de aula como graduandos, nos dando a oportunidade de atuar de modo verdadeiro e significativo na vida de outros. Consegui perceber no coletivo dos alunos a sede de conhecimento que nossos jovens ainda têm e principalmente que o professor educador tem uma responsabilidade muito grande em ser parceiro do ensino desses jovens. Ainda como estagiário pude compreender que ensinar é aventurar-se numa busca de magia, amor e conhecimento ao lado de parceiros escolares, companheiros de turmas e alunos das mais diversas características e que juntos formamos um só e ilimitados. 
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
PIMENTA, Selma Garrido; LIMA, Maria do Socorro Lucena. Estágio e docência. São Paulo: Cortez, 2004. 
PIMENTA, Selma Garrido. O Estágio na Formação de Professores: unidade teoria e prática. São Paulo: Cortez. 1997.