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Menos Estado= Mais mercado. Na perspectiva de Marx, isto é verdadeiro? Analisando o capítulo vinte e quatro do livro “O Capital” de Marx, verifica-se que os fatores fundamentais que proporcionaram a acumulação de capital e consequentemente o surgimento do modo de produção capitalista foi graças as ações do Estado. Vemos isso quando Marx cita o processo de expropriação da terra pertencente a população rural, as leis inglesas elaboradas de forma a favorecer a elite privilegiada e assim legitimar as atrocidades cometidas aos pequenos camponeses, tudo através do apoio estatal. Além disso, tem-se o advento do sistema colonial, o sistema de crédito público ou dívida pública e o protecionismo que foram fatores viabilizados por intermédio do Estado. Desse modo, percebe-se que todas essas ações empreendidas pelo Estado foram essenciais para construção do sistema capitalista e concomitantemente para o crescimento do mercado. Assim sendo, conclui-se, que na perspectiva de Marx, o enunciado que diz que menos Estado é igual a mais mercado não procede, visto que as iniciativas intermediadas pelo Estado foram primordiais para o processo de acumulação de capital e por conseguinte o desenvolvimento do mercado.
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