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petição inicial- Barnabé


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AO JUÍZO DE DIREITO DA 1° VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO PAULO/SP
CAIPIRA HORTALIÇAS LTDA-ME, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob n° 11.111.111/00001-11, com sede no município de Bauru/SP, vem respeitosamente, através de sua advogada abaixo assinado, ajuizar:
AÇÃO	DE	INDENIZAÇÃO	POR	PERDAS	E	DANOS MATERIAIS, PROCEDIMENTO COMUM em oposição a:
VIAÇÃO METEORO LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob n° 22.222.222/11112-22 com sede em São Paulo/SP, pelas razões infra atinentes.
DOS FATOS
Em 11 de fevereiro de 2017, o Sr.Barnabé regia uma Pick-up Ford Ranger com placa GGG-1223, na curva do km 447, na rodovia BR-345 no município de Jaú/SP, no qual o este veio a resvalar, perdurando no mesmo lado da via, sem adentrar a pista diversa, devido a um revestimento de óleo que envolvia a pista associada às péssimas conjunturas climáticas. O Sr. Barnabé tentou dirigir o automóvel até o acostamento com o objetivo de impedir um eventualidade mais relevante, hora que se espantou com um ônibus, placa GPW336, de propriedade da requerida, que percorria na contramão da via. O motorista do ônibus, empregado da requerida, acionou o freio e perdeu o comando do transporte vindo a chocar diretamente com a Pick-up da requerente, arremessando o carro por cerca de 10 metros até o barranco da pista, acorde relato no boletim de ocorrência em conjunto. Em razão do colisão, o representante da requerente, Sr. Barnabé, feriu-se seriamente contendo um golpe na fronte, rupturas nas pernas e nos braços, além disto, uns transeuntes do ônibus sofreram diversas fissuras e lesões. O restauro do automóvel da requerente será no montante de R$ 35.000,00 (trinta e cinco mil reais), segundo 3 (três) avaliações anexas, a de mais baixo preço. A requerente dispõe de um renda líquida de R$ 10.000,00 (dez mil reais) concorde cálculos anexos, o Sr. Barnabé achou-se inapto de realizar tarefas laborais por um lapso de três meses, em virtude desse evento, a CAIPIRA HORTALIÇAS LTDA-ME não angariou rendimento, ocasionando com complicações de acatar com suas funções ante o senhorio da loja e seus provedores, originando um agravo de R$ 10.000,00 (dez mil reais). O representante da requerente obteve contato com o representante da requerida a fim de oferecer um acordo para ser acertadamente reparado pelos danos e prejuízos sofridos, sucede que a requerida declara não ser culpada pelo incidente e por esta justificativa nega-se a restituir as perdas e danos sofridas, razão que ocasionou o ajuizamento da ação.
DO DIREITO
A responsabilidade pelo sucedido danoso é destinada unicamente ao réu pela inobservância de múnus que devia identificar e verificar.
Está garantido na Constituição Federal de 1988 o direito atinente à reparação de danos morais:
“Art. 5° Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
X- São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurando o direito à indenização por dano material ou moral recorrente de sua violação”.
A esse entendimento o art. 186 do Código Civil afirma que “aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”. O que está visível no presente fato e o artigo 927 da mesma lei diz que:
“Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a ourem, fica obrigado a repará-lo”.
No hospital, a polícia colheu o depoimento de Barnabé, onde relatou que perdeu o comando do seu veículo em razão do ônibus ter ocupado a contramão, o que o obrigou a efetuar uma manobra brusca que acarretou na derrapagem e a colisão com o ônibus, com essa ação, o motorista do veículo de propriedade da requerida, agiu com imperícia e imprudência e transgrediu as mais basilares normas do Código de Trânsito Brasileiro em seus artigos 28,29 e 34, tendo sido essa sua conduta, a circunstância exclusiva do fato danoso.
Como preceitua o Código Civil em seu artigo 932, inciso III “São também responsáveis pela reparação civil: o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele”. Assim se encarrega do papel de indenizar da empresa Viação Meteoro LTDA.
Os arts. 402 e 403 instruem sobre as perdas e danos:
“Art.402 Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidos ao credor abrangem, além de que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar”.
“Art. 403. Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e danos só incluem só incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e imediato, sem prejuízo do disposto na lei processual”.
Deve a ré responsabilizar-se com as perdas e danos sofridos pelo requerente, quais sejam:
a) ruína total do veículo;
b) redução do rendimento mensal;
c) representante legal inábil temporariamente de efetuar os ofícios indispensáveis a empresa.
DAS PROVAS
Protesta por todos os meios de prova permitidos por lei, depoimentos de testemunhas, bem como novas evidências, documentos e outros que eventualmente surjam.
DOS PEDIDOS
Empregado isso, roga a Vossa Excelência:
a) A citação da ré para apresentar-se na audiência de instrução e julgamento ser intitulada;
b) Conceda Vossa Excelência julgar proveniente, danar a ré ao provento de indenização no porte de R$ 75.000,00 (setenta e cinco mil reais) de modo que 35.000,00 (trinta e cinco mil reais) relativo ao reparo da Pick-up, R$ 30.000,00 (trinta mil reais) relativo ao redimento do espaço de 03 (três) meses de lucro cessante e R$ 10.000,00 (dez mil reais) relativo aos detrimentos sofridos pelos provedores e pelo senhorio no período de 03 (três) meses, tudo com a justa atualização;
c) a efetuação de audiência de conciliação, considerando que apresenta interesse em solucionar a conjuntura amigavelmente;
d) pagamento das somas processuais e honorários advocatícios em 20% (vinte por cento);
e) a agregação do recibo de pagamento de somas processuais.
 
 Dá-se causa, o valor de r$ 75.000,00 ( Setenta e cinco mil reais)
Termos em que pede deferimento. São Paulo, 28 de julho de 2017.
ADVOGADO :OAB/000000