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Metodologias Peer Instruction e Problem Based Learning

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Fórum 2 - Metodologias Peer Instruction e Team Based Learning
Olá, seja bem-vindo as nossas discussões!
O objetivo desse nosso segundo Fórum é discutir sobre um aspecto mais prático no uso das metodologias ativas, para tanto iremos investigar sobre duas delas que vem sendo muito utilizadas, o Peer Instruction e o Team Based Learning.
Vocês deverão realizar investigações sobre os seguintes assuntos:
· Peer Instruction (Origem, passos para sua realização, experiências de sucesso com o uso da metodologia);
· Team Based Learning (Origem, passos para sua realização, experiências de sucesso com o uso da metodologia).
· Descrever como a tecnologia pode auxiliar na aplicação do Peer Instruction e do Team Based Learning.
É importante que a medida em que as pesquisas forem sendo realizadas, os estudantes compartilhem suas descobertas no Fórum de discussão.
Boas discussões!
Abre em: 11/05/2020 00:00 Finaliza em: 20/05/2020 23:55
· Peer Instruction (Origem, passos para sua realização, experiências de sucesso com o uso da metodologia);
Posicionado entre as classes e o quadro, o holandês Eric Mazur ensinava física aos alunos de Harvard. Os estudantes, que esperavam pelas teorias de Einstein ou Newton, costumavam sair da sala de aula com um sentimento de frustração frente aos complexos cálculos. Nem de longe se sentiam inspirados pelos antigos gênios. Não era propriamente a dificuldade do conteúdo: Mazur havia aprendido a educar de uma maneira excessivamente conservadora.
Para provocar outro comportamento, Mazur percebeu que precisaria buscar novas soluções. Foi dessa forma que ele teve a ideia, em 1991, de criar a chamada Peer Instruction (instrução por pares, em tradução livre). Trata-se de um método que busca engajar o estudante por meio de estímulos à interação social e ao estudo fora da sala de aula. “Frequentemente, a disciplina de introdução à física é uma das maiores barreiras na trajetória acadêmica de um estudante”, afirma o professor em seu livro Peer Instruction – A Revolução da Aprendizagem Ativa, lançado no Brasil pelo selo Penso.
O método consiste em tirar o foco da transferência de informações e promover a busca por conhecimento de forma autônoma. Apoiado em leituras pré-aula relacionadas ao tema proposto, faz a mediação do debate entre os alunos, propondo questões conceituais baseadas nas dificuldades da turma – o que torna as aulas direcionadas e efetivas.
Uma das iniciativas mais bem-sucedidas vem do Massachussets Institute of Technology (MIT), que desenvolveu o TEAL/Studio Physics. Com o novo sistema, as classes tradicionais foram remodeladas para Estúdios de Física, dedicados à aprendizagem ativa. Mais de mil alunos por ano passam por esses laboratórios, voltados para disciplinas introdutórias.
Extraído de: 
MADEIRA, Rodrigo. Aulas colaborativas são foco do Peer Instruction. Disponível em: https://desafiosdaeducacao.grupoa.com.br/aulas-colaborativas-sao-foco-peer-instruction/. Acessado em 18 mai 2020.
· Team Based Learning (Origem, passos para sua realização, experiências de sucesso com o uso da metodologia).
Aprendizagem baseada em equipes (ABE) ou Team-based learning (TBL)
Desenvolvida para cursos de administração nos anos 1970, por Larry Michaelsen, a Team-based Learning (TBL), ou Aprendizagem Baseada em Equipes (ABE), é uma metodologia ativa para grandes grupos. Foi concebida como uma estratégia instrucional direcionada para classes numerosas.
Essa estratégia surgiu da necessidade de criar oportunidades e obter os benefícios do trabalho em pequenos grupos de aprendizagem, de modo que se possa formar equipes de 5 a 7 estudantes, que trabalharão no mesmo espaço físico (sala de aula). Pode ser usado para grupos com mais de 100 estudantes e turmas menores, com até 25 alunos.
Como a ABE requer que uma atividade de aprendizagem tenha conexão com as atividades seguintes, sua utilização, geralmente, exige reestruturação do curso. Assim, você pode utilizar essa estratégia tanto em alguns módulos ao longo de um semestre ou ano quanto adotá-la como abordagem pedagógica principal. Dessa forma, sua utilização mais pontual também surte efeitos pedagógicos, mesmo quando a transformação do curso não é possível.
Porém, a ABE possui particularidades que a diferencia de outras estratégias para ensino em pequenos grupos, incluindo o PBL (Problem-based Learning ou Aprendizagem Baseada em Problemas). Assim, a ABE pode substituir ou complementar um curso desenhado a partir de aulas expositivas, ou mesmo ser aplicado em conjunto com outras metodologias, já que não requer múltiplas salas, especialmente preparadas para o trabalho em pequenos grupos, nem vários docentes atuando concomitantemente. Além disso, propõe-se a induzir os alunos à preparação prévia para as atividades em sala de aula.
Deste modo, para que essa estratégia seja utilizada, é preciso que dominar os tópicos a serem desenvolvidos, mas não há necessidade de dominar o processo de trabalho em grupo e os alunos não precisam ter instruções específicas para trabalho em grupo, já que eles aprendem sobre trabalho colaborativo na medida em que as sessões acontecem.
Essa estratégia de aprendizagem colaborativa tem sua fundamentação teórica baseada no construtivismo, no qual o professor se torna um facilitador para a aprendizagem em um ambiente despido de autoritarismo e que privilegia a igualdade. As experiências e os conhecimentos prévios dos alunos devem ser considerados na busca da aprendizagem significativa, por isso a resolução de problemas é parte importante neste processo. Além disso, a vivência da aprendizagem e a consciência de seu processo (metacognição) são privilegiadas.
[...]
Finalmente, a Aprendizagem Baseada em Equipes permite a reflexão do aluno na e sobre a prática, o que leva às mudanças de raciocínios prévios. Nela, há um ou mais temas principais, denominado por Michaelsen como “macrounidade” ou unidade maior. 
Essas macrounidades serão trabalhadas em um módulo com três etapas, que incluem diversos processos. Assim, a primeira etapa é o Preparo (Preparation), que consiste no preparo prévio do aluno, ou seja, a realização de uma tarefa fora da sala de aula, proposta pelo professor. A segunda é a Garantia do Preparo (Readiness Assurance), que é realizada em sala de aula inicialmente por meio de teste individual, o qual, posteriormente, é feito novamente em equipe, com feedback, possibilidade de apelação e uma breve apresentação do professor. Finalmente, a terceira etapa é a Aplicação dos Conceitos (Application of Course), por meio da execução de várias tarefas em equipe propostas pelo professor, que, geralmente, envolvem resolução de problemas e tomada de decisão, seguido por apresentação das conclusões do grupo e feedback. Ao final de cada fase , todos os processos que ocorrem são avaliados.
Adaptado de: 
Portal Ponto Didática. O que é Aprendizagem baseada em equipes (ABE) ou Team-based learning (TBL). Disponível em: https://pontodidatica.com.br/o-que-e-aprendizagem-baseada-em-equipes-abe-ou-team-based-learning-tbl/. Acessado em 19 mai 2020.
Exemplo de aplicação:
1. Disciplina interdisciplinar na UFRN
Em 2016, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) , a disciplina de Projeto de Inovação Tecnológica aplicou os conceitos do TBL. Tal disciplina era formada por discentes e docentes oriundos de diferentes cursos e áreas presentes na UFRN.
Áreas como design, artes, administração e tecnologia da informação foram contempladas com a disciplina, que tinha como principal proposta promover a interdisciplinaridade através da criação de uma startup durante todo o semestre, findando na apresentação de um Mínimo Produto Viável (MVP) da solução proposta pelo grupo.
Os grupos eram compostos por 5 alunos que, obrigatoriamente, não poderiam ser, majoritariamente, do mesmo curso. Dessa forma, os grupos trabalharam, durante todo o semestre, em uma solução para problemas propostos pelos próprios alunos.
A proposta de interdisciplinaridade e breve preparação para um real ambiente de trabalho (trabalhar com pessoas desconhecidas e dediversas áreas) foi bem atendida ao desafiar os grupos a desenvolverem projetos tecnológicos e inovadores levando em consideração diferentes áreas: administração, tecnologia da informação e design.
Ao término da disciplina, foi realizado um DemoDay, um momento onde todas as soluções rápidas foram apresentadas para uma banca externa, formada por empresários da comunidade startup, na forma de pitch (apresentação de 5 minutos para convencer alguém a comprar o seu produto ou serviço).
Disponível em: https://metodologiasativasblog.wordpress.com/2016/08/25/aprendizagem-baseada-em-times-team-based-learning-tbl/
http://www.teambasedlearning.org/history/	Comment by Angela Maria Ribeiro de Carvalho: Não usei no fórum. Site oficial da TBL em inglês.
· Descrever como a tecnologia pode auxiliar na aplicação do Peer Instruction e do Team Based Learning.
Em nossos posts aqui em NOVA ESCOLA, já citamos muitas vezes as metodologias ativas. Agora vamos mergulhar mais a fundo e mostrar por que elas são tão importantes no processo de aprendizado.
O principal objetivo deste modelo de ensino é incentivar os alunos para que aprendam de forma autônoma e participativa, a partir de problemas e situações reais. A proposta é que o estudante esteja no centro do processo de aprendizagem, participando ativamente e sendo responsável pela construção de conhecimento.
Para o professor José Moran, da Universidade de São Paulo (USP) e pesquisador de mudanças na Educação, a tecnologia traz hoje integração de todos os espaços e tempos. O processo de ensinar e aprender acontece numa interligação simbiótica, profunda, constante entre o que chamamos mundo físico e mundo digital. Não são dois mundos ou espaços, mas um espaço estendido, uma sala de aula ampliada – que se mescla, hibridiza constantemente.
https://novaescola.org.br/conteudo/11897/como-as-metodologias-ativas-favorecem-o-aprendizado
Recomendação de leitura: 
Metodologias ativas e tecnologias digitais: aproximações e distinções
https://periodicos.ufrn.br/educacaoemquestao/article/download/15762/11342/
· Descrever como a tecnologia pode auxiliar na aplicação do Peer Instruction e do Team Based Learning.
Ferramentas de interatividade gratuitas	Comment by Angela Maria Ribeiro de Carvalho: Não deu tempo de publicar no fórum.
Para facilitar a aplicação do teste conceitual da metodologia ativa Peer Instruction as ferramentas de interatividade são de extrema importância, pela precisão e agilidade que proporcionam. Recomenda-se o uso ferramentas gratuitas, pois são de fácil acesso e estão disponíveis para todos, sem custo algum. Ferramentas proprietárias, muitas vezes, inviabilizam sua aquisição e a otimização do processo de Peer Instruction. Para o uso dessas ferramentas de interatividade gratuitas são necessários computadores ou smartphones e acesso à internet. Exemplos: Google Forms, Plickers e Kahoot. Essas ferramentas de interatividade podem ser usadas com a Peer Instruction para poder inovar e diversificar a educação. Elas auxiliam o professor em tomadas de decisão sobre conteúdo abordado em aula e tornam as aulas mais atrativas e mais dinâmicas para os estudantes.
Adaptado de:
MESSAGE, Carla Plantier e outros.Peer instruction: metodologia ativa de ensino e aprendizagem e suas ferramentas de interatividade gratuitas.Disponível em: http://www.unoeste.br/site/enepe/2017/suplementos/area/Humanarum/4%20-%20Educa%C3%A7%C3%A3o/PEER%20INSTRUCTION%20METODOLOGIA%20ATIVA%20DE%20ENSINO%20E%20APRENDIZAGEM%20E%20SUAS%20FERRAMENTAS%20DE%20INTERATIVIDADE%20GRATUITAS.pdf. Acessado em: 20 mai 2020.

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