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AULA 01 Fundamentos da tomografia computadorizada OBJETIVO • Conhecer os conceitos básicos da tomografia e a relação entre as atividades de trabalho, além de todas as gerações de aparelhos do mercado de trabalho em uso e desuso formando assim uma linha compreensiva sobre os avanços da área. • Identificar as tecnologias e avanços em tomografia computadorizada. • Elaborar conceitos sobre a geração de aparelhos e sua relação com os avanços do futuro. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO • Introdução à tomografia; Aspectos históricos da radiologia. • O método: Princípios básicos; Características do método. • A matriz da imagem de TC. • Gerações de aparelhos Tomográficos; 1ª geração, 2ª geração, 3ª geração, 4ª geração • Novas tecnologias; O sistema helicoidal (ou espiral), tomografia helicoidal multidetectores (multislice). • Tomografia por feixe de elétrons. • O tudo de raios-x do tomógrafo. • Detectores; Detectores de cristais de luminescentes, detectores de câmara de ionização. • A reconstrução da imagem; Método de reconstrução da imagem; retroprojeção, O método interativo, o método analítico. • Analise bidimensional de Fouier; Retroprojeção filtrada. • A escala de Hounsfield • A resolução da imagem • O campo de visão FOV (Field of View) • Problemas comuns em TC; O efeito de volume parcial; Artefatos; Artefatos de anel (Ring Artifacts); Material de alta densidade; Material de alto número atômico; Ruído na imagem; aspectos de segurança. INTRODUÇÃO HISTÓRICO o Físico alemão Wilhelm Conrad Roentgen - 1895 o Aplicação da radiologia para fins diagnósticos o O RX Permitia, pela primeira vez, a visualização da anatomia humana de forma não invasiva. INTRODUÇÃO HISTÓRICO 1963 - Allan Comak o Realizou experimentos com um sistema percussor da tomografia, porem não conseguiu realizar reconstruções tomográficas. HISTÓRICO 1967 - Godfrey Hounsfield - Engenheiro inglês o Começou a utilização dos conhecimento de imagens associado às técnicas de armazenamento de dados. INTRODUÇÃO DEFINIÇÃO o Exame radiológico exibido como imagens tomográficas finas de tecidos e conteúdo corporal, representando reconstruções matemáticas assistidas por computador. SISTEMA TOMOGRÁFICO 1. UNIDADE DE VARREDURA 2. UNIDADE DE PROCESSAMENTO 3. UNIDADE DE EXIBIÇÃO 4. SISTEMA DE ARMAZENAMENTO GANTRY MESA DE EXAME SISTEMA DE AQUISIÇÃO DE DADOS CONSOLE OPERADOR FILME CD-ROM HD UNIDADE DE VARREDURA Gantry Mesa Sistema de posicionamento da mesa TUBO DE RAIO-X o Funcionamento contínuo produz o 1000 a 10 000 vezes mais calor que o RX convencional (calor gerado continuamente sem esfriamento entre os cortes) o Sistema eficiente de refrigeração e dissipação de calor o Ampolas dimensionadas para suportar até 1 milhão de Unidades Calóricas (HU) o Anodo giratório com maior diâmetro DETECTORES o Componente Críticos - Transformam a absorção de RX em sinal elétrico - Determinantes na qualidade de imagem e dose para o paciente o Tipos - Xenonio - Estado sólido DETECTORES SÓLIDOS o Os cristais são atingidos diretamente pelo feixe de RX, produzindo energia luminosa, cujos fótons dirigem-se para o diodo sensível a luz que converte a luz em sinal elétrico Cintilador RX Foto-diodo Fóton capturado Sinal Elétrico DETECTORES GASOSOS o Converte os RX diretamente em sinal elétrico Ar Raios X Sinal Elétrico Câmara ionização - + + - DETECTORES GASOSOS o Câmara preenchida por gás comprimido (geralmente Xenônio) na pressão de 30 atm por dois motivos: - Aumentar a energia das moléculas de gás facilitando a liberação de elétrons quando incidir o RX - Aumentar a quantidade de átomos do gás disponível para interagir com o feixe. PRE- COLIMADORES Detector o Limita a extensão do feixe o Reduz radiação espalhada o Desenhado para minimizar a divergência do feixe Tubo Pre-colimação POS-COLIMAÇÃO o Ajuda a definir a espessura de corte o Reduz a radiação espalhada que alcança os detectores Tubo Detector Pos-colimação UNIDADE DE PROCESSAMENTO UNIDADE DE EXIBIÇÃO UNIDADE DE ARMAZENAMENTO GERAÇÃO DE IMAGEM - O “CORTE” o Os raios-x passam através de um colimador, penetrando uma fatia axial do objeto, chamado de ”corte“ REVOLUÇÃO o Compreende o giro de 360 graus do conjunto tubo-detectores. O tempo de aquisição dos cortes influencia a velocidade de rotação do conjunto. PITCH 1:1 o Pitch = 1 significa um corte atrás do outro movimento da mesa a cada giro de 360 graus Pitch (passo) = ----------------------------------------------------------------------- espessura de corte Representa a razão entre o deslocamento da mesa pela espessura de corte. PITCH 2:1 o Pitch > 1 significa espaço entre os cortes movimento da mesa a cada giro de 360 graus Pitch (passo) = ----------------------------------------------------------------------- espessura de corte GERAÇÃO DOS TOMÓGRAFOS RAIO • Parte do feixe que incide sobre um único detector • É atenuado pelo corpo do paciente • Gera sinal elétrico Raio FEIXE • Somatória de informações coletadas pelo conjunto de “raios” que compõem o feixe GEOMETRIA DO FEIXE DE RX o Lápis o Leque o Espiral o O conjunto tubo-detectores gira da esquerda para a direita e realiza medidas de atenuação do feixe de RX de grau em grau (180 medidas por corte) o A cada 45º executa um movimento de translação 1o PRIMEIRA GERAÇÃO – FEIXE EM “LÁPIS” Tubo Detector PRIMEIRA GERAÇÃO Feixe em lápis o Detector único o Surgiu em 1972 o Rotação/translação o Rotação linear(1°) o Tempo de corte: 5min o Matriz: 80 x 80 o Apenas exames de encéfalo SEGUNDA GERAÇÃO – FEIXE EM “LEQUE” Feixe em leque estreito – angulo de abertura do “leque” de 10º o Surgiu em 1974 o Rotação/translação o Maior ângulo de rotação o Múltiplos ângulos de aquisição em cada posição o Imagens de corpo inteiro o 30 detectores o Tempo de corte: 10 a 90 seg TERCEIRA GERAÇÃO o Feixe em leque largo envolvendo toda a circunferencia do paciente o Surgiu entre 1975-1977 o Centenas de detectores (500 a 1000) o Tempo de corte: 2 a 10 seg o Rotação de 360º / Múltiplos ângulos de aquisição em cada posição QUARTA GERAÇÃO Feixe “em leque”, largo o Surgiu em 1981 o Rotação do tubo o Múltiplos detectores fixos (até 2000) circundando completamente o paciente o Tempo de rotação mais curto – até 0.5 segundos Paciente TOMOGRAFIA HELICOIDAL • Final dos anos 80 • Tecnologia de anéis deslizantes 52 o Rotação continua do tubo e detectores simultânea ao movimento da mesa o Movimento “espiral” em torno do paciente o – Forma imagensaxiais xy plane z axis ROTAÇÃO DO PORTAL Cabos • O sistema de cabos requer rotação de ida e volta – roda - para -volta • Séries de rotações nos sentidos horário e anti- horário Rotação ANÉIS DESLIZANTES - 1990 o Cabos conectados a anéis estáticos o Energia e sinais transmitidos para / do portal através de escovas estacionárias que deslizam sobre os anéis o Permite rotação contínua o Não necessita rodar e parar o Tempo de escaneamento ~ 0.3 s TC HELICOIDAL DE MÚLTIPLOS DETECTORES (“MULTISLICE”) • Multislice – rotação ultra-rápida e multíplas filas de detectores VANTAGEM DA AQUISIÇÃO ESPIRAL o Não existe intervalo entre os cortes - Os cortes podem ser reformados em qualquer posição o Não há variação em função da respiração - toda uma região pode ser examinada em uma única apnéia o Melhor rendimento do contraste EV - aquisição rápida, concentração uniforme do contraste o Aquisição volumétrica - maior acurácia da reformação multiplanar e 3D REDUÇÃO DOS ARTEFATOS DE MOVIMENTO MENOR VOLUME DE CONTRASTE EV • Permite avaliar múltiplas fases da passagem do contraste EV Fase córtico-medular Fase nefrográfica Fase excretora PERMITE REFORMAÇÃO MULTIPLANAR 3D TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA POR CANHÃO DE ELÉTRONS o Não possui tubo de raios x. o O feixe de fótons é gerado a partir de um canhão de elétrons (como se fosse um catodo).o Os elétrons são acelerados pelo canhão e desviados para um conjunto de bobinas ao longo do trajeto em direção ao alvo. o O alvo (vários anéis de tungstênio) a ser atingido ocorre a geração de raios x pela transferência de energia dos elétrons para o átomo de tungstênio. IMAGEM o Escaneamento: produz dados captados pelos detectores ( RX → sinal elétrico) o Conversão analógico-digital (reconstrução): sinal elétrico (analógico) → sinal digital o Conversão digital-analógica IMAGEM Whizzo CT Company TUBO DE RX DETECTORES ENERGIA & DADOS MATRIZ o Consiste no número de pontos dispostos vertical e horizontalmente (eixos x e y) que determinam quantos pixels e voxels participação da disposição de uma imagem. o O tamanho da matriz é inversamente proporcional á dimensão dos pixels e voxels. PIXEL o Menor estrutura mensurável da matriz de TC, o pixel é uma unidade bidimensional denominada matriz de exposição. VOXEL o A menor figura de volume constituinte da matriz de TC, o voxel é tridimensional e representa, portanto, uma unidade de volume da fatia do corte estudado. ESCALA DE HOUNSFIELD o A escala Hounsfield está relacionada à obtenção de imagens com raios-X. Ela transforma os diferentes tons de cinza, adquiridos no imageamento com raios-X, em valores numéricos. Esta transformação possibilita a abertura de janelas dentro da escala de cinza obtida nas imagens, permitindo maior diferenciação entre cores anteriormente muito semelhantes (e muitas vezes indistinguíveis ao olho humano). NÍVEL DA IMAGEM ( WINDOW LEVEL ) – WL E LARGURA DA JANELA ( WINDOW WIDTH) – WW o As imagens devem ser documentadas levando-se em consideração qual o tecido de maior interesse (assunto) e, evidenciando-se, na medida do possível, o contraste da imagem. o O tecido de interesse é estabelecido pelo nível da imagem (Window Level) e representado pelo valor WL. o O contraste da imagem depende da amplitude da Janela (Window Width) representado por WW. o Imagem digital radiológica para se realizar o planejamento dos corte com características iguais as dos raios x. ESCANOGRAMA- TOPOGRAMA OU SCOUT - FOV (field of view- campo de visão)- È responsável pela determinação do tamanho da área do objeto que será visualizado para estudo. Ex: Crânio: FOV de 25cm; Corpo: FOV de 35 cm ou 42 cm FOV ARTEFATO o Materiais de alta densidade. ( Strike) Objetos metálicos, implantes de materiais de alta densidade, como as obturações dentárias, projéteis de bala, entre outros, produzem artefatos lineares de alta densidade, devido aos altos coeficientes de atenuação linear apresentados por estes materiais. A presença desses artefatos pode ser atenuada a partir do uso de feixe de alta energia ( 120 / 140 kV ), embora não possam ser evitados. MATERIAIS DE ALTO NÚMERO ATÔMICO o Os materiais de alto número atômico tendem a ser comportar como os materiais metálicos e, produzir artefatos do tipo “Strike”. Os meios de contraste positivos como; o Iodo e o Bário em altas concentrações, devem ser evitados, ou, usados com critério. o Anéis Os artefatos na imagem que se apresentam em forma de anel, está inicialmente relacionado com problemas nos detectores. ARTEFATO EFEITO DE VOLUME PARCIAL o Em tomografia, a imagem final representa a densidade correspondente de cada tecido através de uma escala de cinzas. Particularmente nas imagens com pouca resolução ( matrizes baixas ) um voxel pode ser representando numa tonalidade de cinza não correspondente ao tecido que representa. RUÍDO DA IMAGEM o O ruído, aspecto que confere granulosidade às imagens, ocorre principalmente em função da utilização de feixes de baixa energia ou, quando o objeto apresenta grandes dimensões, como no caso dos pacientes obesos. Nessas condições, há que se aumentar a dose de exposição, pelo aumento da kilovoltagem, da miliamperagem ou do tempo de exposição. ASPECTOS DE SEGURANÇA o O equipamento de Tomografia opera com raios-X e por isso requer os cuidados comuns de proteção radiológica previstos na Portaria 453 de 02 / 06 / 98 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. o O tubo de raios-X deve ser aquecido após 2 horas de inatividade (WarmUp). Este procedimento prolonga a vida útil do tubo. o Após o aquecimento do tubo é conveniente, pelo menos uma vez ao dia, fazer a calibração dos detectores. Este procedimento evita o aparecimento de artefatos na imagem, especialmente, os do tipo anelar SEGURANÇA EM TC SEGURANÇA EM TC o Nos equipamentos dotados de lâmpadas LASER para posicionamento do paciente, deve-se tomar o cuidado para não direcionar o feixe luminoso nos olhos do paciente. SEGURANÇA EM TC o O limite de peso estipulado pelo fabricante deve ser respeitado, evitando-se assim, danos à mesa de exames e problemas no seu deslocamento durante o procedimento. o Alguns equipamentos são dotados de mecanismos de segurança especiais que permitem interromper a alimentação elétrica do conjunto gantry/mesa. Estes mecanismos são particularmente importantes quando se observa a presença de fumaça, fogo, ou faíscas, nestes componentes o Equipamentos que eventualmente apresentem problemas de desempenho do software necessitam ser totalmente desligados (shutdown). Após algum tempo, 16 levanta -se o sistema (startup) e observa -se, se o problema foi solucionado. Não se obtendo resultado satisfatório. SEGURANÇA EM TC o Cuidado especial deve ser dado às angulações do “gantry” durante os exames. Alguns pacientes podem ter parte do corpo pressionada pelo equipamento ou, até mesmo, apresentar fobia devida à proximidade do equipamento. Alguns fabricantes obrigam os operadores a fazer angulações somente no painel do gantry. o A postura correta do operador na operação do equipamento evita o aparecimento de doenças relacionadas às condutas inadequadas no trabalho, como a LER. SEGURANÇA EM TC o A posição do monitor deve estar na altura dos olhos do operador, numa distância entre 40 e 80 cm. Os pés devem ficar totalmente apoiados no chão ou em um suporte para este fim. As mãos devem deslizar livres sobre o teclado de forma que os antebraços perfaçam um ângulo de aproximadamente 90 graus com os braços. o Um controle de qualidade periódico deve ser implementado, com ênfase na apuração da espessura de corte, resolução espacial, ruído da imagem, precisão da lâmpada LASER
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