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PATOLOGIAS DO APARELHO GINECOLÓGICO Professora: Ruth Kelly Disciplina: Saúde da mulher APARELHO REPRODUTOR FEMININO Alterações da função ovárica no período fértil Insuficiência ovárica Cistos funcionais não neoplásicos Síndrome de ovários policísticos Doença inflamatória pélvica Patologias uterinas: Vulvovaginite Carcinoma cervical Endometriose Tumores do miométrio ALTERAÇÕES DA FUNÇÃO OVÁRICA NO PERÍODO FÉRTIL INSUFICIÊNCIA OVÁRICA SÍNDROME DE OVÁRIOS POLICÍSTICOS INSUFICIÊNCIA OVÁRICA PROBLEMAS NO DESENVOLVIMENTO: DISGENESIA GONADAL – Por ausência de folículos primordiais (cariotipo XO). FALÊNCIA OVÁRICA PRECOCE – Menopausa precoce, antes dos 40 anos por atresia folicular acelerada. SÍNDROME DE OVÁRIO RESISTENTE- Os folículos primordiais não se desenvolvem – Resistência à FSH. DEFICIÊNCIAS ENZIMÁTICAS- Defeito na 17 α hidroxilase, é causa de infantilismo sexual. INSUFICIÊNCIA OVÁRICA INSUFICIÊNCIA OVÁRICA ADQUIRIDA Radiações Agentes químicos Infecções Síndromes autoimunes (Pluriglandulares) DEFICIÊNCIA NA PRODUÇÃO DE GONADOTROFINAS Stress (hiperprolactinémia) Exercício físico intenso Anorexia nervosa (emagrecimento) – Peso 15 a 25% abaixo do normal CISTOS FUNCIONAIS E NÃO NEOPLÁSICOS Os folículos císticos do ovário são tão comuns que praticamente são considerados fisiológicos; Originam-se em folículos de Graaf não rompidos ou em folículos que se romperam e imediatamente se fecharam. CISTOS FUNCIONAIS E NÃO NEOPLÁSICOS Cistos múltiplos; Podem ter até 2cm de diâmetro; Preenchidos com um líquido claro e seroso; Revestidos por uma membrana cinza – brilhante; Os cistos lúteos da granulosa estão normalmente presentes; Os maiores podem ser diagnosticados por palpação ou ultrassonografia; Provocam dor pélvica. SÍNDROME DO OVÁRIOS POLICÍSTICO (SOP) Atinge cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva e é considerada a causa mais frequente de infertilidade em mulheres com anovulação crônica, ou seja, que não ovulam adequadamente. Trata-se de um distúrbio hormonal que provoca alteração dos níveis de hormônios masculinos (androgênios) no corpo da mulher. Essa alteração, em geral começa na adolescência e causa irregularidade na menstruação, alterações na pele e pode levar à formação de microcistos nos ovários. SÍNDROME DO OVÁRIOS POLICÍSTICO (SOP) São responsáveis por anovulação crônica ligada a um hiperandrogenismo ( testosterona) funcional e por vezes a obesidade Existência de ovários de grandes dimensões com múltiplos cistos foliculares, com hiperplasia da Teca interna Os corpos lúteos estão frequentemente, mas não invariavelmente, ausentes. SÍNDROME DO OVÁRIOS POLICÍSTICO (SOP) SINAIS CLÍNICOS Anovulação persistente/ dificuldade na ovulação; Oligoespaniomenorreia (<6 ciclos/ano)/ Amenorreia; Obesidade; Hirsutismo ( pelos rosto, peito e nas costas) Hiperpigmentação da pele da nuca e das axilas Infertilidade; Abortos mais frequentes; Aumento do risco de cancro do endométrio; Hiperandrogenismo. SINAIS E SINTOMAS Dor abdominal; Aumento do volume abdominal; Irregularidades menstruais; Alteração da frequência urinária; Acne; Queda de cabelo; Pressão pélvica; DIAGNÓSTICO Exames Clínicos do tamanho dos ovários - Ultrassonografia - Laparoscopia - Biopsia - Ressonância magnética Exame pélvico – em que o médico observará por palpação um aumento do tamanho dos ovários ANÁLISES CLÍNICAS Determinação de níveis hormonais numa amostra de sangue. Observa-se neste Síndrome Níveis diminuídos ↓ ou normais de FSH (hormona folículo estimulante) Níveis elevados ↑ de LH (hormona luteinizante) Níveis elevados ↑ de androgéneo (testosterona) ou da D4 Androstenodiona Níveis relativamente altos ↑ de estrogéneos (principalmente de estradiol) Níveis diminuídos de Glogulina ligadora de hormônios sexuais (SHBG) – testosterona e o estradiol. TRATAMENTOS com o uso de medicamentos que variam de acordo com o quadro de sintomas da paciente e suas complicações; normalmente, é indicada a utilização de anticoncepcionais hormonais como pílulas, pois auxiliam na diminuição do hormônio masculino e controlam o ciclo menstrual; manter hábitos de vida saudáveis, fazer exercícios e evitar a obesidade. VULVOVAGINITE É uma alteração inflamatória ou infecciosa da vulva, vagina e colo do útero, podendo ser causada por infecção de bactérias, protozoários e fungos ou por alteração da própria flora bacteriana. O problema acomete, principalmente, mulheres na idade reprodutiva e é causado normalmente pela proliferação desses germes, associada à baixa de imunidade. VULVOVAGINITE OS PRINCIPAIS SINAIS E SINTOMAS SÃO: corrimentos líquidos ou grumosos; odor fétido; prurido (coceira na vagina); hiperemia (vermelhidão); irritação; dor durante a relação sexual; ocasionalmente, presença de lesões externas e internas como bolhas, úlceras e verrugas. VULVOVAGINITE Para o tratamento dessa doença ginecológica podem ser utilizados: antibióticos, antifúngicos, corticoides, uso de estrogênio, higiene local, banho de assento e uso de roupas adequadas. DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA De todas as doenças ginecológicas citadas, essa é a mais rara (mas não menos preocupante), atingindo 3% das mulheres, sendo a maioria jovem e sexualmente ativa. O distúrbio é causado por alguns tipos de bactérias ou uma infecção por múltiplas bactérias. Ocorre mais frequentemente em mulheres com vários parceiros, que fazem sexo sem preservativo, que usam de duchas vaginais ou quando há manipulação, como em biópsias de endométrio ou inserção de DIU. DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA VAGINA, ÚTERO, TROMPAS E PERITONEO Devido a infecções por microorganismos sexualmente transmissíveis: Neisseria Gonorrhoeae Chlamydia Trachomatis Mycoplasma Treponema pallidum Mais comum na mulher jovem sexualmente ativa Patogênese: Reação inflamatória mucopurulenta, os microrganismos agarram-se aos espermatozoides – formação de abcessos. Consequências a longo prazo: Salpingite, obstrução das trompas de falópio com Infertilidade ou possibilidade de gravidez ectópica SINAIS E SINTOMAS febre; dor intensa no baixo ventre; corrimento com odor fétido. TRATAMENTO uso de antibióticos de amplo espectro. cirurgia para retirada de abscessos. ENDOMETRIOSE A endometriose é uma doença ginecológica caracterizada pela presença do tecido do endométrio, camada que reveste o interior do útero, fora de seu local habitual. Frequente na idade reprodutiva, é conhecida como a “doença da mulher moderna”, por conta do adiamento da maternidade ou pela opção de não engravidar. ENDOMETRIOSE Esse tecido é sensível às alterações do ciclo menstrual e, por isso, cada vez que a mulher menstrua, ocorre um sangramento em local indevido. As alças intestinais e os órgãos da pelve acabam bloqueando esse sangramento. O processo provoca dor pélvica e afeta mais comumente o tecido que reveste a cavidade abdominal (peritônio), os ovários, as tubas uterinas e pode causar infertilidade. ENDOMETRIOSE DIAGNÓSTICO Exames clínicos Exames de imagem como o ultrassom, a ressonância magnética e marcadores tumorais (exame de sangue). o diagnóstico definitivo só é possível por biopsia. TRATAMENTO Anticoncepcionais orais contínuos, progesterona de depósitos e medicamentos recomendados por especialistas; Cirúrgico é o mais efetivo, com a remoção das lesões. TUMORES DO MIOMÉTRIO Leiomioma (forma benigna): São tumores benignos originados a partir do tecido muscular liso do útero. O seu desenvolvimento é influenciado pelos estrogénios e Progesterona (fase reprodutiva). Maior tendência - mulheres negras - mulheres nuligestas Crescimento influenciado por hormônios ovarianos Raramente torna-se maligno Atinge 1 em cada 4 mulheres com mais de 30 anos CLASSIFICAÇÃO A) Localização: Corporais; Ístmicos; Cervicais B) De acordo com a camada uterina em que se desenvolve: Subseroso (recoberto pelo peritônio visceral; deforma o órgão) Submucoso (cresce para a cavidade do útero; metrorragia; dismenorréia) Intramural (desenvolve-se na espessura do endométrio; hipermenorragia – aumenta volume do útero, aumenta superfície endometrial sangrante e congestão passiva do útero) SINAIS E SINTOMAS Maioria das mulheres assintomáticas • Crescimento uterino Dor lombar - Peso em baixo ventre Constipação intestinal - Dismenorréia • Gravidez Trabalho de parto prematuro (TPP) Distócias (anomalias canal, força, feto) Aborto espontâneo • Infertilidade • Sangramento vaginal DIAGNOSTICO Anamnese Exame ginecológico Exames complementares TRATAMENTO Clínico: expectante ; medicamentoso (anti-inflamatórios não hormonais, antifibrinolíticos, anticoncepcionais hormonais combinados e progestagênios). Cirúrgico: miomectomia; histerectomia; embolização REFERÊNCIAS Baracat, Edmund Chada. Manual de Ginecologia Endócrina / Edmund Chada Baracat. São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), 2015. Brasil, Ministério da Saúde. Caderno de referência 1: Citopatologia Ginecológica. Brasília; Rio de Janeiro: CEPESC, 2012.
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