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CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI Rodovia BR 470 - Km 71 - no 1.040 – Bairro Benedito – Caixa Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC Fone (47) 3281-9000 – Fax (47) 3281-9090 – Site: www.uniasselvi.com.br 1 CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI - UNIASSELVI GUILHERME CHITOLINA – RA 1409969 ESTÁGIO SUPERVISIONADO – OBSERVAÇÃO E PRÁTICA: ENSINO FUNDAMENTAL CURITIBA 2020 http://www.uniasselvi.com.br/ CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI Rodovia BR 470 - Km 71 - no 1.040 – Bairro Benedito – Caixa Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC Fone (47) 3281-9000 – Fax (47) 3281-9090 – Site: www.uniasselvi.com.br 2 CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI – UNIASSELVI GUILHERME CHITOLINA – RA 1409969 RELATÓRIO DE ESTÁGIO Relatório de Estágio Supervisionado – Observação e Prática: Ensino Fundamental apresentado ao Curso de Licenciatura em Educação Física do Centro Universitário Leonardo Da Vinci – UNIASSELVI. CURITIBA 2020 http://www.uniasselvi.com.br/ CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI Rodovia BR 470 - Km 71 - no 1.040 – Bairro Benedito – Caixa Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC Fone (47) 3281-9000 – Fax (47) 3281-9090 – Site: www.uniasselvi.com.br 3 SUMÁRIO 1. Introdução................................................................................................................4 2. Colégio Ignez Vicente Borocz..................................................................................6 2.1 - Identificação da Escola........................................................................................6 2.2 - Concepção Pedagógica da Escola......................................................................6 2.3 - Caracterização Estrutural.....................................................................................9 2.4 - Realidade da Comunidade Escolar....................................................................10 2.5 - Concepção de Educação...................................................................................11 2.6 - Concepção de Homem......................................................................................13 2.7 - Conceito de Cidadania.......................................................................................14 2.8 - Conceito de Cultura...........................................................................................14 2.9 - Conceito de Trabalho.........................................................................................15 2.10 - Conceito de Conhecimento..............................................................................15 2.11 - Filosofia da Escola...........................................................................................16 2.12 - Conselho de Classe.........................................................................................16 3. Componente Curricular do Ensino Fundamental – Educação Física ....................18 4. Descrição e Análise das Atividades de Estágio Supervisionado...........................18 5. Plano de Oficina Pedagógica.................................................................................19 6. Considerações Finais.............................................................................................21 7. Referências Bibliográficas......................................................................................23 8. Apêndices...............................................................................................................24 9. Anexos...................................................................................................................25 http://www.uniasselvi.com.br/ CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI Rodovia BR 470 - Km 71 - no 1.040 – Bairro Benedito – Caixa Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC Fone (47) 3281-9000 – Fax (47) 3281-9090 – Site: www.uniasselvi.com.br 4 1. INTRODUÇÃO Este Estágio foi realizado nos dias 10 de março a 23 de maio de 2020, no Colégio Estadual Inêz Vicente Borocz, situado na Rua Ignês Lourdes de Macedo número 331, no bairro Sítio Cercado da cidade de Curitiba do Estado do Paraná, pelo aluno Guilherme Chitolina, do Centro Universitário Leonardo Da Vinci - UNIASSELVI, portador do RA 1409969. No relatório pretendo descrever a importância do Estágio para a formação prática do futuro do profissional, através do acompanhamento do profissional professor já atuando nas séries do ensino fundamental, anos finais, por meio da observação e prática dentro do contexto da Escola, sua caracterização estrutural, as condições estruturais, distribuição de alunos, seus profissionais e sua formação, bem como seu funcionamento, sua concepção de educação pedagógica e o envolvimento da comunidade e o modelo de gestão adotada. O Estágio Supervisionado no Ensino Fundamental possibilita a inserção do futuro professor no contexto profissional, é o primeiro contato que o aluno-professor tem com seu futuro campo de atuação, de modo a compreender dinâmicas e técnicas que envolvem os ambientes educativos, conhecer e aprofundar aspectos do profissional e sua interação na prática escolar. Constitui-se um momento de aquisição e aprimoramento de conhecimentos e de habilidades essenciais ao exercício profissional, que tem como função integrar teoria e prática. Trata-se de uma experiência com dimensões formadora e sócio-política, que proporciona ao estudante a participação em situações reais de vida e de trabalho. Consolida a sua profissionalização e explora as competências básicas indispensáveis para uma formação profissional ética e corresponsável pelo desenvolvimento humano, pela melhoria da qualidade de vida, bem como o desenvolvimento da comunidade em que está inserido, como agente transformador da realidade social. Para o Licenciando é uma importante parte integradora do currículo em que vai assumir pela primeira vez a sua identidade profissional e sentir na pele o compromisso com o aluno, com sua família, com sua comunidade com a instituição escolar, que http://www.uniasselvi.com.br/ CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI Rodovia BR 470 - Km 71 - no 1.040 – Bairro Benedito – Caixa Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC Fone (47) 3281-9000 – Fax (47) 3281-9090 – Site: www.uniasselvi.com.br 5 representa sua inclusão civilizatória, com a produção conjunta de significados em sala de aula, com a democracia, com o sentido de profissionalismo que implique competência para fazer bem o que lhe compete. Poderá refletir e vislumbrar futuras ações pedagógicas, tornando sua formação mais significativa quando essas experiências forem socializadas em sua sala de aula com seus colegas, produzindo discussão, possibilitando uma reflexão crítica, construindo a sua identidade e lançando, dessa forma, um novo olhar sobreo ensino, a aprendizagem e a função do educador. O contexto escolar é parte integrante dos conhecimentos dos professores e inclui, entre outros, conhecimentos sobre os estilos de aprendizagem dos alunos, seus interesses, necessidades e dificuldades, além de um repertório de técnicas de ensino e de competências de gestão de sala de aula. O Estágio torna-se o eixo articulador da produção do conhecimento como instrumento de integração entre a teoria e a prática, entre o saber e o fazer. É também uma atividade de relacionamento humano comprometida com os aspectos afetivos, sociais, econômicos e, sobretudo, político- cultural, porque requer consciência crítica da realidade e suas articulações. Este processo sofre influência dos acontecimentos históricos, políticos, culturais, possibilitando novos modos de pensar e diferentes maneiras de agir perante a realidade que o professor está inserido, possibilita entrar em contato com problemas reais da comunidade, analisando as possibilidades de atuação em sua área de trabalho. Permite assim, fazer uma leitura mais ampla e crítica de diferentes demandas sociais, com base em dados resultantes da experiência direta. Deve ser um espaço de desenvolvimento de habilidades técnicas, como também, de formação de homens e mulheres pensantes e conscientes de seu papel social. Poderá ser um agente contribuidor em que o futuro professor passa a enxergar a educação com outro olhar, procurando entender a realidade da escola e o comportamento dos alunos, dos professores e dos profissionais que a compõem. Com essa nova leitura do ambiente (escola, sala de aula, comunidade), procurando meios para intervir positivamente. O Estágio tem como objetivos de integrar o processo de ensino, pesquisa e aprendizagem podendo aplicar sua teoria e habilidade desenvolvidas durante o curso na atividade prática da sala de aula e aprimorar atitudes profissionais possibilita o confronto entre o conhecimento teórico e a prática adotada bem como a solução de problemas reais adquirindo a segurança para suas futuras atividades profissionais, estimulando o http://www.uniasselvi.com.br/ CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI Rodovia BR 470 - Km 71 - no 1.040 – Bairro Benedito – Caixa Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC Fone (47) 3281-9000 – Fax (47) 3281-9090 – Site: www.uniasselvi.com.br 6 desenvolvimento do espírito científico, através do aperfeiçoamento profissional para o mercado de trabalho e da realidade. 2. COLÉGIO ESTADUAL INÊZ VICENTE BOROCZ 2.1 IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA O Estágio Supervisionado de Observação e Prática: Ensino Fundamental foi realizado no Colégio Estadual Inêz Vicente Borocz, localizado à Rua Ignêz de Lourdes Gomes de Macedo, n° 331, CEP: 81.920-090 no bairro Sítio Cercado, na cidade de Curitiba no estado do Paraná. O contato com a Escola pode ser realizado pelo telefone 41 - 3564-3690. A Escola oferta atendimento para o Ensino Fundamental e Médio divididos em três turnos matutino, vespertino e noturno. Atente a um total de 1700(um mil e setecentos) alunos, deste total 04 são alunos em processo de inclusão por meio de sala de recursos. Disponibiliza para os alunos e para a Comunidade o Curso de Língua Estrangeira Moderna “CELEM” - Espanhol Básico, com uma turma de 35 (trinta e cinco) alunos, nas terças-feiras e quintas-feiras. Oferta ainda a “Sala de Apoio à Aprendizagem” (SAA) para alunos dos 6ºs. E 9ºs. Anos com defasagem nos conteúdos de Ensino Fundamental, realizadas no contra turno. Em sua organização administrativa é formado por um diretor geral, três diretores auxiliares; equipe pedagógica com 08 pedagogos e uma secretária geral; nove auxiliares administrativos (Agente Educacional II), quinze funcionários de serviços gerais (Agente Educacional I), sendo que três (3) deles exercem a função de inspetores de alunos, com um ocupando, também, a função de caseiro; dois bibliotecários; corpo docente de cinquenta e oito professores. Este Estágio foi realizado entre os dias 10 de março a 23 de maio de 2020, no período da tarde, sendo observada a turma do 6º ano do ensino fundamental II, onde o primeiro contato foi feito com uma visita pessoalmente através de uma conversa em forma de entrevista com a Direção e Coordenação. A receptividade foi muito acolhedora conforme sua prática de vivência que predomina no dia a dia deste ambiente escolar refletidos no acolhimento, na inclusão, no respeito aos estudantes e família, e na relação escola com a comunidade como uma história que se faz por mais de 70 anos. http://www.uniasselvi.com.br/ CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI Rodovia BR 470 - Km 71 - no 1.040 – Bairro Benedito – Caixa Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC Fone (47) 3281-9000 – Fax (47) 3281-9090 – Site: www.uniasselvi.com.br 7 2.2 CONCEPÇÕES PEDAGÓGICAS DA ESCOLA Utiliza referências de uma Gestão Democrática pela condução do Projeto Político Pedagógico da Escola envolvendo todos os segmentos da comunidade escolar, sendo eles: conselho escolar, conselho de classe, representantes de turma, grêmio estudantil e APMF. Os gestores escolares devem se preocupar em administrar os recursos financeiros, administrativos, humanos e pedagógicos. A Escola ocupa papel relevante na sociedade, que vai além da transmissão e acumulação de conhecimentos. A educação pode se constituir como afirmadora dos direitos humanos, pode ajudar na construção de uma sociedade cidadã e atuar também de forma a negar alguns desses princípios. No entanto, pela diversidade social e pelas contradições socioeconômicas e culturais presentes na sociedade, a escola ora afirma a cidadania, ora nega. É fundamental a escola tomar consciência dessas possibilidades apresentando perspectivas que busquem a realização de um trabalho educativo comprometido com a transformação da sociedade. Tem como objetivo o desenvolvimento integral da criança e do adolescente em seus aspectos: físicos, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e do meio onde convive. “Exercitando no Jogo e no Esporte a reflexão criativa, a comunicação sincera, a tomada de decisão por consenso e a abertura para experimentar o novo, todos podem descobrir que são capazes de intervir positivamente na construção, transformação e emancipação de si mesmos, do grupo e da comunidade onde convivem.” (BROTTO, Fábio Otuzi, 2001, p. 63) O Projeto Político Pedagógico está embasado na busca e na construção de uma educação plena, com o envolvimento de educadores, pais, alunos e sociedade como um todo. Está organizada tendo como elemento diretivo o desenvolvimento da aprendizagem e a formação de um cidadão pleno. Pensado na dinâmica da gestão democrático-participativa, aponta um novo rumo, uma nova direção, um novo sentido que renasce explícito em um compromisso estabelecido coletivamente. Ao se constituir em http://www.uniasselvi.com.br/ CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI Rodovia BR 470 - Km 71 - no 1.040 – Bairro Benedito – Caixa Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC Fone (47) 3281-9000 – Fax (47) 3281-9090 – Site: www.uniasselvi.com.br 8 processo participativo de decisões, o PPP preocupa-se em instaurar uma forma de organização do trabalho pedagógico que desvele os conflitos e as contradições, buscando eliminar as relações corporativas e autoritáriaspropiciar o desenvolvimento de um processo de ensino e aprendizagem de qualidade, e orientar as famílias desta comunidade escolar numa ação em busca da cidadania. Nessa perspectiva o papel dos educadores, é o de transmitir conhecimento, mediar e sistematizar o saber, adotando, enfim, uma postura efetiva de educadores, para que possamos formar cidadãos reflexivos e atuantes capazes de construir, conscientemente, um mundo pautado pelos princípios éticos, políticos, estéticos e humanos. A Escola vem como mediadora entre o conhecimento elaborado historicamente e os alunos e alunas, o que se concretiza através da aprendizagem de conceitos, hábitos, atitudes e procedimentos. É da escola a tarefa de aproximar os aprendizes do conhecimento científico, ao mesmo tempo em que favorece espaço para o desenvolvimento de pensamento. A atitude crítica e reflexiva frente ao conhecimento que a sociedade disponibiliza, colabora para que os educandos exercitem a cidadania no espaço reservado às relações sociais mais amplas e exerçam o direito de se posicionar politicamente acerca dos caminhos escolhidos por um determinado grupo social. A discussão sobre a função social da escola, a construção de um projeto pedagógico que privilegie práticas heterogêneas e o protagonismo dos professores são vistos como fundamentais para o processo de inclusão nas Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica promulgada em 2001. As diretrizes destacam, também, a capacitação dos professores, a flexibilização do currículo, a alocação de recursos materiais e humanos para atender as demandas tanto nos aspectos físicos, relacionados às barreiras arquitetônicas, como nos aspectos de comunicação, e os mais diretamente relacionados ao ensino e aprendizagem (LAPLANE, 2006). A educação na ótica da sociedade capitalista é mercadoria, apresentando-se de maneira desigual para a sociedade. Para as famílias com alto poder aquisitivo, surge uma escola de “formação intelectual” que atende aos requisitos de mercado na formação de profissionais liberais e executivos de grandes empresas, mantendo- se o “status quo”. Por outro lado, a escola que servirá à grande maioria da população terá como princípio formador a mão-de-obra razoavelmente qualificada, com recursos limitados do Estado e http://www.uniasselvi.com.br/ CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI Rodovia BR 470 - Km 71 - no 1.040 – Bairro Benedito – Caixa Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC Fone (47) 3281-9000 – Fax (47) 3281-9090 – Site: www.uniasselvi.com.br 9 profissionais desestimulados, tendo em seu caráter formador a busca ao atendimento das necessidades do mercado. Diante disso, do que se vê cotidianamente nesta sociedade, percebe-se a fragilidade do Estado em estabelecer estruturas sociais justas, sendo assim, faz-se necessário reconstruir o projeto de sociedade e educação vigentes, ou seja, reestruturar a partir do fazer escolar a base política e social para uma sociedade menos injusta. Este projeto deve estar calcado em princípios realmente democráticos onde sejam dadas prioridades aos aspectos humanos, em detrimento dos econômicos, onde todos os indivíduos da sociedade possam ser atendidos por um projeto de educação que possibilite a aquisição de elementos culturais que precisam ser assimilados para que eles se tornem cidadãos conscientes de seus direitos e deveres sociais. A educação escolar, na perspectiva de uma sociedade democrática, tem sua dimensão política reconhecida no compromisso de formar cidadãos críticos capazes de tomar decisões diante da realidade social. A escola deve garantir a todos os seus alunos, a instrumentalização e o acesso ao saber sistematizado, repassado por educadores que compreenderam sua razão de ser e de estar nessa função, e que tenham o hábito do constante estudo que sua função exige, para que possam repassar aos seus educandos o ideal da mudança construtiva da sociedade em que estão inseridos. Para tal educação, devemos considerar o homem no plano físico e intelectual consciente das possibilidades e limitações, capaz de compreender e refletir sobre a realidade do mundo que o cerca, devendo considerar seu papel de transformação social como uma sociedade que supere nos dias atuais a economia e a política, buscando solidariedade entre as pessoas, respeitando as diferenças individuais de cada um. A escola tem a função social de romper com a monopolização do saber. O acesso a todos os saberes científicos produzidos pela humanidade permite o conhecimento da realidade, o que é indispensável para que os educandos não apenas conheçam, mas saibam interpretar o mundo em que vivem, atuem de maneira consciente e transformadora utilizando-se dos recursos naturais racionalmente, contribuindo na manutenção e na melhoria da qualidade de vida destas e de futuras gerações. http://www.uniasselvi.com.br/ CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI Rodovia BR 470 - Km 71 - no 1.040 – Bairro Benedito – Caixa Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC Fone (47) 3281-9000 – Fax (47) 3281-9090 – Site: www.uniasselvi.com.br 10 2.3 CARACTERIZAÇÕES ESTRUTURAIS Quanto ao espaço físico e técnico conta com 16 salas de aula; uma biblioteca equipada, bem como um laboratório de informática para estudos e pesquisas (PROINFO), um laboratório de ciências (física, química e biologia), um laboratório de informática; uma sala de multiuso equipada com projetor, uma sala de educação física, uma sala de vídeo/cinema, uma cozinha, um amplo refeitório, contando com uma área externa composta de jardim, uma quadra poliesportiva coberta, uma quadra de vôlei aberta, uma quadra de areia, casa do caseiro, sala multiuso para professores e funcionários, sala ao ar livre e ainda em sua estrutura física possui: banheiros para professores, banheiros para alunos, banheiros para portadores de necessidades especiais, sala de professores, sala de arquivo inativo, depósito da merenda escolar, depósito de materiais para limpeza, uma sala da APMF, depósito para a biblioteca, sala de estudos para apoio, salas específicas para a direção, secretaria e equipe pedagógica. Em sua organização curricular, o estabelecimento de ensino propõe os dias letivos previstos pela legislação vigente. Além de que contém livros didáticos para alunos visando o apoio do trabalho docente, materiais de apoio pedagógico como TV, TV multimídia, DVD, vídeo, rádio, retroprojetor, projetor multimídia, jogos pedagógicos, mapas, globos, material de apoio para o laboratório de ciências físico- químico, materiais desportivos e lúdicos para educação física, entre outros. O conselho escolar é composto por membros dos diversos segmentos civis organizados da sociedade (pais, professores, alunos e funcionários) eleitos em uma assembleia e de grande importância nas tomadas decisões dentro da escola, sendo parceiros norteadores e fiscalizadores de todas as ações planejadas e efetivadas no estabelecimento de ensino de acordo com o Projeto Político Pedagógico da escola, Regimento Escolar e Leis que norteiam a educação. 2.4 REALIDADES DA COMUNIDADE ESCOLAR http://www.uniasselvi.com.br/ CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI Rodovia BR 470 - Km 71 - no 1.040 – Bairro Benedito – Caixa Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC Fone (47) 3281-9000 – Fax (47) 3281-9090 – Site:www.uniasselvi.com.br 11 Realidade da Comunidade Escolar é formada em sua maioria de famílias trabalhadoras com pouco poder aquisitivo, proprietários de casas construídas em um loteamento urbano voltado para o proletariado, esta comunidade agrupa uma população bastante heterogênea com uma diversidade cultural característica de uma grande metrópole, porém, com ligação bastante íntima com as regiões do interior do Estado, já que muitas famílias aqui fixadas são de origem destas cidades do interior. Por intermédio da escola estas famílias buscam melhoria em sua qualidade de vida, pois veem na escola oportunidade de crescimento intelectual que possibilitará em nossa sociedade moderna inserção profissional. Atende alunos a partir de 10 anos de idade que vivem em sua maioria nas proximidades do colégio. Seus pais são trabalhadores autônomos e assalariados e, prestam intensa jornada de trabalho passando boa parte do tempo longe dos seus filhos, que sozinhos são muitas vezes responsáveis por si e ainda por seus irmãos menores, e se veem sem nenhuma assistência ou acompanhamento familiar. Estes estudantes, no contra turno a que estudam, fazem cursos diversos, em busca de uma melhor preparação para o mundo do trabalho. Verificam-se à atribuição à escola, muitas vezes, de responsabilidades cabíveis à família, onde a desestruturação familiar expressa em níveis econômicos e sociais, quase sempre, o acesso às manifestações artísticas e culturais. Segundo a LDB, em seu Artigo 1º, parágrafo 2º – “A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social”, para tanto, a escola como parte constitutiva da sociedade deve exercer fundamental importância na formação de sujeitos capazes de se perceberem como agentes intrínsecos ao meio, ou seja, como cidadãos corresponsáveis pela organização social. Sendo que, a maneira que a escola vincular-se-á ao mundo do trabalho, será a da formação e aplicação de um conteúdo comprometido com o desenvolvimento de uma postura crítica, em que o estudante conteste o que a sociedade lhe impõe e exerça sua cidadania estando engajado na sociedade em que vive. 2.5 CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO A educação na ótica da sociedade capitalista é mercadoria, apresentando-se de maneira desigual para a sociedade. Para as famílias com alto poder aquisitivo, surge http://www.uniasselvi.com.br/ CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI Rodovia BR 470 - Km 71 - no 1.040 – Bairro Benedito – Caixa Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC Fone (47) 3281-9000 – Fax (47) 3281-9090 – Site: www.uniasselvi.com.br 12 uma escola de “formação intelectual” que atende aos requisitos de mercado na formação de profissionais liberais e executivos de grandes empresas, mantendo- se o “status quo”. Por outro lado, a escola que servirá à grande maioria da população terá como princípio formador a mão-de-obra razoavelmente qualificada, com recursos limitados do Estado e profissionais desestimulados, tendo em seu caráter formador a busca ao atendimento das necessidades do mercado. Diante disso, do que se vê cotidianamente nesta sociedade, percebe-se a fragilidade do Estado em estabelecer estruturas sociais justas, sendo assim, faz-se necessário reconstruir o projeto de sociedade e educação vigentes, ou seja, reestruturar a partir do fazer escolar a base política e social para uma sociedade menos injusta. Este projeto deve estar calcado em princípios realmente democráticos onde sejam dadas prioridades aos aspectos humanos, em detrimento dos econômicos, onde todos os indivíduos da sociedade possam ser atendidos por um projeto de educação que possibilite a aquisição de elementos culturais que precisam ser assimilados para que eles se tornem cidadãos conscientes de seus direitos e deveres sociais. A educação escolar, na perspectiva de uma sociedade democrática, tem sua dimensão política reconhecida no compromisso de formar cidadãos críticos capazes de tomar decisões diante da realidade social. Nesse sentido, o projeto de educação a ser praticado pela escola tem que ser algo em que os elementos essenciais que cabem a ela fazer sejam realizados, existindo a possibilidade dos sujeitos integrantes da escola intervir de maneira a superar suas necessidades imediatas. Cabe a escola, enquanto instrumento da educação, a tarefa de socializar o saber à cultura, enfim, as bases sociais estabelecidas. É a exigência de apropriação do conhecimento sistematizado por parte das novas gerações que torna necessária a existência da escola. Devendo ela, “propiciar a aquisição de instrumentos que possibilitem o acesso ao saber elaborado (ciência), bem como o próprio acesso aos rudimentos desse saber.” (SAVIANI, 1992, p.23). Ou seja, não deve deter-se e sim ultrapassar o saber fragmentado, o conhecimento espontâneo, a cultura popular, pois estes existem independentemente da escola já que, são resultados das diversas relações que permeiam as práticas sociais, referindo-se a experiência individual, de senso comum. A escola tem como função garantir a todos os seus alunos, a instrumentalização e o acesso ao saber sistematizado, repassado por educadores que compreenderam sua http://www.uniasselvi.com.br/ CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI Rodovia BR 470 - Km 71 - no 1.040 – Bairro Benedito – Caixa Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC Fone (47) 3281-9000 – Fax (47) 3281-9090 – Site: www.uniasselvi.com.br 13 razão de ser e de estar nessa função, e que tenham o hábito do constante estudo que sua função exige, para que possam repassar aos seus educandos o ideal da mudança construtiva da sociedade em que estão inseridos. Em sentido amplo “educação é um processo de atuação de uma comunidade sobre o desenvolvimento do indivíduo a fim de que ele possa atuar em uma sociedade pronta para a busca da aceitação dos objetivos coletivos. Para tal educação, devemos considerar o homem no plano físico e intelectual consciente das possibilidades e limitações, capaz de compreender e refletir sobre a realidade do mundo que o cerca, devendo considerar seu papel de transformação social como uma sociedade que supere nos dias atuais a economia e a política, buscando solidariedade entre as pessoas, respeitando as diferenças individuais de cada um” (Kelma Pamplona). Segundo o dicionário Aurélio, educação é o “processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral da criança e do ser humano em geral, visando à sua melhor integração individual e social”. Paulo Freire nos diz que “a educação tem caráter permanente. Não há seres educados e não educados, estamos todos nos educando. Existem graus de educação, mas estes não são absolutos”. Afirmação tão coerente que nos faz refletir sobre o processo educativo contínuo, como base de uma constante busca pela melhoria da qualidade da formação docente e discente. A ação educativa implica um conceito de homem e de mundo concomitantes, é preciso não apenas estar no mundo e sim estar aberto ao mundo. Captar e compreender as finalidades deste, a fim de transformá-lo, responder não só aos estímulos e sim aos desafios que este nos propõe. Não posso querer transmitir conhecimento, pois este já existe, posso orientar tal indivíduo a buscar esse conhecimento existente, estimular a descobrir suas afinidades em determinadas áreas. 2.6 CONCEPÇÕES DE HOMEM O homem se torna homem nas relações sociais. A concepção de homem deve se configurar no conceito de um ser social o qual através de um período de tempo conseguiu se diferenciar dos outrosanimais pela construção de um sistema social complexo. No desenvolvimento de sua “humanidade” o homem desenvolve o que chamamos de trabalho, ou seja, ações que intencionalmente preveem uma finalidade. Desta maneira, http://www.uniasselvi.com.br/ CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI Rodovia BR 470 - Km 71 - no 1.040 – Bairro Benedito – Caixa Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC Fone (47) 3281-9000 – Fax (47) 3281-9090 – Site: www.uniasselvi.com.br 14 trabalho exige planejamento, capacidade intelectiva para transformar a natureza. Outra capacidade extraordinária que o homem desenvolveu a favor de sua “humanização” foi à capacidade de articulação do discurso, possibilitando a si o “domínio” da realidade e a “recriação” da mesma; através da linguagem o homem estabelece contato com o mundo, fazendo de acordo com seus conhecimentos uma descrição de mundo, utilizando-se de sua consciência coletiva para inventar e reinventar o mundo, gerando a linguagem e por ela estabelecendo conceitos que norteiam sua história. Se pudéssemos nos despir de todo orgulho para definirmos nossa espécie, nos ativéssemos estritamente ao que a história e a pré-história nos apresentam como a característica constante do homem e da inteligência talvez não dissesse Homo sapiens, mas Homo faber. Em conclusão, a inteligência, encarada no que parece ser o seu empenho original, é a faculdade de fabricar objetos artificiais, sobretudo ferramentas para fazer ferramentas e de diversificar ao infinito a fabricação delas. (Bérgson, 1979, p. 178- 179). No entanto, embora essa citação esteja sugerindo que o trabalho seja característica essencial que define o homem em sua totalidade, Bérgson não leva essa conclusão às últimas consequências. Ao contrário, considerará que sendo o instinto, em contraponto à inteligência, uma das duas principais linhas divergentes da evolução, ele é irredutível à inteligência, esta é adequada para lidar com a matéria inerte; o instinto dá-nos a chave das operações vitais. É a intuição, isto é, “o instinto que se tornou desprendido, consciente de si mesmo, capaz de refletir seu objeto e de ampliá- lo infinitamente”, que nos conduz “ao próprio interior da vida”. 2.7 CONCEITOS DE CIDADANIA Todos os homens nascem igualmente livres e independentes, têm direitos certos, essenciais e naturais, dos quais não podem, por nenhum contrato, privar nem despojar sua posteridade. Tais são os direitos de gozar a vida e a liberdade, com meios para adquirir e possuir propriedades e buscar a segurança e a felicidade. (NOVAES, 2003, p. 96) Cidadania significa, além do reconhecimento dos direitos e deveres dos cidadãos, o cumprimento dos mesmos por parte da sociedade. Por outro lado, tanto o reconhecimento quanto o cumprimento destes direitos e deveres, não devem se restringir à esfera política, isto é, ao direito e ao dever de votar e ser votado. Outro aspecto http://www.uniasselvi.com.br/ CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI Rodovia BR 470 - Km 71 - no 1.040 – Bairro Benedito – Caixa Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC Fone (47) 3281-9000 – Fax (47) 3281-9090 – Site: www.uniasselvi.com.br 15 importante é que a cidadania tem na igualdade uma condição de existência. Igualdade de direitos, de deveres, de oportunidades. Igualdade, enfim, de participação social e política. A cidadania também se constitui na garantia da democracia. Gentili e Alencar afirmam que “a cidadania deve ser pensada como um conjunto de valores e práticas cujo exercício não somente se fundamenta no reconhecimento formal dos direitos e deveres que a constituem na vida cotidiana dos indivíduos”. (Gentili e Alencar, 2001, p. 87). Ou seja, não basta que se defina um conceito formalmente. Mais importante que isso é a prática dessa definição. 2.8 CONCEITOS DE CULTURA A cultura ao ser definida se refere à literatura, cinema, arte, entre outras, porém seu sentido é bem mais abrangente, pois cultura pode ser considerada como tudo que o homem através da sua racionalidade, mais precisamente da inteligência, consegue executar. Dessa forma, todos os povos e sociedades possuem sua cultura por mais tradicional e arcaica que seja, pois todos os conhecimentos adquiridos são passados das gerações passadas para as futuras. Na escola, os elementos culturais são: artes, ciências, costumes, sistemas, leis, religião, crenças, esportes, mitos valores morais e éticos, comportamento, preferências, invenções e todas as maneiras de ser (sentir, pensar e agir). É papel de a educação respeitar essa diversidade e buscar desenvolver nos alunos, o sentimento de respeito, valorizando e sistematizando os conhecimentos acumulados historicamente. 2.9 CONCEITOS DE TRABALHO O trabalho é uma práxis humana e é importante o entendimento de que o processo educativo é um trabalho não material, uma atividade intencional que envolve maneiras de organização necessárias para a formação do ser humano, voltado para a formação de intelectuais capazes de recompor nos limites do capitalismo a ruptura entre ciência e trabalho, teoria e prática, reflexão e ação. No trabalho educativo, o fazer e o pensar entrelaçam-se dialeticamente e nesta dimensão se encontra a formação do homem. As formas concretas de realização do trabalho é que definirão as diferentes concepções e todo o princípio educativo. Por isto, podemos dizer que o trabalho no http://www.uniasselvi.com.br/ CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI Rodovia BR 470 - Km 71 - no 1.040 – Bairro Benedito – Caixa Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC Fone (47) 3281-9000 – Fax (47) 3281-9090 – Site: www.uniasselvi.com.br 16 sentido transformador define a essência humana e a forma pela qual o homem produz a sua existência. Uma ciência afinada com a filosofia da escola deve ser questionadora e contestadora, que desafie a forma como os conteúdos que lhes são inerentes são colocados, e esteja engajada nos temas atuais de preservação de toda a dinâmica da vida do planeta. 2.10 CONCEITOS DE CONHECIMENTO Sobre Conhecimento, é tudo o que o ser humano produz ao longo de sua existência. É histórico e cultural porque se transforma temporal e espacial, ou seja, cada tempo e lugar têm formas próprias de organizar a vida humana. A produção e a apropriação do conhecimento se dão através da interação dos seres humanos entre si, com a natureza e com a cultura. Desta forma, a produção do conhecimento é um processo contínuo que está em permanente movimento. O movimento mundial pela educação inclusiva é uma ação política, cultural, social e pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os alunos estarem juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação. A educação inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção dos direitos humanos, que conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis, e que avança em relação à ideia de equidade formal ao contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola. No processo de inclusão escolar das crianças com necessidades educacionais especiais o uso da Tecnologia Assistiva se mostra essencial, mas sabemos que a escola pública ainda não se encontra nesse patamar de conquista. Para tanto, faz-se necessário adequar-se às situações já existentes e buscar formas diferenciadas e individualizadasde aprendizagem. 2.11 FILOSOFIA DA ESCOLA A filosofia de nosso Estabelecimento de Ensino tem como papel fundamental despertar em nosso educando igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; liberdade para aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; pluralismo de ideias de concepções pedagógicas; respeito às diferenças e http://www.uniasselvi.com.br/ CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI Rodovia BR 470 - Km 71 - no 1.040 – Bairro Benedito – Caixa Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC Fone (47) 3281-9000 – Fax (47) 3281-9090 – Site: www.uniasselvi.com.br 17 apreço à tolerância; valorização do profissional da educação escolar; garantia de padrões de qualidade; valorização da experiência extraescolar; vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais; gestão democrática e colegiada, valorização da escola publica. A finalidade última de todos os profissionais, educadores docentes e não docentes deste estabelecimento de ensino é buscar e transformar a realidade que reproduz a perpetuação de um ser apático diante da realidade que o cerca. Que tem como filosofia o despertar da igualdade de condições de ingresso e permanência do educando na escola, entendendo que essa é a maneira adequada do estudante ter o preparo necessário para contestar a política vigente que o submete a uma educação menos qualificada. 2.12 CONSELHOS DE CLASSE O conselho de classe é a oportunidade em que os docentes das diversas disciplinas se reúnem de um mesmo ano com o objetivo de analisar os processos de ensino e de aprendizagem sob múltiplas perspectivas. Para favorecer aspectos como a análise do currículo, da metodologia adotada e do sistema de avaliação da instituição. Dessa forma, possibilita aos professores uma interessante experiência formativa, permitindo a reavaliação da prática didática. Conta sempre que possível, com a participação do diretor, do coordenador pedagógico, além dos professores - não julga o comportamento dos alunos, mas compreende a relação que eles desenvolvem com o conhecimento e como gerenciam a vida escolar para, quando necessário, propor as intervenções adequadas. O Conselho de Classe é conduzido pelo Pedagogo visto que ele pode ajudar a equipe a compreender como questões cognitivas, afetivas e sociais afetam a aprendizagem. Juntos, o pedagogo e os docentes devem definir os encaminhamentos que levem à melhoria da qualidade da produção dos estudantes. Nesse sentido, é fundamental o grupo socializar práticas bem-sucedidas que possam ser replicadas - considerando que, muitas vezes, os bons resultados na aprendizagem aparecem apenas após a mudança nas estratégias de ensino. Já o encontro do fim do ano tem o objetivo de decidir sobre aprovações ou retenções. O Pedagogo deve definir previamente com o grupo quais alunos apresentam maiores problemas e, por isso, terão as suas produções http://www.uniasselvi.com.br/ CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI Rodovia BR 470 - Km 71 - no 1.040 – Bairro Benedito – Caixa Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC Fone (47) 3281-9000 – Fax (47) 3281-9090 – Site: www.uniasselvi.com.br 18 analisadas. Assim, ao longo dos meses ou das semanas que antecedem o encontro, os professores podem se preparar, observando o trabalho desses estudantes e identificando a natureza de suas dificuldades. Essas são informações preciosas a serem compartilhadas e discutidas com os demais docentes. Posteriormente, cabe ao pedagogo comunicar aos alunos e suas famílias o que foi discutido durante a reunião. Tudo isso só será possível se os gestores planejarem um conselho de classe que ajude os docentes a ampliar o olhar sobre o desempenho da turma e a própria prática, propiciando assim a melhoria da qualidade do ensino. Como uma busca de metas ideais para que uma excelência em educação aconteça precisa ter: uma garantia de participação de professores e funcionários em cursos de Formação Continuada, para que melhorem suas práticas; uma boa remuneração e valorização do profissional para que se qualifique adequadamente e se sinta motivado na irradiação de conhecimento e exemplo; organização da biblioteca do professor com livros de embasamento teórico e assinatura de revistas e jornais; assessoramento metodológico específico nas áreas de deficiências, hiperatividade, drogas, capacidade laborativa, cuidados com a voz, sexualidade, violência na escola; encontros de pais, propiciando momento de troca de experiências entre educadores e família; trabalhar alunos representantes de turmas nos aspectos de liderança e aspectos conceituais do Projeto Político Pedagógico; realização de reuniões trimestrais com educadores não docentes. 3 COMPONENTE CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL – EDUCAÇÃO FÍSICA A Educação Física é o componente curricular que tematiza as práticas corporais em suas diversas formas de codificação e significação social, entendidas como manifestações das possibilidades expressivas dos sujeitos, produzidas por diversos grupos sociais no decorrer da história. Nessa concepção, o movimento humano está sempre inserido no âmbito da cultura e não se limita a um deslocamento espaço-temporal de um segmento corporal ou de um corpo todo. Nas aulas, as práticas corporais devem ser abordadas como fenômeno cultural dinâmico, diversificado, pluridimensional, singular e contraditório. Desse modo, é possível assegurar aos alunos a (re)construção de um conjunto de conhecimentos que permitam ampliar sua consciência a respeito de seus movimentos e dos recursos para o cuidado de si e dos outros e desenvolver autonomia para apropriação e utilização da cultura corporal de http://www.uniasselvi.com.br/ CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI Rodovia BR 470 - Km 71 - no 1.040 – Bairro Benedito – Caixa Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC Fone (47) 3281-9000 – Fax (47) 3281-9090 – Site: www.uniasselvi.com.br 19 movimento em diversas finalidades humanas, favorecendo sua participação de forma confiante e autoral na sociedade. O processo de transformação de práticas corporais originadas em contextos não competitivos e, particularmente, não institucionalizadas em modalidades esportivas, assumindo os códigos do esporte de rendimento (comparação objetiva de desempenho, regras oficiais únicas, institucionalização, racionalização das práticas/treinamento na busca da maximização do desempenho), possibilita um grande referencial comparativo do que possa diferenciar o jogo do esporte (FENSTERSEIFER, P. E. 2005. p.173). É fundamental frisar que a Educação Física oferece uma série de possibilidades para enriquecer a experiência das crianças, jovens e adultos na Educação Básica, permitindo o acesso a um vasto universo cultural. Esse universo compreende saberes corporais, experiências estéticas, emotivas, lúdicas e agonistas, que se inscrevem, mas não se restringem, à racionalidade típica dos saberes científicos que, comumente, orienta as práticas pedagógicas na escola. Experimentar e analisar as diferentes formas de expressão que não se alicerçam apenas nessa racionalidade é uma das potencialidades desse componente na Educação Básica. Para além da vivência, a experiência efetiva das práticas corporais oportuniza aos alunos participar, de forma autônoma, em contextos de lazer e saúde. Há três elementosfundamentais comuns às práticas corporais: (a) movimento corporal como elemento essencial; (b) organização interna (de maior ou menor grau), pautada por uma lógica específica; e (c) produto cultural vinculado com o lazer/entretenimento e/ou o cuidado com o corpo e a saúde. Portanto, entende-se que essas práticas corporais são aquelas realizadas fora das obrigações laborais, domésticas, higiênicas e religiosas, nas quais os sujeitos se envolvem em função de propósitos específicos, sem caráter instrumental. Cada prática corporal propicia ao sujeito o acesso a uma dimensão de conhecimentos e de experiências aos quais ele não teria de outro modo. A vivência da prática é uma forma de gerar um tipo de conhecimento muito particular e insubstituível e, para que ela seja significativa, é preciso problematizar, desnaturalizar e evidenciar a multiplicidade de sentidos e significados que os grupos sociais conferem às diferentes manifestações da cultura corporal de movimento. http://www.uniasselvi.com.br/ CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI Rodovia BR 470 - Km 71 - no 1.040 – Bairro Benedito – Caixa Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC Fone (47) 3281-9000 – Fax (47) 3281-9090 – Site: www.uniasselvi.com.br 20 Logo, as práticas corporais são textos culturais passíveis de leitura e produção. Esse modo de entender a Educação Física permite articulá-la à área de Linguagens, resguardadas as singularidades de cada um dos seus componentes, conforme reafirmado nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de Nove Anos (Resolução CNE/CEB nº 7/2010). Na BNCC, cada uma das práticas corporais tematizadas compõe uma das seis unidades temáticas abordadas ao longo do Ensino Fundamental. Cabe destacar que a categorização apresentada não tem pretensões de universalidade, pois se trata de um entendimento possível, entre outros, sobre as denominações das (e as fronteiras entre as) manifestações culturais tematizadas na Educação Física escolar. A unidade temática Brincadeiras e jogos exploram aquelas atividades voluntárias exercidas dentro de determinados limites de tempo e espaço, caracterizadas pela criação e alteração de regras, pela obediência de cada participante ao que foi combinado coletivamente, bem como pela apreciação do ato de brincar em si. Essas práticas não possuem um conjunto estável de regras e, portanto, ainda que possam ser reconhecidos jogos similares em diferentes épocas e partes do mundo, esses são recriados, constantemente, pelos diversos grupos culturais. Mesmo assim, é possível reconhecer que um conjunto grande dessas brincadeiras e jogos é difundido por meio de redes de sociabilidade informais, o que permite denominá-los populares. É importante fazer uma distinção entre jogo como conteúdo específico e jogo como ferramenta auxiliar de ensino. Não é raro que, no campo educacional, jogos e brincadeiras sejam inventados com o objetivo de provocar interações sociais específicas entre seus participantes ou para fixar determinados conhecimentos. O jogo, nesse sentido, é entendido como meio para se aprender outra coisa, como no jogo dos “10 passes” quando usado para ensinar retenção coletiva da posse de bola, concepção não adotada na organização dos conhecimentos de Educação Física na Base Nacional Comum Curricular - BNCC. Neste documento, as brincadeiras e os jogos têm valor em si e precisam ser organizados para ser estudados. São igualmente relevantes os jogos e as brincadeiras presentes na memória dos povos indígenas e das comunidades tradicionais, que trazem consigo formas de conviver, oportunizando o reconhecimento de seus valores e formas de viver em diferentes contextos ambientais e socioculturais brasileiros. http://www.uniasselvi.com.br/ CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI Rodovia BR 470 - Km 71 - no 1.040 – Bairro Benedito – Caixa Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC Fone (47) 3281-9000 – Fax (47) 3281-9090 – Site: www.uniasselvi.com.br 21 Por sua vez, a unidade temática Esportes reúne tanto as manifestações mais formais dessa prática quanto as derivadas. O esporte como uma das práticas mais conhecidas da contemporaneidade, por sua grande presença nos meios de comunicação, caracteriza-se por ser orientado pela comparação de um determinado desempenho entre indivíduos ou grupos (adversários), regido por um conjunto de regras formais, institucionalizadas por organizações (associações, federações e confederações esportivas), as quais definem as normas de disputa e promovem o desenvolvimento das modalidades em todos os níveis de competição. No entanto, essas características não possuem um único sentido ou somente um significado entre aqueles que o praticam, especialmente quando o esporte é realizado no contexto do lazer, da educação e da saúde. Como toda prática social, o esporte é passível de recriação por quem se envolve com ele. As práticas derivadas dos esportes mantêm, essencialmente, suas características formais de regulação das ações, mas adaptam as demais normas institucionais aos interesses dos participantes, às características do espaço, ao número de jogadores, ao material disponível etc. Isso permite afirmar, por exemplo, que, em um jogo de dois contra dois em uma cesta de basquetebol, os participantes estão jogando basquetebol, mesmo não sendo obedecidos os 50 artigos que integram o regulamento oficial da modalidade. Para a estruturação dessa unidade temática, é utilizado um modelo de classificação baseado na lógica interna, tendo como referência os critérios de cooperação, interação com o adversário, desempenho motor e objetivos táticos da ação. Esse modelo possibilita a distribuição das modalidades esportivas em categorias, privilegiando as ações motoras intrínsecas, reunindo esportes que apresentam exigências motrizes semelhantes no desenvolvimento de suas práticas. Assim, são apresentadas sete categorias de esportes (note-se que as modalidades citadas na descrição das categorias servem apenas para facilitar a compreensão do que caracteriza cada uma das categorias). Portanto, não são prescrições das modalidades a: • Marca: conjunto de modalidades que se caracterizam por comparar os resultados registrados em segundos, metros ou quilos (patinação de velocidade, todas as provas do atletismo, remo, ciclismo, levantamento de peso etc.). http://www.uniasselvi.com.br/ CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI Rodovia BR 470 - Km 71 - no 1.040 – Bairro Benedito – Caixa Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC Fone (47) 3281-9000 – Fax (47) 3281-9090 – Site: www.uniasselvi.com.br 22 • Precisão: conjunto de modalidades que se caracterizam por arremessar/lançar um objeto, procurando acertar um alvo específico, estático ou em movimento, comparando-se o número de tentativas empreendidas, a pontuação estabelecida em cada tentativa (maior ou menor do que a do adversário) ou a proximidade do objeto arremessado ao alvo (mais perto ou mais longe do que o adversário conseguiu deixar), como nos seguintes casos: bocha, curling, golfe, tiro com arco, tiro esportivo etc. • Técnico-combinatório: reúne modalidades nas quais o resultado da ação motora comparado é a qualidade do movimento segundo padrões técnico-combinatórios (ginástica artística, ginástica rítmica, nado sincronizado, patinação artística, saltos ornamentais etc.). • Rede/quadradividida ou parede de rebote: reúne modalidades que se caracterizam por arremessar, lançar ou rebater a bola em direção a setores da quadra adversária nos quais o rival seja incapaz de devolvê-la da mesma forma ou que leve o adversário a cometer um erro dentro do período de tempo em que o objeto do jogo está em movimento. Alguns exemplos de esportes de rede são voleibol, vôlei de praia, tênis de campo, tênis de mesa, badminton e peteca. Já os esportes de parede incluem pelota basca, raquetebol, squash etc. • Campo e taco: categoria que reúne as modalidades que se caracterizam por rebater a bola lançada pelo adversário o mais longe possível, para tentar percorrer o maior número de vezes as bases ou a maior distância possível entre as bases, enquanto os defensores não recuperam o controle da bola, e, assim, somar pontos (beisebol, críquete, softbol etc.). • Invasão ou territorial: conjunto de modalidades que se caracterizam por comparar a capacidade de uma equipe introduzir ou levar uma bola (ou outro objeto) a uma meta ou setor da quadra/campo defendida pelos adversários (gol, cesta, touchdown etc.), protegendo, simultaneamente, o próprio alvo, meta ou setor do campo (basquetebol, frisbee, futebol, futsal, futebol americano, handebol, hóquei sobre grama, polo aquático, rúgbi etc.). • Combate: reúne modalidades caracterizadas como disputas nas quais o oponente deve ser subjugado, com técnicas, táticas e estratégias de desequilíbrio, contusão, imobilização ou exclusão de um determinado espaço, por meio de combinações de ações de ataque e defesa (judô, boxe, esgrima, tae kwon do etc.). http://www.uniasselvi.com.br/ CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI Rodovia BR 470 - Km 71 - no 1.040 – Bairro Benedito – Caixa Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC Fone (47) 3281-9000 – Fax (47) 3281-9090 – Site: www.uniasselvi.com.br 23 Na unidade temática Ginástica, são propostas práticas com formas de organização e significados muito diferentes, o que leva à necessidade de explicitar a classificação adotada: (a) ginástica geral; (b) ginásticas de condicionamento físico; e (c) ginásticas de conscientização corporal. A ginástica geral, também conhecida como ginástica para todos, reúne as práticas corporais que têm como elemento organizador a exploração das possibilidades acrobáticas e expressivas do corpo, a interação social, o compartilhamento do aprendizado e a não competitividade. Podem ser constituídas de exercícios no solo, no ar (saltos), em aparelhos (trapézio, corda, fita elástica), de maneira individual ou coletiva, e combinam um conjunto bem variado de piruetas, rolamentos, paradas de mão, pontes, pirâmides humanas etc. Integram também essa prática os denominados jogos de malabar ou malabarismo. As ginásticas de condicionamento físico se caracterizam pela exercitação corporal orientada à melhoria do rendimento, à aquisição e à manutenção da condição física individual ou à modificação da composição corporal. Geralmente, são organizadas em sessões planejadas de movimentos repetidos, com frequência e intensidade definidas. Podem ser orientadas de acordo com uma população específica, como a ginástica para gestantes, ou atreladas a situações ambientais determinadas, como a ginástica laboral. As ginásticas de conscientização corporal41 reúnem práticas que empregam movimentos suaves e lentos, tal como a recorrência a posturas ou à conscientização de exercícios respiratórios, voltados para a obtenção de uma melhor percepção sobre o próprio corpo. Algumas dessas práticas que constituem esse grupo têm origem em práticas corporais milenares da cultura oriental. Por sua vez, a unidade temática Danças explora o conjunto das práticas corporais caracterizadas por movimentos rítmicos, organizados em passos e evoluções específicas, muitas vezes também integradas a coreografias. As danças podem ser realizadas de forma individual, em duplas ou em grupos, sendo essas duas últimas as formas mais comuns. Diferentes de outras práticas corporais rítmico-expressivas, elas se desenvolvem em codificações particulares, historicamente constituídas, que permitem identificar movimentos e ritmos musicais peculiares associados a cada uma delas. http://www.uniasselvi.com.br/ CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI Rodovia BR 470 - Km 71 - no 1.040 – Bairro Benedito – Caixa Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC Fone (47) 3281-9000 – Fax (47) 3281-9090 – Site: www.uniasselvi.com.br 24 A unidade temática Lutas focaliza as disputas corporais, nas quais os participantes empregam técnicas, táticas e estratégias específicas para imobilizar, desequilibrar, atingir ou excluir o oponente de um determinado espaço, combinando ações de ataque e defesa dirigidas ao corpo do adversário. Dessa forma, além das lutas presentes no contexto comunitário e regional, podem ser tratadas lutas brasileiras (capoeira, huka-huka, luta marajoara etc.), bem como lutas de diversos países do mundo (judô, aikido, jiu-jítsu, muay thai, boxe, chinese boxing, esgrima, kendo etc.). Por fim, na unidade temática Práticas corporais de aventura, exploram-se expressões e formas de experimentação corporal centradas nas perícias e proezas provocadas pelas situações de imprevisibilidade que se apresentam quando o praticante interage com um ambiente desafiador. Algumas dessas práticas costumam receber outras denominações, como esportes de risco, esportes alternativos e esportes extremos. Assim como as demais práticas, elas são objeto também de diferentes classificações, conforme o critério que se utilize. Neste documento, optou-se por diferenciá-las com base no ambiente de que necessitam para ser realizadas: na natureza e urbanas. As práticas de aventura na natureza se caracterizam por explorar as incertezas que o ambiente físico cria para o praticante na geração da vertigem e do risco controlado, como em corrida orientada, corrida de aventura, corridas de mountain Bike, rapel, tirolesa, arborismo etc. Já as práticas de aventura urbanas exploram a “paisagem de cimento” para produzir essas condições. (vertigem e risco controlado) durante a prática de parkour, skate, patins, bike etc. Em princípio, todas as práticas corporais podem ser objeto do trabalho pedagógico em qualquer etapa e modalidade de ensino. Ainda assim, alguns critérios de progressão do conhecimento devem ser atendidos, tais como os elementos específicos das diferentes práticas corporais, as características dos sujeitos e os contextos de atuação, sinalizando tendências de organização dos conhecimentos. Na BNCC, as unidades temáticas de Brincadeiras e jogos, Danças e Lutas estão organizadas em objetos de conhecimento conforme a ocorrência social dessas práticas corporais, das esferas sociais mais familiares (localidade e região) às menos familiares (esferas nacional e mundial). Em Ginásticas, a organização dos objetos de conhecimento se dá com base na diversidade dessas práticas e nas suas características. Em Esportes, a abordagem recai sobre a sua tipologia (modelo de http://www.uniasselvi.com.br/ CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI Rodovia BR 470 - Km 71 - no 1.040 – Bairro Benedito – Caixa Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC Fone (47) 3281-9000 – Fax (47) 3281-9090 – Site: www.uniasselvi.com.br 25 classificação), enquanto Práticas corporais de aventura seestrutura nas vertentes urbana e na natureza. Ainda que não tenham sido apresentadas como uma das práticas corporais organizadoras da Educação Física na BNCC, é importante sublinhar a necessidade e a pertinência dos estudantes do País terem a oportunidade de experimentar práticas corporais no meio líquido, dado seu inegável valor para a segurança pessoal e seu potencial de fruição durante o lazer. Essa afirmação não se vincula apenas à ideia de vivenciar e/ou aprender, por exemplo, os esportes aquáticos (em especial, a natação o em seus quatro estilos competitivos), mas também à proposta de experimentar “atividades aquáticas”. São, portanto, práticas centradas na ambientação dos estudantes ao meio líquido que permitem aprender, entre outros movimentos básicos, o controle da respiração, a flutuação em equilíbrio, a imersão e os deslocamentos na água. Ressalta-se que as práticas corporais na escola devem ser reconstruídas com base em sua função social e suas possibilidades materiais. Isso significa dizer que as mesmas podem ser transformadas no interior da escola. Por exemplo, as práticas corporais de aventura devem ser adaptadas às condições da escola, ocorrendo de maneira simulada, tomando-se como referência o cenário de cada contexto escolar. É importante salientar que a organização das unidades temáticas se baseia na compreensão de que o caráter lúdico está presente em todas as práticas corporais, ainda que essa não seja a finalidade da Educação Física na escola. Ao brincar, dançar, jogar, praticar esportes, ginásticas ou atividades de aventura, para além da ludicidade, os estudantes se apropriam das lógicas intrínsecas (regras, códigos, rituais, sistemáticas de funcionamento, organização, táticas etc.) a essas manifestações, assim como trocam entre si e com a sociedade as representações e os significados que lhes são atribuídos. Por essa razão, a delimitação das habilidades privilegia oito dimensões de conhecimento: • Experimentação: refere-se à dimensão do conhecimento que se origina pela vivência das práticas corporais, pelo envolvimento corporal na realização das mesmas. São conhecimentos que não podem ser acessados sem passar pela vivência corporal, sem que sejam efetivamente experimentados. Trata-se de uma possibilidade única de apreender as manifestações culturais tematizadas pela Educação Física e do estudante se perceber como sujeito “de carne e osso”. Faz parte dessa dimensão, além do http://www.uniasselvi.com.br/ CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI Rodovia BR 470 - Km 71 - no 1.040 – Bairro Benedito – Caixa Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC Fone (47) 3281-9000 – Fax (47) 3281-9090 – Site: www.uniasselvi.com.br 26 imprescindível acesso à experiência, cuidar para que as sensações geradas no momento da realização de uma determinada vivência sejam positivas ou, pelo menos, não sejam desagradáveis a ponto de gerar rejeição à prática em si. • Uso e apropriação: refere-se ao conhecimento que possibilita ao estudante ter condições de realizar de forma autônoma uma determinada prática corporal. Trata-se do mesmo tipo de conhecimento gerado pela experimentação (saber fazer), mas dele se diferencia por possibilitar ao estudante a competência necessária para potencializar o seu envolvimento com práticas corporais no lazer ou para a saúde. Diz respeito àquele rol de conhecimentos que viabilizam a prática efetiva das manifestações da cultura corporal de movimento não só durante as aulas, como também para além delas. • Fruição: implica a apreciação estética das experiências sensíveis geradas pelas vivências corporais, bem como das diferentes práticas corporais oriundas das mais diversas épocas, lugares e grupos. Essa dimensão está vinculada com a apropriação de um conjunto de conhecimentos que permita ao estudante desfrutar da realização de uma determinada prática corporal e/ou apreciar essa e outras tantas quando realizadas por outros. • Reflexão sobre a ação: refere-se aos conhecimentos originados na observação e na análise das próprias vivências corporais e daquelas realizadas por outros. Vai além da reflexão espontânea, gerada em toda experiência corporal. Trata-se de um ato intencional, orientado a formular e empregar estratégias de observação e análise para: (a) resolver desafios peculiares à prática realizada; (b) apreender novas modalidades; e (c) adequar as práticas aos interesses e às possibilidades próprios e aos das pessoas com quem compartilha a sua realização. • Construção de valores: vincula-se aos conhecimentos originados em discussões e vivências no contexto da tematização das práticas corporais, que possibilitam a aprendizagem de valores e normas voltadas ao exercício da cidadania em prol de uma sociedade democrática. A produção e partilha de atitudes, normas e valores (positivos e negativos) são inerentes a qualquer processo de socialização. No entanto, essa dimensão está diretamente associada ao ato intencional de ensino e de aprendizagem e, portanto, demanda intervenção pedagógica orientada para tal fim. Por esse motivo, a BNCC se concentra mais especificamente na construção de valores relativos ao respeito às diferenças e no combate aos preconceitos de qualquer natureza. Ainda assim, não se http://www.uniasselvi.com.br/ CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI Rodovia BR 470 - Km 71 - no 1.040 – Bairro Benedito – Caixa Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC Fone (47) 3281-9000 – Fax (47) 3281-9090 – Site: www.uniasselvi.com.br 27 pretende propor o tratamento apenas desses valores, ou fazê-lo só em determinadas etapas do componente, mas assegurar a superação de estereótipos e preconceitos expressos nas práticas corporais. • Análise: está associada aos conceitos necessários para entender as características e o funcionamento das práticas corporais (saber sobre). Essa dimensão reúne conhecimentos como a classificação dos esportes, os sistemas táticos de uma modalidade, o efeito de determinado exercício físico no desenvolvimento de uma capacidade física, entre outros. • Compreensão: está também associada ao conhecimento conceitual, mas, diferentemente da dimensão anterior, refere-se ao esclarecimento do processo de inserção das práticas corporais no contexto sociocultural, reunindo saberes que possibilitam compreender o lugar das práticas corporais no mundo. Em linhas gerais, essa dimensão está relacionada a temas que permitem aos estudantes interpretar as manifestações da cultura corporal de movimento em relação às dimensões éticas e estéticas, à época e à sociedade que as gerou e as modificou, às razões da sua produção e transformação e à vinculação local, nacional e global. Por exemplo, pelo estudo das condições que permitem o surgimento de uma determina da prática corporal em uma dada região e época ou os motivos pelos quais os esportes praticados por homens têm uma visibilidade e um tratamento midiático diferente dos esportes praticados por mulheres. • Protagonismo comunitário: refere-se às atitudes/ações e conhecimentos necessários para os estudantes participarem de forma confiante e autoral em decisões e ações orientadas a democratizar o acesso das pessoas às práticas corporais, tomando como referência valores favoráveis à convivência social. Contempla a reflexão sobre as possibilidades que eles e a comunidade têm (ou não) de acessar uma determinada prática no lugar em que moram, os recursos disponíveis (públicos e privados) para tal, os agentes envolvidos nessa configuração, entre outros, bem comoas iniciativas que se dirigem para ambientes além da sala de aula, orientadas a interferir no contexto em busca da materialização dos direitos sociais vinculados a esse universo. Vale ressaltar que não há nenhuma hierarquia entre essas dimensões, tampouco uma ordem necessária para o desenvolvimento do trabalho no âmbito didático. Cada uma http://www.uniasselvi.com.br/ CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI Rodovia BR 470 - Km 71 - no 1.040 – Bairro Benedito – Caixa Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC Fone (47) 3281-9000 – Fax (47) 3281-9090 – Site: www.uniasselvi.com.br 28 delas exige diferentes abordagens e graus de complexidade para que se tornem relevantes e significativas. Considerando as características dos conhecimentos e das experiências próprias da Educação Física, é importante que cada dimensão seja sempre abordada de modo integrado com as outras, levando-se em conta sua natureza vivencial, experiencial e subjetiva. Assim, não é possível operar como se as dimensões pudessem ser tratadas de forma isolada ou sobreposta. Cumpre destacar que os critérios de organização das habilidades na Base Nacional Comum Curricular - BNCC (com a explicitação dos objetos de conhecimento aos quais se relacionam e do agrupamento desses objetos em unidades temáticas) expressam um arranjo possível (dentre outros). Na contemporaneidade, a Educação Física escolar continua sendo permeada e influenciada pela diversidade de abordagens pedagógicas que, desde o final da década de 1970, apontam questionamentos pertinentes a respeito da importância e relevância da Educação Física no ambiente escolar e social. De maneira geral, essa efervescência no campo das ideias não estabeleceu consenso para a área, entendida por estudiosos de variadas formas, ou seja, como área que trata da saúde, como área que lida com o movimento humano, como integrante exclusiva das ciências naturais/ciência da saúde, desconsiderando, conforme ressalta Daolio (2010), a clara interface com as ciências humanas. Além disso, a Educação Física também não foi entendida, valorizada e incorporada por meio de políticas públicas, como fundamental ao processo de humanização possível pela escola. Fato que, como consequência, desencadeou, de maneira geral, problemas como a precarização dos tempos/espaços destinados a essa área, a diminuição das horas/aulas semanais, o aumento do número de estudantes por turma, a diminuição da autonomia de ação dos/as professores/as, a escassez dos recursos didático-pedagógicos, a estagnação e superficialização na forma de abordar os conteúdos, dentre tantas outras problemáticas que interferem no trabalho pedagógico docente e, consequentemente, no processo de ensino e de aprendizagem dos estudantes. Nesse sentido, a Educação Física passou (e continua passando) por uma “crise epistemológica”, que se reflete nos currículos escolares. Esse período ainda é marcado http://www.uniasselvi.com.br/ CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI Rodovia BR 470 - Km 71 - no 1.040 – Bairro Benedito – Caixa Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC Fone (47) 3281-9000 – Fax (47) 3281-9090 – Site: www.uniasselvi.com.br 29 pelas discussões no campo do saber e seu objeto de Ensino/Estudo articulador das práxis pedagógicas. No entanto, emerge no campo acadêmico uma vasta produção científica e pesquisas empíricas respaldadas em diversas concepções, na atualidade, principalmente as chamadas “renovadoras”, “críticas” e “pós-críticas”. Tais produções - no que é possível aproximá-las, guardadas as diferenças teóricas e metodológicas inerentes a cada uma - trabalham com concepções de uma Educação Física crítica aos paradigmas da aptidão física, da saúde e do treinamento esportivo, e que supera a perspectiva de atividade como o mero “fazer”, reconhecendo-a como uma área do conhecimento importante para a formação humana integral dos estudantes, que permite visualizar novos conceitos para um corpo que sente, age e pensa. A multiplicidade de formas de pensamento, interpretações e concepções teórico-metodológicas, embora aponte para caminhos por vezes distintos, favorece o debate e a possibilidade de avanço da Educação Física escolar, visando à sua contribuição significativa em relação à função social que a escola vem assumindo nestes tempos, ou seja, de corresponsabilidade no processo de formação humana integral para uma ação crítica e transformadora diante da sociedade e da vida pública, ansiando pela (re)construção de uma sociedade verdadeiramente justa e democrática, por meio da equidade social. Entende-se que é de fundamental importância termos clareza da função social da Educação Física na escola, para definirmos a nossa prática pedagógica em consonância com os propósitos da mesma. Assim, pode-se dizer que tal função social consiste em contribuir significativamente no processo de formação humana integral dos sujeitos construtores da sua própria história e da cultura, críticos e criativos, capazes de identificar e reconhecer seu próprio corpo e os dos demais, seus limites e possibilidades. Nesse sentido, as experiências oportunizadas por meio da diversidade de conhecimentos e conteúdos possíveis de serem tematizados nas aulas de Educação Física exigem uma leitura crítica da realidade, no sentido de transformá-los em possibilidades de experiências significativas e adequadas às características dos estudantes e em objetos de análise e investigação pedagógica. Diante da diversidade de objetos de Ensino/Estudo propostos e defendidos para a Educação Física escolar, a Cultura Corporal insere a área em um projeto educativo significativo, visando a garantir aos estudantes o acesso aos conhecimentos historicamente produzidos pela humanidade e culturalmente desenvolvidos pelos diversos http://www.uniasselvi.com.br/ CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI Rodovia BR 470 - Km 71 - no 1.040 – Bairro Benedito – Caixa Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC Fone (47) 3281-9000 – Fax (47) 3281-9090 – Site: www.uniasselvi.com.br 30 povos, assim como o acesso à reflexão crítica a respeito das inúmeras manifestações ou práticas corporais que podem e devem ser desenvolvidas no ambiente escolar, “na busca de contribuir com um ideal mais amplo de formação de um ser humano crítico e reflexivo, reconhecendo-se como sujeito, que é produto, mas também agente histórico, político, social e cultural” (PARANÁ, 2008, p. 49). Compreender a Educação Física a partir de um contexto mais amplo significa entendê-la na sua totalidade, ou seja, compreender que exerce influência e também é influenciada pelas interações que se estabelecem por meio das relações sociais, culturais, políticas, econômicas18, religiosas, étnico-raciais, de orientação sexual, de gênero, de geração, de condição física e mental entre outras, enfatizando o respeito à pluralidade de ideias e à diversidade humana. Diante disso, a ação pedagógica da Educação Física deve estimular o acesso e a reflexão ao acervo de formas e representações do mundo que o ser humano tem produzido, exteriorizadas pela expressão corporal por meio de Jogos, Brincadeiras, Danças, Lutas, Ginásticas, Esportes, Práticas corporais de aventura, dentre outras, levando em consideração o contexto sociocultural da comunidade educativa (COLETIVO DE AUTORES, 2012). Desta forma, entende-se que cabe
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