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Relatório De Estágio

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CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI 
 
 
 Rodovia BR 470 - Km 71 - no 1.040 – Bairro Benedito – Caixa Postal 191 – 89130-000 – Indaial/SC 
 Fone (47) 3281-9000 – Fax (47) 3281-9090 – Site: www.uniasselvi.com.br 
 
 
1 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI - UNIASSELVI 
 
 
 
 
 
GUILHERME CHITOLINA – RA 1409969 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO – OBSERVAÇÃO E PRÁTICA: 
ENSINO FUNDAMENTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2020 
http://www.uniasselvi.com.br/
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CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI – UNIASSELVI 
 
 
 
 
 
GUILHERME CHITOLINA – RA 1409969 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO 
 
 
Relatório de Estágio Supervisionado – Observação e 
Prática: Ensino Fundamental apresentado ao Curso 
de Licenciatura em Educação Física do Centro 
Universitário Leonardo Da Vinci – UNIASSELVI. 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2020 
 
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SUMÁRIO 
 
 
1. Introdução................................................................................................................4 
2. Colégio Ignez Vicente Borocz..................................................................................6 
2.1 - Identificação da Escola........................................................................................6 
2.2 - Concepção Pedagógica da Escola......................................................................6 
2.3 - Caracterização Estrutural.....................................................................................9 
2.4 - Realidade da Comunidade Escolar....................................................................10 
2.5 - Concepção de Educação...................................................................................11 
2.6 - Concepção de Homem......................................................................................13 
2.7 - Conceito de Cidadania.......................................................................................14 
2.8 - Conceito de Cultura...........................................................................................14 
2.9 - Conceito de Trabalho.........................................................................................15 
2.10 - Conceito de Conhecimento..............................................................................15 
2.11 - Filosofia da Escola...........................................................................................16 
2.12 - Conselho de Classe.........................................................................................16 
3. Componente Curricular do Ensino Fundamental – Educação Física ....................18 
4. Descrição e Análise das Atividades de Estágio Supervisionado...........................18 
5. Plano de Oficina Pedagógica.................................................................................19 
6. Considerações Finais.............................................................................................21 
7. Referências Bibliográficas......................................................................................23 
8. Apêndices...............................................................................................................24 
9. Anexos...................................................................................................................25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. INTRODUÇÃO 
Este Estágio foi realizado nos dias 10 de março a 23 de maio de 2020, no Colégio 
Estadual Inêz Vicente Borocz, situado na Rua Ignês Lourdes de Macedo número 331, no 
bairro Sítio Cercado da cidade de Curitiba do Estado do Paraná, pelo aluno Guilherme 
Chitolina, do Centro Universitário Leonardo Da Vinci - UNIASSELVI, portador do RA 
1409969. 
No relatório pretendo descrever a importância do Estágio para a formação prática 
do futuro do profissional, através do acompanhamento do profissional professor já 
atuando nas séries do ensino fundamental, anos finais, por meio da observação e prática 
dentro do contexto da Escola, sua caracterização estrutural, as condições estruturais, 
distribuição de alunos, seus profissionais e sua formação, bem como seu funcionamento, 
sua concepção de educação pedagógica e o envolvimento da comunidade e o modelo de 
gestão adotada. 
O Estágio Supervisionado no Ensino Fundamental possibilita a inserção do futuro 
professor no contexto profissional, é o primeiro contato que o aluno-professor tem com 
seu futuro campo de atuação, de modo a compreender dinâmicas e técnicas que 
envolvem os ambientes educativos, conhecer e aprofundar aspectos do profissional e sua 
interação na prática escolar. Constitui-se um momento de aquisição e aprimoramento de 
conhecimentos e de habilidades essenciais ao exercício profissional, que tem como 
função integrar teoria e prática. Trata-se de uma experiência com dimensões formadora 
e sócio-política, que proporciona ao estudante a participação em situações reais de vida 
e de trabalho. Consolida a sua profissionalização e explora as competências básicas 
indispensáveis para uma formação profissional ética e corresponsável pelo 
desenvolvimento humano, pela melhoria da qualidade de vida, bem como o 
desenvolvimento da comunidade em que está inserido, como agente transformador da 
realidade social. 
Para o Licenciando é uma importante parte integradora do currículo em que vai 
assumir pela primeira vez a sua identidade profissional e sentir na pele o compromisso 
com o aluno, com sua família, com sua comunidade com a instituição escolar, que 
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representa sua inclusão civilizatória, com a produção conjunta de significados em sala de 
aula, com a democracia, com o sentido de profissionalismo que implique competência 
para fazer bem o que lhe compete. Poderá refletir e vislumbrar futuras ações 
pedagógicas, tornando sua formação mais significativa quando essas experiências 
forem socializadas em sua sala de aula com seus colegas, produzindo discussão, 
possibilitando uma reflexão crítica, construindo a sua identidade e lançando, dessa 
forma, um novo olhar sobreo ensino, a aprendizagem e a função do educador. 
O contexto escolar é parte integrante dos conhecimentos dos professores e inclui, 
entre outros, conhecimentos sobre os estilos de aprendizagem dos alunos, seus 
interesses, necessidades e dificuldades, além de um repertório de técnicas de ensino e de 
competências de gestão de sala de aula. O Estágio torna-se o eixo articulador da 
produção do conhecimento como instrumento de integração entre a teoria e a prática, 
entre o saber e o fazer. É também uma atividade de relacionamento humano 
comprometida com os aspectos afetivos, sociais, econômicos e, sobretudo, político-
cultural, porque requer consciência crítica da realidade e suas articulações. Este processo 
sofre influência dos acontecimentos históricos, políticos, culturais, possibilitando novos 
modos de pensar e diferentes maneiras de agir perante a realidade que o professor está 
inserido, possibilita entrar em contato com problemas reais da comunidade, analisando as 
possibilidades de atuação em sua área de trabalho. Permite assim, fazer uma leitura mais 
ampla e crítica de diferentes demandas sociais, com base em dados resultantes da 
experiência direta. Deve ser um espaço de desenvolvimento de habilidades técnicas, 
como também, de formação de homens e mulheres pensantes e conscientes de seu 
papel social. Poderá ser um agente contribuidor em que o futuro professor passa a 
enxergar a educação com outro olhar, procurando entender a realidade da escola e o 
comportamento dos alunos, dos professores e dos profissionais que a compõem. Com 
essa nova leitura do ambiente (escola, sala de aula, comunidade), procurando meios para 
intervir positivamente. 
O Estágio tem como objetivos de integrar o processo de ensino, pesquisa e 
aprendizagem podendo aplicar sua teoria e habilidade desenvolvidas durante o curso na 
atividade prática da sala de aula e aprimorar atitudes profissionais possibilita o confronto 
entre o conhecimento teórico e a prática adotada bem como a solução de problemas reais 
adquirindo a segurança para suas futuras atividades profissionais, estimulando o 
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desenvolvimento do espírito científico, através do aperfeiçoamento profissional para o 
mercado de trabalho e da realidade. 
2. COLÉGIO ESTADUAL INÊZ VICENTE BOROCZ 
 
2.1 IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA 
 
O Estágio Supervisionado de Observação e Prática: Ensino Fundamental foi 
realizado no Colégio Estadual Inêz Vicente Borocz, localizado à Rua Ignêz de Lourdes 
Gomes de Macedo, n° 331, CEP: 81.920-090 no bairro Sítio Cercado, na cidade de 
Curitiba no estado do Paraná. O contato com a Escola pode ser realizado pelo 
telefone 41 - 3564-3690. 
A Escola oferta atendimento para o Ensino Fundamental e Médio divididos em três 
turnos matutino, vespertino e noturno. Atente a um total de 1700(um mil e setecentos) 
alunos, deste total 04 são alunos em processo de inclusão por meio de sala de recursos. 
Disponibiliza para os alunos e para a Comunidade o Curso de Língua Estrangeira 
Moderna “CELEM” - Espanhol Básico, com uma turma de 35 (trinta e cinco) alunos, nas 
terças-feiras e quintas-feiras. Oferta ainda a “Sala de Apoio à Aprendizagem” (SAA) para 
alunos dos 6ºs. E 9ºs. Anos com defasagem nos conteúdos de Ensino Fundamental, 
realizadas no contra turno. 
Em sua organização administrativa é formado por um diretor geral, três diretores 
auxiliares; equipe pedagógica com 08 pedagogos e uma secretária geral; nove auxiliares 
administrativos (Agente Educacional II), quinze funcionários de serviços gerais (Agente 
Educacional I), sendo que três (3) deles exercem a função de inspetores de alunos, com 
um ocupando, também, a função de caseiro; dois bibliotecários; corpo docente de 
cinquenta e oito professores. 
Este Estágio foi realizado entre os dias 10 de março a 23 de maio de 2020, no 
período da tarde, sendo observada a turma do 6º ano do ensino fundamental II, onde o 
primeiro contato foi feito com uma visita pessoalmente através de uma conversa em forma 
de entrevista com a Direção e Coordenação. A receptividade foi muito acolhedora 
conforme sua prática de vivência que predomina no dia a dia deste ambiente escolar 
refletidos no acolhimento, na inclusão, no respeito aos estudantes e família, e na relação 
escola com a comunidade como uma história que se faz por mais de 70 anos. 
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2.2 CONCEPÇÕES PEDAGÓGICAS DA ESCOLA 
 
Utiliza referências de uma Gestão Democrática pela condução do Projeto Político 
Pedagógico da Escola envolvendo todos os segmentos da comunidade escolar, 
sendo eles: conselho escolar, conselho de classe, representantes de turma, grêmio 
estudantil e APMF. Os gestores escolares devem se preocupar em administrar os 
recursos financeiros, administrativos, humanos e pedagógicos. 
A Escola ocupa papel relevante na sociedade, que vai além da transmissão e 
acumulação de conhecimentos. A educação pode se constituir como afirmadora dos 
direitos humanos, pode ajudar na construção de uma sociedade cidadã e atuar também 
de forma a negar alguns desses princípios. No entanto, pela diversidade social e pelas 
contradições socioeconômicas e culturais presentes na sociedade, a escola ora afirma a 
cidadania, ora nega. É fundamental a escola tomar consciência dessas possibilidades 
apresentando perspectivas que busquem a realização de um trabalho educativo 
comprometido com a transformação da sociedade. Tem como objetivo o desenvolvimento 
integral da criança e do adolescente em seus aspectos: físicos, psicológico, intelectual e 
social, complementando a ação da família e do meio onde convive. 
“Exercitando no Jogo e no Esporte a reflexão criativa, a comunicação 
sincera, a tomada de decisão por consenso e a abertura para 
experimentar o novo, todos podem descobrir que são capazes de 
intervir positivamente na construção, transformação e emancipação 
de si mesmos, do grupo e da comunidade onde convivem.” 
(BROTTO, Fábio Otuzi, 2001, p. 63) 
 
O Projeto Político Pedagógico está embasado na busca e na construção de 
uma educação plena, com o envolvimento de educadores, pais, alunos e sociedade como 
um todo. Está organizada tendo como elemento diretivo o desenvolvimento da 
aprendizagem e a formação de um cidadão pleno. Pensado na dinâmica da gestão 
democrático-participativa, aponta um novo rumo, uma nova direção, um novo sentido que 
renasce explícito em um compromisso estabelecido coletivamente. Ao se constituir em 
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processo participativo de decisões, o PPP preocupa-se em instaurar uma forma de 
organização do trabalho pedagógico que desvele os conflitos e as contradições, 
buscando eliminar as relações corporativas e autoritáriaspropiciar o desenvolvimento de 
um processo de ensino e aprendizagem de qualidade, e orientar as famílias desta 
comunidade escolar numa ação em busca da cidadania. 
Nessa perspectiva o papel dos educadores, é o de transmitir conhecimento, mediar 
e sistematizar o saber, adotando, enfim, uma postura efetiva de educadores, para que 
possamos formar cidadãos reflexivos e atuantes capazes de construir, conscientemente, 
um mundo pautado pelos princípios éticos, políticos, estéticos e humanos. 
A Escola vem como mediadora entre o conhecimento elaborado historicamente e 
os alunos e alunas, o que se concretiza através da aprendizagem de conceitos, hábitos, 
atitudes e procedimentos. É da escola a tarefa de aproximar os aprendizes do 
conhecimento científico, ao mesmo tempo em que favorece espaço para o 
desenvolvimento de pensamento. A atitude crítica e reflexiva frente ao conhecimento que 
a sociedade disponibiliza, colabora para que os educandos exercitem a cidadania no 
espaço reservado às relações sociais mais amplas e exerçam o direito de se 
posicionar politicamente acerca dos caminhos escolhidos por um determinado grupo 
social. 
A discussão sobre a função social da escola, a construção de um projeto 
pedagógico que privilegie práticas heterogêneas e o protagonismo dos professores são 
vistos como fundamentais para o processo de inclusão nas Diretrizes Nacionais para a 
Educação Especial na Educação Básica promulgada em 2001. As diretrizes destacam, 
também, a capacitação dos professores, a flexibilização do currículo, a alocação de 
recursos materiais e humanos para atender as demandas tanto nos aspectos físicos, 
relacionados às barreiras arquitetônicas, como nos aspectos de comunicação, e os mais 
diretamente relacionados ao ensino e aprendizagem (LAPLANE, 2006). 
A educação na ótica da sociedade capitalista é mercadoria, apresentando-se de 
maneira desigual para a sociedade. Para as famílias com alto poder aquisitivo, surge uma 
escola de “formação intelectual” que atende aos requisitos de mercado na formação de 
profissionais liberais e executivos de grandes empresas, mantendo- se o “status quo”. 
Por outro lado, a escola que servirá à grande maioria da população terá como princípio 
formador a mão-de-obra razoavelmente qualificada, com recursos limitados do Estado e 
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profissionais desestimulados, tendo em seu caráter formador a busca ao atendimento das 
necessidades do mercado. 
Diante disso, do que se vê cotidianamente nesta sociedade, percebe-se a 
fragilidade do Estado em estabelecer estruturas sociais justas, sendo assim, faz-se 
necessário reconstruir o projeto de sociedade e educação vigentes, ou seja, reestruturar a 
partir do fazer escolar a base política e social para uma sociedade menos injusta. Este 
projeto deve estar calcado em princípios realmente democráticos onde sejam dadas 
prioridades aos aspectos humanos, em detrimento dos econômicos, onde todos os 
indivíduos da sociedade possam ser atendidos por um projeto de educação que possibilite 
a aquisição de elementos culturais que precisam ser assimilados para que eles se 
tornem cidadãos conscientes de seus direitos e deveres sociais. A educação escolar, na 
perspectiva de uma sociedade democrática, tem sua dimensão política reconhecida no 
compromisso de formar cidadãos críticos capazes de tomar decisões diante da realidade 
social. 
A escola deve garantir a todos os seus alunos, a instrumentalização e o acesso 
ao saber sistematizado, repassado por educadores que compreenderam sua razão de ser 
e de estar nessa função, e que tenham o hábito do constante estudo que sua função 
exige, para que possam repassar aos seus educandos o ideal da mudança construtiva da 
sociedade em que estão inseridos. 
Para tal educação, devemos considerar o homem no plano físico e intelectual 
consciente das possibilidades e limitações, capaz de compreender e refletir sobre a 
realidade do mundo que o cerca, devendo considerar seu papel de transformação social 
como uma sociedade que supere nos dias atuais a economia e a política, buscando 
solidariedade entre as pessoas, respeitando as diferenças individuais de cada um. 
A escola tem a função social de romper com a monopolização do saber. O acesso 
a todos os saberes científicos produzidos pela humanidade permite o conhecimento da 
realidade, o que é indispensável para que os educandos não apenas conheçam, mas 
saibam interpretar o mundo em que vivem, atuem de maneira consciente e 
transformadora utilizando-se dos recursos naturais racionalmente, contribuindo na 
manutenção e na melhoria da qualidade de vida destas e de futuras gerações. 
 
 
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2.3 CARACTERIZAÇÕES ESTRUTURAIS 
 
Quanto ao espaço físico e técnico conta com 16 salas de aula; uma biblioteca 
equipada, bem como um laboratório de informática para estudos e pesquisas (PROINFO), 
um laboratório de ciências (física, química e biologia), um laboratório de informática; uma 
sala de multiuso equipada com projetor, uma sala de educação física, uma sala de 
vídeo/cinema, uma cozinha, um amplo refeitório, contando com uma área externa 
composta de jardim, uma quadra poliesportiva coberta, uma quadra de vôlei aberta, 
uma quadra de areia, casa do caseiro, sala multiuso para professores e funcionários, sala 
ao ar livre e ainda em sua estrutura física possui: banheiros para professores, banheiros 
para alunos, banheiros para portadores de necessidades especiais, sala de professores, 
sala de arquivo inativo, depósito da merenda escolar, depósito de materiais para limpeza, 
uma sala da APMF, depósito para a biblioteca, sala de estudos para apoio, salas 
específicas para a direção, secretaria e equipe pedagógica. 
Em sua organização curricular, o estabelecimento de ensino propõe os dias letivos 
previstos pela legislação vigente. Além de que contém livros didáticos para alunos 
visando o apoio do trabalho docente, materiais de apoio pedagógico como TV, TV 
multimídia, DVD, vídeo, rádio, retroprojetor, projetor multimídia, jogos pedagógicos, 
mapas, globos, material de apoio para o laboratório de ciências físico- químico, materiais 
desportivos e lúdicos para educação física, entre outros. 
O conselho escolar é composto por membros dos diversos segmentos civis 
organizados da sociedade (pais, professores, alunos e funcionários) eleitos em uma 
assembleia e de grande importância nas tomadas decisões dentro da escola, sendo 
parceiros norteadores e fiscalizadores de todas as ações planejadas e efetivadas no 
estabelecimento de ensino de acordo com o Projeto Político Pedagógico da escola, 
Regimento Escolar e Leis que norteiam a educação. 
 
2.4 REALIDADES DA COMUNIDADE ESCOLAR 
 
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Realidade da Comunidade Escolar é formada em sua maioria de famílias 
trabalhadoras com pouco poder aquisitivo, proprietários de casas construídas em um 
loteamento urbano voltado para o proletariado, esta comunidade agrupa uma população 
bastante heterogênea com uma diversidade cultural característica de uma grande 
metrópole, porém, com ligação bastante íntima com as regiões do interior do Estado, já 
que muitas famílias aqui fixadas são de origem destas cidades do interior. Por 
intermédio da escola estas famílias buscam melhoria em sua qualidade de vida, pois 
veem na escola oportunidade de crescimento intelectual que possibilitará em nossa 
sociedade moderna inserção profissional. Atende alunos a partir de 10 anos de idade que 
vivem em sua maioria nas proximidades do colégio. Seus pais são trabalhadores 
autônomos e assalariados e, prestam intensa jornada de trabalho passando boa parte do 
tempo longe dos seus filhos, que sozinhos são muitas vezes responsáveis por si e ainda 
por seus irmãos menores, e se veem sem nenhuma assistência ou acompanhamento 
familiar. Estes estudantes, no contra turno a que estudam, fazem cursos diversos, em 
busca de uma melhor preparação para o mundo do trabalho. Verificam-se à atribuição à 
escola, muitas vezes, de responsabilidades cabíveis à família, onde a desestruturação 
familiar expressa em níveis econômicos e sociais, quase sempre, o acesso às 
manifestações artísticas e culturais. 
Segundo a LDB, em seu Artigo 1º, parágrafo 2º – “A educação escolar deverá 
vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social”, para tanto, a escola como parte 
constitutiva da sociedade deve exercer fundamental importância na formação de sujeitos 
capazes de se perceberem como agentes intrínsecos ao meio, ou seja, como 
cidadãos corresponsáveis pela organização social. Sendo que, a maneira que a escola 
vincular-se-á ao mundo do trabalho, será a da formação e aplicação de um conteúdo 
comprometido com o desenvolvimento de uma postura crítica, em que o estudante 
conteste o que a sociedade lhe impõe e exerça sua cidadania estando engajado na 
sociedade em que vive. 
 
2.5 CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO 
 
A educação na ótica da sociedade capitalista é mercadoria, apresentando-se de 
maneira desigual para a sociedade. Para as famílias com alto poder aquisitivo, surge 
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uma escola de “formação intelectual” que atende aos requisitos de mercado na 
formação de profissionais liberais e executivos de grandes empresas, mantendo- se o 
“status quo”. Por outro lado, a escola que servirá à grande maioria da população terá 
como princípio formador a mão-de-obra razoavelmente qualificada, com recursos 
limitados do Estado e profissionais desestimulados, tendo em seu caráter formador a 
busca ao atendimento das necessidades do mercado. 
Diante disso, do que se vê cotidianamente nesta sociedade, percebe-se a 
fragilidade do Estado em estabelecer estruturas sociais justas, sendo assim, faz-se 
necessário reconstruir o projeto de sociedade e educação vigentes, ou seja, reestruturar a 
partir do fazer escolar a base política e social para uma sociedade menos injusta. Este 
projeto deve estar calcado em princípios realmente democráticos onde sejam dadas 
prioridades aos aspectos humanos, em detrimento dos econômicos, onde todos os 
indivíduos da sociedade possam ser atendidos por um projeto de educação que 
possibilite a aquisição de elementos culturais que precisam ser assimilados para que 
eles se tornem cidadãos conscientes de seus direitos e deveres sociais. 
A educação escolar, na perspectiva de uma sociedade democrática, tem sua 
dimensão política reconhecida no compromisso de formar cidadãos críticos capazes de 
tomar decisões diante da realidade social. Nesse sentido, o projeto de educação a ser 
praticado pela escola tem que ser algo em que os elementos essenciais que cabem a ela 
fazer sejam realizados, existindo a possibilidade dos sujeitos integrantes da escola intervir 
de maneira a superar suas necessidades imediatas. 
Cabe a escola, enquanto instrumento da educação, a tarefa de socializar o saber à 
cultura, enfim, as bases sociais estabelecidas. É a exigência de apropriação do 
conhecimento sistematizado por parte das novas gerações que torna necessária a 
existência da escola. Devendo ela, “propiciar a aquisição de instrumentos que possibilitem 
o acesso ao saber elaborado (ciência), bem como o próprio acesso aos rudimentos desse 
saber.” (SAVIANI, 1992, p.23). Ou seja, não deve deter-se e sim ultrapassar o saber 
fragmentado, o conhecimento espontâneo, a cultura popular, pois estes existem 
independentemente da escola já que, são resultados das diversas relações que permeiam 
as práticas sociais, referindo-se a experiência individual, de senso comum. 
A escola tem como função garantir a todos os seus alunos, a instrumentalização e 
o acesso ao saber sistematizado, repassado por educadores que compreenderam sua 
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razão de ser e de estar nessa função, e que tenham o hábito do constante estudo que 
sua função exige, para que possam repassar aos seus educandos o ideal da mudança 
construtiva da sociedade em que estão inseridos. 
Em sentido amplo “educação é um processo de atuação de uma comunidade 
sobre o desenvolvimento do indivíduo a fim de que ele possa atuar em uma sociedade 
pronta para a busca da aceitação dos objetivos coletivos. Para tal educação, devemos 
considerar o homem no plano físico e intelectual consciente das possibilidades e 
limitações, capaz de compreender e refletir sobre a realidade do mundo que o cerca, 
devendo considerar seu papel de transformação social como uma sociedade que supere 
nos dias atuais a economia e a política, buscando solidariedade entre as pessoas, 
respeitando as diferenças individuais de cada um” (Kelma Pamplona). 
Segundo o dicionário Aurélio, educação é o “processo de desenvolvimento da 
capacidade física, intelectual e moral da criança e do ser humano em geral, visando à 
sua melhor integração individual e social”. 
Paulo Freire nos diz que “a educação tem caráter permanente. Não há seres educados e 
não educados, estamos todos nos educando. Existem graus de educação, mas estes não 
são absolutos”. Afirmação tão coerente que nos faz refletir sobre o processo educativo 
contínuo, como base de uma constante busca pela melhoria da qualidade da formação 
docente e discente. A ação educativa implica um conceito de homem e de mundo 
concomitantes, é preciso não apenas estar no mundo e sim estar aberto ao mundo. 
Captar e compreender as finalidades deste, a fim de transformá-lo, responder não só 
aos estímulos e sim aos desafios que este nos propõe. Não posso querer transmitir 
conhecimento, pois este já existe, posso orientar tal indivíduo a buscar esse 
conhecimento existente, estimular a descobrir suas afinidades em determinadas áreas. 
 
2.6 CONCEPÇÕES DE HOMEM 
O homem se torna homem nas relações sociais. A concepção de homem 
deve se configurar no conceito de um ser social o qual através de um período de tempo 
conseguiu se diferenciar dos outrosanimais pela construção de um sistema social 
complexo. 
No desenvolvimento de sua “humanidade” o homem desenvolve o que chamamos 
de trabalho, ou seja, ações que intencionalmente preveem uma finalidade. Desta maneira, 
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trabalho exige planejamento, capacidade intelectiva para transformar a natureza. Outra 
capacidade extraordinária que o homem desenvolveu a favor de sua “humanização” foi à 
capacidade de articulação do discurso, possibilitando a si o “domínio” da realidade e a 
“recriação” da mesma; através da linguagem o homem estabelece contato com o mundo, 
fazendo de acordo com seus conhecimentos uma descrição de mundo, utilizando-se de 
sua consciência coletiva para inventar e reinventar o mundo, gerando a linguagem e por 
ela estabelecendo conceitos que norteiam sua história. 
Se pudéssemos nos despir de todo orgulho para definirmos nossa espécie, nos 
ativéssemos estritamente ao que a história e a pré-história nos apresentam como a 
característica constante do homem e da inteligência talvez não dissesse Homo sapiens, 
mas Homo faber. Em conclusão, a inteligência, encarada no que parece ser o seu 
empenho original, é a faculdade de fabricar objetos artificiais, sobretudo ferramentas para 
fazer ferramentas e de diversificar ao infinito a fabricação delas. (Bérgson, 1979, p. 178-
179). 
No entanto, embora essa citação esteja sugerindo que o trabalho seja 
característica essencial que define o homem em sua totalidade, Bérgson não leva 
essa conclusão às últimas consequências. Ao contrário, considerará que sendo o 
instinto, em contraponto à inteligência, uma das duas principais linhas divergentes da 
evolução, ele é irredutível à inteligência, esta é adequada para lidar com a matéria 
inerte; o instinto dá-nos a chave das operações vitais. É a intuição, isto é, “o instinto que 
se tornou desprendido, consciente de si mesmo, capaz de refletir seu objeto e de ampliá-
lo infinitamente”, que nos conduz “ao próprio interior da vida”. 
 
2.7 CONCEITOS DE CIDADANIA 
Todos os homens nascem igualmente livres e independentes, têm 
direitos certos, essenciais e naturais, dos quais não podem, por nenhum 
contrato, privar nem despojar sua posteridade. Tais são os direitos de 
gozar a vida e a liberdade, com meios para adquirir e possuir 
propriedades e buscar a segurança e a felicidade. (NOVAES, 2003, p. 
96) 
 
Cidadania significa, além do reconhecimento dos direitos e deveres dos cidadãos, 
o cumprimento dos mesmos por parte da sociedade. Por outro lado, tanto o 
reconhecimento quanto o cumprimento destes direitos e deveres, não devem se restringir 
à esfera política, isto é, ao direito e ao dever de votar e ser votado. Outro aspecto 
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importante é que a cidadania tem na igualdade uma condição de existência. Igualdade de 
direitos, de deveres, de oportunidades. Igualdade, enfim, de participação social e política. 
A cidadania também se constitui na garantia da democracia. 
Gentili e Alencar afirmam que “a cidadania deve ser pensada como um conjunto de 
valores e práticas cujo exercício não somente se fundamenta no reconhecimento formal 
dos direitos e deveres que a constituem na vida cotidiana dos indivíduos”. (Gentili e 
Alencar, 2001, p. 87). Ou seja, não basta que se defina um conceito formalmente. Mais 
importante que isso é a prática dessa definição. 
 
2.8 CONCEITOS DE CULTURA 
A cultura ao ser definida se refere à literatura, cinema, arte, entre outras, porém 
seu sentido é bem mais abrangente, pois cultura pode ser considerada como tudo que o 
homem através da sua racionalidade, mais precisamente da inteligência, consegue 
executar. Dessa forma, todos os povos e sociedades possuem sua cultura por mais 
tradicional e arcaica que seja, pois todos os conhecimentos adquiridos são passados das 
gerações passadas para as futuras. 
Na escola, os elementos culturais são: artes, ciências, costumes, sistemas, leis, 
religião, crenças, esportes, mitos valores morais e éticos, comportamento, preferências, 
invenções e todas as maneiras de ser (sentir, pensar e agir). É papel de a educação 
respeitar essa diversidade e buscar desenvolver nos alunos, o sentimento de respeito, 
valorizando e sistematizando os conhecimentos acumulados historicamente. 
 
2.9 CONCEITOS DE TRABALHO 
O trabalho é uma práxis humana e é importante o entendimento de que o 
processo educativo é um trabalho não material, uma atividade intencional que envolve 
maneiras de organização necessárias para a formação do ser humano, voltado para a 
formação de intelectuais capazes de recompor nos limites do capitalismo a ruptura entre 
ciência e trabalho, teoria e prática, reflexão e ação. No trabalho educativo, o fazer e o 
pensar entrelaçam-se dialeticamente e nesta dimensão se encontra a formação do 
homem. 
As formas concretas de realização do trabalho é que definirão as diferentes 
concepções e todo o princípio educativo. Por isto, podemos dizer que o trabalho no 
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sentido transformador define a essência humana e a forma pela qual o homem 
produz a sua existência. 
Uma ciência afinada com a filosofia da escola deve ser questionadora e 
contestadora, que desafie a forma como os conteúdos que lhes são inerentes são 
colocados, e esteja engajada nos temas atuais de preservação de toda a dinâmica da 
vida do planeta. 
 
2.10 CONCEITOS DE CONHECIMENTO 
Sobre Conhecimento, é tudo o que o ser humano produz ao longo de sua 
existência. É histórico e cultural porque se transforma temporal e espacial, ou seja, cada 
tempo e lugar têm formas próprias de organizar a vida humana. A produção e a 
apropriação do conhecimento se dão através da interação dos seres humanos entre si, 
com a natureza e com a cultura. Desta forma, a produção do conhecimento é um 
processo contínuo que está em permanente movimento. 
O movimento mundial pela educação inclusiva é uma ação política, cultural, social 
e pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os alunos estarem juntos, 
aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação. A educação inclusiva 
constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção dos direitos humanos, 
que conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis, e que avança em relação 
à ideia de equidade formal ao contextualizar as circunstâncias históricas da produção da 
exclusão dentro e fora da escola. 
No processo de inclusão escolar das crianças com necessidades educacionais 
especiais o uso da Tecnologia Assistiva se mostra essencial, mas sabemos que a escola 
pública ainda não se encontra nesse patamar de conquista. Para tanto, faz-se necessário 
adequar-se às situações já existentes e buscar formas diferenciadas e individualizadasde 
aprendizagem. 
 
2.11 FILOSOFIA DA ESCOLA 
A filosofia de nosso Estabelecimento de Ensino tem como papel fundamental 
despertar em nosso educando igualdade de condições para o acesso e permanência na 
escola; liberdade para aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a 
arte e o saber; pluralismo de ideias de concepções pedagógicas; respeito às diferenças e 
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apreço à tolerância; valorização do profissional da educação escolar; garantia de padrões 
de qualidade; valorização da experiência extraescolar; vinculação entre a educação 
escolar, o trabalho e as práticas sociais; gestão democrática e colegiada, valorização da 
escola publica. 
A finalidade última de todos os profissionais, educadores docentes e não 
docentes deste estabelecimento de ensino é buscar e transformar a realidade que 
reproduz a perpetuação de um ser apático diante da realidade que o cerca. Que tem 
como filosofia o despertar da igualdade de condições de ingresso e permanência do 
educando na escola, entendendo que essa é a maneira adequada do estudante ter o 
preparo necessário para contestar a política vigente que o submete a uma educação 
menos qualificada. 
 
2.12 CONSELHOS DE CLASSE 
O conselho de classe é a oportunidade em que os docentes das diversas 
disciplinas se reúnem de um mesmo ano com o objetivo de analisar os processos de 
ensino e de aprendizagem sob múltiplas perspectivas. Para favorecer aspectos como a 
análise do currículo, da metodologia adotada e do sistema de avaliação da instituição. 
Dessa forma, possibilita aos professores uma interessante experiência formativa, 
permitindo a reavaliação da prática didática. Conta sempre que possível, com a 
participação do diretor, do coordenador pedagógico, além dos professores - não julga o 
comportamento dos alunos, mas compreende a relação que eles desenvolvem com o 
conhecimento e como gerenciam a vida escolar para, quando necessário, propor as 
intervenções adequadas. 
O Conselho de Classe é conduzido pelo Pedagogo visto que ele pode ajudar a 
equipe a compreender como questões cognitivas, afetivas e sociais afetam a 
aprendizagem. Juntos, o pedagogo e os docentes devem definir os encaminhamentos 
que levem à melhoria da qualidade da produção dos estudantes. Nesse sentido, é 
fundamental o grupo socializar práticas bem-sucedidas que possam ser replicadas - 
considerando que, muitas vezes, os bons resultados na aprendizagem aparecem apenas 
após a mudança nas estratégias de ensino. Já o encontro do fim do ano tem o objetivo de 
decidir sobre aprovações ou retenções. O Pedagogo deve definir previamente com o 
grupo quais alunos apresentam maiores problemas e, por isso, terão as suas produções 
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analisadas. Assim, ao longo dos meses ou das semanas que antecedem o encontro, os 
professores podem se preparar, observando o trabalho desses estudantes e identificando 
a natureza de suas dificuldades. Essas são informações preciosas a serem 
compartilhadas e discutidas com os demais docentes. Posteriormente, cabe ao pedagogo 
comunicar aos alunos e suas famílias o que foi discutido durante a reunião. 
Tudo isso só será possível se os gestores planejarem um conselho de classe que 
ajude os docentes a ampliar o olhar sobre o desempenho da turma e a própria prática, 
propiciando assim a melhoria da qualidade do ensino. 
Como uma busca de metas ideais para que uma excelência em educação aconteça 
precisa ter: uma garantia de participação de professores e funcionários em cursos de 
Formação Continuada, para que melhorem suas práticas; uma boa remuneração e 
valorização do profissional para que se qualifique adequadamente e se sinta motivado na 
irradiação de conhecimento e exemplo; organização da biblioteca do professor com livros 
de embasamento teórico e assinatura de revistas e jornais; assessoramento metodológico 
específico nas áreas de deficiências, hiperatividade, drogas, capacidade laborativa, 
cuidados com a voz, sexualidade, violência na escola; encontros de pais, propiciando 
momento de troca de experiências entre educadores e família; trabalhar alunos 
representantes de turmas nos aspectos de liderança e aspectos conceituais do Projeto 
Político Pedagógico; realização de reuniões trimestrais com educadores não docentes. 
3 COMPONENTE CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL – EDUCAÇÃO FÍSICA 
A Educação Física é o componente curricular que tematiza as práticas corporais 
em suas diversas formas de codificação e significação social, entendidas como 
manifestações das possibilidades expressivas dos sujeitos, produzidas por diversos 
grupos sociais no decorrer da história. Nessa concepção, o movimento humano está 
sempre inserido no âmbito da cultura e não se limita a um deslocamento espaço-temporal 
de um segmento corporal ou de um corpo todo. 
Nas aulas, as práticas corporais devem ser abordadas como fenômeno cultural dinâmico, 
diversificado, pluridimensional, singular e contraditório. Desse modo, é possível assegurar 
aos alunos a (re)construção de um conjunto de conhecimentos que permitam ampliar sua 
consciência a respeito de seus movimentos e dos recursos para o cuidado de si e dos 
outros e desenvolver autonomia para apropriação e utilização da cultura corporal de 
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movimento em diversas finalidades humanas, favorecendo sua participação de forma 
confiante e autoral na sociedade. 
 
O processo de transformação de práticas corporais originadas em 
contextos não competitivos e, particularmente, não institucionalizadas 
em modalidades esportivas, assumindo os códigos do esporte de 
rendimento (comparação objetiva de desempenho, regras oficiais 
únicas, institucionalização, racionalização das práticas/treinamento na 
busca da maximização do desempenho), possibilita um grande 
referencial comparativo do que possa diferenciar o jogo do esporte 
(FENSTERSEIFER, P. E. 2005. p.173). 
 
É fundamental frisar que a Educação Física oferece uma série de possibilidades 
para enriquecer a experiência das crianças, jovens e adultos na Educação Básica, 
permitindo o acesso a um vasto universo cultural. Esse universo compreende saberes 
corporais, experiências estéticas, emotivas, lúdicas e agonistas, que se inscrevem, mas 
não se restringem, à racionalidade típica dos saberes científicos que, comumente, orienta 
as práticas pedagógicas na escola. Experimentar e analisar as diferentes formas de 
expressão que não se alicerçam apenas nessa racionalidade é uma das potencialidades 
desse componente na Educação Básica. Para além da vivência, a experiência efetiva das 
práticas corporais oportuniza aos alunos participar, de forma autônoma, em contextos de 
lazer e saúde. 
Há três elementosfundamentais comuns às práticas corporais: (a) movimento 
corporal como elemento essencial; (b) organização interna (de maior ou menor grau), 
pautada por uma lógica específica; e (c) produto cultural vinculado com o 
lazer/entretenimento e/ou o cuidado com o corpo e a saúde. 
Portanto, entende-se que essas práticas corporais são aquelas realizadas fora das 
obrigações laborais, domésticas, higiênicas e religiosas, nas quais os sujeitos se 
envolvem em função de propósitos específicos, sem caráter instrumental. 
Cada prática corporal propicia ao sujeito o acesso a uma dimensão de 
conhecimentos e de experiências aos quais ele não teria de outro modo. A vivência da 
prática é uma forma de gerar um tipo de conhecimento muito particular e insubstituível e, 
para que ela seja significativa, é preciso problematizar, desnaturalizar e evidenciar a 
multiplicidade de sentidos e significados que os grupos sociais conferem às diferentes 
manifestações da cultura corporal de movimento. 
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Logo, as práticas corporais são textos culturais passíveis de leitura e produção. 
Esse modo de entender a Educação Física permite articulá-la à área de Linguagens, 
resguardadas as singularidades de cada um dos seus componentes, conforme reafirmado 
nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de Nove Anos 
(Resolução CNE/CEB nº 7/2010). 
Na BNCC, cada uma das práticas corporais tematizadas compõe uma das seis unidades 
temáticas abordadas ao longo do Ensino Fundamental. Cabe destacar que a 
categorização apresentada não tem pretensões de universalidade, pois se trata de um 
entendimento possível, entre outros, sobre as denominações das (e as fronteiras entre as) 
manifestações culturais tematizadas na Educação Física escolar. 
A unidade temática Brincadeiras e jogos exploram aquelas atividades voluntárias 
exercidas dentro de determinados limites de tempo e espaço, caracterizadas pela criação 
e alteração de regras, pela obediência de cada participante ao que foi combinado 
coletivamente, bem como pela apreciação do ato de brincar em si. Essas práticas não 
possuem um conjunto estável de regras e, portanto, ainda que possam ser reconhecidos 
jogos similares em diferentes épocas e partes do mundo, esses são recriados, 
constantemente, pelos diversos grupos culturais. Mesmo assim, é possível reconhecer 
que um conjunto grande dessas brincadeiras e jogos é difundido por meio de redes de 
sociabilidade informais, o que permite denominá-los populares. 
É importante fazer uma distinção entre jogo como conteúdo específico e jogo como 
ferramenta auxiliar de ensino. Não é raro que, no campo educacional, jogos e 
brincadeiras sejam inventados com o objetivo de provocar interações sociais específicas 
entre seus participantes ou para fixar determinados conhecimentos. O jogo, nesse 
sentido, é entendido como meio para se aprender outra coisa, como no jogo dos “10 
passes” quando usado para ensinar retenção coletiva da posse de bola, concepção não 
adotada na organização dos conhecimentos de Educação Física na Base Nacional 
Comum Curricular - BNCC. Neste documento, as brincadeiras e os jogos têm valor em si 
e precisam ser organizados para ser estudados. São igualmente relevantes os jogos e as 
brincadeiras presentes na memória dos povos indígenas e das comunidades tradicionais, 
que trazem consigo formas de conviver, oportunizando o reconhecimento de seus valores 
e formas de viver em diferentes contextos ambientais e socioculturais brasileiros. 
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Por sua vez, a unidade temática Esportes reúne tanto as manifestações mais 
formais dessa prática quanto as derivadas. O esporte como uma das práticas mais 
conhecidas da contemporaneidade, por sua grande presença nos meios de comunicação, 
caracteriza-se por ser orientado pela comparação de um determinado desempenho entre 
indivíduos ou grupos (adversários), regido por um conjunto de regras formais, 
institucionalizadas por organizações (associações, federações e confederações 
esportivas), as quais definem as normas de disputa e promovem o desenvolvimento das 
modalidades em todos os níveis de competição. No entanto, essas características não 
possuem um único sentido ou somente um significado entre aqueles que o praticam, 
especialmente quando o esporte é realizado no contexto do lazer, da educação e da 
saúde. 
Como toda prática social, o esporte é passível de recriação por quem se envolve 
com ele. As práticas derivadas dos esportes mantêm, essencialmente, suas 
características formais de regulação das ações, mas adaptam as demais normas 
institucionais aos interesses dos participantes, às características do espaço, ao número 
de jogadores, ao material disponível etc. Isso permite afirmar, por exemplo, que, em um 
jogo de dois contra dois em uma cesta de basquetebol, os participantes estão jogando 
basquetebol, mesmo não sendo obedecidos os 50 artigos que integram o regulamento 
oficial da modalidade. 
Para a estruturação dessa unidade temática, é utilizado um modelo de 
classificação baseado na lógica interna, tendo como referência os critérios de 
cooperação, interação com o adversário, desempenho motor e objetivos táticos da ação. 
Esse modelo possibilita a distribuição das modalidades esportivas em categorias, 
privilegiando as ações motoras intrínsecas, reunindo esportes que apresentam exigências 
motrizes semelhantes no desenvolvimento de suas práticas. 
Assim, são apresentadas sete categorias de esportes (note-se que as modalidades 
citadas na descrição das categorias servem apenas para facilitar a compreensão do que 
caracteriza cada uma das categorias). Portanto, não são prescrições das modalidades a: 
• Marca: conjunto de modalidades que se caracterizam por comparar os resultados 
registrados em segundos, metros ou quilos (patinação de velocidade, todas as provas do 
atletismo, remo, ciclismo, levantamento de peso etc.). 
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• Precisão: conjunto de modalidades que se caracterizam por arremessar/lançar um 
objeto, procurando acertar um alvo específico, estático ou em movimento, comparando-se 
o número de tentativas empreendidas, a pontuação estabelecida em cada tentativa (maior 
ou menor do que a do adversário) ou a proximidade do objeto arremessado ao alvo (mais 
perto ou mais longe do que o adversário conseguiu deixar), como nos seguintes casos: 
bocha, curling, golfe, tiro com arco, tiro esportivo etc. 
• Técnico-combinatório: reúne modalidades nas quais o resultado da ação motora 
comparado é a qualidade do movimento segundo padrões técnico-combinatórios 
(ginástica artística, ginástica rítmica, nado sincronizado, patinação artística, saltos 
ornamentais etc.). 
• Rede/quadradividida ou parede de rebote: reúne modalidades que se caracterizam 
por arremessar, lançar ou rebater a bola em direção a setores da quadra adversária nos 
quais o rival seja incapaz de devolvê-la da mesma forma ou que leve o adversário a 
cometer um erro dentro do período de tempo em que o objeto do jogo está em 
movimento. Alguns exemplos de esportes de rede são voleibol, vôlei de praia, tênis de 
campo, tênis de mesa, badminton e peteca. Já os esportes de parede incluem pelota 
basca, raquetebol, squash etc. 
• Campo e taco: categoria que reúne as modalidades que se caracterizam por rebater a 
bola lançada pelo adversário o mais longe possível, para tentar percorrer o maior número 
de vezes as bases ou a maior distância possível entre as bases, enquanto os defensores 
não recuperam o controle da bola, e, assim, somar pontos (beisebol, críquete, softbol 
etc.). 
• Invasão ou territorial: conjunto de modalidades que se caracterizam por comparar a 
capacidade de uma equipe introduzir ou levar uma bola (ou outro objeto) a uma meta ou 
setor da quadra/campo defendida pelos adversários (gol, cesta, touchdown etc.), 
protegendo, simultaneamente, o próprio alvo, meta ou setor do campo (basquetebol, 
frisbee, futebol, futsal, futebol americano, handebol, hóquei sobre grama, polo aquático, 
rúgbi etc.). 
• Combate: reúne modalidades caracterizadas como disputas nas quais o oponente deve 
ser subjugado, com técnicas, táticas e estratégias de desequilíbrio, contusão, imobilização 
ou exclusão de um determinado espaço, por meio de combinações de ações de ataque e 
defesa (judô, boxe, esgrima, tae kwon do etc.). 
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Na unidade temática Ginástica, são propostas práticas com formas de organização e 
significados muito diferentes, o que leva à necessidade de explicitar a classificação 
adotada: (a) ginástica geral; (b) ginásticas de condicionamento físico; e (c) ginásticas de 
conscientização corporal. 
A ginástica geral, também conhecida como ginástica para todos, reúne as práticas 
corporais que têm como elemento organizador a exploração das possibilidades 
acrobáticas e expressivas do corpo, a interação social, o compartilhamento do 
aprendizado e a não competitividade. 
Podem ser constituídas de exercícios no solo, no ar (saltos), em aparelhos (trapézio, 
corda, fita elástica), de maneira individual ou coletiva, e combinam um conjunto bem 
variado de piruetas, rolamentos, paradas de mão, pontes, pirâmides humanas etc. 
Integram também essa prática os denominados jogos de malabar ou malabarismo. 
As ginásticas de condicionamento físico se caracterizam pela exercitação corporal 
orientada à melhoria do rendimento, à aquisição e à manutenção da condição física 
individual ou à modificação da composição corporal. Geralmente, são organizadas em 
sessões planejadas de movimentos repetidos, com frequência e intensidade definidas. 
Podem ser orientadas de acordo com uma população específica, como a ginástica para 
gestantes, ou atreladas a situações ambientais determinadas, como a ginástica laboral. 
As ginásticas de conscientização corporal41 reúnem práticas que empregam 
movimentos suaves e lentos, tal como a recorrência a posturas ou à conscientização de 
exercícios respiratórios, voltados para a obtenção de uma melhor percepção sobre o 
próprio corpo. 
Algumas dessas práticas que constituem esse grupo têm origem em práticas 
corporais milenares da cultura oriental. 
Por sua vez, a unidade temática Danças explora o conjunto das práticas corporais 
caracterizadas por movimentos rítmicos, organizados em passos e evoluções específicas, 
muitas vezes também integradas a coreografias. As danças podem ser realizadas de 
forma individual, em duplas ou em grupos, sendo essas duas últimas as formas mais 
comuns. Diferentes de outras práticas corporais rítmico-expressivas, elas se desenvolvem 
em codificações particulares, historicamente constituídas, que permitem identificar 
movimentos e ritmos musicais peculiares associados a cada uma delas. 
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A unidade temática Lutas focaliza as disputas corporais, nas quais os participantes 
empregam técnicas, táticas e estratégias específicas para imobilizar, desequilibrar, atingir 
ou excluir o oponente de um determinado espaço, combinando ações de ataque e defesa 
dirigidas ao corpo do adversário. Dessa forma, além das lutas presentes no contexto 
comunitário e regional, podem ser tratadas lutas brasileiras (capoeira, huka-huka, luta 
marajoara etc.), bem como lutas de diversos países do mundo (judô, aikido, jiu-jítsu, muay 
thai, boxe, chinese boxing, esgrima, kendo etc.). 
Por fim, na unidade temática Práticas corporais de aventura, exploram-se 
expressões e formas de experimentação corporal centradas nas perícias e proezas 
provocadas pelas situações de imprevisibilidade que se apresentam quando o praticante 
interage com um ambiente desafiador. Algumas dessas práticas costumam receber outras 
denominações, como esportes de risco, esportes alternativos e esportes extremos. Assim 
como as demais práticas, elas são objeto também de diferentes classificações, conforme 
o critério que se utilize. Neste documento, optou-se por diferenciá-las com base no 
ambiente de que necessitam para ser realizadas: na natureza e urbanas. As práticas de 
aventura na natureza se caracterizam por explorar as incertezas que o ambiente físico 
cria para o praticante na geração da vertigem e do risco controlado, como em corrida 
orientada, corrida de aventura, corridas de mountain Bike, rapel, tirolesa, arborismo etc. 
Já as práticas de aventura urbanas exploram a “paisagem de cimento” para produzir 
essas condições. 
(vertigem e risco controlado) durante a prática de parkour, skate, patins, bike etc. 
Em princípio, todas as práticas corporais podem ser objeto do trabalho pedagógico 
em qualquer etapa e modalidade de ensino. 
Ainda assim, alguns critérios de progressão do conhecimento devem ser atendidos, 
tais como os elementos específicos das diferentes práticas corporais, as características 
dos sujeitos e os contextos de atuação, sinalizando tendências de organização dos 
conhecimentos. Na BNCC, as unidades temáticas de Brincadeiras e jogos, Danças e 
Lutas estão organizadas em objetos de conhecimento conforme a ocorrência social 
dessas práticas corporais, das esferas sociais mais familiares (localidade e região) às 
menos familiares (esferas nacional e mundial). Em Ginásticas, a organização dos objetos 
de conhecimento se dá com base na diversidade dessas práticas e nas suas 
características. Em Esportes, a abordagem recai sobre a sua tipologia (modelo de 
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classificação), enquanto Práticas corporais de aventura seestrutura nas vertentes urbana 
e na natureza. 
Ainda que não tenham sido apresentadas como uma das práticas corporais 
organizadoras da Educação Física na BNCC, é importante sublinhar a necessidade e a 
pertinência dos estudantes do País terem a oportunidade de experimentar práticas 
corporais no meio líquido, dado seu inegável valor para a segurança pessoal e seu 
potencial de fruição durante o lazer. Essa afirmação não se vincula apenas à ideia de 
vivenciar e/ou aprender, por exemplo, os esportes aquáticos (em especial, a natação o 
em seus quatro estilos competitivos), mas também à proposta de experimentar “atividades 
aquáticas”. São, portanto, práticas centradas na ambientação dos estudantes ao meio 
líquido que permitem aprender, entre outros movimentos básicos, o controle da 
respiração, a flutuação em equilíbrio, a imersão e os deslocamentos na água. 
Ressalta-se que as práticas corporais na escola devem ser reconstruídas com base 
em sua função social e suas possibilidades materiais. Isso significa dizer que as mesmas 
podem ser transformadas no interior da escola. Por exemplo, as práticas corporais de 
aventura devem ser adaptadas às condições da escola, ocorrendo de maneira simulada, 
tomando-se como referência o cenário de cada contexto escolar. 
É importante salientar que a organização das unidades temáticas se baseia na 
compreensão de que o caráter lúdico está presente em todas as práticas corporais, ainda 
que essa não seja a finalidade da Educação Física na escola. Ao brincar, dançar, jogar, 
praticar esportes, ginásticas ou atividades de aventura, para além da ludicidade, os 
estudantes se apropriam das lógicas intrínsecas (regras, códigos, rituais, sistemáticas de 
funcionamento, organização, táticas etc.) a essas manifestações, assim como trocam 
entre si e com a sociedade as representações e os significados que lhes são atribuídos. 
Por essa razão, a delimitação das habilidades privilegia oito dimensões de 
conhecimento: 
• Experimentação: refere-se à dimensão do conhecimento que se origina pela vivência 
das práticas corporais, pelo envolvimento corporal na realização das mesmas. São 
conhecimentos que não podem ser acessados sem passar pela vivência corporal, sem 
que sejam efetivamente experimentados. Trata-se de uma possibilidade única de 
apreender as manifestações culturais tematizadas pela Educação Física e do estudante 
se perceber como sujeito “de carne e osso”. Faz parte dessa dimensão, além do 
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imprescindível acesso à experiência, cuidar para que as sensações geradas no momento 
da realização de uma determinada vivência sejam positivas ou, pelo menos, não sejam 
desagradáveis a ponto de gerar rejeição à prática em si. 
• Uso e apropriação: refere-se ao conhecimento que possibilita ao estudante ter 
condições de realizar de forma autônoma uma determinada prática corporal. Trata-se do 
mesmo tipo de conhecimento gerado pela experimentação (saber fazer), mas dele se 
diferencia por possibilitar ao estudante a competência necessária para potencializar o seu 
envolvimento com práticas corporais no lazer ou para a saúde. Diz respeito àquele rol de 
conhecimentos que viabilizam a prática efetiva das manifestações da cultura corporal de 
movimento não só durante as aulas, como também para além delas. 
• Fruição: implica a apreciação estética das experiências sensíveis geradas pelas 
vivências corporais, bem como das diferentes práticas corporais oriundas das mais 
diversas épocas, lugares e grupos. Essa dimensão está vinculada com a apropriação de 
um conjunto de conhecimentos que permita ao estudante desfrutar da realização de uma 
determinada prática corporal e/ou apreciar essa e outras tantas quando realizadas por 
outros. 
• Reflexão sobre a ação: refere-se aos conhecimentos originados na observação e na 
análise das próprias vivências corporais e daquelas realizadas por outros. Vai além da 
reflexão espontânea, gerada em toda experiência corporal. Trata-se de um ato 
intencional, orientado a formular e empregar estratégias de observação e análise para: (a) 
resolver desafios peculiares à prática realizada; (b) apreender novas modalidades; e (c) 
adequar as práticas aos interesses e às possibilidades próprios e aos das pessoas com 
quem compartilha a sua realização. 
• Construção de valores: vincula-se aos conhecimentos originados em discussões e 
vivências no contexto da tematização das práticas corporais, que possibilitam a 
aprendizagem de valores e normas voltadas ao exercício da cidadania em prol de uma 
sociedade democrática. A produção e partilha de atitudes, normas e valores (positivos e 
negativos) são inerentes a qualquer processo de socialização. No entanto, essa dimensão 
está diretamente associada ao ato intencional de ensino e de aprendizagem e, portanto, 
demanda intervenção pedagógica orientada para tal fim. Por esse motivo, a BNCC se 
concentra mais especificamente na construção de valores relativos ao respeito às 
diferenças e no combate aos preconceitos de qualquer natureza. Ainda assim, não se 
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pretende propor o tratamento apenas desses valores, ou fazê-lo só em determinadas 
etapas do componente, mas assegurar a superação de estereótipos e preconceitos 
expressos nas práticas corporais. 
• Análise: está associada aos conceitos necessários para entender as características e o 
funcionamento das práticas corporais (saber sobre). Essa dimensão reúne conhecimentos 
como a classificação dos esportes, os sistemas táticos de uma modalidade, o efeito de 
determinado exercício físico no desenvolvimento de uma capacidade física, entre outros. 
• Compreensão: está também associada ao conhecimento conceitual, mas, 
diferentemente da dimensão anterior, refere-se ao esclarecimento do processo de 
inserção das práticas corporais no contexto sociocultural, reunindo saberes que 
possibilitam compreender o lugar das práticas corporais no mundo. Em linhas gerais, essa 
dimensão está relacionada a temas que permitem aos estudantes interpretar as 
manifestações da cultura corporal de movimento em relação às dimensões éticas e 
estéticas, à época e à sociedade que as gerou e as modificou, às razões da sua produção 
e transformação e à vinculação local, nacional e global. Por exemplo, pelo estudo das 
condições que permitem o surgimento de uma determina da prática corporal em uma 
dada região e época ou os motivos pelos quais os esportes praticados por homens têm 
uma visibilidade e um tratamento midiático diferente dos esportes praticados por 
mulheres. 
• Protagonismo comunitário: refere-se às atitudes/ações e conhecimentos necessários 
para os estudantes participarem de forma confiante e autoral em decisões e ações 
orientadas a democratizar o acesso das pessoas às práticas corporais, tomando como 
referência valores favoráveis à convivência social. Contempla a reflexão sobre as 
possibilidades que eles e a comunidade têm (ou não) de acessar uma determinada 
prática no lugar em que moram, os recursos disponíveis (públicos e privados) para tal, os 
agentes envolvidos nessa configuração, entre outros, bem comoas iniciativas que se 
dirigem para ambientes além da sala de aula, orientadas a interferir no contexto em busca 
da materialização 
dos direitos sociais vinculados a esse universo. 
Vale ressaltar que não há nenhuma hierarquia entre essas dimensões, tampouco 
uma ordem necessária para o desenvolvimento do trabalho no âmbito didático. Cada uma 
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delas exige diferentes abordagens e graus de complexidade para que se tornem 
relevantes e significativas. 
Considerando as características dos conhecimentos e das experiências próprias da 
Educação Física, é importante que cada dimensão seja sempre abordada de modo 
integrado com as outras, levando-se em conta sua natureza vivencial, experiencial e 
subjetiva. 
Assim, não é possível operar como se as dimensões pudessem ser tratadas de 
forma isolada ou sobreposta. 
Cumpre destacar que os critérios de organização das habilidades na Base Nacional 
Comum Curricular - BNCC (com a explicitação dos objetos de conhecimento aos quais se 
relacionam e do agrupamento desses objetos em unidades temáticas) expressam um 
arranjo possível (dentre outros). 
Na contemporaneidade, a Educação Física escolar continua sendo permeada e 
influenciada pela diversidade de abordagens pedagógicas que, desde o final da década 
de 1970, apontam questionamentos pertinentes a respeito da importância e relevância da 
Educação Física no ambiente escolar e social. 
De maneira geral, essa efervescência no campo das ideias não estabeleceu 
consenso para a área, entendida por estudiosos de variadas formas, ou seja, como área 
que trata da saúde, como área que lida com o movimento humano, como integrante 
exclusiva das ciências naturais/ciência da saúde, desconsiderando, conforme ressalta 
Daolio (2010), a clara interface com as ciências humanas. 
Além disso, a Educação Física também não foi entendida, valorizada e incorporada 
por meio de políticas públicas, como fundamental ao processo de humanização possível 
pela escola. Fato que, como consequência, desencadeou, de maneira geral, problemas 
como a precarização dos tempos/espaços destinados a essa área, a diminuição das 
horas/aulas semanais, o aumento do número de estudantes por turma, a diminuição da 
autonomia de ação dos/as professores/as, a escassez dos recursos didático-pedagógicos, 
a estagnação e superficialização na forma de abordar os conteúdos, dentre tantas outras 
problemáticas que interferem no trabalho pedagógico docente e, consequentemente, no 
processo de ensino e de aprendizagem dos estudantes. 
Nesse sentido, a Educação Física passou (e continua passando) por uma “crise 
epistemológica”, que se reflete nos currículos escolares. Esse período ainda é marcado 
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pelas discussões no campo do saber e seu objeto de Ensino/Estudo articulador das práxis 
pedagógicas. No entanto, emerge no campo acadêmico uma vasta produção científica e 
pesquisas empíricas respaldadas em diversas concepções, na atualidade, principalmente 
as chamadas “renovadoras”, “críticas” e “pós-críticas”. Tais produções - no que é possível 
aproximá-las, guardadas as diferenças teóricas e metodológicas inerentes a cada uma - 
trabalham com concepções de uma Educação Física crítica aos paradigmas da aptidão 
física, da saúde e do treinamento esportivo, e que supera a perspectiva de atividade como 
o mero “fazer”, reconhecendo-a como uma área do conhecimento importante para a 
formação humana integral dos estudantes, que permite visualizar novos conceitos para 
um corpo que sente, age e pensa. A multiplicidade de formas de pensamento, 
interpretações e concepções teórico-metodológicas, embora aponte para caminhos por 
vezes distintos, favorece o debate e a possibilidade de avanço da Educação Física 
escolar, visando à sua contribuição significativa em relação à função social que a escola 
vem assumindo nestes tempos, ou seja, de corresponsabilidade no processo de formação 
humana integral para uma ação crítica e transformadora diante da sociedade e da vida 
pública, ansiando pela (re)construção de uma sociedade verdadeiramente justa e 
democrática, por meio da equidade social. 
Entende-se que é de fundamental importância termos clareza da função social da 
Educação Física na escola, para definirmos a nossa prática pedagógica em consonância 
com os propósitos da mesma. Assim, pode-se dizer que tal função social consiste em 
contribuir significativamente no processo de formação humana integral dos sujeitos 
construtores da sua própria história e da cultura, críticos e criativos, capazes de identificar 
e reconhecer seu próprio corpo e os dos demais, seus limites e possibilidades. Nesse 
sentido, as experiências oportunizadas por meio da diversidade de conhecimentos e 
conteúdos possíveis de serem tematizados nas aulas de Educação Física exigem uma 
leitura crítica da realidade, no sentido de transformá-los em possibilidades de 
experiências significativas e adequadas às características dos estudantes e em objetos de 
análise e investigação pedagógica. 
Diante da diversidade de objetos de Ensino/Estudo propostos e defendidos para a 
Educação Física escolar, a Cultura Corporal insere a área em um projeto educativo 
significativo, visando a garantir aos estudantes o acesso aos conhecimentos 
historicamente produzidos pela humanidade e culturalmente desenvolvidos pelos diversos 
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povos, assim como o acesso à reflexão crítica a respeito das inúmeras manifestações ou 
práticas corporais que podem e devem ser desenvolvidas no ambiente escolar, “na busca 
de contribuir com um ideal mais amplo de formação de um ser humano crítico e reflexivo, 
reconhecendo-se como sujeito, que é produto, mas também agente histórico, político, 
social e cultural” (PARANÁ, 2008, p. 49). 
Compreender a Educação Física a partir de um contexto mais amplo significa 
entendê-la na sua totalidade, ou seja, compreender que exerce influência e também é 
influenciada pelas interações que se estabelecem por meio das relações sociais, culturais, 
políticas, econômicas18, religiosas, étnico-raciais, de orientação sexual, de gênero, de 
geração, de condição física e mental entre outras, enfatizando o respeito à pluralidade de 
ideias e à diversidade humana. Diante disso, a ação pedagógica da Educação Física deve 
estimular o acesso e a reflexão ao acervo de formas e representações do mundo que o 
ser humano tem produzido, exteriorizadas pela expressão corporal por meio de Jogos, 
Brincadeiras, Danças, Lutas, Ginásticas, Esportes, Práticas corporais de aventura, dentre 
outras, levando em consideração o contexto sociocultural da comunidade educativa 
(COLETIVO DE AUTORES, 2012). 
Desta forma, entende-se que cabe

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