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Anatomia Humana do Aparelho Locomotor Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof.ª Me. Luciana Buriozi Revisão Textual: Prof.ª Dr.ª Luciene Oliveira da Costa Granadeiro Sistema Muscular • Sistema Muscular ou Miologia; • Tipos de Músculos. • Estudar generalidades sobre os músculos; • Apresentar os componentes dos músculos estriados esqueléticos; • Expor a classifi cação morfológica dos músculos, bem como sua classifi cação funcional. OBJETIVOS DE APRENDIZADO Sistema Muscular Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como seu “momento do estudo”; Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo; No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam- bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados; Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus- são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e de se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE Sistema Muscular Sistema Muscular ou Miologia No nosso corpo, existem cerca de 600 músculos, cada músculo é formado por tecido muscular, conjuntivo e nervoso. Consideramos que cada um desses músculos corresponda a um órgão, e atue isoladamente, cada um na sua função, como levan- tar um dedo ou projetar os lábios para um beijo. As células musculares (fibras) têm a propriedade de contrair e relaxar quando forem estimuladas – quando um número suficiente de fibras é ativado, o músculo se contrai e o movimento é gerado. A função dos músculos estriados esqueléticos é a de gerar movimento, produzir calor, manter a sustentação corpórea e a postura. Figura 1 Fonte: Adaptado de Getty Images Tipos de Músculos Tabela 1 Tipos de Músculos Classificação Histológica Classificação Fisiológica Classificação Anatômica Músculo Liso Figura 2 – Corte longitudinal de fibras musculares lisas Fonte: JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2018 Ação Involuntária Víscera 8 9 Tipos de Músculos Classifi cação Histológica Classifi cação Fisiológica Classifi cação Anatômica Músculo Estriado Esquelético Figura 3 – Fibras musculares estriadas esqueléticas Fonte: JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2018 Ação Voluntária Esqueleto Músculo estriado Cardíaco Figura 4 - Fibras musculares cardíacas Fonte: JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2018 Ação Involuntária Coração Componentes de um Músculo Estriado Esquelético Ventre Um conjunto de fibras musculares forma um ventre muscular, que é a porção carnosa do músculo, coloração vermelha quando fresca e, no cadáver, cinza ou amarronzada. O ventre muscular é a porção ativa do músculo – quando o músculo contrai, sua extremidades se aproximam, promovendo um encurtamento do ventre muscular, consequentemente , aproximação dos seus pontos de fixação. Figura 5 – Tipos de músculos Fonte: LAROSA, 2018 9 UNIDADE Sistema Muscular Tendão Constituído de tecido conjuntivo denso, de coloração branco pérola, forma cilín- drica ou em fita, com a função de fixação muscular. As extremidades dos músculos são fixadas na lâmina fibrosa do periósteo e se aproximam no momento da contra- ção muscular. Figura 6 – Tipos de músculos Fonte: LAROSA, 2018 Aponeurose Com a mesma constituição tecidual e finalidade dos tendões, a aponeurose tem a função de fixação muscular e difere apenas morfologicamente, pois apresenta-se em lâmina. Tendões e aponeuroses podem se fixar, além da lâmina fibrosa do periósteo, em cartilagens, cápsular articulares, tendões de outros músculos e na derme. Figura 7 Fonte: TORTORA; NIELSEN, 2013 10 11 Fáscia Membrana de tecido conjuntivo fibroso, de espessura variável, reveste externa- mente o ventre muscular, promove a contenção das fibras e diminui o atrito entre os ventres musculares no momento da contração e relaxamento. Figura 8 Fonte: GRAAFF, 2003 Origem e Inserção Um músculo estriado esquelético possui dois pontos de fixação muscular, um ponto fixo, que chamamos de origem, e um ponto móvel, que chamamos de in- serção. No momento da contração, o sentido do deslocamento vai da inserção em direção à origem. Rosca Direta com Halteres. Disponível em: https://youtu.be/w9_ggo0_34k Ex pl or Esse vídeo ilustra exatamente o que queremos mostrar em relação à origem e à inserção. Vamos avaliar uma flexão de antebraço através da contração do músculo bíceps braquial. No movimento, percebemos que o braço fica estático, enquanto o antebraço realiza o movimento e se aproxima do braço, através de um movimento de flexão, ou seja, há uma diminuição do ângulo de 180º entre eles. Observando a anatomia de superfície do atleta, percebemos uma hipertrofia muscular que nos possibilita avaliar que, no momento da contração muscular, as fibras musculares di- minuem de tamanho, e consequentemente, o ventre muscular aproxima suas extre- midades de fixação, origem e inserção, fazendo com que o ponto móvel (inserção) se desloque em direção ao ponto fixo (origem). 11 UNIDADE Sistema Muscular Classificação dos Músculos Quanto à Disposição das Fibras Musculares Paralela • Músculo longo: predomina o comprimento da fibra muscula. Exemplo: Mús- culo Esternocleidomastoideo e Músculo Sartório; Figura 9 Fonte: HEIDEGGER, 2006 • Músculo largo: o comprimento e a largura das fibras são proporcionais. Exemplo: Músculo Glúteo Máximo; Figura 10 Fonte: HEIDEGGER, 2006 12 13 • Músculo leque: uma extremidade é fixada por uma aponeurose onde as fibras musculares são divergentes; na outra extremidade, as fibras musculares estão convergentes, ou seja, direcionam-se para um ponto, são fixadas por um tendão; Exemplo: Músculo Temporal, Músculo Peitoral Maior; Figura 11 Fonte: HEIDEGGER, 2006 • Músculo fusiforme: são músculos longos onde as fibras nas suas extremidades são convergentes, ambas sendo fixadas por tendões. Exemplo: Músculo Braquial. Figura 12 – Tipos de músculos Fonte: LAROSA, 2018 Figura 13 Fonte: HEIDEGGER, 2006 13 UNIDADE Sistema Muscular Oblíquas • Músculos Peniforme: são fibras musculares, dispostas obliquamente dos dois lados da linha tendínea. Exemplo: Músculo Reto Femoral; Figura 14 Fonte: HEIDEGGER, 2006 • Músculos semipeniforme: são fibras musculares, dispostas obliquamente de um lado da linha tendínea. Exemplo: Músculo Extensor Longo do Hálux; Figura 15 Fonte: HEIDEGGER, 2006 14 15 • Músculos multipeniforme: apresenta como se fossem diversos músculos pe- niforme, no ventre muscular. Exemplo: Músculo Deltoide. Figura 16 Fonte: HEIDEGGER, 2006 Quanto ao Número de Origens Classificamos o músculo de acordo com o número de origens (cabeças) e utiliza- mos a terminologia ceps. • Bíceps: duas origens e uma inserção. Exemplo: M. BícepsBraquial; Figura 17 Fonte: HEIDEGGER, 2006 15 UNIDADE Sistema Muscular • Tríceps: três origens e uma inserção. Exemplo: M. Tríceps Sural formado pelos músculos: Gastrocnêmio Cabeça Lateral; Gastrocnêmio Cabeça Late- ral; Sóleo; Figura 18 Fonte: HEIDEGGER, 2006 • Quadríceps: quatro origens e uma inserção. Exemplo: M. Quadríceps Femoral for- mado pelos músculos: Vasto Lateral, Vasto Medial, Vasto Intermédio, Reto Femoral. Figura 19 Fonte: HEIDEGGER, 2006 16 17 Quanto ao Número de Inserções • Bicaudado: duas inserções e uma origem. Exemplo: M. Flexor Curto do Hálux; Figura 20 Fonte: HEIDEGGER, 2006 • Policaudado: mais de duas inserções e uma origem. Figura 21 Fonte: HEIDEGGER, 2006 17 UNIDADE Sistema Muscular Classificação Quanto ao Número de Ventre • Digástrico:são dois ventres musculares ligados por um tendão intermediário. Exemplo: M. Digástrico; Figura 22 Fonte: HEIDEGGER, 2006 • Poligástrico:são mais de dois ventres musculares ligados por tendões intermediários. Figura 23 Fonte: HEIDEGGER, 2006 18 19 Classificação Funcio nal dos Músculos A contração muscular não é algo muito fácil se pensarmos no conjunto de mús- culos envolvidos para a simples pega de um objeto caído no chão. Inicialmente, pensamos apenas em músculos que devam flexionar os dedos para finalizarmos nossa tarefa. No entanto, muitos outros músculos estão envolvidos. Chamamos de agonistas os músculos que executam o principal movimento na execução dessa tarefa. Nesse caso, seriam os flexores dos dedos. Porém, os múscu- los que executam movimento contrário a fim de regular a velocidade e a potência da contração seriam os antagonistas (extensores). Sinergistas seriam os músculos que favoreceriam a ação do principal músculo, os flexores dos dedos que também flexionariam o punho dificultando a pega do objeto. Os extensores, quando se con- traem, estabilizam o punho e, não permitindo sua flexão, atuam como sinergistas. 19 UNIDADE Sistema Muscular Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Livros Princípios de Anatomia Humana TORTORA, J., G., NIELSEN, T., M. Princípios de Anatomia Humana, Sistema Muscular. Os Principais Músculos do Esqueleto. 12ª edição. Leitura The prevalence of fibromyalgia in Brazil – a population-based study with secondary data of the study on chronic pain prevalence in Brazil https://bit.ly/2oZSA5Y Hacia la Promoción de la Salud https://bit.ly/2oP0Fuo Tratamento focal da espasticidade com toxina botulínica Ana paralisia cerebral GMFCS nível V – Avaliação de efeitos adversos https://bit.ly/2p7DFqz 20 21 Referências ALVES, N. Anatomia para o curso de odontologia geral e específica. Nilton Alves, Paulo L. Cândido. 4. ed. [Reimpr.]. - Rio de Janeiro: Santos, 2019. [Minha Biblioteca]. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/ books/9788527730389/>. GRAAFF, K. M. van de. (Kent Marshall), 1942. Anatomia humana. Kent M. Van De Graaff ; [tradução da 6. ed. original e revisão científica Nader Wafae]. Barueri, SP: Manole, 2003. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/ books/9788520452677/>. HEIDEGGER, W. Atlas de Anatomia Humana. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. [Minha Biblioteca]. Disponível em: <https://integrada.minhabi blioteca.com.br/#/books/978-85-277-2162-2/>. JUNQUEIRA, L. C. U. 1920-2006. Histologia básica: texto e atlas. L. C.U. Jun- queira, José Carneiro; autor-coordenador Paulo Abrahamsohn. 13. ed. [Reimpr.]. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. il. [Minha Biblioteca]. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527732178/>. LAROSA, P. R. R. Anatomia humana: texto e atlas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. [Minha Biblioteca]. Disponível em: <https://integrada.minhabibli oteca.com.br/#/books/9788527730082/>. MOORE, K. L. Anatomia orientada para a clínica. Keith L. Moore, Arthur F. Dalley; Anne M. R. Agur; trad. Claudia Lucia Caetano de Araujo. 7. ed. [Reimpr.]. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. Disponível em: <https://integrada. minhabiblioteca.com.br/#/books/978-85-277-2585-9/>. TORTORA, J. G.; NIELSEN, T. M. Princípios de Anatomia Humana. 12. ed. [Minha Biblioteca]. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/ books/978-85-277-2301-5/>. 21
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