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Relatório 2 - Lab Análise Intrumental

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS 
Programa de Graduação em Engenharia Química 
 
 
Bernardo Lopes Pereira 
Felipe Ferreira Vannucci de Castro 
 
Orientadora: Lucilaine Valéria de Souza Santos 
Disciplina: Laboratório de Análise Instrumental 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOSAGEM DE ÁCIDO ACETILSALICÍLICO EM MEDICAMENTOS 
Prática 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belo Horizonte 
2020 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 – Reação de titulação ........................................................................... 8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
Gráfico 1 – Curva de titulação (1ª replicata) ..................................................... 10 
Gráfico 2 – Primeira derivada (1ª replicata) ...................................................... 10 
Gráfico 3 – Segunda derivada (1ª replicata) ..................................................... 11 
Gráfico 4 – Curva de titulação (2ª replicata) ..................................................... 12 
Gráfico 5 – Primeira derivada (2ª replicata) ...................................................... 13 
Gráfico 6 – Segunda derivada (2ª replicata) ..................................................... 13 
Gráfico 7 – Curva de titulação (3ª replicata) ..................................................... 15 
Gráfico 8 – Primeira derivada (3ª replicata) ...................................................... 15 
Gráfico 9 – Segunda derivada (3ª replicata) ..................................................... 16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1 – Primeira replicata .............................................................................. 9 
Tabela 2 – Segunda replicata........................................................................... 11 
Tabela 3 – Terceira replicata ............................................................................ 14 
Tabela 4 – Ponto de equivalência .................................................................... 16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 6 
2 OBJETIVOS .................................................................................................... 7 
3 MATERIAIS E PROCEDIMENTOS ................................................................. 7 
3.1 Materiais ................................................................................................... 7 
3.2 Procedimentos .......................................................................................... 7 
4 ANÁLISE DE DADOS E RESULTADOS ......................................................... 8 
4.1 Reação de titulação do ácido acetilsalicílico ............................................. 8 
4.2 Curvas de titulação e gráficos de primeira e segunda derivada ................ 8 
4.2.1 Primeira replicata ................................................................................ 9 
4.2.2 Segunda replicata ............................................................................. 11 
4.2.3 Terceira replicata .............................................................................. 14 
4.2.4 Análise de dados e Resultados ........................................................ 16 
5 CONCLUSÃO ................................................................................................ 19 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................. 20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
1 INTRODUÇÃO 
O ácido acetilsalicílico, popularmente conhecido como aspirina, possui 
alta aplicabilidade como medicamento, tendo funções anti-inflamatórias, 
analgésicas, antitérmicas, além de possuir a capacidade de inibir a formação de 
substâncias mensageiras da dor. Entretanto, quando fora das condições 
adequadas, ele pode causar o efeito contrário gerando dores para quem o utiliza 
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013). 
Sendo assim, é fundamental que a quantidade de AAS presente em cada 
comprimido seja rigorosamente dosada, não tendo variações significativas ao 
que é informado na bula. Dessa forma, para garantir a qualidade do 
medicamento, é possível utilizar a titulação potenciométrica, que se consiste na 
titulação clássica, mas com a medição do pH. De outro modo, o titulante é 
adicionado à bureta volumétrica para reagir com o titulado, que contém a espécie 
de interesse, até o ponto que as substâncias reajam por completo. Além disso, 
titulações potenciométricas oferecem resultados mais confiáveis do que os 
fornecidos por titulações que utilizam indicadores químicos e são úteis com 
soluções turvas, coloridas e opacas (SKOOG, 2014). 
Na prática em questão, devido ao isolamento social, os procedimentos 
foram feitos pela técnica responsável, detalhadamente filmados e os resultados 
foram repassados posteriormente por meio da plataforma Canvas Instructure. 
Dessa forma, como todo experimento científico, é possível a ocorrência de erros 
de medição, seja devido a imprecisões humanas ou até mesmo de 
equipamentos. 
De forma a minimizar os erros citados e definir o valor mais exato possível, 
trabalhamos com a primeira e segunda derivadas do pH da solução em função 
da quantidade de hidróxido de sódio adicionado à solução. Na primeira derivada, 
os pontos finais ficam bem ressaltados e são coincidentes com o ponto máximo 
do gráfico, ou seja, onde ocorre a maior variação e, consequentemente o ponto 
de equivalência. A derivada segunda é ainda mais precisa, já que por meio dela 
é possível observar o ponto do volume que o pH’’ é igual a zero. 
 
 
 
 
7 
 
2 OBJETIVOS 
 Determinar o teor de ácido acetilsalicílico em um medicamento por meio 
da titulação potenciométrica. 
 
3 MATERIAIS E PROCEDIMENTOS 
3.1 Materiais 
• pHmetro; 
• Balança analítica; 
• Agitador magnético; 
• Almofariz e pistilo; 
• 01 vidro de relógio; 
• 01 béquer de 100 mL; 
• 01 proveta de 50 mL; 
• 01 proveta de 5 mL; 
• 01 bureta de 20 mL; 
• Comprimido de ácido acetilsalicílico; 
• Água destilada; 
• Etanol; 
• Solução padrão de hidróxido de sódio 0,2000 mol/L; 
3.2 Procedimentos 
 Primeiramente, com o auxílio da balança analítica, pesou-se em triplicata 
um comprimido de ácido acetilsalicílico, tanto com o medicamento inteiro quanto 
com ele macerado. Esses valores foram anotados em uma folha de papel. 
 Feito isso, foi adicionado ao béquer o comprimido macerado e, utilizando 
as buretas, 50,0 mL de água destilada e 5,0 mL de etanol. Em seguida, essa 
solução foi colocada sob agitação. 
 Posteriormente, realizou-se a montagem correta da titulação da solução 
que contém o ácido acetilsalicílico com a solução padrão de hidróxido de sódio. 
Há que se ressaltar que antes da titulação ser iniciada, a bureta foi devidamente 
zerada, a fim de evitar possíveis erros de medição. 
8 
 
Por fim, mediu-se o pH inicial da solução e a titulação foi realizada 
adicionando incrementos de 0,20 mL de titulante e anotando os pHs 
correspondentes. Essa etapa foi também feita em triplicata. 
4 ANÁLISE DE DADOS E RESULTADOS 
4.1 Reação de titulação do ácido acetilsalicílico 
 A reação de titulação do ácido acetilsalicílico com o hidróxido de sódio 
pode ser descrita como mostra a equação da Figura 1. O NaOH é uma base 
forte, portanto, se dissocia por completo, já o AAS é um ácido fraco, logo, nem 
todo ácido em solução se encontra na forma desprotonada. Com isso, é possível 
afirmar que existe um Ka envolvido nessa reação, que será calculado 
posteriormente. 
Figura 1 – Reação de titulação 
 
Fonte: Autoria própria 
 
4.2 Curvas de titulação e gráficos de primeira e segunda derivada 
Apóstodos os procedimentos descritos serem realizados, foram feitas 
tabelas (Tabela 1, Tabela 2 e Tabela 3) com os resultados obtidos, a fim de 
permitir a determinação do volume de titulante no ponto de equivalência, além 
de possibilitar o cálculo do pKa do ácido acetilsalicílico. Para isso, com essas 
tabelas, foram traçados três tipos de gráficos diferentes: os que relacionam o pH 
com o volume de NaOH (Gráfico 1, Gráfico 4 e Gráfico 7) e os da sua primeira 
(Gráfico 2, Gráfico 5 e Gráfico 8) e segunda (Gráfico 3, Gráfico 6 e Gráfico 9) 
derivadas. 
 Todos esses três tipos de gráficos apresentam aproximações para o 
volume de NaOH no ponto de equivalência. Entretanto, como dito anteriormente, 
com o da primeira derivada é mais fácil definir esse valor quando comparado 
com o da curva de titulação e com o da segunda derivada é ainda mais fácil do 
que com o da primeira. Basta verificar em qual ponto o gráfico corta o eixo das 
abscissas no intervalo no qual a variação da derivada segunda é mais 
acentuada. Para determinar o pKa, é necessária a utilização do gráfico da curva 
9 
 
de titulação. O pH correspondente à metade do volume de NaOH encontrado no 
ponto de equivalência será igual ao pKa do ácido acetilsalicílico. 
4.2.1 Primeira replicata 
 
Tabela 1 – Primeira replicata 
 
Incremento 
VNaOH 
(mL) 
pH 
1ª 
derivada 
Vm(1) 
(mL) 
2ª 
derivada 
Vm(2) 
(mL) 
1 0,00 2,98 - - - - 
2 0,20 3,20 1,10 0,10 - - 
3 0,40 3,37 0,85 0,30 -1,25 0,20 
4 0,60 3,47 0,50 0,50 -1,75 0,40 
5 0,80 3,70 1,15 0,70 3,25 0,60 
6 1,00 3,89 0,95 0,90 -1,00 0,80 
7 1,20 4,02 0,65 1,10 -1,50 1,00 
8 1,40 4,18 0,80 1,30 0,75 1,20 
9 1,60 4,40 1,10 1,50 1,50 1,40 
10 1,80 4,60 1,00 1,70 -0,50 1,60 
11 2,00 5,20 3,00 1,90 10,00 1,80 
12 2,20 7,50 11,50 2,10 42,50 2,00 
13 2,40 10,52 15,10 2,30 18,00 2,20 
14 2,60 11,10 2,90 2,50 -61,00 2,40 
15 2,80 11,29 0,95 2,70 -9,75 2,60 
16 3,00 11,33 0,20 2,90 -3,75 2,80 
17 3,20 11,39 0,30 3,10 0,50 3,00 
18 3,40 11,42 0,15 3,30 -0,75 3,20 
19 3,60 11,48 0,30 3,50 0,75 3,40 
20 3,80 11,50 0,10 3,70 -1,00 3,60 
21 4,00 11,54 0,20 3,90 0,50 3,80 
22 4,20 11,59 0,25 4,10 0,25 4,00 
23 4,40 11,68 0,45 4,30 1,00 4,20 
24 4,60 11,70 0,10 4,50 -1,75 4,40 
25 4,80 11,72 0,10 4,70 0,00 4,60 
26 5,00 11,73 0,05 4,90 -0,25 4,80 
 
Fonte: Autoria própria 
10 
 
Gráfico 1 – Curva de titulação (1ª replicata) 
 
 
 
Fonte: Autoria própria 
 
Gráfico 2 – Primeira derivada (1ª replicata) 
 
 
 
Fonte: Autoria própria 
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00
p
H
Volume de NaOH
pH em função do volume de NaOH
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
16,00
0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00
1
ª 
d
er
iv
ad
a
Volume de NaOH
1ª derivada em função do volume de NaOH
11 
 
Gráfico 3 – Segunda derivada (1ª replicata) 
 
 
 
Fonte: Autoria própria 
4.2.2 Segunda replicata 
 
Tabela 2 – Segunda replicata 
 
Incremento 
VNaOH 
(mL) 
pH 
1ª 
derivada 
Vm(1) 
(mL) 
2ª 
derivada 
Vm(2) 
(mL) 
1 0,00 3,04 - - - - 
2 0,20 3,16 0,60 0,10 - - 
3 0,40 3,33 0,85 0,30 1,25 0,20 
4 0,60 3,47 0,70 0,50 -0,75 0,40 
5 0,80 3,63 0,80 0,70 0,50 0,60 
6 1,00 3,81 0,90 0,90 0,50 0,80 
7 1,20 3,97 0,80 1,10 -0,50 1,00 
8 1,40 4,14 0,85 1,30 0,25 1,20 
-65,00
-55,00
-45,00
-35,00
-25,00
-15,00
-5,00
5,00
15,00
25,00
35,00
45,00
0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00
2
ª 
d
er
iv
ad
a
Volume de NaOH
2ª derivada em função do volume de NaOH
12 
 
9 1,60 4,35 1,05 1,50 1,00 1,40 
10 1,80 4,59 1,20 1,70 0,75 1,60 
11 2,00 4,92 1,65 1,90 2,25 1,80 
12 2,20 7,80 14,40 2,10 63,75 2,00 
13 2,40 10,40 13,00 2,30 -7,00 2,20 
14 2,60 10,83 2,15 2,50 -54,25 2,40 
15 2,80 11,07 1,20 2,70 -4,75 2,60 
16 3,00 11,20 0,65 2,90 -2,75 2,80 
17 3,20 11,33 0,65 3,10 0,00 3,00 
18 3,40 11,43 0,50 3,30 -0,75 3,20 
19 3,60 11,47 0,20 3,50 -1,50 3,40 
20 3,80 11,55 0,40 3,70 1,00 3,60 
21 4,00 11,57 0,10 3,90 -1,50 3,80 
22 4,20 11,59 0,10 4,10 0,00 4,00 
23 4,40 11,66 0,35 4,30 1,25 4,20 
24 4,60 11,67 0,05 4,50 -1,50 4,40 
25 4,80 11,71 0,20 4,70 0,75 4,60 
26 5,00 11,73 0,10 4,90 -0,50 4,80 
 
Fonte: Autoria própria 
 
Gráfico 4 – Curva de titulação (2ª replicata) 
 
 
 
Fonte: Autoria própria 
 
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00
p
H
Volume de NaOH
pH em função do volume de NaOH
13 
 
Gráfico 5 – Primeira derivada (2ª replicata) 
 
 
 
Fonte: Autoria própria 
 
 
Gráfico 6 – Segunda derivada (2ª replicata) 
 
 
 
Fonte: Autoria própria 
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
16,00
0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00
1
ª 
d
er
iv
ad
a
Volume de NaOH
1ª derivada em função do volume de NaOH
-60,00
-50,00
-40,00
-30,00
-20,00
-10,00
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00
2
ª 
d
er
iv
ad
a
Volume de NaOH
2ª derivada em função do volume de NaOH
14 
 
4.2.3 Terceira replicata 
 
Tabela 3 – Terceira replicata 
 
Incremento 
VNaOH 
(mL) 
pH 
1ª 
derivada 
Vm(1) 
(mL) 
2ª 
derivada 
Vm(2) 
(mL) 
1 0,00 3,09 - - - - 
2 0,20 3,15 0,30 0,10 - - 
3 0,40 3,23 0,40 0,30 0,50 0,20 
4 0,60 3,40 0,85 0,50 2,25 0,40 
5 0,80 3,52 0,60 0,70 -1,25 0,60 
6 1,00 3,78 1,30 0,90 3,50 0,80 
7 1,20 3,88 0,50 1,10 -4,00 1,00 
8 1,40 4,02 0,70 1,30 1,00 1,20 
9 1,60 4,21 0,95 1,50 1,25 1,40 
10 1,80 4,46 1,25 1,70 1,50 1,60 
11 2,00 4,90 2,20 1,90 4,75 1,80 
12 2,20 7,60 13,50 2,10 56,50 2,00 
13 2,40 10,35 13,75 2,30 1,25 2,20 
14 2,60 10,72 1,85 2,50 -59,50 2,40 
15 2,80 10,94 1,10 2,70 -3,75 2,60 
16 3,00 11,15 1,05 2,90 -0,25 2,80 
17 3,20 11,28 0,65 3,10 -2,00 3,00 
18 3,40 11,30 0,10 3,30 -2,75 3,20 
19 3,60 11,50 1,00 3,50 4,50 3,40 
20 3,80 11,55 0,25 3,70 -3,75 3,60 
21 4,00 11,59 0,20 3,90 -0,25 3,80 
22 4,20 11,62 0,15 4,10 -0,25 4,00 
23 4,40 11,64 0,10 4,30 -0,25 4,20 
24 4,60 11,67 0,15 4,50 0,25 4,40 
25 4,80 11,70 0,15 4,70 0,00 4,60 
26 5,00 11,71 0,05 4,90 -0,50 4,80 
 
Fonte: Autoria própria 
 
 
 
15 
 
Gráfico 7 – Curva de titulação (3ª replicata) 
 
 
 
Fonte: Autoria própria 
 
Gráfico 8 – Primeira derivada (3ª replicata) 
 
 
 
Fonte: Autoria própria 
 
 
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00
p
H
Volume de NaOH
pH em função do volume de NaOH
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
16,00
0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00
1
ª 
d
er
iv
ad
a
Volume de NaOH
1ª derivada em função do volume de NaOH
16 
 
Gráfico 9 – Segunda derivada (3ª replicata) 
 
 
 
Fonte: Autoria própria 
4.2.4 Análise de dados e Resultados 
 
Tabela 4 – Ponto de equivalência 
 
Ponto de Equivalência 
Replicata Volume de NaOH (mL) pH 
1ª 2,24 3,97 
2ª 2,19 3,90 
3ª 2,20 3,82 
Média 2,21 3,90 
 
Fonte: Autoria própria 
 
Os valores da Tabela 4 foram retirados dos gráficos de cada replicata. 
Para atingir valores mais próximos dos reais, aumentamos a escala dos eixos, 
intercalando os valores com um intervalo de 0,2 (pH) e 0,1 mL (volume de 
NaOH). 
-65,00
-55,00
-45,00
-35,00
-25,00
-15,00
-5,00
5,00
15,00
25,00
35,00
45,00
55,00
65,00
0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00
2
ª 
d
er
iv
ad
a
Volume de NaOH
2ª derivada em função do volume de NaOH
17 
 
 Os pHs indicados na tabela são aqueles correspondentes da metade dos 
volumes de NaOH encontrados. Isso porque ainda iremos calcular o pKa da 
reação de titulação, portanto, apesar de não ter certeza do ponto final da reação, 
conseguimos identificar quando a metade da quantidade de ácido foi consumida. 
 Tendo em vista a neutralização do Ácido Acetilsalicílico (Figura 1), 
identificamos que se tratava de uma reação 1:1. Sendo assim, uma vez que 
obtivemos o volume médio de NaOH - em mL - para a realização completa da 
titulação, foi possível calcular a quantidade de matéria de ácido presentena 
amostra. 
 Para cada replicata, encontramos a quantidade de matéria de NaOH que 
foi consumida na titulação: 
 1ª Replicata 
 2,24x10-3 L x 0,2000 mol.L-1 = 4,48x10-4 mols de NaOH consumidos. 
 2ª Replicata 
 2,19x10-3 L x 0,2000 mol. L-1 = 4,38x10-4 mols de NaOH consumidos. 
 3ª Replicata 
 2,20x10-3 L x 0,2000 mol.L-1 = 4,40x10-4 mols de NaOH consumidos. 
 Com os três resultados de quantidade de matéria de hidróxido de sódio 
consumidos na titulação, foi possível obter a média: 
 Média = [
(𝟒,𝟒𝟖𝐱𝟏𝟎−𝟒)+(𝟒,𝟑𝟖𝐱𝟏𝟎−𝟒)+(𝟒,𝟒𝟎𝐱𝟏𝟎−𝟒)
𝟑
] mols = 4,42x10-4 mols de NaOH 
 Por se tratar de uma reação 1:1, conclui-se que também há 4,42x10-4 mols 
de ácido acetilsalicílico. Levando em conta a massa molar do AAS (180,158 
g/mol), foi possível calcular a massa do ácido presente na amostra com uma 
simples multiplicação. A massa encontrada foi de 7,96x10-2 g. 
 Visando obter o resultado (%m/m) do AAS em relação ao comprimido, 
realizamos a seguinte conta: 
Teor (%m/m) AAS = 
𝒎𝒂𝒔𝒔𝒂 𝒎𝒆𝒅𝒊𝒅𝒂 𝒅𝒆 Á𝒄𝒊𝒅𝒐 𝑨𝒄𝒆𝒕𝒊𝒍𝒔𝒂𝒍𝒊𝒄í𝒍𝒊𝒄𝒐
𝒎𝒂𝒔𝒔𝒂 𝒑𝒆𝒔𝒂𝒅𝒂 𝒏𝒐 𝒍𝒂𝒃𝒐𝒓𝒂𝒕ó𝒓𝒊𝒐
 x 100% 
 Considerando que a massa medida de AAS é 7,96x10-2 g e que a massa 
pesada no laboratório é 0,1211 g (média das 3 pesagens do comprimido 
macerado), chegamos ao seguinte resultado: 
Teor (%m/m) AAS = 65,7% 
18 
 
 Levando em conta a massa média do comprimido inteiro (0,1486 g), 
também pesada no laboratório, foi possível encontrar a massa de AAS no 
comprimido: 
0,657 x 0,1486 g = 0,0976 g de Ácido Acetilsalicílico 
 De acordo com o fabricante do medicamento, a quantidade de AAS 
presente no comprimido é 0,100 g. Sendo assim, levando em conta o valor 
encontrado e o valor indicado, calcula-se que há um erro de 2,4%. 
 As seguintes equações demonstram o comportamento do Ka em função 
da concentração dos componentes do equilíbrio: 
 Início da titulação: Ka = 
[𝑨−][𝑯𝟑𝑶+]
[𝑯𝑨]
 
 Metade do Ponto de Equivalência: Ka = 
𝟏
𝒎𝒐𝒍
𝑳
 [𝑯𝟑𝑶+]
𝟏 𝒎𝒐𝒍/𝑳
 
 No PE: Ka inexistente já que [HA] = 0 mol/L, invalidando a equação. 
 Portanto, para analisarmos o pKa da reação de neutralização do AAS com 
o hidróxido de sódio, tomamos como referência a metade do volume do ponto 
de equivalência. Sendo assim, o pKa passou a corresponder ao valor de pH no 
mesmo ponto. 
 Como o experimento foi realizado em triplicata, foram encontrados 3 
valores de pH: 3,97, 3,90, 3,82. A média dos valores de pH, e, portanto, o valor 
de pKa da reação, é 3,90. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
5 CONCLUSÃO 
 Em comparação com o resultado informado pelo fabricante, obtivemos um 
valor final com erro de apenas 2,4%. É um resultado satisfatório, pois está dentro 
do limite previsto pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 
 Além disso, pode-se afirmar que o experimento e a análise dos dados 
junto aos gráficos e tabelas, construídos com o auxílio de programas específicos, 
foram realizados em um curto espaço de tempo. É importante ressaltar que a 
demora em algumas análises é um ponto de atenção quando lidamos com a 
titulação potenciométrica, sendo assim, a velocidade desse experimento em 
específico foi um ponto positivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Farmacopeia Brasileira 
Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Volume 1. Disponível em: 
http://portal.anvisa.gov.br/documents/33832/260079/5%C2%AA+edi%C3%A7%
C3%A3o+-+Volume+1/4c530f86-fe83-4c4a-b907-6a96b5c2d2fc. Acesso em: 26 
ago. 2020. 
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Nota Técnica N°206/2013. Disponível em: 
http://www.saude.gov.br/images/pdf/2014/julho/31/--cido-acetilsalic--lico.pdf. 
Acesso em: 26 ago. 2020. 
SKOOG, D. et al. Fundamentos de Química Analítica: Tradução da 9ª edição 
norte-americana. 9. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2014. p. 562-563.

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