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– – 1p Teoria das Comunicações - Tamara Escola Americana Escola Marginal Surgiu no inicio do século XX, entre as duas grandes guerras, utilizando da propaganda para convencimento (Hitler), direcionando a opinião popular. Chicago, movimento sem visibilidade ou espaço, considerado atual, composta por sociólogos e antropólogos, tendo surgido no contexto da Lei Seca, da Crise de 1929 e da chegada de imigrantes. Surge a etnografia como estudo do meio. Nesse contexto, o indivíduo é critico, a resistência da comunidade é levada em conta; Palo Alto CA, formada na década de 1940 por Boston e Goffman, entende que a comunicação e a interação e tem significado. Se algum elemento do cenário muda, o elemento muda (pecas de xadrez). Mass Communication Research Não existia comunicação social no Brasil ate 1960 e poucos nos EUA, sendo apenas formado por cientistas políticos. Por isso, o MCR achava que poderia condicionar pensamentos e ideias através de persuasão/estimulo. Sociedade de massa: indivíduos que não se conectam, não se mobilizam, não tem raízes ou convicções. Uma sociedade behaviorista. MIDIA > MENSAGEM > MASSA > EFEITO DETERMINADO Teoria da Agulha Hipodérmica ou Bala Mágica Popularizou-se em 1920, bastava atingir o alvo para que ele caísse, as pessoas estavam indefesas, eram um organismo desgovernado a ser comandado por pessoas "lucidas". Lazarsfeld/Two step flow/Comunicação Em Dois Tempos Pesquisador de intenção de votos para confirmar a influencia dos meios de comunicação nas eleições, que acabou descobrindo a existência de um líder de opinião/influenciador/elemento intermediário. E a primeira vez que o contexto eh observado como diferencial. A partir daqui, o termo manipulação eh substituído por influencia. A comunicação eh meio forte, porem limitado. Lazarsfeld também eh funcionalista e começa a realçar os que precisam de visibilidade através da atribuição de status, a imprensa passa a definir quem eh importante naquela sociedade (filme "Amor por Contrato"). Funções narcotizantes na mídia: manter os indivíduos entretidos/ adormecidos, gerando um bombardeio de informações, criando uma apatia em massa. Escola de Lasswell De 1948, eram técnicas de propaganda utilizadas em um mundo pos- guerra. Era considerada uma Bala Magica ao utilizar o modelo funcionalista Quem? Diz o que? Para quem? Com qual efeito?. Lasswell foi um propagandista que iniciou a analise de conteúdo, estabelecendo um funcionalismo, uma analogia entre o corpo social e o biológico. Funcionalismo: a mídia tem função de controle social, eh um corpo humano (Tempos Modernos, Charles Chaplin). Unilateral: massa sem resposta/interação. Anomia social: problema de saúde em uma sociedade. Uma das maneiras de contribuir, eh a disseminação dos esteriótipos (Peca da C&A "sou gorda, me amo. Nos anos 1950, a publicidade é focada na mulher (comercial Budweiser). Teoria Matemática/Modelo de Shannon e Weaver/Informacional Em 1949 foi criada pelos engenheiros da telefônica que queriam reduzir os ruídos, aumentar o fluxo de ligações e consequentemente, o lucro. INFORMAÇÃO > MENSAGEM > TRANSMISSOR > SINAL > (RUIDO) > RECEPTOR > MENSAGEM > DESTINATÁRIO E um entendimento linear, sem retorno, apenas como transmissão de – – – – um único sentido de mensagem, a comunicação e vista como sistema. Resumo MCR o povo nao tem capacidade crítica, eh comandado; estudos eram quantitativos (audiência); imprensa mantém sob controle; primeiras pesquisas tem interesse em conhecer e entender sobre persuasão eficaz. Teoria de Frankfurt/Escola Alemã/Teoria Critica Na década de 1930, Horkheimer e Pollock fundam o Instituto de Pesquisa Social, com incentivo privado de uma família marxista, ao contrario das escolas americanas que eram financiadas pelo estado. Os empresários judeus transferem seus fundos para outros países de forma a garantir o investimento dos institutos. Em 1940, Adorno e Horkheimer, criam o conceito de industria cultural, ao se depararem com a era de ouro hollywoodiana em que a cultura havia se tornado mercadoria, impondo a fabricação de series de produtos industrializados (filmes, musicas, etc). Na opinião deles, tudo era igual e estereotipado, nao havia racionalidade técnica, mas de dominação, alem do consumo ter substituído a fruição. Oximoro: combinação de palavras opostas por efeito estético. Eles acreditavam que se aplicava a industria cultural. Eles se recusavam a usar o termo "cultura de massas", pois a mesma massa nao produzia nada, só consumia por condicionamento. Quando você se conforma, controla os lucros e garante a previsibilidade das manifestações sociais. Criticas: tudo eh repetitivo, a diversidade morreu e o experimento do novo nao tem espaço, efeito anestésico. Apocalípticos e Integrados (livro de 1964) Ler o prefacio e assistir o filme de sua autoria "O nome da rosa". Frases celebres de Eco "nem todas as verdades são para todos os ouvidos", "as redes sociais dão o direito de fala a um bando de idiotas". Conceito Fetiche: fixação dos autores em defender a mesma posição/ ponto de vista/premissa. Apocalípticos Escola de Frankfurt, pessimistas, negação. Atitude solitária, contemplação, aristocrática/elitista,, "sem capacidade critica", no entanto eles o são (os caras). Para Eco, a critica de Frankfurt a cultura de massa eh perda de tempo, ja que ela estava intrínseca ao próprio movimento, com o próprio Adorno prestando palestras em rádios. "A mídia que você tanto valoriza (o livro), foi o que iniciou esse processo cultural". Integrados – – – A cultura de massa alarga a área cultural, por estar a disposição de todos. A critica de Eco eh que os otimistas dificilmente criticam algo por lucrarem com as pesquisas sobre a massa, aceitando tudo o que eh proposto nesse sentido. para Eco, a cultura de massa era algo inevitavel, fenomeno social legitimo, menos lentas ou artesanais, mas a propria cultua de massa simplifica os meios (livros pockets) mais direcionado para agradar o consumo e condicionar o homem médio homem médio = consumidor comum Para Eco, a industria cultural eh "um sistema de condicionamento com o qual todo operador de cultura deve contar, se quer se comunicar com seus semelhantes" ele percebe um condicionamento das coisas, mas que isso nao eh determinante, as pessoas podem agir e pensar fora daquilo Paradoxo: apocalipticos e integrados nao percebem que tanto a cultura de massa quanto a aristocratica estao interligadas. varias referencias a cultura de massa tem origem na aristocratica que se comunica com a cultura de massa, mesmo que de modo indireto. Meios de comunicacao de massa eh material de evasao que aliena e adormece, como tambem pode informar e educar. agradar condicionar informar e educar ! mozart, a sociologia de um genio Para analisar essa comunicacao de massa, a metodologia utilizada deve ser a analise estrutural da mensagem, Eco sugere trocar o termo controverso Cultura de Massa por Comunicacao de Massa. Nao ha so maravilha, nao ha so alienacao. Analise central da mensagem: 1 levar em conta a linguagem empregada 2 o modo como sao percebidos e interpretados pelos receptores 3 contexto historico-cultural em que se insere a mensagem 4 pano de fundo politico e social que lhe da carater Super-homem na capa: ressalta que os apocalípticos se colocam acima dos demais. (inspirado em Nietzsche). Ja os integrados, traduz a passividade e bom sendo legal/oficial que se deve ter, sempre atuando em favor do status quo. AV2 Marshall McLuhan - Escola Canadense "O meio eh a mensagem". Destacado educador, formado em Artes, fez Mestrado em Literatura, intelectual, filosofo e teorico da comunicacao canadense. – – – – Analisou as transformacoes sociais provocadas pela revolucao tecnologica do computador e das telecomunicacoes. Ele via questoes reprodutivas de maneira positivas, os meios de comunicacao moldavam a sociedade, a natureza do dispositivo, molda a sociedade. A fala eh tecnologiaque deixa registros atraves da comunicacao, o conhecimento eh da ordem do coletivo, organizacao social que nao tinha ideia do individual, nao ha separacao social, todos estao juntos (roda indigena) Nos anos 50, comecou os seminarios sobre comunicacao e cultura, na Universidade de Toronto, com sua crescente repuutacao, a Univercidade decidiu criar o Centro de Cultura e Tecnologia para mantê-lo. Na decada de 1960, durante a Guerra Fria, ele ja vislumbrava um mundo conectado (globalizado). Em 1979, ele sofreu um derrame e a Universidade de Toronto tentou encerrar o centro de pesquisa, o que gerou varios protestos, dentre eles o de Woody Allen. Ele faleceu no ano seguinte. Perspectiva da escola canadense (Innis e McLuhan) teoria coloca os meios de comunicação como centro do processo a historia da sociedade deve ser vista a partir do exame da TI cotidiano. estruturase a partir das mediacoes tecnologicas os meios de comunicacao alteram os sentidos – meio condiciona o conteudo Nossos processos cognitivos sao influenciados pelo meio que a gente vive. Civilizacao oral = apenas fala, tradicional, apelo a divindade/tribal, sem o racional. primeiros tempos da humabidade, palavra. grandes narradores (idosos e viajantes por se aventurarem, serem o contato com o mundo externo). A vida era ciclica, rotineira. Ouvido predominava sobre a visao. Galaxia de Gutemberg = consumo do livro, a partir do consumo da midia impressa que o individuo deixa de usar o oral para o texto, se antes ele se sentava em rodas para discutir, ele passa a resolver os problemas sozinhos. Aqui a ideia do "individuo" comeca a ser desenvolvido, passamos a escolher o que iremos consumir/aprender. Voce comeca a se identificar com nacoes, valores com os quais nao cresceu. Conhece o mundo pelo olhar. Aldeia global (em nada tem a ver com a internet) = rompimento da herança social (nasceu pobre, será pobre), o radio e a tv conectaram o mundo em torno de grandes pautas e discussões. Por conta do audio- visual, ele entende que ha um regresso a oralidade. O termo se explica por trazer de volta a era da civilização global, tornando o mundo numa grande aldeia. Linear da lugar a simultaneidade eletrônica. Favorecimento da palavra falada, em detrimento da escrita. Nesse contexto, se utiliza a visão e a audição. ----------- Tradição oral varia muito, síndrome do telefone sem fio. Na escrita, ela fixa versões. Mcluhanism ou Mcluhancy? Considerado um dos autores mais controversos, ha quem ame e quem o odeie, considerando-o um lunático. Era o papa da comunicação, oráculo da eletrônica ou um improvisador brilhante com senso de loucura. Por que aldeia global? Em um passado remoto, o homem vivia em aldeias, que acabaram e deram lugar as nações. Nos anos 60, uma nova aldeia se formaria graças a eletricidade e redução de tempo e espaço por ela proporcionada. O estilo McLuhan Usar aforismos, falar uma frase cujo sentido nao eh tão claro e pode gerar conflitos, ex.: "nao explico, exploro", "noticias, mais que arte, são artefatos". A Galáxia de Gutenberg (1962), em que falava sobre o esgotamento da cultura escrita diante da eletrônica (tv, cinema e radio), foi um livro que o publico gostou, mas os intelectuais, nao por causa da reprodutibilidade do conteúdo que deveria ser compartilhado apenas com pessoas seletas. O Meio eh a Mensagem Frase mais célere do autor, gerou controvérsia, pois era comum se estudar o efeito do meio quando ao conteúdo, sem atentar para as diferenças de cada suporte midiático (jornal, radio, tv). Quando se transpõe uma mensagem de um meio para outro, ha uma reelaboracao completa. O meio condiciona a mensagem, da uma forma. O próprio meio de comunicação torna-se um elemento da mensagem, pois as mensagens existem soltas no éter. Cada meio evoca uma gramática própria ou eh mais adequado para cada tipo de interação (termino de namoro por whatsapp, representa descaso). Para McLuhan a frase "o livro eh melhor que o filme" eh uma frase – – – – – – – – incoerente, pois nao eh possível comparar meios de naturezas distintas e por conseguinte, experiências diferentes. Sonambulismo : a cegueira de nao ver o meio "O conteúdo de um meio de comunicação eh como um pedaço de carne que o ladrão leva para distrair o cão e roubar a casa", ou seja, parem de se esforçar no conteúdo da mensagem, atentem para o meio em que estah. O cão de guarda = a consciência entretida com com o conteúdo (assistir novela) ao invés de refletir sobre estar assistindo tv. Resumo de McLuhan: meios tem efeitos peculiares na percepção das pessoas. O mesmo carrega uma imagem em si; cada meio tem uma gramática própria, evocando sensações diferentes; toda a tecnologia cria um novo ambiente, muda a sociedade; as sociedades sempre foram moldadas mais pela natureza dos meios que os homens usam para se comunicar do que pelo conteúdo da comunicação. Meios como extensão do corpo: Understand media; toda a tecnologia eh uma extensão do homem. A roda eh uma extensão do pe, a roupa uma extensão da pele; o livro muda o universo do olho. o radio prolonga a audicao; Maquina a vapor permite expansão capitalista e eletricidade possibilita a aldeia global. Meios quentes e frios – – quentes, aqueles que te exigem atenção constante, alto envolvimento, como livro ou radio; frios, vários sentidos envolvidos, de mais fácil compreensão,, requer maior interação do espectador, tv, telefone. -------- Edgard Morin Antropologo, sociologo e filosofo, graduado em Direito, Economia Historia e Geografia. Se autoiintitulava como "contrabandistas de saberes". Os meios de comunicacao de massa sao promotores da felicidade. Associa seu conceito de novos olimpianos aos nossos idolos atuais. 1962 Cultura de Massa no seculo XX - O espirito do tempo. Eh dificil alinha-lo a uma unica escola, pois ele elaborou varios conceitos que tramitam por todas elas. Ele pensa que os produtos massivos como cultura, criticando os intelectuais por julgar a existencia somente da cultura culta. Ele acredita que todas as culturas estao interligadas (popular, culta, religiosa, nacional, etc), porem entende que a cultura de massa seja maior entre as outras. A partir da decada de 30, a populacao passa a ter poder aquisitivo e ter uma vida de lazer, em que parte da sua renda eh para consumir as midias (cinemas, tv). O que era exclusivo das classes dominantes. O trabalho deixa de ser fisico ou artesanal, para industrial ou tecnico. "seiva da vida encontra novas irrigacoes fora do trabalho". Vivencias vao se refugiar no lazer e na vida privada. O objetivo de Morin eh criar uma sociologia da cultura contemporanea. Ele ve dialogo entre uma cultura "culta" popular. A cultura de massa eh um conjunto de simbolos, mitos. Ele percebe que industria cultural constroi arquetipos, pelo fato de atrair o grande publico. A cultura de massa eh uma forma de a mentalidade daquelas pessoas que estao consumindo. Cultura = complexo de normas, mitos e imagens, penetra no individuo, orienta instintos e emocoes. de Massa = ha uma producao industrial, uma fabricacao macica e a cultura de massa como cultura. Ele acha que a arte tem capacidade de transcender (Hollywood tambem cria obras-primas). Neurose = transtorno mental que causa tensao, mas nao interfere com o pensamento racional. A massa "te buga" as vezes, mas voce ainda tem senso critico. Pelo fato da cultura de massa ser suoerior a outras, ela acaba enfraquecendo as demais diante do argumento da industria cultural (alta reprodutividade). Ele distingue a cultura culta (livro, musica, teatro). Os cds e o radio se multiplicaram e os livros tornam obras classicas asseciveis. O processo de vulgarizacao, ou seja, trazer mais proximo do universo do espectador: 1) simplificacao, retira o complexo (Porta dos Fundos e Ford, simplifica tanto que fica sem nada); 2) modernizacao, introduz o moderno ao ambiente do passado (Van Gogh filme em desenho, embora seja de epoca,a linguagem eh atual); 3) maniqueizacao, potencializa o antagonismo entre o bem e o mal; 4) atualizacao, mais radical que a modernizacao, envolve a transferencia do passado para o presente (Maria Antonieta). A cultura de massa eh grande fornecedor de mitos, mas nao apenas causa alienacao, porem ajuda a integrar o individuo a cultura de massa existente. Por isso, publicos que nao eram contemplados (mulheres, crianca, idoso) sao criados. A industria cultural vai fazer e pensar em produtos e pessoas a partir do momento que ela entende o desejo da audiencia, "a cultura de massa eh produto de uma dialetica producao-consumo" ou projeto identificacao. Homem Medio, Clareza e Sincretismo Sao os gostos comuns da massa. Sincretismo eh deixar aquele produto atraente para os mais diversos publicos possiveis (Shrek). Sincretismo religioso = mistura Ha um dialogo entre producao e consumo, mas eh desigual. O ponto eh entender ate que ponto a industria cultural satisfaz o interesse do publico. O cinema eh um cenario que confere a aparencia de realidade. O – – – – ator parece quase real, um sosia do espectador. Um heroi simpatico (homem-aranha) ligado identificativamente com o espectador. Difere do heroi tragico. Ha um elo sentimental entre heroi e espectador, se tornando o alter ego do publico. Happy End A ideia de felicidade se torna o nucleo afetivo do novo imaginario. Eh a felicidade dos herois imaginarios, conquistada depois de provacoes. Limita a tragedia enquanto genero. Ele expulsa a tragedia e o absurdo, divulgando a felicidade e o otimismo. Atraves do elo com o heroi, nao eh possivel matá-lo. Novos Olimpianos Encanariam a ideia de sucesso, bem-estar. Sao deuses ou semi- deuses porquanto humanos, no sentido de que tem sua forca no papel que encarnam e sua fraqueza "humana" na vida privada. Destronam antigos modelos como pais, educadores ou herois nacionais. Meios de comunicacao elevam a qualidade de fato historico sutuacoes que nao tem importancia, somente porque envolvem esses "deuses". Tipos de olimpianos pelo imaginario, pelos papeis que encarnam em filmes e tv; pela funcao sagrada, presidencia, realeza, juizes; pelos trabalhos heroicos, esportistas; pelo erotismos, sex symbols. Vedetizacao, conceito feito por ele, sao pessoas que fazem tudo que pode ser comovente, sensacional. Transformam o leitor em um voyer e famosos em deuses com informacao e consumo da vida privada dessas pessoas. O mais desejado pela imprensa eh o olimpiano em situacao de sensacionalismo. A arte tem a capacidade de ser transcendente, de ultrapassar a homogeneidade. -------- Habermas Filosofo e sociólogo alemao, segunda geração da escola de Frankfurt. Racionalidade instrumental para alem de Frankfurt, ele resignifica a ideia. Agir comunicativo e agir estrategico, existe industria cultural, mas nem tudo se enquadra nisso, ha interacoes na vida do individuo que nem sempre sao regidas pela autoridade ou venda. Esfera Sistemica e Mundo da Vida, o primeiro tenta colonizar o outro. Esfera publica, a que ele atribuiu ao jornalismo. Papel dos meios de comunicacao com duplo papel: instancia de manipulacao que dialogam com esferas sistemicas e com noticias importantes que podem ser veiculadas como o mundo da vida. 2 Planos Interacao entre individuos = comunicar nao eh so trocar informacoes (a partir de 70). Ocorre em um contexto, no qual a vontade do individuo tambem conta. Estudo da esfera publica (decada de 60) e mudanca de oublico. Para ele, comunicacao eh um fenomeno central que nos faz seres humanos Plano 1: Agir comunicativo pertence ao mundo da vida, sao as interacoes e processos basicos em que nao existe o processo de dominar ou convencer o outro. Comunicacao coomo nosso processo mais basico, pois entramos no mundo da vida a partir da linguagem, o qye leva a competencia comunicativa. Cultura: reserva de saber, conjunto dos valores, formas de expressao, perspectivas que servem como fontes para o entedimento entre os participantes. "A partir dela, participantes da comunicacao extraem interpretacoes no momento em que tentam se entender sobre algo novo no mundo". Genuino, honestos, as condicoes de falas entre os participantes sao justas, sem segundas intencoes ou finalidades estrategicas. Ele vai tentar demonstrar que democracia nao eh um grande fingimento, que florescia e desenvolvia naquele tempo. Ele quer a permanencia da democracia e do debate. Vies de confirmacao = quando voce encontra com uma noticia que endossa seus pensamentos, seu cerebro acredita imediatamente, nao duvida daquilo. Envolve tres questoes principais: veracidade, sentimentos sinceros e normas justas. Linguagem (tambem gestual) como performance, com resultados praticos Uma acao socual eh uma interacao entre duas pessoas que, em determinado momento, compartilham entre si significados de acordo com uma serie de regras que ambos aceitam. Ex.: a pessoa que muda de tom quando esta irritada ou precisa de algo. Conseguimos nos comunicar, pois em linhas gerais, ha um roteiro a ser seguido em nossas relacoes. Acoes Racionais Em alguns momentos, o autor utiliza razao e emocao como sinonimos. Para que tenhamos uma democracia fortalecida, em que as pessoas possam dialogar e trocar ideias com o outro, precisamos agir mais com a logica racional do que com a esfera sistemica. Ele queria que a democracia tivesse bases para prosseguir. Acao racional ou entendimento mutuo eh querer o bem coletivo. Ja a acao estrategica, eh prevalecer sobre o outro, sucesso individual. Se tudo esta manipulado, como voces ainda pensam? Na dialetica di esclarecimento, a razao nao permite a emancipacao. Habermas reconhece a razao instrumental, mas desdobra essa ideia, discutindo de uma maneira que reconhece a instrumental, mas percebe tambem a razao comunicativa e estrategica. Habermas defende, como proposta para a sociedade, que transitemos progressivamente da acao estrategica para a acao comunicativa. Nesse tipo de acao, a orientacao deixa de ser exclusivamente para o sucesso individual e passa a se denominar como orientacao para o entendimento mutuo. Nesse ambito, os atores procuram harmonizar seus interesses e planos de acao, atraves de um processo de discussao, buscando um consenso. No agir comunicativo, ha um espaco para o dialogo. Plano 2: Esfera Publica No seculo XVIII, nao existia um espaco livre para o debate, com a ascensao da burguesia, que reaparece um novo espaco para a discussao. Essa burguesia para conseguir tirar os reis do poder, comeca a se reunir em espacos de arte e saraus para trocar – – – – informacoes e opinioes puliticas. Utilizando-se da ajuda da imprensa a fomentar essa esfera de debate. Essa esfera só pode existir por meio de uma democracia (governo representativo) e uma constituição liberal, ambas liberdades básicas. O associacionismo era uma forca construtiva organizacional que gerou reinvidicacoes para mudanças políticas e culturais. Imprensa e esfera publica A reproducao em larga escala faz ideia circularem e altera a relacao do homem com o conhecimento. Ou seja, a imprensa causara o fim do monopolio do conhecimento. A esfera publica eh o conjunto dos espacos de discussao social, pois a partir do livre debate, procura-se um entendimento. Fatores que consolidam a esfera publica: espacos em comum (museus, teatros); crescimento da comunicacao social (editoras, imprensa); surgimento de publico leitor atraves de sociedades de leitura; transportes melhorados e centros de sociabilidade (cafeterias). ------- Estudos Culturais Surgiu em Londres, na decada de 60, na consolidacao da tv, em que a cultura de massa passa a ocupar lugares tradicionais, desafiando a separacao de alta cultura e cultura popular. Nao pertence a nenhuma area academica, pertence a varios ambientes como historia, sociologia, etc. Raymond Williams, Richard Hoggarts (As utilizacoes da cultura, 1957) e Edward Thopmson sao os tres pais fundadoresda Escola. Stuart Hall, de origem jamaicana, assumiu a direcao do instituto de 68 a 79, sendo responsavel por uma guinada no Instituto. Diferente de outros autores, eles tinham origem mais humilde. Campo de pesquisa de encontro entre a comunicacao e a cultura. Com influncia de marxista, gramsciniana e aciona a filosofia, sociologia, etnografia, teoria da literatura e historia. Etnografia registro de longa duracao descritivo da cultura material de determinado grupo, atraves de observacao participante. Mars a sociedade era explicada pela sua economia/producao. Eles so viam a opressao por parte daqueles que exploravam o trabalho. O que distingue os Estudos Culturais de disciplinas academicas tradicionais eh seu envolvimento explicitamente politico. As analises nao pretendem nunca serem neutras ou imparciais. Na critica, fazem das relacoes de poder numa situacao cultural ou social determinada, os Estudos Culturais tomam partidos dos grupos em desvantagem. Eles focam o estudo em grupos marginalizados, minorias. Afirmavam que todas as formas de expressao, mesmo nessas culturas mais humildes, tinham riquezas culturais proprias. Eles sao engajados em defender esses grupos que sofrem algum tipo de preconceito por outro prisma. – – – – – – – – – Para eles, existe cultura em varios meios, como o rapaz que sai do trabalho e vai ao pub, ou seja, eles reivindicam a cultura do povo. Classificam a sociedade eh uma grande arena, em que estamos em uma briga simbolica a todo tempo, querendo sobrepor sobre a opiniao do outro. Cultura e Sociedade por Raymond Williams (1958), repensando a ideia de cultura que era associada ao cultivo, e que tiveram variacoes de significado, mas para ele tudo eh a mesma coisa, cultura eh tudo criado pelo homem em sociedade. estado geral ou habito da mente estado de desenvolvimento intelectual de uma sociedade conjunto de artes modo de vida material e intelectual Comunicacao eh transmissao, recepcao e resposta. A formacao de classe operaria inglesa (1963) de Thompson era militante do partido comunista e assim como Hoggarts, ministrou para a formacao de alunos. Cultura sera as pequenas praticas do dia-a-dia que unem/dao identidade ao grupo (pub, usar bone). Destaques dessa vertente: cultura como rede viva de praticas, papel do individuo em primeiro plano; analisam expresoes culturais que nao eram usuais, foco na cultura popular; cultura como algo interdisciplinar; estudos culturais podem ser pensados como uma resultante da tensao entre demandas politicas e teoricas; todo espaco de cultura envolve a construcao de hegemonia e – contra a hegemonia (critico). Supera a nocao de ideologia: conjunto de ideias pertencentes a classe dominante que sao universalizadas e incorporadas pelas classes dominadas. !guia afetivo da periferia, faustini ------ Meios de comunicacao como arenas de disputas de uma cultura em luta. A sociedade eh uma grande arena, existe ali uma dimensao politica, uma briga por poder. Ha um poder higemonico ali instituido para resignificar seu proprio movimento. Meios de comunicacao como produtores culturais inseridos em um contexto historico e social particular. Meios de comunicacao de massa nao somente como entretenimento, mas como aparelhos ideologicos do Estado. Porem, ha estrategias de resistencia. Carater das pesquisas Relacoes entre cultura, historica e sociedade Atraves da analise da cultura eh possivel reconstituir o comportamento e a constelacao de ideias de uma sociedade. Enfatiza a atividade humana, a producao ativa de cultura, em vez de consumo passivo. Classes populares possuem formas culturais proprias, ou seja, pesquisar as culturas marginalizadas, estudá-las e mostrar que ha valor nessas culturas. Relacao com os movimentos culturais: Woman`s Liberation Moviment, Worker`s Education Association. Principais objetivos Era para ser um campo de discussoes e ideias e nao disciplina academica. Trazendo para a comunicacao, podemos ter estruturas culturais em: coberturas jornalisticas, analises textuais dos meios massivos, a recepcao das mensagens no grupo. A metodologia deve ser pela analise de conteudo, de recepcao, etnografia, autobiografias e historias de vida. Ampliacao do conceito de cultura A cultura darao enfase no individuo. Quando analisamos as perspecticas norte americanas, a sociedade esta construida e o individuo vive aquelas regras. Nas estruturas culturas, o individuo nao eh esse ser anulado pelas forcas sociais, eh alguiem autonomo, com capacidade de reflexao, que ajuda a construir a vida em sociedade. Cultura eh construida pelo individuo e tambem o constroi. Nos questionamos e mudamos as regras. Cultura como rede complexa de significacoes que confere m sentido comum aos comportamentos e discursos dos atores individuais. – – – Analise dos sistemas simbolicos nao eh uma ciencia experimental, mas uma ciencia interpretativa. A gente olha para os fenomenos com base no que os autores falam, do que as teorias nos ajudam a pensar e bolamos uma interpretacao. Recepcao e Identidade Pergunta tipica: como uma adolescente negra se ve diante dos padroes diferentes da midia? Audiencia eh ao mesmo tempo receptor e fonte de mensagem Para Hall, existem tres tipos de decodificacao: Dominante, sao modos de ver hegemonicos (naturais e legitimos) Oposicional, visao de mundo contraria Negociada, mescla de elementos de oposicao e de adaptacao, um misto de logicas contraditorias que subscreve em parte, as significacaoes e valores dominantes (luta pra mudar a representacao, contesta dentro). Liv Sovik, professora de Comunicacao da UFRJ, livro "Aqui ninguem eh branco", analisa a hegemonia branca que se exerce silenciosamente, com um discurso amistoso de mesticagem (Neymar branco). Isso acontece em dois momentos, segundo a autora, quando ha apenas pessoas brancas em um ambiente, se sentem autorizadas a fazer piadas de cunho racial ou pelo vies estetico. Capitulo: afeto, diferenca e identidade. Supervalorizacao do branco como fenomeno mundial, com particular vigencia em lugares colonizados por Europeus e que tiveram escravidao. Branquitude no Brasil nao eh um fato genetico, eh uma questao estetica, com mascaras. Eh um lugar de fala e uma questao de imagem. Para a autora, existem duas vozes do racismo no Brasil: uma no privado e outra que nega a existencia. Cultura das Midias
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