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Ortodontia Preventiva - Diastemas anteriores

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Beatriz Martins - 92 
Ortodontia Preventiva I 
Aula 10 - Diastemas anteriores 
 
Introdução 
Diastema entre incisivos centrais       
superiores é comum na dentição mista.           
Preocupa pais e pacientes devido a           
estética, podendo causar problemas       
psicológicos. A maioria dos       
espaçamentos fecham espontaneamente     
com a erupção dos caninos permanentes. 
Implicações do diastema:     
estética, fonética e função. 
 
Definição 
Condição em que espaços ou         
ausência de contato podem ocorrer         
entre dois ou mais dentes consecutivos,           
tanto no arco dental superior quanto no             
inferior e podem ser causados por           
diferentes fatores etiológicos. 
 
Incidência 
Diastemas anteriores ocorrem     
em 97% das crianças com 6 anos (fase               
de mudanças) e persiste aos 7 anos em               
88%. A taxa diminui bastante aos 10-11             
anos, em que acomete 49% das crianças             
e 12-18 anos já tem uma taxa de 7%, o                   
que indica muito provavelmente uma         
condição patológica. 
 
Classificação 
Diastemas localizados: tem um       
único ponto de contato envolvido 
Diastemas generalizados: espaço     
excessivo em vários pontos de contato 
 
Fatores etiológicos 
1-Durante desenvolvimento normal 
2-Deficiência de material dentário no         
arco 
3-Impedimentos físicos 
4-Artificiais 
 
Durante desenvolvimento normal 
Os diastemas podem estar       
presentes na dentição decídua, mista         
e/ou permanente. 
Na dentição decídua, é comum         
encontrar arco tipo I de Baume           
(espaçamentos generalizados) e espaços       
primatas (mesial do canino superior e           
distal do canino inferior) que inclusive           
favorecem a oclusão na dentição         
permanente. 
Na dentição mista, tem-se a fase           
do patinho feio em que os incisivos             
abrem em leque devido a formação do             
canino bem superior, que comprime as           
raízes dos incisivos e consequentemente         
tem divergência das coroas, que formam           
os diastemas. Conforme canino vai         
descendo, vai alinhando os incisivos         
(raízes saem da convergência). 
É preciso estar atento a possíveis           
intercorrências, para garantir que está         
tudo dentro do esperado e não há nada               
patológico interferindo. 
Dentição permanente: ‘Oclusão     
dentária normal, é um complexo         
estrutural constituído   
fundamentalmente pelos dentes e ossos         
maxilares, caracterizado por uma       
relação normal dos chamados planos         
inclinados oclusais dos dentes que se           
encontram situados individual e       
coletivamente em harmonia     
arquitetônica com seus ossos basais e           
com a anatomia craniana, apresentando         
contatos proximais e posições axiais         
corretas e tendo associado a ele,           
crescimento, desenvolvimento, posição e       
correlação normal com todos os tecidos           
adjacentes. 
Qualquer espaçamento na     
dentição permanente deve ser       
investigada. Não é normal acontecer. 
 
Deficiência de material dentário no arco 
Beatriz Martins - 92 
-Discrepância de tamanho dentário:       
dentes menores, mais finos, geram         
sobra de espaço no arco. 
 
-Dentes ausentes: mais comum em         
incisivos lateral. Identificar e confirmar         
por exames radiográficos. Dente       
intra-ósseo é diferente de dente         
ausente. 
 
-Dentes ectópicos 
 
-Dentes que tem uma malformação,         
dentes conóides. 
 
-Dentes extraídos: se houve uma         
exodontia antecipada ou perda por         
trauma pode gerar fibrosamento da         
mucosa que impede irrupção do         
sucessor. 
 
-Apinhamento: dente fora de posição no           
arco também é considerado diastema,         
pois é o contorno do arco que não está                 
apropriado. 
 
-Comprimento do arco aumentado:       
quando o arco é grande em excesso             
sobra espaços. Comum em pacientes com           
língua baixa, em que geram força           
excedente de dentro pra fora que não é               
equilibrada com a força do lábio e acaba               
gerando espaçamento no arco inferior. 
 
Impedimentos físicos 
-Dente decíduo retido: anquilose do         
molar decíduo é comum. Precisa fazer           
exo para o permanente ocupar espaço           
adequadamente. 
*Nesses casos não é comum o molar             
mesializar se estiver em chave de           
oclusão. 
 
-Dentes extranumerários: mesiodens     
por exemplo. Está entre incisivos, faz           
com que os ápices estejam convergindo,           
ou divergindo ou paralelos. Importante         
tirá-lo para que os outros dentes           
consigam ter posicionamento adequado. 
*Importante avaliar com exame       
radiográfico 
 
-Freio labial anormal: entre incisivos         
gera diastema. Necessita remoção       
cirúrgica. Para fazer o diagnóstico é           
necessário tracionar o lábio e observar           
se há ponto de isquemia. 
 
-Fusão imperfeita da pré maxila:         
Conformação óssea diferente. Fusão da         
maxila gera fibras inseridas no meio, que             
ficam em formato de W, que acabam             
gerando espaçamento entre incisivos.       
Necessário remoção de tecido. 
 
-Presença de cistos 
 
-Sobremordida exagerada: excesso de       
trespasse vertical faz com que o dente             
oclua em tecido mole e force a região               
das raízes na palatina - dentes           
movimentam para vestibular,     
consequentemente aumenta o overjet       
(incisivos superiores). - Dentes       
vestibularizados = ganho de espaço. 
 
-Perda de dentes posteriores: a         
distalização de dentes adjacentes       
geram espaçamento em dentes       
anteriores. 
 
Fatores artificiais 
Expansão palatal rápida: em       
pacientes com maxila atrésica é         
necessário aumentar o contorno da         
maxila para ter arco adequado para           
posicionar dentes. 
Em paciente em crescimento,       
instala disjuntor de haas que promove           
separação da sutura palatina mediana e           
induz crescimento ósseo (aparelho       
ortopédico). Aumentar a circunferência       
Beatriz Martins - 92 
do arco implica em mais espaço para             
posicionamento dos dentes. 
 
Diagnóstico diferencial 
É necessário avaliação clínica e         
radiológica para conseguir identificar       
corretamente o problema e implementar         
o tratamento. 
 
Exame clínico: avaliar se espaço é           
localizado ou generalizado, medir os         
dentes, observar ausência de dentes,         
presença de sobremordida. Levantar       
lábios para verificar isquemia, o que           
indica lábio com fibras em excesso.           
Determinar, se possível, se o espaço           
está aumentado. 
Localizar possível presença de hábitos e           
verificar se houve tratamento       
ortodôntico prévio. 
 
Exame radiográfico: verificar fusão       
imperfeita da pré-maxila (observar linha         
média), presença de dentes       
supranumerários ou ausências     
congênitas. Observar presença de       
lesões. 
 
Diastema interincisal e freio labial 
Realizar movimentação dos lábios       
para identificar isquemia, observar       
radiografia para ver necessidade de         
tratamento. 
*Freio labial: feixe de tecido fibroso           
que se insere na mucosa da face interna               
do lábio superior e se estende por cima               
da crista alveolar até a papila palatina.             
Inserção ao nascimento é baixa,         
tornando-se mais superior com a         
erupção dentária. 
 
Tratamento 
Ortodôntico: pode ser realizado       
com aparelho removível oufixo. Os           
aparelhos removíveis são um pouco         
limitados nesses casos, mas podem ser           
usados (Hawley, placas com grampos,         
placas modificadas) 
Tratamento cirúrgico pode ser       
necessário (frenectomia ou frenotomia). 
 
O ​aparelho removível ​é utilizado         
quando os incisivos superiores       
apresentam coroas divergentes e ápice         
radicular convergente. Gera movimento       
de distal para mesial e/ou palatino para             
vestibular. Em casos de raízes paralelas           
só resolve com aparelho fixo. 
 
O ​aparelho fixo ​é utilizado         
quando os incisivos superiores       
apresentam coroas e ápice radicular         
paralelos. 
 
Cirurgia 
Frenectomia - remoção completa       
de tecido fibroso em sua origem 
Frenotomia - remoção parcial de         
tecido fibroso e reinserção mais apical 
Se há tecido fibroso entre         
maxilas e não é removido, não é possível               
obter o fechamento adequado dos         
dentes. 
 
Quanto ao processo cirúrgico,       
autores questionam sobre o melhor         
momento para realização da cirurgia.         
Segundo Meister, deve ser realizada         
após os caninos apresentam metade de           
suas coroas na cavidade oral. Dewell           
aponta que frenectomia precoces podem         
resultar numa formação cicatricial, que         
impede o movimento mesial dos incisivos.           
Proffit diz que as frenectomias antes           
do tratamento ortodôntico estão       
contra-indicadas. 
 
Conclusão 
Deve-se saber que existem fases         
normais do desenvolvimento dentário       
onde há espaçamento entre os dentes 
Beatriz Martins - 92 
É necessário conhecer os fatores         
etiológicos dos diastemas para poder         
diagnosticar e estabelecer o tratamento         
correto 
Deve-se aguardar a erupção dos         
caninos permanentes para, se       
necessário, indicar a frenectomia.

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