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UNIVERSIDADE PAULISTA-UNIP CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECANICA MARCO ANTONIO NOGUEIRA GODINHO RA: D76IIF-3 Turma:EM6P34 Processos mecânicos: Usinagem Manaus-AM 2020 Trabalho para obtenção de nota no 2° semestre na matéria de Processos mecânicos ministrada pela professora Tatiany Mafra. 1. O que é usinagem convencional e não convencional. Dê exemplos de cada. R: Processos convencionais: Nos processos convencionais as operações de corte utilizam energia mecânica para a remoção de material da peça, principalmente, por cisalhamento entre a ferramenta e a peça. São divididos entre processos com ferramenta de geometria definida e com geometria não definida. Principais processos de usinagem convencional: torneamento, fresamento, furação, retificação, mandrilhamento, brunimento, serramento, roscamento, aplainamento, alargamento, rebaixamento. Torneamento: é o processo de usinagem onde se utiliza uma ferramenta cortante para se obter uma determinada superfície. A peca gira em torno do eixo principal de rotação da maquina e a ferramenta se desloca simultaneamente. A trajetória da ferramenta pode ser retilínea ou curvilínea. Roscamento: é um processo destinado a obtenção de filetes, per meio da abertura de um ou vários sulcos helicoidais de passo uniforme, em superfícies cilíndricas ou cônicas de revolução. A peca ou a ferramenta gira e uma delas se desloca simultaneamente segundo uma trajetória retilínea paralela ou inclinada ao eixo de rotação. Pode ser interno ou externo. Interno: utilizado em superfícies internas cônicas ou cilíndricas de revolução. Externo: utilizado em superfícies externas cônicas ou cilíndricas de revolução. Processos não convencionais: Nos processos não convencionais, as operações de corte utilizam outro tipo de energia, como, por exemplo a termoelétrica. Nesse caso, não são geradas marcas nas superfícies da peça e a taxa de remoção de material é muito menor do que nos processos convencionais. São eles: usinagem com jato de água, jato de água com abrasivo, ultrassom, eletroquímica, eletroerosão, laser, plasma e feixe de elétrons. Usinagem a laser: Um dos processos não-convencionais mais difundidos no mercado mundial é a usinagem a laser ou micro usinagem com laser. Trata-se de um processo térmico que possibilita a eliminação dos cavacos através de sua fusão e vaporização. Com a utilização de altas temperaturas, é empregado em aplicações muito específicas. Por exemplo, alguns fabricantes de ferramentas de corte o utilizam para a obtenção de determinadas geometrias na produção de ferramentas de PCD. Usinagem por ultrassom- A usinagem por ultrassom é considerada um processo de usinagem de apoio às formas mais conhecidas, como furação, torneamento e retificação. Esta tecnologia foi desenvolvida a partir da usinagem ultrassônica, processo que, por intermédio da vibração da ferramenta em conjunto com líquido abrasivo, consegue eliminar o sobremetal de peças e componentes. Segundo especialistas, uma das vantagens desse processo de usinagem é que pode ser aplicado tanto em materiais frágeis com naqueles de grande dureza, alcançando idênticos resultados. Costuma ser empregado na produção de peças e componentes em que é necessário evitar qualquer tipo de contaminação (já que evita o contato da ferramenta com a peça e o uso de refrigerantes), como no caso da indústria médica e odontológica. Evita também o excessivo acúmulo de energia. Uma evolução desse processo é a usinagem por ultrassom rotativa ou, em inglês, RUM - Rotatory Ultrasonic Machining. 2. Quais são os fatores a serem ponderados na escolha de um material para ferramenta? R: Os fatores que pesam para a escolha dos materiais de ferramenta dependem da peça a ser usinada, como o tipo de material, condição da maquina operatriz, forma e dimensão da ferramenta, preço de operação, condições de usinagem e processo de usinagem. 3. Quais são as principais características necessárias a um material para ferramenta de usinagem? R: Dureza, tenacidade, resistência a quente e boa estabilidade química. Porem, dependendo do material a ser usinado a ferramenta pode ter algumas característica que podem ser mais procuradas para que o trabalho seja realizado com maior eficiência e menos gastos. 4. Quais são a classe e a faixa de sub-classe de metal duro mais adequadas para o torneamento em desbaste de aço carbono? Explique sua resposta. R: São formados pela classes (ISO) P,M,K. ISO P – O aço é o maior grupo de materiais na área de usinagem, variando de materiais sem ligas a de alta liga e incluindo aços fundidos e aços inoxidáveis ferríticos e martensíticos. A usinabilidade geralmente é boa, mas varia muito de acordo com a dureza do material, do teor de carbono etc. ISO M – Os aços inoxidáveis são materiais com liga com um mínimo de 12% de cromo. Outras ligas podem incluir níquel e molibdênio. As diferentes condições como ferríticos, martensíticos, austeníticos e austeníticos-ferríticos (duplex) formam a grande gama de materiais. Um ponto comum para todos esses tipos de materiais é que as arestas de corte são expostas a uma grande quantidade de calor, desgaste tipo entalhe e aresta postiça. ISO K – Ao contrário dos aços, os ferros fundidos são um tipo de material de cavacos curtos. Os ferros fundidos cinzentos (GCI) e os ferros fundidos maleáveis (MCI) são bastante fáceis de usinar enquanto que os ferros fundidos nodulares (NCI), ferros fundidos vermiculares (CGI) e ferros fundidos austemperados (ADI) são mais difíceis. Todos os ferros fundidos contêm SiC (carboneto de silício) que é muito abrasivo para a aresta de corte. Uma Sub-classe ISO P40 seria o ideal para fazer o torneamento de um aço carbono, já que e feito de uma material com boa tenacidade e resistência ao desgaste. 5. Quais são os materiais utilizados na cobertura do metal duro? Qual é a finalidade principal de se recobrir uma ferramenta de metal duro? R: São utilizadas coberturas CVC ou PVD, são utilizadas para melhorar a tenacidade da ferramenta e aumentar a resistência ao desgaste das periferias. São utilizadas principalmente nas camadas de cobertura os seguintes materiais (TiC ou TiCN), Al2O3 e TiN.). 6. Quais são os tipos de materiais cerâmicos para ferramentas de usinagem? Coloque-os em ordem crescente de tenacidade? R: Há duas classificações de materiais cerâmicos, que são os a base de oxido alumínio e o nitreto de silício. A base de oxido de alumínios são os matérias do tipo, cerâmica pura, cerâmica mista, whiskers e os a base de nitreto de silício é o Sialon. A ordem crescente de tenacidade- cerâmica mista, cerâmica pura, sialon, whiskers. 7. Comente sobre as características e aplicações de cada uma das classes de materiais cerâmicos utilizados em ferramentas de usinagem. R: Ferramentas de cerâmica pura em geral são usadas em operações de acabamento em peças de aço endurecido ou ferros fundidos pela sua boa estabilidade química Ferramenta de cerâmica mista, torneamento de aços endurecidos de superfícies lisas, tem uma boa estabilidade química para não agredir a peça e uma boa resistência a choques térmicos. Ferramenta whiskers, utilizado geralmente no torneamento de aços endurecidos com superfícies interrompidas pelas suas características de ter uma boa tenacidade, dureza quente e a choques térmicos. Ferramentas Sialon, boas em fresamento de ferros fundido pela sua ótima dureza a quente, resistência a choques térmicos e boa tenacidade. 8. Cite e explique em que situações se deve usar ferramenta de torneamento com geometria negativa e com geometria positiva. R: A geometria positiva deve ser utilizada em superfícies planas de saída por reduzir a força de corte e a geração de calor. Pode ser empregado na usinagem de metais duros como ferro fundido.A geometria negativa proporciona uma boa resistência da aresta e cria cavacos menores, porém, aumenta as forças de corte e calor. São empregados na usinagem de materiais mais maleáveis. 9. Quais são as vantagens e desvantagens da utilização do quebra-cavacos moldado na superfície de saída da ferramenta, em relação ao quebra-cavacos postiço? Por que o primeiro é muito mais utilizado que o segundo? R: Redução de transferência de calor para a ferramenta por reduzir o contato entre o cavaco e ferramenta; Maior facilidade de remoção dos cavacos; Menor riscos de acidentes para o operador; Obstrução menor ao direcionamento do fluido de corte sobre o gume de corte da ferramenta. Pelo fato do quebra cavaco postiço se desgastar e sempre terá que ser trocado os quebra cavaco moldados são mais usados apesar de ter a desvantagem de impossibilitar a afiação da ferramenta de corte. 10. Porque uma ferramenta projetada para ser utilizada em acabamento não deve ser utilizada para desbaste e vice-versa? R: Para avanços e profundidades de corte pequenos (acabamento), os quebra-cavaco são mais estreitos e mais próximos da aresta de corte. E à medida que o avanço e profundidade de corte aumentam (desbaste), os quebra-cavaco ficam mais largos e distantes da aresta de corte. O quebra-cavaco não pode estar próximo da aresta para que não fragilizar. 11. Quais são as fontes de calor no processo de usinagem? Por onde este calor é dissipado? R: No processo de usinagem o calor é criado pelo atrito entre a ferramenta de corte e a peça que está sendo usinada, uma parte do calor é tirada do processo por meio do cavaco, mas não é 100% que seria o ideal. 12. Quais as consequências que o calor traz para a ferramenta, a peça e para o cavaco? R: O calor no processo causa alguns problemas, na ferramenta aumenta o seu desgaste, na peça pode causa rachaduras localizadas por conta do aumento de temperatura e dilatações não esperadas no processo causando algum empecilho futuro já a transferência de calor para o cavaco não atrapalha em nada na realidade seria o ideal para todo o processo de usinagem que o calor gerado fosse para o cavaco. 13. Por que o processo de retificação é crítico com relação à quantidade de calor que vai para a peça? O que se faz neste processo para minimizar-se os danos térmicos à peça? R: O processo de retificação por ser um processo de acabamento na maior parte dos processo no qual ele é empregado ele é considerado critico por causar muito calor no processo. Mais com o avanço cientifico na área foram criado novos sistema de operação para as retificadoras, novos rebolos para trabalhar em alta velocidade com taxa de remoção de cavaco maior, menor consumo de energia e menor produção de calor entre as faces de contato, contudo o liquido refrigerante ainda é o maior contribuinte para refrigerar o processo. 14. Quais são os procedimentos que têm sido tomados para minimizar o efeito do calor no processo de usinagem? R : O uso de revestimento nas ferramentas de usinagem, no processo melhorias na velocidade, avanço e profundidade de corte e uso de lubrificantes refrigerantes no processo. 15. Discuta em que situações se deve aproximar a velocidade de corte utilizada da velocidade de mínimo custo e quando se deve aproximá-la da velocidade de máxima produção. R: Velocidade mínima de custo, seu uso se faz necessário, em períodos de baixa produção, em maquinas que estão fora da linha de produção, já que diminuir o tempo não é importante nestas maquinas. Quando a ferramenta é muito cara, também quando a inclinação das curvas de custo x velocidade de corte e de tempo de produção x velocidade de corte tiver tempo baixo na condição de mínimo custo. No caso da velocidade de alta produção, onde o prazo de entrega do produto é crítico, também no caso de célula ou linha de produção, a máquina gargalo deve trabalhar próximo a condição de máxima produção. Outro ponto é a visualização da inclinação das curvas de custo x velocidade de corte e de tempo de produção x velocidade de corte for pequena, a fim de se ter custo baixo (pouco maior que o mínimo) na condição de máxima produção. 16. O que é usinabilidade? R: Usinabilidade é um termo utilizado para designar um material que tem boas características para realizar o processo de usinagem de forma eficiente sem gerar transtorno a empresa. 17. Como se relacionam as grandezas dureza e resistência mecânica, ductilidade, condutividade térmica e taxa de encruamento com a usinabilidade de um material? R: Dureza e resistência mecânica – valores mais baixos de dureza e resistência mecânica favorecem a usinabilidade, porém, para materiais mais dúcteis, a baixa dureza pode causa problemas no processo, porque facilita a formação de arestas postiça de corte, neste caso o ideal e fazer o com que o material tenha a dureza aumentada com trabalho a frio. Ductilidade- Para baixos valores de ductilidade a usinagem é facilidade. A formação de cavacos curtos é facilitada tendo menos perda de energia no processo. Condutividade térmica- Com uma alta condutividade térmica no material significa que o calor criado pelo processo será rapidamente dissipado da região de corte, e isso faz com que a ferramenta trabalhe melhor e com menor desgaste devido ao calor dissipado facilitando a usinagem. Contudo, para materiais com condutividade térmica elevada deve-se utilizar líquidos refrigerantes para não ocorrer excessiva dilatação para a obtenção de tolerâncias apertadas. Taxa de encruamento- Metais deformados plasticamente aumentam sua resistência. A esse fenômeno dá-se o nome de encruamento. O nível de encruamento depende da taxa de deformação e habilidade do material em encruar. Uma alta taxa de encruamento significa que a resistência do material é muito aumentada para um determinado nível de deformação plástica. 18. Quais são as propriedades do alumínio que favorecem sua usinabilidade e quais as que prejudicam? Explique sua resposta. R: Características do alumínio que favorecem a usinabilidade: leveza, ductibilidade e excelente durabilidade e resistência, são os fatores que o tornam extremamente atrativo as indústrias e o fazem o segundo metal mais utilizado do mundo. A característica que prejudica na usinagem do alumínio é sua condutividade térmica elevada que faz com que a peça absorva muito calor no processo podendo causar dilatações e até trincas. 19. Como deve ser a geometria da ferramenta e qual deve ser o material da ferramenta para a usinagem do alumínio e suas ligas? Explique sua resposta. R: Ferramentas para corte de alumínio possuem aresta afiada (sem raio na aresta) com ângulos bastantes positivos. Em geral para usinagem de alumínio e suas ligas (menos ligas do tipo alumínio-silício), são utilizadas ferramentas de metal duro da classe K sem cobertura. 20. Como a dureza de um aço se relaciona com sua usinabilidade? Quais são os elementos de liga do aço que favorecem sua usinabilidade e quais os que prejudicam? R: Nas ligas metálicas tipo aço-carbono quanto maior a percentagem de carbono na liga maior sua dureza e menor a ductilidade, assim facilitando a usinagem da peça, pois a geração de cavaco longos é menor e arestas de corte postiço também, aumentado a vida útil da ferramenta. Elementos da liga que oferecem vantagens: o chumbo, o enxofre e o fosforo; Elementos da liga desvantajosos: elementos formadores de carbonetos (são partículas duras e abrasivas) como o vanádio, molibdênio, o nióbio, o tungstênio, o manganês, o níquel, o cromo, o carbono com teor menores que 0,3% e maiores que 0.6%. Referência bibliográfica: I. Tesla (concursos públicos para engenharia); processos de usinagem; Disponível em: https://teslaconcursos.com.br/wp- content/uploads/2016/03/Processos_de_Usinagem-1.pdf II. Blog: mecânica de fabricação; processos, conceitose elementos. Disponível em: http://mecanicadefabricar.blogspot.com/2015/11/materiaispara- ferramenta.html#:~:text=3)%20Quais%20s%C3%A3o%20as%203,desgaste%2C%2 0tenacidade%20e%20estabilidade%20qu%C3%ADmica.&text=Ent%C3%A3o%20ca da%20vez%20mais%20se,suportar%20as%20tens%C3%B5es%20do%20corte. III. https://statics-submarino.b2w.io/sherlock/books/firstChapter/115145322.pdf IV. Questões 6 a 20 retirados do mesmo material: (DINIZ, A. E.; MARCONDES, F. C.; COPPINI, N. L. Tecnologia da usinagem dos materiais. 9a ed. São Paulo: Artliber Editora, 2014.). Disponível em: https://www.artliber.com.br/amostra/tecnologia_da_usinagem.pdf https://teslaconcursos.com.br/wp-content/uploads/2016/03/Processos_de_Usinagem-1.pdf https://teslaconcursos.com.br/wp-content/uploads/2016/03/Processos_de_Usinagem-1.pdf http://mecanicadefabricar.blogspot.com/2015/11/materiaispara-ferramenta.html#:~:text=3)%20Quais%20s%C3%A3o%20as%203,desgaste%2C%20tenacidade%20e%20estabilidade%20qu%C3%ADmica.&text=Ent%C3%A3o%20cada%20vez%20mais%20se,suportar%20as%20tens%C3%B5es%20do%20corte http://mecanicadefabricar.blogspot.com/2015/11/materiaispara-ferramenta.html#:~:text=3)%20Quais%20s%C3%A3o%20as%203,desgaste%2C%20tenacidade%20e%20estabilidade%20qu%C3%ADmica.&text=Ent%C3%A3o%20cada%20vez%20mais%20se,suportar%20as%20tens%C3%B5es%20do%20corte http://mecanicadefabricar.blogspot.com/2015/11/materiaispara-ferramenta.html#:~:text=3)%20Quais%20s%C3%A3o%20as%203,desgaste%2C%20tenacidade%20e%20estabilidade%20qu%C3%ADmica.&text=Ent%C3%A3o%20cada%20vez%20mais%20se,suportar%20as%20tens%C3%B5es%20do%20corte http://mecanicadefabricar.blogspot.com/2015/11/materiaispara-ferramenta.html#:~:text=3)%20Quais%20s%C3%A3o%20as%203,desgaste%2C%20tenacidade%20e%20estabilidade%20qu%C3%ADmica.&text=Ent%C3%A3o%20cada%20vez%20mais%20se,suportar%20as%20tens%C3%B5es%20do%20corte https://statics-submarino.b2w.io/sherlock/books/firstChapter/115145322.pdf