Buscar

reclamatória trabalhista estagio II anhanguera seção 1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA VARA DO TRABALHO DE GOIANIA DO ESTAGO DE GOIÁS
ALBANO MACHADO, brasileiro, casado, inscrito no CPF sob o n. 123.456.789-00, residente e domiciliado na Alameda do Riacho, n. 125, bairro Vila Paris, em Goiânia/GO, CEP 74.000-000, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, propor a presente:
RECLAMATÓRIA TRABALHISTA
Em face de MARIA JOSÉ PEREIRA, inscrita no CPF sob o n. 055.222.345-61, domiciliada na rua Girassol, n. 380, apartamento 301, bairro Mendanha, Goiânia/GO, CEP 74.100-000, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
I. DOS FATOS
Conta-se que o requerente foi contratado pela requerida para exercer as funções de cuidador de seu marido de 80 anos de idade, o Sr. Antenor que necessita de cuidados especiais, pois sofreu acidente vascular cerebral, tendo ficado com várias sequelas.
O requerente iniciou suas atividades em 01/02/2012, tendo sempre prestado serviços na residência da requerida. Trabalhava em regime de revezamento no sistema de 12 (doze) horas de trabalho por 36 (trinta e seis) horas de descanso (popularmente conhecimento como “regime 12x36”), sempre de 07:00 horas às 19:00 horas. 
No contrato de trabalho consta cláusula contendo o ajuste quanto à adoção do citado regime e não há acordo ou convenção coletiva de trabalho regulando o assunto.
Durante os dois primeiros anos de trabalho o requerente recebia o valor de R$ 120,00 (cento e vinte reais) por cada plantão de 12 (doze) horas realizado. No período restante a quantia ajustada foi de R$ 150,00 (cento e cinquenta reais). 
Tendo em vista o labor no citado regime, quando seu plantão coincidia com domingos ou feriados, não havia remuneração diferenciada ou folga compensatória. 
Além disso, o requerente durante as 12 (doze) horas em que ficava na casa dos requeridos, somente parava o trabalho durante aproximadamente 30 (trinta) minutos para almoçar, laborando ininterruptamente o restante do período.
O pacto laboral durou até o dia 06/02/2017, quando o requerente discutiu com a requerida, Sra. Maria José. Ela lhe pedia para dar banho no Sr. Antenor pela manhã. Todavia, como convivia mais próximo do enfermo, preferia dar o banho após o almoço, período do dia em que era mais quente. 
Além disso, a Sra. Maria não gostava que deixasse que o Sr. Antenor visse televisão, o que não era observado pelo requerente. Assim, após algumas discussões sobre o tema, o requerente foi dispensado por justa causa no referido dia, ao fundamento de que houve insubordinação. No entanto, o requerente nunca foi advertido por escrito ou suspenso de suas atividades laborativas por qualquer conduta.
A Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) do requerente consta devidamente anotada e os recibos de pagamento de todo o pacto laboral. Na CTPS também consta que a rescisão do contrato de trabalho ocorreu por justa causa, o que deixou o requerente bastante contrariado, pois esta informação irá prejudicar lhe na busca por novo emprego. 
Ademais, o requerente não concorda com os motivos da dispensa, haja vista que sempre buscou executar suas tarefas com perfeição, cumprindo todas as determinações de sua empregadora, sempre visando o bem-estar do Sr. Antenor.
II. DO DIREITO
a) DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Nos termos do art. 790, da CLT, haja vista que, para os devidos fins e sob as penas da Lei, o requerente está em precária situação financeira, não possuindo condições de arcar com o pagamento das custas e demais despesas processuais sem prejuízo de seu sustento e de sua família, pelo que requerer o benefício da gratuidade de justiça.
b) DAS HORAS EXTRAS
Extrai-se do art. 5º, inciso II da Constituição Federal o princípio da irretroatividade, segundo o qual a nova lei não se aplica aos contratos de trabalho já findos antes do início de sua vigência, assim como não incide sobre os atos jurídicos já praticados no pacto laboral em curso.
O regime 12x36, é possível desde que ocorra por meio de Acordo ou Convenção Coletiva de Trabalho. Conforme súmula n. 444:
“É valida, em caráter excepcional, a jornada de doze horas de trabalho por trinta e seis de descanso, prevista em lei ou ajustada exclusivamente mediante acordo coletivo de trabalho ou convenção coletiva de trabalho, assegurada a remuneração em dobro dos feriados trabalhados. O empregado não tem direito ao pagamento de adicional referente ao labor prestado na décima primeira e décima segunda horas”
No caso em tela não houve pactuação por norma coletiva. Destaca-se que no tocante ao trabalho doméstico a previsão legal de adoção da jornada 12x36 por meio de Acordo ou Convenção Coletiva se deu somente com o início da vigência da Lei Complementar n. 150, em 02/06/2015.
Em virtude disso, requer que lhe sejam pagas as horas extras referentes ao período de 01/02/2012 à 01/06/2015. 
c) DO TRABALHO AOS DOMINGOS E FERIADOS
Nos termos da Lei n. 605/49, todo “empregado tem direito ao repouso semanal remunerado de vinte e quatro horas consecutivas, preferentemente aos domingos e, nos limites das exigências técnicas das empresas, nos feriados civis e religiosos, de acordo com a tradição local”.
No regime 12x36 é natural que diversos dias de trabalho coincidam com domingos e feriados. Dessa forma é devida remuneração diferenciada pelo trabalho nestes dias, acrescidas de 100% sobre o valor de sua hora habitual nos domingos e feriados.
d) DO INTERVALO INTERJORNADAS
Durante o período trabalhado o Reclamante, não gozava do intervalo mínimo de uma hora para sua refeição e descanso, vez que utilizava-se somente de 30 minutos para sua alimentação e descanso.
Destarte, a teor do que dispõe a CLT, deverá a Requerida remunerar a hora que deixou de conceder ao Reclamante.
“Art.71 Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.
§ 4. Quando o intervalo para repouso e alimentação, previsto neste artigo, não for concedido pelo empregador, este ficará obrigado a remunerar o período correspondente com um acréscimo de no mínimo cinquenta por cento sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho. ”
Registre-se ainda que esta questão, encontra-se sedimentada pela sumula 05 do nosso Egrégio Tribunal Regional do Trabalho:
SUMULA 05: FONTE: DJMG 25.11.2000, 29.11.2000, 30.11.2000 e 01.12.2000 CATÁLOGO: INTERVALO PARA ALIMENTAÇÃO E DESCANSO TEXTO: "INTERVALO PARA ALIMENTAÇÃO E DESCANSO NÃO GOZADO. O intervalo para alimentação e descanso não concedido, ainda que não tenha havido elastecimento da jornada, deve ser remunerado como trabalho extraordinário, com o adicional de 50% (cinquenta por cento). Inteligência do art. 71, § 4º da Consolidação das Leis do Trabalho."
Assim, de acordo com as argumentações supra, e o que será provado na instrução processual, resta incontroverso, o direito do requerente a remuneração de uma hora extra por dia trabalhado, com acréscimo de 50%, relativo ao intervalo para repouso ou alimentação, não gozado, conforme preconiza o artigo 71, §4º da CLT e a pacífica jurisprudência dos Tribunais.
e) DA INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
O requerente foi dispensado por justa causa, no entanto, não consegue entender a justificativa da requerida para tal ato, pois sempre foi empregado exemplar, cumprindo com suas funções de maneira responsável e permanecendo no cargo durante mais de 5 anos. 
Vale ressaltar, ainda, que durante todo o período laboral, jamais recebeu se quer uma advertência ou suspensão como consequência de algum de seus atos. É sabido que a imputação feita pela requerida a conduta do requerente foi inadequada e grave, violando o direito de sua personalidade. Visto que o requerente sempre desempenhou seu trabalho de maneira séria e responsável.
Neste contexto, para que haja responsabilidade civil da requerida, pede que seja deferido seu pedido.
f) DA REVERSÃO DA DISPENSA POR JUSTA CAUSA
Embora não haja previsão expressana CLT, pode o empregador aplicar penalidade de advertência (verbal ou escrita). Isto deriva do poder disciplinar decorrente do contrato de trabalho. Penalidade mais grave é a suspensão.
A justa causa é uma destas penalidades. Todavia, por implicar na rescisão do contrato de trabalho por culpa do empregado, trata-se de medida extrema que somente deve ser utilizada quando a conduta do trabalhador, embora única, possa ser grave o suficiente. 
Tal esclarecimento acerca da dispensa por justa causa, não coincide, de maneira alguma, com o comportamento exemplar que o requerente demonstrou durante os 5 anos em que esteve prestando seus serviços à requerida. Tão pouco justifica a sua dispensa de maneira absurda e abrupta, sem ao menos uma advertência ou suspensão anterior.
É incontestável a conduta injusta e absurda da requerida quanto à dispensa de um trabalhador tão zeloso e dedicado. Neste passo se faz jus ao presente pedido de reversão da dispensa por justa causa. Visto que um registro como esse em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social pode dificultar muito sua busca por nosso emprego. Sendo assim, o requerido injustamente prejudicado.
O requerente pleiteia o recebimento das verbas rescisórias que lhe foram sonegadas em razão da forma pela qual o contrato de trabalho foi rompido, notadamente as seguintes: 
· Aviso prévio;
· Férias proporcionais +1/3;
· Décimo terceiro salário proporcional;
· Multa de 40% sobre o saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS);
· Emissão dos documentos necessários para sacar o valor depositado na sua conta vinculada do FGTS e para o recebimento do seguro desemprego.
g) DA MULTA
O art. 477, da CLT, prevê que o empregador tem o dever de pagar multa equivalente ao seu salário caso as verbas rescisórias não sejam pagas no prazo previsto em seu parágrafo 6º.
Diante do exposto, ante a reversão da justa causa é devido ao requerente o pagamento de multa, conforme previsto na súmula 110 do tribunal regional do trabalho da 4ª região, in verbis: 
“É devida a multa do art. 477, § 8º, da CLT nos casos em que é afastada em juízo a justa causa para a despedida do empregado, com a conversão em dispensa imotivada”
	Dessa forma, entende-se devido ao requerente o pagamento da multa, conforme abordado, importando tal penalidade o valor de R$ ___ (XXXXXXXX reais), desde já requerendo a sua aplicação.
III. DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer-se a Vossa Excelência:
a) Citação da requerida para que no prazo legal compareça em juízo para audiência designada por Vossa Excelência e apresente sua defesa sob pena de incorrer nos efeitos de revelia;
b) Multa prevista no art. 477, §8º, da CLT;
c) Pagamento em dobro dos domingos e feriados durante todo o contrato de trabalho
d) Horas extras excedentes desde a contratação (01/02/2012) até 01/01/2015 
e) Uma hora extra por dia trabalhado nos termos da súmula 437 do TST, referentes ao intervalo intrajornadas, desde a publicação da Lei Complementar nº 150 em 02/06/2015 até o término do contrato de trabalho
f) Reversão da dispensa por justa causa em dispensa imotivada, com o pagamento das verbas rescisórias que foram sonegadas 
g) Indenização por danos morais, em valor a ser arbitrado pelo julgador; 
h) Honorários advocatícios;
i) Oportunidade para produção de provas.
Os pedidos constantes nas alíneas c, d, e, f e g devem ser devidamente acrescidos proporcionalmente de: aviso prévio; férias + 1/3; décimo terceiro salário proporcional; e multa de 40% sobre o saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço.
Valor da causa: dá-se o valor da causa de R$ ____ (XX reais)
Termos em que, pede e espera deferimento.
Goiânia, 26 de julho de 2017.
_____________________________
Assinatura do advogado
Página 8 de 8

Outros materiais