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B) A finalidade ordenadora, que é inerente à própria natureza. C) A ordem da natureza, que determina o hábito das ações humanas. D) A origem da virtude articulada, segundo a necessidade da natureza. E) A razão matemática, que assegura ordem à natureza. 2) Elaborada nos anos de 1980, em um contexto de preocupações com o meio ambiente e o risco nuclear, a Ética do Discurso buscou reorientar as teorias deontológicas que a antecederam. Um exemplo está contido no texto a seguir. De maior gravidade são as consequências que um conceito restrito de moral comporta para as questões da ética do meio ambiente. O modelo antropocêntrico parece trazer uma espécie de cegueira às teorias do tipo kantiano, no que diz respeito às questões da responsabilidade moral do homem pelo seu meio ambiente. (HABERMAS, Jürgen. Comentários à Ética do Discurso. Trad. de Gilda Lopes Encarnação. Lisboa: Instituto Piaget, 1999, p.212.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a Ética do Discurso, é correto afirmar que a ética A) abrange as ações isoladas das pessoas visando adequar-se às mudanças climáticas e às catástrofes naturais. B) corresponde à maneira como o homem deseja construir e realizar plenamente a sua existência no planeta. C) compreende a atitude conservacionista que o sistema econômico adota em relação ao ambiente. D) implica a instrumentalização dos recursos tecnológicos em benefício da redução da poluição. E) refere-se à atitude de retorno do homem à vida natural, observando as leis da natureza e sua regularidade. 3) Leia o texto a seguir. O saber que é poder não conhece nenhuma barreira, nem na escravização da criatura, nem na complacência em face dos senhores do mundo. Do mesmo modo que está a serviço de todos os fins da economia burguesa na fábrica e no campo de batalha, assim também está à disposição dos empresários, não importa sua origem. (ADORNO, T. W. & HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Tradução de Guido Antonio de Almeida. Rio de Janeiro: Zahar, 1991. p. 20.)Com base no texto e no conhecimento dos conceitos de esclarecimento e racionalidade instrumental em Adorno e Horkheimer sobre o referido saber, é correto afirmar: A) Seu conteúdo é racional por si mesmo e de natureza crítico-reflexiva. B) É principalmente técnico e carente de conteúdo racional por si mesmo. C) Tem uma dimensão reflexiva e seus objetivos são racionais por si mesmos. D) É caracterizado por forças sobrenaturais indomáveis que animam tudo. E) Estabelece limites para o domínio nas relações socioeconômicas. 4) Leia os textos a seguir. [...] seria possível reconstituir a história da arte a partir do confronto de dois polos, no interior da própria obra de arte, e ver o conteúdo dessa história na variação do peso conferido seja a um polo, seja a outro. Os dois polos são o valor de culto da obra e seu valor de exposição. [...] À medida que as obras de arte se emancipam do seu uso ritual, aumentam as ocasiões para que elas sejam expostas. (p. 172). (BENJAMIN, W. “A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica - Primeira versão”. In: Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. 7. ed. São Paulo: Brasiliense, 1994.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de Walter Benjamin, é correto afirmar: A) O resgate da aura artística da obra de arte promovido pela reprodutibilidade técnica amplia sua função potencialmente democratizadora, permitindo o acesso de um número maior de pessoas à sua contemplação. B) O declínio da aura da obra de arte, decorrente de sua crescente elitização e das novas técnicas de reprodução em série, reforça seu valor tradicional de culto e amplia a percepção estética das coletividades humanas. C) A arte, na sociedade primitiva, tinha por finalidade atender aos rituais religiosos, por isso possuía um caráter aurático vinculado ao valor de culto, o qual se perde com o avanço da reprodutibilidade técnica, na época moderna. D) O cinema manifesta-se como uma obra de arte aurática, pois suscita em cada um dos espectadores uma forma singular e única de se relacionar com o objeto artístico no interior do qual mergulha e nele se distrai. E) O que determina o esvaziamento da aura da obra de arte reproduzida tecnicamente é a sua reclusão e a perda do valor de exposição, o que restringe o acesso das massas, que se tornaram alienadas. 5) Nos Princípios Matemáticos de Filosofia Natural, Newton afirmara que as leis do movimento, assim como a própria lei da gravitação universal, tomadas por ele como proposições particulares, haviam sido “inferidas dos fenômenos, e depois tornadas gerais pela indução”. Kant atribui a estas proposições particulares, enquanto juízos sintéticos, o caráter de leis a priori da natureza. Entretanto, ele recusa esta dedução exclusiva das leis da natureza e consequente generalização a partir dos fenômenos. Destarte, para enfrentar o problema sobre a impossibilidade de derivar da experiência juízos necessários e universais, um dos esforços mais significativos de Kant dirige-se ao esclarecimento das condições de possibilidade dos juízos sintéticos a priori. Com base no enunciado e nos conhecimentos acerca da teoria do conhecimento de Kant, é correto afirmar: A) A validade objetiva dos juízos sintéticos a priori depende da estrutura universal e necessária da razão e não da variabilidade individual das experiências. B) Os juízos sintéticos a priori enunciam as conexões universais e necessárias entre causas e efeitos dos fenômenos por meio de hábitos psíquicos associativos. C) O sujeito do conhecimento é capaz de enunciar objetivamente a realidade em si das coisas por meio dos juízos sintéticos a priori. D) Nos juízos sintéticos a priori, de natureza empírica, o predicado nada mais é do que a explicitação do que já esteja pensado realmente no conceito do sujeito. E) A possibilidade dos juízos sintéticos a priori nas proposições empíricas fundamenta-se na determinação da percepção imediata e espontânea do objeto sobre a razão. 6) Leia o texto a seguir. Kant, mesmo que restrito à cidade de Königsberg, acompanhou os desdobramentos das Revoluções Americana e Francesa e foi levado a refletir sobre as convulsões da história mundial. Às incertezas da Europa plebeia, individualista e provinciana, contrapôs algumas certezas da razão capazes de restabelecer, ao menos no pensamento, a sociabilidade e a paz entre as nações com vista à constituição de uma federação de povos – sociedade cosmopolita. (Adaptado de: ANDRADE, R. C. “Kant: a liberdade, o indivíduo e a república”. In: WEFORT, F. C. (Org.). Clássicos da política. v.2. São Paulo: Ática, 2003. p.49-50.) Com base nos conhecimentos sobre a Filosofia Política de Kant, assinale a alternativa correta. A) A incapacidade dos súditos de distinguir o útil do prejudicial torna imperativo umgoverno paternal para indicar a felicidade. B) É chamado cidadão aquele que habita a cidade, sendo considerados cidadãos ativos também as mulheres e os empregados. C) No Estado, há uma igualdade irrestrita entre os membros da comunidade e o chefe de Estado. D) Os súditos de um Estado Civil devem possuir igualdade de ação em conformidade com a lei universal da liberdade. E) Os súditos estão autorizados a transformar em violência o descontentamento e a oposição ao poder legislativo supremo. 7) A obra de Galileu Galilei está indissoluvelmente ligada à revolução científica do século XVII, a qual implicou uma “mutação” intelectual radical, cujo produto e expressão mais genuína foi o desenvolvimento da ciência moderna no pensamento ocidental. Neste sentido, destacam-se dois traços entrelaçados que caracterizam esta revolução inauguradora da modernidade científica: a dissolução da ideia greco-medieval do Cosmos e a geometrização do espaço e do movimento. (KOYRÉ, A. Estudos Galilaicos. Lisboa: Dom Quixote, 1986. pp. 13-20; KOYRÉ, A. Estudos de História do Pensamento Científico. Brasília, Editora UnB, 1982. pp. 152-154.). Com base no texto e nos conhecimentos sobre as características que marcam revolução científica no pensamento de Galileu Galilei, assinale a alternativa correta. A) A dissolução do Cosmos representa a ruptura com a ideia do Universo como sistema imutável, heterogêneo, hierarquicamente ordenado, da física aristotélica. B) A crença na existência do Cosmos, na física aristotélica, se situa na concepção de um Universo aberto, indefinido e até infinito, unificado e governado pelas mesmas leis universais. C) Contrária à concepção tradicional de ciência de orientação aristotélica, a física galilaica distingue e opõe os dois mundos do Céu e da Terra e suas respectivas leis. D) A geometrização do espaço e do movimento, na física galilaica, aprimora a concepção matemática do Universo cósmico qualitativamente diferenciado e concreto da física aristotélica. E) A física galilaica identifica o movimento a partir da concepção de uma totalidade cósmica, em cuja ordem cada coisa possui um lugar próprio conforme sua natureza. 8) A ONU declarou 2009 o Ano Internacional da Astronomia pelos 400 anos do uso do telescópio nas investigações astronômicas por Galileu Galilei. Essas investigações desencadearam descobertas e, por sua vez, uma nova maneira de compreender os fenômenos naturais. Além de suas descobertas, Galileu também contribuiu para a posteridade ao desenvolver o método experimental e a concepção de uma nova ciência física. Com base nas contribuições metodológicas de Galileu Galilei, é correto afirmar: A) A experiência espontânea e imediata da percepção dos sentidos desempenha, a partir de Galileu, um papel metodológico, preponderante na nova ciência. B) A observação, a experimentação e a explicação dos fenômenos físicos da natureza desenvolvidos por Galileu aprimoram o método lógico-dedutivo da filosofia aristotélica. C) A observação controlada dos fenômenos na forma de experimentação, segundo o método galileano, consiste em interrogar metodicamente a natureza na linguagem matemática. D) A verificação metodológica da verdade das leis científicas pelos experimentos aleatórios, defendida por Galileu, fundamenta-se na concepção finalista do Universo. E) O método galileano reafirma o princípio de autoridade das interpretações teológico-bíblicas na definição do método para alcançar a verdade física. 9) Leia o texto a seguir. Tudo isso ela [Diotima] me ensinava, quando sobre as questões de amor [eros] discorria, e uma vez ela me perguntou: – que pensas, ó Sócrates, ser o motivo desse amor e desse desejo? A natureza mortal procura, na medida do possível, ser sempre e ficar imortal. E ela só pode assim, através da geração, porque sempre deixa um outro ser novo em lugar do velho; pois é nisso que se diz que cada espécie animal vive e é a mesma. É em virtude da imortalidade que a todo ser esse zelo e esse amor acompanham. (Adaptado de: PLATÃO. O Banquete. 4.ed. São Paulo: Nova Cultural, 1987, p.38-39. Coleção Os Pensadores.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o amor em Platão, assinale a alternativa correta. A) A aspiração humana de procriação, inspirada por Eros, restringe-se ao corpo e à busca da beleza física. B) O eros limita-se a provocar os instintos irrefletidos e vulgares, uma vez que atende à mera satisfação dos apetites sensuais. C) O eros físico representa a vontade de conservação da espécie, e o espiritual, a ânsia de eternização por obras que perdurarão na memória. D) O ser humano é idêntico e constante nas diversas fases da vida, por isso sua identidade iguala-se à dos deuses. E) Os seres humanos, como criação dos deuses, seguem a lei dos seres infinitos, o que lhes permite eternidade. 10) Leia os textos a seguir. A arte de imitar está bem longe da verdade, e se executa tudo, ao que parece, é pelo facto de atingir apenas uma pequena porção de cada coisa, que não passa de uma aparição. Adaptado de: PLATÃO. A República. 7.ed. Trad. de Maria Helena da Rocha Pereira. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1993. p.457. O imitar é congênito no homem e os homens se comprazem no imitado. Adaptado de: ARISTÓTELES. Poética. 4.ed. Trad. De Eudoro de Souza. São Paulo: Nova Cultural, 1991. p.203. Coleção “Os Pensadores”. Com base nos textos, nos conhecimentos sobre estética e a questão da mímesis em Platão e Aristóteles, assinale a alternativa correta. A) Para Platão, a obra do artista é cópia de coisas fenomênicas, um exemplo particular e, por isso, algo inadequado e inferior, tanto em relação aos objetos representados quanto às ideias universais que os pressupõem. B) Para Platão, as obras produzidas pelos poetas, pintores e escultores representam perfeitamente a verdade e a essência do plano inteligível, sendo a atividade do artista um fazer nobre, imprescindível para o engrandecimento da pólis e da filosofia. C) Na compreensão de Aristóteles, a arte se restringe à reprodução de objetos existentes, o que veda o poder do artista de invenção do real e impossibilita a função caricatural que a arte poderia assumir ao apresentar os modelos de maneira distorcida. D) Aristóteles concebe a mímesis artística como uma atividade que reproduz passivamente a aparência das coisas, o que impede ao artista a possibilidade de recriação das coisas segundo uma nova dimensão. E) Aristóteles se opõe à concepção de que a arte é imitação e entende que a música, o teatro e a poesia são incapazes de provocar um efeito benéfico e purificador no espectador. Gabarito 1) Resposta: B Gabarito Comentado: A razão da physis se manifesta no finalismo do bem. É esse finalismo que assegura a ordenação da natureza. É essa natureza que assegura a substância dos objetos do mundo, o homem e suas ações inclusive. 2) Resposta: B Gabarito Comentado: A ética, para além de uma simples normatividade das ações, representa a nossa perspectiva em relação ao nosso comportamento. Ou seja, ela diz respeito à forma como lidamos com o mundo, também. 3) Resposta: B Gabarito Comentado: Em todo pensamento instrumental não há nenhum espaço para a crítica. Sendo assim, a razão deixa de ocupar espaço para ser preenchido totalmente pela técnica. 4) Resposta: C Gabarito Comentado: Walter Benjamin explica, a partir da história, esta transformação da “áurea” da obra de arte no modo de perceber a realidade. Segundo o filósofo, na medida em que a história se constrói, bem como na medida que o homem constrói a história, sua percepção também se modifica.\ 5) Resposta: A Gabarito Comentado: Os juízos sintéticos são derivados da experiência de modo a expandir o conceito uma vez que o predicado não está implícito no sujeito e a experiência funcionaria como um fornecedorda extensão dos mesmos. A título de exemplo, para melhor compreensão, Kant explicita esse caso com a afirmação “todos os corpos são pesados”. Diferentemente do conceito “todos os corpos são extensos”, no qual o predicado já estava incorporado no conceito inicial e só estava omisso. Esta afirmação agrega um conhecimento empírico, a saber, o de peso, sendo pela experiência o único meio de se obter tal predicado. É na “Crítica da Razão Pura” que Kant elabora categorias que denomina de transcendentais, que são estruturas “a priori” da sensibilidade e do intelecto ao mesmo tempo em que possibilitam a experiência do objeto. Ele distingue três tipos de juízo: - Juízo Analítico a priori (universal e necessário) – esta forma de juízo não amplia o conhecimento, só explica e é baseado no princípio da identidade, ou seja, o predicado não é nada mais que a explicitação do conteúdo do sujeito. Ex: um triângulo tem três lados. - Juízo Sintético a posteriori (não é universal, nem necessário) – esta forma de julgamento amplia o conhecimento, pois realiza uma síntese, fundamentada na experiência. - Juízo Sintético a priori (universal e necessário) – esta forma de julgamento amplia o conhecimento e é formulado independentemente da experiência empírica. 6) Resposta: D Gabarito Comentado: Kant foi um Iluminista que, influenciado por Hume, Newton e Rousseau, confiou na capacidade do homem de se aperfeiçoar e se tornar autônomo. O seu cosmopolitismo, seguindo essa confiança, observava e pensava a história universal a partir do ponto de vista universal, isto é, a partir daquilo que pudesse beneficiar a todos, sem exceção. Apesar de haver um irracionalismo estampado na nossa história, o filósofo tomava como possível desvendar os motivos fundamentais que determinavam o bem e o mal e, partindo disso, construir através do aperfeiçoamento humano uma constituição política boa. 7) Resposta: A Gabarito Comentado: Em Galileu a ciência é autônoma em relação à fé, mas é algo bem diferente daquele saber dogmático representado pela tradição aristotélica. Isso, porém, não significa para Galileu que a tradição é danosa enquanto tradição. Ela é danosa quando se erige um dogma incontrolável que pretende ser intocável. É contra do dogmatismo (imutável, heterogêneo e hierarquicamente ordenado) que Galileu se bate contra. 8) Resposta: C Gabarito Comentado: Além do conhecimento demonstrativo, a ciência é um conhecimento eficaz, isto é, capaz de permitir ao homem não só conhecer o mundo, mas também dominá-lo e transformá-lo. O método galileano é o da concepção racionalista da ciência cujo modelo de objetividade – que se estende dos gregos até o final do século XVII - é matemático, pois afirma que a ciência é um conhecimento racional dedutivo e demonstrativo como a matemática, portanto, capaz de provar a verdade necessária e universal de seus enunciados e resultados, sem deixar nenhuma dúvida. Uma ciência é a unidade sistemática de axiomas, postulados e definições, que determinam a natureza e as propriedades de seu objeto, e de demonstrações que provam as relações de causalidade que regem o objeto investigado. 9) Resposta: C Gabarito Comentado: O texto, traduzido como foi, dá a impressão que o amor (éros) é desejo e zelo, e a razão do amor está na busca da natureza mortal por ser imortal, na superação da aparência passageira do mundo sensível para a realidade eterna do mundo inteligível. Essa ânsia pela perduração no tempo é algo que participa da filosofia platônica de várias maneiras e de uma maneira especial, por exemplo, na consideração da formação do cidadão ser inspirada nas qualidades perenes de Deus (cf. As Leis). 10) Resposta: A Gabarito Comentado: Platão defendeu a teoria de que o conhecimento verdadeiro se encontra no mundo inteligível (Mundo das Ideias), representado pelas ideias perfeitas que não sofrem a corrupção, captadas pelo pensamento. Neste mundo, as ideias estão organizadas hierarquicamente das mais elevadas a de menor perfeição, sendo o bem, o belo e o justo as ideias mais elevadas. Oposto ao Mundo das Ideias está o Mundo Sensível (Mundo da Matéri. Neste mundo residem os objetos que temos acesso, porém estes são cópias imperfeitas captadas pelos sentidos. Desta forma, qualquer representação das ideias ou da beleza são apenas imitações (mimesis) das coisas sensíveis e não das verdadeiras ideias. Assim, a arte é uma imitação inferior da perfeição das ideias, sendo considerada como uma mera ilusão para os sentidos. De forma diferente, embora Aristóteles concorde que a arte é imitação, isto não ocorre da mesma forma que Platão. Para este filósofo, a arte é uma imitação de coisas possíveis que não tem realidade, mas podem vir a ter. A mimesis é algo natural dos seres humanos, como forma de invenção da realidade. Portanto, a arte representa possibilidade de compreensão e conhecimento da realidade, servindo também como aprimoramento do ser humano na busca de sua realização moral, nas palavras do filósofo é uma “catarse” que por meio da educação dos sentidos conduz o ser humano ao equilíbrio. A alternativa [A] é a única que se enquadra nas teorias explicitadas.
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