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Porfólio - Ciclo 3 Bras

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO 
 
 
 
 
 
 
CHRISTIANE DE ANDRADE CHIESSE COUTINHO 
8099832 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PORTFOLIO – CICLO 3 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado ao Claretiano - 
Centro Universitário para a disciplina de 
História e Crítica Musical: Música 
Brasileira, como requisito parcial para 
aprovação na disciplina. 
 
Profª Mariana Galon da Silva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VOLTA REDONDA 
2020 
 
 
 
 
TÍTULO DA AULA: Choro, Chorinho, Chorão 
PÚBLICO ALVO: alunos de 12 a 13 anos do 7º ano do Ensino Fundamental 
NÚMERO DE AULAS: 3 aulas 
CONTEÚDO: A história e origem do Choro na Música Popular Brasileira e seus principais 
compositores. 
 Os instrumentos usados na execução do choro. 
OBJETIVOS: Apresentar o gênero Choro aos alunos: origem, características, linguagem 
poética e musical e seu desenvolvimento até os dias atuais. Citar os principais compositores 
do Choro bem como suas obras. Fazer com que os alunos apreciem a história desse gênero 
musical através de vídeos, fotos e os instrumentos utilizados em sua execução. 
METODOLOGIA: 
1ª aula: 
Primeiramente, escrever na lousa o título “Música Popular Brasileira” e perguntar 
aos alunos o que para eles seria uma música popular. Após as respostas, perguntar novamente 
aos alunos se sabem qual foi o primeiro gênero de música popular genuinamente brasileiro. 
Esperar pelas respostas e por fim, introduzir na lousa abaixo da “Música Popular Brasileira” o 
vocábulo “Choro”, o tema da nossa aula. 
Começarei a história do Choro num contexto anterior, quando em 1808 a Família Real 
Portuguesa veio para o Rio de Janeiro acompanhada de toda a Corte: médicos, enfermeiras, 
serviçais, pintores, professores e, também músicos com seus instrumentos musicais como o 
violão, clarinete, saxofone, bandolim, pandeiro, etc. Naquela época, nos bailes, eram dançadas 
valsas, polcas, mazurcas, que eram gêneros musicais muito comuns na Europa, mas, na rua e 
nas fazendas, os escravos negros tocavam e dançavam o batuque e o lundu. 
Após 1850, com a proibição do tráfico negreiro e com a reforma urbana, surgiu nos 
subúrbios do Rio de Janeiro, uma nova classe social, a classe média baixa, formada por 
funcionários públicos, instrumentistas de bandas militares e pequenos comerciantes, 
geralmente de origem negra e, estes passaram a formar conjuntos musicais. Eles tocavam nos 
quintais, nas praças, pelo simples prazer de tocar, abrasileirando a música europeia com os 
 
 
ritmos do lundu e do batuque. Aos poucos estes conjuntos passaram a tocar também nos 
saraus da elite e rapidamente essa música se popularizou. 
Os músicos desses conjuntos eram chamados de Chorões e a música que executavam 
era caracterizada pelo improviso e desafio entre os instrumentos solo. 
Entre os pesquisadores existem controvérsias sobre o surgimento do termo Choro: 
1) da maneira diferente, chorosa, de tocar as músicas estrangeiras, na segunda metade do 
século XIX; 
2) derivou-se de “xolo”, baile de escravos nas fazendas. Depois, com os bailes nas cidades a 
expressão passou a ser grafada com “ch”; 
3) de choromeleiros, corporações musicais, que tocavam a charamela, instrumento de sopro 
feito de madeira. 
 Joaquim Antônio da Silva Callado, professor do Imperial de Música, exímio flautista, 
hoje considerado o “Pai do Choro” formou um conjunto com outros ótimos instrumentistas - 
Conjunto do Calado - que se apresentava em saraus e também no Palácio da Quinta da Boa 
Vista, para o Imperador D. Pedro II, fazendo com que a Corte também apreciasse essa “ nova 
música”. Sua composição Flor Amorosa, a mais famosa, de 1867 é considerada a primeira 
música onde foi grafada o vocábulo “Choro”. Nesse momento colocar o vídeo a história do 
choro com fotos e músicas para apreciação dos alunos 
Vídeo 1 – (https://www.youtube.com/watch?v=JaA7RNkySe8) – Documentário Chorinho e 
Chorões. Chamar atenção dos alunos para quando for tocada a música Flor Amorosa, citada 
anteriormente. 
De seu grupo fazia parte a pioneira maestrina Chiquinha Gonzaga, não só a primeira 
chorona, mas também a primeira pianista do gênero. Outro pioneiro foi o clarinetista e 
compositor carioca Anacleto de Medeiros, que realizou as primeiras gravações do gênero, em 
1902, à frente da Banda do Corpo de Bombeiros. Essencial para a formação da linguagem do 
gênero foi a obra de Ernesto Nazareth, que desde cedo extrapolou as fronteiras entre a música 
popular e a erudita. O autor de clássicos como Brejeiro, Odeon e Apanhei-te Cavaquinho 
destacou-se como criador de tangos brasileiros e valsas, mas de fato exercitou todos os 
gêneros musicais mais comuns daquela época. Protagonistas de uma polêmica temporada de 
seis meses em Paris, no ano de 1922, Pixinguinha e seus parceiros na banda Os Batutas (um 
 
 
septeto, na verdade) dividiram a imprensa e o meio musical brasileiro. Foi também sob duras 
críticas que Lamentos (de 1928) e Carinhoso (composto em 1917 e só gravado pela primeira 
vez em 28), dois inovadores choros de Pixinguinha, foram recebidos pela crítica. 
Músicos eruditos brasileiros de renome internacional compuseram também seus 
Choros, como Villa-Lobos e Radamés Gnatalli. 
Nos anos 50 o Choro perdeu espaço popular para a Bossa Nova, mas foi resgatado nos 
anos 70 pelos Clubes de Choro e pelos grandes Festivais de Choro nas emissoras de televisão. 
Hoje tem lugar de destaque entre os estilos musicais brasileiros, inclusive sendo reconhecido 
como Patrimônio Musical Imaterial Brasileiro. 
O Dia Nacional do Choro é comemorado em 23 de abril em homenagem à data de 
nascimento de um dos seus maiores compositores, Pixinguinha. 
Incontáveis músicos e conjuntos se destacaram na composição e execução de Choros e 
Chorinhos. 
 
2ª aula: 
 Os primeiros choros tinham como instrumentos musicais a flauta, o violão e o 
cavaquinho. Depois o piano e o trombone, mais tarde substituído pelo violão de 7 cordas. 
Logo depois outros instrumentos foram sendo incorporados, tais como o bandolim, o 
saxofone, a escaleta, o clarinete, pandeiro. Os Conjuntos de Choro passaram-se a chamar de 
Regionais. 
 O Choro é predominantemente instrumental, porém alguns deles passaram a ter letras 
com o advento do rádio. É também um gênero musical onde se exige muita técnica pois sua 
marca registrada é o improviso dos Chorões em cima do tema. 
Vídeo 2 –
(https://www.youtube.com/watch?v=CtfeFY5SC6w&list=PLiBueuokuPh6KhrnEEVrtqZm64
-AYkEbl&index=5) – Gravação de Elizeth Cardoso no radio cantando a música “Ingênuo” de 
Pixinguinha 
Vídeo 3 – (https://www.youtube.com/watch?v=XyQCCrJLBlY) – improviso no cavaquinho 
 
AVALIAÇÃO: A avaliação acontecerá de forma contínua, iniciada em roda de conversa e 
nas perguntas orais diagnósticas ao final de cada aula. Posteriormente, a atenção dos alunos 
durante a apreciação dos vídeos contendo as músicas e possíveis questionamentos que 
poderão ser levantados. 
RECURSOS MATERIAIS: projetor, aparelho de som e lousa. 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
Musicas Brasilis. Choro. Disponível em https://musicabrasilis.org.br/temas/choro : acesso em 
07/06/2020. 
Cidade das Artes. O Choro. Disponível em 
http://cidadedasartes.rio.rj.gov.br/noticias/interna/338: acesso em 01/06/2020 
Boschel Renato.Choro.UOL. Disponível em http://almanaque.folha.uol.com.br/choro.htm : 
acesso em 25/05/2020

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