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CENTRO TECNOLÓGICO DA ZONA LESTE FACULDADE DE TECNOLOGIA DA ZONA LESTE ANDRÉ DE SOUSA ALVES ANÁLISE DO ARRANJO FÍSICO E SUA RELAÇÃO NA MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM DOS MATERIAIS. ESTUDO DE CASO: EMPRESA GRAMPOLA PEÇAS AUTOMOTIVAS. São Paulo 2009 CENTRO TECNOLÓGICO DA ZONA LESTE FACULDADE DE TECNOLOGIA DA ZONA LESTE ANDRÉ DE SOUSA ALVES ANÁLISE DO ARRANJO FÍSICO E SUA RELAÇÃO NA MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM DOS MATERIAIS. ESTUDO DE CASO: EMPRESA GRAMPOLA PEÇAS AUTOMOTIVAS. Monografia apresentada no curso de Tecnologia em Logística com ênfase em transporte na FATEC ZL como requerido parcial para obter o Título de Tecnólogo em Logística com ênfase em Transporte Orientador: Profª. Marly Cavalcanti São Paulo 2009 Alves, André de Sousa Análise do arranjo físico e sua relação na movimentação e armazenagem dos materiais. Estudo de caso: Grampola Peças Automotivas. André de Sousa Alves – São Paulo, SP: [s.n], 2009. Orientador: Profª. Marly Cavalcanti Monografia (Tecnólogo em Logística) – Faculdade de Tecnologia da Zona Leste. CENTRO TECNOLÓGICO DA ZONA LESTE FACULDADE DE TECNOLOGIA DA ZONA LESTE ANDRÉ DE SOUSA ALVES ANÁLISE DO ARRANJO FÍSICO E SUA RELAÇÃO NA MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM DOS MATERIAIS. ESTUDO DE CASO: EMPRESA GRAMPOLA PEÇAS AUTOMOTIVAS. Monografia apresentada no curso de Tecnologia em Logística com ênfase em transporte na FATEC ZL como requerido parcial para obter o Título de Tecnólogo em Logística com ênfase em Transporte. COMISSÃO EXAMINADORA ______________________________________ Profª. Marly Cavalcanti Faculdade de Tecnologia da Zona Leste ______________________________________ Profª. Georgette Ferrari Prioli Faculdade de Tecnologia da Zona Leste ______________________________________ Prof. Eduardo Paulino da Silva São Paulo, ____ de________ de 2009. A minha família, por eles vou me esforçar e tentar fazer o melhor. AGRADECIMENTOS Agradeço aos meus pais em primeiro lugar por sempre estarem me apoiando e por terem paciência com os erros que eu já cometi e por lutarem pelo meu futuro e o da nossa família. Meus avós que sempre buscaram me mostrar o caminho a ser trilhado e pelo carinho que eles me oferecem. Meus amigos Hobs e Golias. Agradeço também meus companheiros de jornada, que foram muitos, onde dividimos alegrias e tristezas, palavras amigas e discussões fúteis, mas que no fundo tinham apenas o objetivo de nos unir e continuar a batalha. Jerpez, Rubão, Zildits, Thiagão, Fábio, Torresmo, Mário, Renas, Roberta, Talita, Amandinha, Rafaela, Shely, Fabi entre outros, guardarei pra sempre na memória os meus parceiros de batalha. Alegro-me também de lembrar da minha querida Dinha, que é uma pessoa de extrema importância na minha vida e que sempre eu vou carregar no coração. Agradeço pela Suh que sempre teve muito carinho e atenção comigo, e que é a pessoa que mais ouviu minhas confidencias em toda minha vida. Zeid você também é minha parceira, e é a única pessoa que tem o mesmo grau de loucura que o meu, por isso a gente sempre se dá bem. Agradeço também a Dama Cobain pelo enorme carinho. Agradeço aos professores da faculdade em principal ao Formigone, e também ao Fernando Sobral, professor e amigo, foi um dos principais motivadores do inicio da minha carreira. Em especial a Maria Carolina, que é simplesmente sem palavras... "Meu tesouro? Se vocês querem, peguem-no. Procurem-no! Eu deixei tudo naquele lugar." (Gol D. Roger) ALVES, André de Sousa. Análise do arranjo físico e sua relação na movimentação e armazenagem dos materiais. 2009. Estudo de caso: Grampola Peças Automotivas. Monografia (Tecnólogo em Logística com ênfase em transportes) – Faculdade de Tecnologia da Zona Leste. RESUMO A análise do arranjo físico é o foco desse trabalho, onde as empresas buscam ser cada vez mais competitivas no mercado onde atuam, mas para isso o processo de produção precisa ser eficiente para que a prestação do seu serviço seja favorável ao seu cliente. Seguindo esta tendência as empresas buscam reduzir os custos e aperfeiçoar os processos para que possa oferecer um produto de boa qualidade e com preço acessível ao consumidor. Em muitos casos, as empresas tem problemas operacionais no seu armazém e isso gera custo para empresa e conseqüentemente gera custo no preço final do produto ou serviço. O objetivo desse trabalho é mostrar que um bom planejamento aliado a um estudo sobre o arranjo físico pode solucionar alguns gargalos da cadeia de suprimentos de uma empresa e para dar um exemplo foi realizado um estudo de caso na empresa GRAMPOLA PEÇAS AUTOMOTIVAS que optou por alterar o arranjo físico de seu armazém a fim de promover melhorias no seu processo. Palavras-chave: Arranjo físico; Armazenagem; Movimentação; Planejamento; Cadeia de Suprimentos. ALVES, André de Sousa. Analysis of the physical arrangement and its relation in the movement and storage of the materials. 2009. Study of case: Grampola Peças Automotivas. Monograph (Tecnólogo em Logística com ênfase em transportes) – Faculdade de Tecnologia da Zona Leste. ABSTRACT The analyzes of the physical arrangement is the focus of this work, where the more competitive companies search to be each time in the market where they act, but for this the process of necessary production to be efficient so that the installment of its service is favorable to its customer. Following this trend the companies search to reduce the costs and to perfect the processes so that she can offer a product of good quality and with accessible price to the consumer. In many cases, the companies have operational problems in its warehouse and this generates cost for company and consequently it generates cost in the final price of the product or service. The objective of this work is to show that a good planning ally to a study on the physical arrangement can solve some trouble of the supplyment chain of a company and to give an example was carried through a study of case in company GRAMPOLA PEÇAS AUTOMOTIVAS that it opted to modifying the physical arrangement of its warehouse in order to promote improvements in its process. Key-words: Layout; Storage; Movement; Planning; Supplyment chain. LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Linha de produtos .................................................................................. 42 Tabela 2 – Cubagem dos produtos ......................................................................... 46 Tabela 3 – Dimensões e cubagem dos endereços .................................................. 53 Tabela 4 – Quantidade de equipamentos e cubagem do armazém ......................... 54 LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Estrutura porta paletes ........................................................................... 27 Figura 2 – Estanteria ............................................................................................... 27 Figura 3 – Drive-In .................................................................................................... 28 Figura 4 – Drive-Through ......................................................................................... 29 Figura 5 – Rack aramado ........................................................................................ 29 Figura 6 – Mezanino ................................................................................................ 30 Figura 7 – Palete PBR .............................................................................................. 31 Figura 8 – Carrinho industrial ...................................................................................32 Figura 9 – Transpalete ............................................................................................ 33 Figura 10 – Empilhadeira elétrica ............................................................................ 34 Figura 11 – Ponte rolante ......................................................................................... 34 Figura 12 – Esteira transportadora ........................................................................... 35 Figura 13 – Arranjo físico atual ................................................................................ 44 Figura 14 – Mezanino do projeto ............................................................................. 47 Figura 15 – Arranjo físico final vista inferior.............................................................. 48 Figura 16 – Arranjo físico final vista superior ............................................................ 49 Figura 17 – Vista Frontal do porta-palete ................................................................. 50 Figura 18 – Caixas empilhadas sobre o palete ........................................................ 52 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 14 1.2 Objetivo .............................................................................................................. 15 1.3 Metodologia ........................................................................................................ 16 2 LOGÍSTICA ........................................................................................................... 17 2.1 Visão geral sobre a logística .............................................................................. 18 2.2 Logística como diferencial competitivo ............................................................... 19 3 ARMAZENAGEM ................................................................................................. 21 3.1 Problemas encontrados na armazenagem ........................................................ 22 3.2 Sistema de gerenciamento do armazém ........................................................... 24 4 SISTEMAS DE ARMAZENAGEM ......................................................................... 26 4.1 Estrutura porta paletes ...................................................................................... 26 4.2 Estante manual ................................................................................................. 27 4.3 Drive-In e Drive-Through ................................................................................... 28 4.4 Rack aramado ................................................................................................... 29 4.5 Mezanino ........................................................................................................... 30 4.6 Paletes .............................................................................................................. 30 5 EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO ............................................................. 32 5.1 Carrinho industrial .............................................................................................. 32 5.2 Transpalete ........................................................................................................ 33 5.3 Empilhadeira ...................................................................................................... 33 5.4 Ponte rolante ...................................................................................................... 34 5.5 Esteira transportadora ........................................................................................ 35 6 ARRANJO FÍSICO ................................................................................................ 36 6.1 Fatores que influem na escolha layout ............................................................... 36 6.2 Benefícios de um layout eficiente ...................................................................... 38 7 ESTUDO DE CASO .............................................................................................. 40 7.1 Grampola peças automotivas ............................................................................. 40 7.2 Linha de produtos ............................................................................................... 41 7.3 Processo de armazenagem atual ....................................................................... 43 7.4 Projeto de armazenagem ................................................................................... 45 7.5 Equipamentos de armazenagem e movimentação do projeto ............................ 47 7.6 Especificações do projeto e cubagem do novo armazém .................................. 52 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 55 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 57 14 1 INTRODUÇÃO As pessoas na realidade atual querem ser tratadas de forma personalizada, isso é uma tendência devido ao fato que cada individuo tem suas próprias necessidades. Em uma empresa, isto também ocorre, mas, descobrir a necessidade em uma empresa exige um tempo de estudo e o resultado desse estudo é primordial para o inicio de um projeto. Na logística, cada etapa do processo requer um bom planejamento, e na área da armazenagem, um bom planejamento reflete diretamente no na área operacional, de forma a ser repassado no custo final. Em muitos casos, as empresas deixam de lado o planejamento e acabam optando pelo menor custo quando estão investindo no armazém. Logo, utilizam um sistema de armazenagem e um arranjo físico que nem sempre atende à sua necessidade e acaba prejudicando a parte de movimentação e armazenagem dos produtos, isto acarreta atrasos e, consequentemente, aumenta o custo operacional da empresa que acaba perdendo competitividade em seu ramo de atuação. Se houver um estudo eficiente e um bom planejamento procurando estabelecer um arranjo físico e um sistema de armazenagem que atenda a necessidade da empresa, há grande chance de melhoria das ações logísticas operacionais trazendo resultados positivos para empresa. Lembrando que existem muitos fatores que influem nas atividades de armazenagem, esse planejamento deve enxergar de maneira sistêmica para que todas operações do armazém se relacionem da melhor maneira possível. Sabendo que nos dias de hoje a competitividade é muito acirrada, a 15 busca por redução de custo e otimização dos processos é freqüente, visando sempre a melhoria contínua das operações. Sendo assim, as empresas necessitam do planejamento de maneira holística, e de bastante foco para o arranjo físico do armazém, porque caso o layout seja deficiente vai criar um gargalo na operação e acontece um efeito dominó, com toda cadeia comprometida, devido ao simples fato que o arranjo físico não atende a necessidade. E, em se tratando de armazém, o arranjo físico está ligado ao sistema de armazenagem, não adiantando ter um arranjo físico adequado e um sistema de armazenagem ineficiente que, ainda assim, trará problemas. Portanto, a análise de um arranjo físico e um sistema de armazenagem que atenda a necessidade da empresa, torna-se de tamanha importância para toda a cadeia logística, lembrando que otimizando os processos e reduzindo os custos, a empresa terá maior competitividade e quem ganha é o consumidor final, que também atenderá sua necessidade com um preço justo. 1.2. Objetivo Esse estudo pretende demonstrar a importância de um arranjo físico bem elaborado e a sua relação nos processos logísticos existentes em um armazém. Os sistemas de armazenagem mais utilizadose suas devidas funções, os processos operacionais do armazém, tais como: recebimento, separação, armazenagem, conferência, expedição. Descrevendo as devidas atividades desses setores, a fim de elucidar de maneira mais eficiente como o arranjo físico deve ser planejado de maneira flexível diante da necessidade de cada empresa. Por fim, as normas que regem a construção de um armazém, que tratam 16 da segurança, higiene, e outros fatores com um estudo de caso. 1.3. Metodologia Para a realização desta monografia será utilizado a metodologia de estudo de caso em uma empresa do ramo de autopeças, e ainda será realizada pesquisa bibliográficas em livros, revistas especializadas, artigos e também pesquisa eletrônica para revisão de literatura. 17 2 LOGISTICA A logística obteve maior abrangência nos anos 80, quando as organizações perceberam sua importância na administração integrada dos processos de suprimentos, produção e distribuição física, ficando estabelecido o conceito da logística integrada. Com esse processo de integração, houve também a integração externa, a logística passou a clientes, fornecedores e todos aqueles relacionados de forma direta ou indireta com a empresa. Esse modelo de gerenciamento é conhecimento como cadeia de suprimentos, e ao passar dos anos se transformou na visão da logística moderna. Mas essa integração só se torna viável se houver um bom planejamento, que considere o fluxo de materiais, fluxo de informações e também fluxo financeiro, onde todas essas etapas do processo tenham interação e contribuam para otimização dos processos e reduções de custos, sendo assim, melhoria no nível de serviço e valor agregado do produto ou serviço para o consumidor final, que é o elo mais importante da cadeia. De acordo com Ballou (2007, p. 17): A logística empresarial estuda como a administração pode promover melhor nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores, através de planejamento, organização e controle efetivos para as atividades de movimentação e armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos. A logística é um assunto vital. Essa citação evidencia a importância da logística para uma empresa, é possível perceber que o planejamento é a forma mais eficiente de melhorar o fluxo dentro da cadeia de suprimentos. 18 2.1 Visão geral sobre a logística Nos dias de hoje, é praticamente impossível, que uma empresa se destaque em seu ramo de atividade sem ter um planejamento eficiente em sua cadeia de suprimentos. Analisar o fornecedor de matéria-prima, os processos de produção, armazenagem e distribuição do produto não é uma tarefa fácil, portanto, uma empresa que não dá atenção as suas operações logísticas, dificilmente atingirá os seus objetivos. O fornecedor de matéria-prima ou serviço é uma parte delicada de analisar, no geral as empresas buscam o menor preço, e esquecem da relação custo - beneficio. Preço, formas de pagamentos, prazos de entrega, qualidade do serviço formam o nível de serviço. E esse nível sim serve para medir a efetividade, pois, o fornecedor deve ser visto como um parceiro de negócios e ter uma boa relação com o fornecedor e um planejamento em conjunto pode trazer resultados positivos para ambas empresas. O termo armazenagem se refere a todas atividades que ocorrem dentro de um armazém, em geral, essas atividades se resumem em: recebimento, conferência, movimentação, armazenagem e expedição. Nessa etapa do processo agilidade no fluxo de materiais é essencial, portanto, essa parte da operação logística que o arranjo físico do armazém se mostra um grande diferencial competitivo da empresa. A etapa final é a distribuição do produto, o transporte é o grande vilão no preço final do produto, isto, devido ao fato do Brasil ser um país que dominado pelo modal rodoviário e possuir péssimas condições de tráfego nas vias que cortam o país. Sendo assim, os custos são relativamente altos, e isto acarreta 19 no aumento do custo final do produto. O planejamento também deve atingir a área de transporte, o estudo da rota a ser feita pelo veículo é muito importante, deve se atentar com: pontos de abastecimento ou de paradas, pedágios, velocidade máxima permitida, condições de trafego da via, etc. Lembrando também que, uma boa comunicação entre o veículo e a área que controla o tráfego auxilia em grande parte o processo, assim como, manter a manutenção dos veículos em dia. Segundo Ferreira (1986, p. 675): Logística, do francês Logistique, significa a parte da arte da guerra que trata do planejamento e da realização de atividades de projeto e desenvolvimento, obtenção, armazenamento, transporte, distribuição, reparação, manutenção e evacuação de material, tanto para fins operativos como administrativos. A logística não atua apenas na área operacional como visto na citação acima, os recursos administrativos também estão ligados com a produção, devido a isso que o fluxo de informações se torna tão importante quanto o fluxo de materiais e equipamentos. Portanto, uma empresa que não tenha um fluxo de informações entre os departamentos, consequentemente perderá a eficiência em seus processos. 2.2 Logística como diferencial competitivo Aperfeiçoar os processos e reduzir os custos são uns dois principais objetivos das diversas empresas espalhadas por todo o mundo. Portanto, em muitos casos, utilizam quase todos os recursos possíveis para investir na linha de produção buscando aperfeiçoar seu produto e continuar vendendo mais do que a concorrência. 20 Em muitos casos, o cliente até percebe a melhoria do produto em relação ao concorrente, mas o que ele quer mesmo é que o produto que ele procura esteja sempre disponível para sua aquisição, sendo assim, caso o mesmo não esteja a disposição isso se torna frustrante. Devido a essa necessidade de ter o produto na hora certa, o consumidor começa a buscar por produtos que estejam sempre na gôndola do supermercado, no balcão da padaria, etc. É fácil perceber que a empresa que faz uma distribuição eficiente de seus produtos terá certa vantagem sobre a concorrente. Essa eficiência é atingida se o processo for visto como um todo, jamais pensar no processo apenas por etapas, pois caso a produção seja impecável e o fornecedor atrasar a matéria-prima todo o planejamento fica comprometido. Portanto, uma empresa deve sempre ter uma visão holística muito apurada, enxergando os gargalos dos seus processos e estudando uma forma de melhoria sem prejudicar o restante da cadeia. 21 3 ARMAZENAGEM A armazenagem é uma das etapas da cadeia de suprimentos e engana-se quem pensa que essa etapa é apenas o momento de armazenar o produto. O ato de receber, conferir, separar pedidos, endereçar produtos, manusear, armazenar e expedir, são atividades existentes dentro de um armazém, sendo assim, a armazenagem é uma etapa complexa, onde se cria uma cadeia dentro de uma cadeia. Segundo Lopes (2006, p.151): [...] armazenagem compreende as atividades de aguardar, localizar, manusear, proteger e preservar os materiais comprados, produzidos e movimentados por uma empresa, com o objetivo de atender às suas necessidades operacionais, sejam elas de consumo, de transformação ou de revenda (atacado e varejo). Como foi visto anteriormente, em uma cadeia todo elo tem enorme importância, caso um elo esteja prejudicado, o que vier na seqüência estará prejudicado também. No ato de recebimento há também a conferência do produto, de acordo com uma nota fiscal ou um pedido de compra, a pessoa responsável deve fazer a conferência entre o pedido e o produto que está sendo entregue. Caso tenha uma disparidade, o gestor da área deve verificar e tomar as medidas cabíveis. Na movimentação de materiais é a etapa que infelizmentegera muito custo, seja pelo custo dos equipamentos como também mão-de-obra direta ou indireta. Um arranjo físico eficiente é um grande aliado para redução de custos, já que visa menor distancia a ser percorrida dentro do armazém e também melhor aproveitamento do mesmo. Um sistema de movimentação de materiais adequado 22 aumenta a produtividade, pois permite maior segurança e ergonomia ao colaborador, sendo assim, reduz os acidentes com os produtos e consequentemente diminui o número de acidentes de trabalho, reduzindo o custo de afastamento dos colaboradores. Há melhorias também nas operações de carga e descarga, aumentando a agilidade e melhorando em muito o desempenho das atividades decorrentes dentro do armazém. Segundo Dias (1993, p.46): O custo de armazenagem, anteriormente, parecia pequeno e com pouca possibilidade de redução. Na realidade, era considerável, tendo-se em vista que representava um meio de grande eficácia para diminuir os custos globais da empresa, e, consequentemente, podia ser uma arma poderosa para enfrentar a concorrência. Na expedição acontece uma nova conferência, desta vez para que não ocorra erro no pedido de compra dos clientes. Geralmente, na expedição existe uma pequena área de armazenagem para que os pedidos fiquem aguardando até o momento de embarque. A expedição é então, a etapa que integra a armazenagem com a área de transporte. 3.1 Problemas encontrados na armazenagem Devido à complexidade desta etapa do processo logístico, na fase de armazenagem existem inúmeros problemas que atrapalham a vida de quem gerencia o armazém, os mais comuns são: Arranjo físico ineficaz, falta de acuracidade, mão-de-obra despreparada, furtos, etc. No interior de um armazém, a movimentação de pessoas e equipamentos é constante, portanto, é possível fazer uma analogia com o transito, 23 se avenida estiver com alguma dificuldade de passagem e o volume de carros for alto, é fácil prever o congestionamento que irá ocorrer no local. Dentro do armazém, muitas vezes o arranjo físico está focado na maior capacidade de armazenagem, e com isto, a capacidade de movimentação de materiais fica comprometida. A expressão acuracidade de estoque bem conhecida no dicionário da logística, é a comparação do estoque físico com o relatório de estoque. Em outras palavras, é conferir se a quantidade do produto em estoque é a mesma que esta registrada no sistema de gerenciamento do estoque. Se a acuracidade é ineficiente, logo, o ato de conferência se torna uma tarefa complicada, resultando em perca de tempo e aumento da mão-de-obra, consequentemente aumento de custo operacional. Nos dias de hoje, os equipamentos de movimentação são sofisticados, possuem muitas opções de operações e cobra do operador uma perfeita adequação aos seus comandos. Mas muitas vezes, ocorre que o colaborador sem mesmo ter um treinamento já começa a trabalhar, e sem o devido conhecimento sobre a máquina pode ser uma combinação perigosa. É plausível do gestor da área que prepare os seus profissionais de acordo com o equipamento que a empresa utiliza, aumentando a produtividade e diminuindo os riscos de acidente de trabalho. Os furtos também são assuntos que causam dores de cabeça aos gestores, pois muitas vezes são praticados por funcionários da própria empresa. Mesmo com os níveis de segurança oferecidos pelas câmeras, muitas vezes os infratores conseguem realizar o furto sem ser detectado, e isso é um grande problema, já que muitas vezes o produto pode ser de alto valor agregado. Portanto, não apenas se atentar com as câmeras de vigilância ou seguranças da empresa, 24 também analisar o caráter do colaborador antes mesmo dele entrar na empresa. 3.2 Sistema de gerenciamento do armazém O sistema de gerenciamento do armazém, popularmente conhecido no mercado como WMS, sigla de Warehouse Management System, é uma ferramenta de controle do armazém. De acordo com Banzato (1998, p.26): Um WMS é um sistema de gestão de armazéns, que otimiza todas as atividades operacionais (fluxo de materiais) e administrativas (fluxo de informações) dentro do processo de armazenagem, incluindo recebimento, inspeção, endereçamento, estocagem, separação, embalagem, carregamento, expedição, emissão de documentos, inventário, entre outras, que integradas atendem às necessidades logísticas, maximizando os recursos e minimizando desperdícios de tempo e de pessoas. Existem inúmeras empresas que fornecem o WMS, e mesmo a mesma empresa fornecedora possui algumas versões do sistema, variando assim nas funções e na faixa de preço de aquisição. E a implantação do sistema é um processo bem criterioso, sendo assim, não existe uma média do tempo de implantação na empresa, independente do porte da mesma. A função principal de um WMS é endereçar e localizar um determinado produto, logo, o planejamento dessa ferramenta é bem complexo e geralmente é feito pela empresa fornecedora do software e uma consultoria de logística. Pois assim serão determinados os endereços do armazém de acordo com as ruas e o determinado equipamento de armazenagem, em seguida determinar o giro do produto e endereça-lo no armazém. Essa é a função básica do WMS, mas como visto anteriormente, 25 existem versões do sistema que possuem funções que auxiliam de maneira mais eficiente o gerenciamento do armazém. Além de endereçar e localizar os produtos, algumas funções extras do WMS são: • Controle da entrada e saída dos produtos no armazém; • Análise da cubagem do endereço, definindo o número de endereços necessários para a armazenagem; • Emissão de documentos e relatórios; • Separação de pedidos • Inventário • Melhoria da acuracidade Essas são algumas funções extras do WMS, que sem dúvida alguma, resulta no aumento da produtividade do armazém, otimizando os processos e reduzindo os custos já que ocorre uma grande redução de erros na apuração dos itens do estoque. 26 4 SISTEMAS DE ARMAZENAGEM Sistemas de armazenagem são conjuntos de equipamentos que tem por finalidade armazenar a matéria-prima ou o produto acabado, dando-lhe segurança na estocagem e condições para que suas características não sejam danificadas. Atualmente no mercado existem inúmeras configurações de equipamentos de armazenagem, equipamentos para cargas fracionadas ou unitizadas, e saber qual estrutura atende a necessidade da empresa é o primeiro passo para otimizar os processos e reduzir os custos da operação. 4.1 Estrutura Porta Paletes A estrutura porta paletes, tem por finalidade acondicionar cargas paletizadas de diferentes tamanhos ou pesos, permite aproveitamento do pé direito do armazém sem comprometer a movimentação de materiais. Por ser uma estrutura robusta, permitir simplicidade na atividade de movimentação de materiais e possuir um bom custo – beneficio, o porta paletes é uma das estruturas mais populares no mercado. 27 Figura 1: Estrutura porta paletes Fonte: Esmena (2009) 4.2 Estante manual A estante manual, popularmente conhecida como prateleira, também é um equipamento de armazenagem muito utilizado nos armazéns. A finalidade da estante manual é armazenar cargas de pequeno volume ou produtos fracionados, pode ser utilizada a prateleira ou pequenas caixas para a armazenagem nas estantes. Figura 2: Estanteria Fonte: Altamira (2009) 28 4.3 Drive-In e Drive-Through São estruturas para verticalizar cargas paletizadas por acumulação, com movimentação interna (ruas) da empilhadeira, ideal para trabalhar com grandes quantidades de um mesmo produto, no caso do drive-in, a empilhadeira entra e sai pelo mesmo lado e para o drive-through a empilhadeira tem acesso pelos dois lados. A vantagem dessa estrutura sobre o porta paletes é que não é necessário corredores de acesso, aumentando em muito a capacidadede armazenagem, porém, existe a desvantagem na variedade de produtos. Figura 3: Drive-In Fonte: Altamira (2009) 29 Figura 4: Drive-Through Fonte: Altamira (2009) 4.4 Rack aramado É uma estrutura muito eficiente para armazenar produtos sem estabilidade, com dimensões elevadas ou em grande quantidade. O rack aramado pode ser empilhado, alguns possuem estrutura própria e outros são necessários paletes para realizar o empilhamento. Pode ter também uma porta basculante que facilita a retirada do produto de forma manual. Figura 5: Rack aramado Fonte: José Braulio Paletes (2009) 30 4.5 Mezanino O mezanino é uma estrutura para ampliar a área, pode ser utilizado para estoque, escritório, suprimentos, etc. O mezanino é montado sobre colunas portanto sua construção envolve um grande estudo, já que as colunas não podem atrapalhar o fluxo de materiais. Figura 6: Mezanino Fonte: Scheffer (2009) 4.6 Paletes Palete é um estrado de madeira, plástico ou metal que é utilizado para movimentar e armazenar cargas. Muitas estruturas utilizam o palete como base de apoio para armazenar os produtos, portanto, o palete tem grande importância dentro de um armazém. O palete PBR foi introduzido em 1990 após anos de ensaios e estudos visando criar o palete que atendesse a movimentação e armazenagem de produtos no Brasil e que fosse economicamente viável. Sua dimensão ficou 31 padronizada em 1,00 x 1,20m. Figura 7: Palete PBR Fonte: José Braulio Paletes (2009) 32 5 EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO São equipamentos, motorizados ou não, usados para movimentar cargas, em percursos variáveis com superfícies e espaços apropriados, onde a função é transportar e ou manobrar. Os equipamentos de movimentação possuem bastante parcela na produtividade da empresa, caso esses equipamentos estejam de acordo com a necessidade do armazém é certo que os resultados positivos virão à tona. 5.1 Carrinho industrial O carrinho industrial é um equipamento de movimentação bastante utilizado, sua área de carga é bem efetiva e reduz os deslocamentos dentro do armazém, por ter uma dimensão geralmente parecida ao palete PBR, dificilmente um carrinho industrial terá problemas de locomoção dentro do armazém. Figura 8: Carrinho industrial Fonte: Sugage (2009) 33 5.2 Transpalete O transpalete é utilizado para locomoção de cargas que estejam sobre um palete, esse equipamento pode ser manual ou elétrico e sua capacidade de carga é muito variada. Na escolha do transpalete deve-se ficar bastante atento a rodagem, pois é necessário verificar qual rodagem será mais efetiva em relação ao piso do armazém. Figura 9: Transpalete Fonte: Alphaquip (2009) 5.3 Empilhadeira A empilhadeira é um dos principais equipamentos de movimentação de um armazém, ela é utilizada para movimentar cargas dentro do armazém em curtas distancias e também ela é o equipamento de movimentação que eleva a carga até os equipamentos de armazenagem. Devido as suas dimensão o uso da empilhadeira requer bastante atenção, e devido a isso que os corredores operacionais são calculados de acordo 34 com a empilhadeira que será utilizada no armazém, portanto, na fase de projeto de um armazém, a escolha da empilhadeira é muito importante. No mercado existem empilhadeiras manuais, elétricas, diesel, GLP. Figura 10: Empilhadeira elétrica Fonte: Alphaquip (2009) 5.4 Ponte rolante A ponte rolante é utilizada para transferir cargas para qualquer ponto dentro de uma área fixa, geralmente seu uso é para transportar materiais pesados, volumosos e desajeitados dentro de uma fábrica. Figura 11: Ponte rolante Fonte: Lidermaq (2009) 35 5.5 Esteira transportadora As Esteiras Transportadoras tem como objetivo transportar os materiais que precisam percorrer grandes distâncias, podendo ter seções diferentes, em função da disposição de rolos de sustentação, que podem ser escolhidas com baste no material a ser transportados. Figura 12: Esteira transportadora Fonte: Euromax (2009) 36 6 ARRANJO FISICO O arranjo físico é um dos pontos mais importantes para um armazém, um arranjo físico eficiente aumenta a produtividade e reduz os custos operacionais. Em logística, o termo arranjo físico muitas vezes é mencionado sob a forma layout. Segundo Viana (2000, p.137): “O arranjo físico é a disposição física dos equipamentos, pessoas e materiais, da maneira mais adequada ao processo produtivo”. A disposição física dos equipamentos de armazenagem é que gera a rotina dentro do armazém, e o arranjo físico deve sempre priorizar a redução de custos dentro desse ambiente. No armazém, a movimentação de produtos e de pessoas é intensa, e toda movimentação gera um custo, sendo assim, um layout ineficiente aumenta essa movimentação por que causa gargalos de percursos e dificulta o fluxo de passagem. Quando se inicia um projeto de um armazém, o layout com certeza sofrerá inúmeras mudanças até o projeto final, por que o arranjo físico é algo dinâmico e diante de tantas opções no mercado, de equipamentos e sistemas, até chegar a um modelo que aparenta ser o mais viável requer muito estudo. 6.1 Fatores que influem na escolha do layout Definir um arranjo físico que condiz com a necessidade da empresa não é uma tarefa fácil, existem inúmeros fatores a serem levados em consideração nessa etapa. O tamanho do armazém, o tipo de piso, pé direito, nivelamento, entre 37 outros. A variedade de produtos também é algo que influi nesse assunto, caso a empresa trabalhe com produtos de alto giro no mercado seu arranjo físico não pode ser igual caso trabalhe com produtos de baixo giro. A demanda também influi na quantidade de equipamentos e no quadro de funcionários, portanto, também deve ser levado em conta na análise. Segundo Francischini (2004, p.215) existem algumas situações que originam uma mudança no layout tais como: a) Modificação do produto – Em razão da forte concorrência de mercado, uma mudança de produto, com o intuito de aumentar a margem de lucro de uma organização, afetará os equipamentos, a mão-de-obra e a área de trabalho. b) Lançamento de produto – O desenvolvimento de um novo produto causará modificações na estrutura de armazenagem, e um novo layout deve ser estudado simultaneamente ao projeto de produto a ser lançado. c) Variação na demanda – Um aumento na demanda fará com que novas máquinas sejam instaladas para se adequar às expectativas do mercado; por outro lado, uma diminuição na demanda causará uma redução nos custos variáveis da produção. d) Obsolescência das instalações – A obsolescência de um processo exige modificações sensíveis; o layout pode indicar a conveniência em se ampliarem as instalações, devendo-se proceder à construção de novo ou mesmo à mudança completa do depósito. e) Ambiente de trabalho inadequado – O layout deve levar em conta as condições de temperatura, o efeito do ruído, à presença de agentes agressivos, 38 enfim, fatores que podem afetar o rendimento do trabalho humano. f) Índice de acidentes elevado – A localização indevida de algumas instalações poderá acarretar acidentes com operários em contato com produtos químicos perigosos. È de extrema importância o rápido e eficiente atendimento dos operários acidentados e a localização e eliminação das causas do acidente para evitar futuras ocorrências. g) Mudanças na localização e do mercado consumidor – è uma variável que não tem influencia direta, porem age indiretamente na definição do layout, já que a necessidade de realocação de um depósito envolve a definição de um novo layout. h) Redução nos custos - Uma redução nos custos causará, possivelmente, uma reestruturação no quadro de pessoas e de equipamentos,e consequentemente um novo layout. 6.2 Benefícios de um layout eficiente O objetivo de um arranjo físico eficiente é aproveitar o espaço existente da forma mais racional possível, melhorando o fluxo dentro do armazém e assim tendo maior flexibilidade durante as operações no ambiente de trabalho. Esses benefícios influem diretamente na condição de trabalho dos colaborados da empresa, e caso eles tenham ferramentas necessárias para efetuar sua função, esse colaborador terá maior motivação e isso leva ao aumento de produtividade. Pode parecer simples, mas muitas vezes o colaborador fica desmotivado com o seu trabalho devido às condições que o mesmo é submetido, comprometendo seu desempenho e aumento a chance de acidente de trabalho. 39 No armazém todo recurso que aumenta a produtividade é sempre bem vindo, mas as pessoas visam apenas investir em novos equipamentos, quadro de funcionários, novas técnicas de operação e esquecem que muitas vezes não adianta ter o melhor equipamento do mercado e não ter condições de utilizar os recursos disponíveis por que o arranjo físico não permite. 40 7 ESTUDO DE CASO Nesse estudo de caso será apresentado um projeto de arranjo físico e armazenagem na empresa GRAMPOLA PEÇAS AUTOMOTIVAS visando melhorias em seus processos operacionais, tais como: recebimento, separação, manuseio, armazenagem e expedição. Conforme a expansão dos negócios da empresa o armazém começava a apresentar problemas de movimentação e também de pouco aproveitamento da área útil do mesmo, com isso, a empresa optou por um projeto que ampliasse o aproveitamento da área do armazém e que não ultrapassasse os recursos financeiros do caixa da empresa. Tudo isso a fim de promover a satisfação dos seus clientes, pois assim, agilizaria o processo e em conseqüência disso traria maior qualidade no serviço prestado ao cliente. 7.1 Grampola peças automotivas A GRAMPOLA PEÇAS AUTOMOTIVAS é uma empresa que atua no segmento de acabamentos automotivo interno e externo. Localizada na Grande São Paulo, tem em sua linha de produtos peças plásticas como, grampos de fixação, aros de farol, porta-luvas, bolas de câmbio, porta-objeto, telas de pára- choques entre outras. A Grampola ocupa uma área de 3000 m² onde controla a logística de um portfólio de produtos com mais de 300 itens. O fornecimento dos produtos abrange a nível nacional, portanto é uma empresa de grande importância para o ramo de peças automotivas. 41 Conta com serviço terceirizado de transporte e suas entregas ocorrem de forma ágil e dentro do prazo de entrega, evitando problemas no abastecimento dos produtos de seus clientes. A empresa também busca qualidade na embalagem dos produtos, onde são identificados de acordo com as normas do código do consumidor que garante qualidade do pedido que realizado. A empresa também conta com serviço de venda online, o cliente entra em contato com a empresa e adquire um usuário e uma senha, a partir desse ponto pode fazer pedidos pela internet e ainda acompanhar o pedido via online. Com conforto e segurança, é mais um diferencial que a empresa oferece aos seus clientes. Sempre em crescimento, tem seus investimentos voltados ao treinamento constante dos colaboradores e em modernização de sistemas e equipamentos, oferecendo a seus clientes maior segurança na conferência de pedidos e agilidade nas entregas. No âmbito social, a empresa participa de campanhas que ajudam na arrecadação de roupas, cobertores e cestas de alimentos e distribui em entidades carentes como o Pequeno Dom Orione e também o Lar Abrigo Jd. Colombo São Paulo. 7.2 Linha de produtos A linha de produtos da empresa é ampla, seu acervo abrange as marcas de veículos nacionais como: Volkswagen, Fiat, Ford e Chevrolet. São produtos destinados ao acabamento interno e externo do automóvel, portanto, existe uma infinidade de embalagem com dimensões e volumes de grande 42 diversidade. A empresa busca a política de melhoria continua de seus produtos, pois sabe que o consumidor está cada vez mais exigente e não atura mais produtos que possui acabamento ruim ou que não ofereça resistência. No segundo semestre de 2008 a empresa também agregou ao seu portfólio de produtos um novo ramo, denominados de brinquedos, em geral são produtos adesivos que fogem do ramo de peça automobilísticas, porém, estão sendo tratados com grande importância pela diretoria da empresa. Abaixo segue uma tabela com o portfólio de produtos da empresa: Tabela 1: Linha de produtos Fonte: GRAMPOLA (2009) De acordo com essa tabela é possível perceber que os itens oferecidos pela empresa possuem enorme variedade, tanto na dimensão como também no material do produto. Li nh a de p ro du to s A M Aro Moldura B P Bola de câmbio Painel Botão Pára - choque Bucha Parafuso Bujão Pino C Porca Calço Porta - Objeto Calota Porta - luvas Capa Prendedor Cobertura Puxador Coifa S Console Suporte Cordão T D Tampa Descansa - braço Tela G Trava Grampo Trinco Guarda - pó V Guarnição Vedação 43 7.3 Processo de armazenagem atual A GRAMPOLA PEÇAS AUTOMOTIVAS nunca deu muita ênfase aos sistemas de armazenagem que utiliza em seu armazém. Porém, os anos foram passando e o galpão parecia cada vez menor de acordo com os funcionários que trabalham na operação todos os dias. Os problemas de atraso operacional começaram a ser um grande gargalo, os endereços de armazenagem não obedecem mais uma ordem lógica e sim funcionam mais a base do improviso. Os corredores operacionais são estreitos e oferecem apenas passagem do carrinho industrial com dificuldade, isso é perigoso já que qualquer desvio de atenção do operador pode ocasionar em um acidente de trabalho, que pode danificar os produtos e também machucar o colaborador da empresa, conseqüentemente aumentando o prejuízo da empresa. Os equipamentos de movimentação utilizados são quatro carrinhos industriais e um transpalete, a empresa não faz utilização de empilhadeira, com isso, já é possível verificar que a armazenagem é 100% horizontal, com isso grande parte da área do armazém fica ocupada e o pé direito não é aproveitado. E isto nos dias atuais é um grande desperdício já que a maioria dos armazéns possuem em média de cinco a seis metros de pé direito segundo dados da consultoria INTERLOGIS LOGÍSTICA & EMBALAGEM. A dimensão do galpão é de 20 m x 30 m, que resulta em uma área de 600 m², porém a área útil é de 565 m² e de pé direito o galpão oferece 6 m que resulta numa capacidade cúbica de 3390 m³. Em sua estruturação geral o galpão possui três docas duas para expedição e uma para recebimento, mas com a falta de espaço ocasionado pelo layout atual apenas duas docas estão sendo utilizadas, a 44 doca intermediária está bloqueada, pois, os equipamentos de controle de recebimento e expedição estão nesse espaço. O quadro de funcionários que atuam na parte operacional é pequeno, são cinco colaboradores que interagem no recebimento, na separação e na expedição dos produtos e um encarregado que faz a supervisão das atividades. Segue abaixo o arranjo físico utilizado atualmente: Figura 13: Arranjo físico atual Fonte: INTERLOGIS (2009) Nesta figura pode ser visto que o principal sistema de armazenagem utilizado em todo galpão é o rack aramado, porém, não são padronizados e possuem diversas dimensões o que dificulta formar um arranjo físico com ruas padronizadas. A área de recebimento é isolada por uma grade e possui uma porta de segurança, já a expedição não possui nenhuma isolação do restante do armazém, e isso é um ponto negativo, pois deixa os produtos que já foram conferidos vulneráveis a furtos. A doca intermediaria está inutilizada porque a 45 área de expedição está localizada a sua frente,sendo assim, o fluxo de expedição fica prejudicada já que 50% do escoamento está bloqueado. Os corredores não possuem um padrão na sua medida, mas ainda assim permitem o acesso do carrinho manual que é o único equipamento de movimentação utilizado atualmente. Outro fator que esta prejudicando a operação é a mobilidade dos equipamentos de movimentação, as ruas do armazém são continuas não existe corredor que cruza as ruas, portanto caso o operador entre em uma rua ele deve voltar até o inicio caso queira buscar um produto localizado em outra rua. Isto é um grande empecilho, pois caso o pedido seja diversificado o operador perde grande tempo para separar os produtos. Com essa configuração o armazém está passando por grandes problemas, e isso está prejudicando a operação da empresa e isso só traz prejuízo, e para mudar esse cenário os responsáveis pela empresa entraram em acordo com uma consultoria de logística para que juntos pudessem trazer melhoria aos processos da empresa. 7.4 Projeto de armazenagem Este projeto foi realizado juntamente com uma consultoria em Logística, a INTERLOGIS LOGÍSTICA & EMBALAGEM, para que fossem estudadas todas as variáveis, a fim de obter alternativas que melhoraria as condições de armazenagem e de movimentação dentro do armazém. E suportar a estimativa de aumento em 80% da demanda em 2 anos e também atender uma nova demanda que a empresa está incluindo em seu portfólio que é identificada como brinquedos pelos responsáveis da empresa. 46 O primeiro passo foi necessário obter o índice de demanda dos produtos e também suas dimensões, com o relatório foi possível calcular a cubagem necessária para acomodar os produtos. Houve também um levantamento sobre a capacidade cúbica que os equipamentos de armazenagem ofereciam, e como resultado a capacidade é de 250 m³. Tabela 2: Cubagem dos produtos PRODUTOS CUBAGEM (m³) Produtos Unitários 92,000 Kits 50,000 Produtos CN 3,000 TOTAL 145,000 Fonte: INTERLOGIS (2009) Com os equipamentos de armazenagem atuais a empresa tem cerca de 250,00 m³ de cubagem para armazenar seus produtos e no relatório de cubagem foi identificado que a demanda possui 145,00 m³ para ser armazenado. Ou seja, na teoria falta de espaço não é o real problema da empresa, a cubagem dos equipamentos tem capacidade de armazenar os produtos até se houvesse um acréscimo de 72,5% na demanda de produtos. Mas o problema identificado pela consultoria foi que as dimensões de alguns itens eram superiores a dos equipamentos de armazenagem, portanto, ou esses itens são armazenados em paletes e ficam em algum espaço aleatório do armazém ou ficam no rack aramado e assim perde grande parte da cubagem do equipamento. Outro fator que não está sendo aproveitado atualmente é o pé direito do galpão que é de 6 metros, e todos o equipamentos de armazenagem utilizados não aproveitam esse espaço. Partindo dessa idéia de aproveitar o pé direito do armazém, a consultoria e a empresa optaram por um mezanino no centro do armazém, abaixo uma figura que ilustra a 47 mudança: Figura 14: Mezanino do projeto Fonte: INTERLOGIS (2009) Esse mezanino aumenta a área de utilização do armazém e aproveita o pé direito, com uma área útil de 83,00 m², esse mezanino soma cerca de 15% de área do armazém, totalizando um total de 648,00 m². 7.5 Equipamentos de armazenagem e movimentação do projeto Conforme visto anteriormente os equipamentos de armazenagem existentes já são o suficiente para suprir a demanda da empresa, mas ainda assim o arranjo físico atual está saturado e provoca problemas no fluxo interno do armazém. Os equipamentos de armazenagem têm dois objetivos nesse novo 48 cenário da empresa, o primeiro é atender a demanda de cubagem e o segundo é melhorar o layout a ponto que a movimentação não tenha mais gargalos como está ocorrendo hoje em dia. Após os estudos da consultoria, o grande desafio do projeto foi mesmo procurar atender o arranjo físico, ter um espaço de recebimento e expedição de acordo com a necessidade e o restante do espaço aproveitar a área útil para armazenar o máximo possível sem que a movimentação fique prejudicada, em outras palavras uma espécie de ponto de equilíbrio. Segue abaixo o layout final projetado pela consultoria para a empresa GRAMPOLA PEÇAS AUTOMOTIVAS: 30,00m 20 ,0 0 S A N / V E S T A R Q . M O R TO C PD R E C EP Ç ÃO PORTA PALETE E X P E D IÇ Ã O Embalagens 20 ,0 0m Rack aramado Tipo 1 Rack aramado Tipo 3 Rack aramado Tipo 2 2, 60 2, 40 2,20 R A C K P / E X C E S S O 2,70 R E FE IT Ó R IO C O ZI N H A RECEBIMENTO S A N / V E S T E m ba la ge ns GRAMPOLA GRAMPOLA Prateleiras Tipo A (verde) Prateleiras Tipo B (roxa) 6,00 1 2 3 4 5 6 sobe Figura 15: Arranjo físico final vista inferior Fonte: INTERLOGIS (2009) 49 Figura 16: Arranjo físico final vista superior Fonte: INTERLOGIS (2009) Após o novo arranjo físico o armazém seguiu com as seguintes áreas, o recebimento possui uma área de trabalho equivalente a 27 m² e com uma doca de operação e continuando com a área cercada. Na expedição agora com duas docas em operação e com área cercada de 72 m² de espaço útil e um local reservado para as embalagens com uma área de 28,8 m² e área cercada também. Essa alteração deixou definido o espaço de cada setor do armazém e também promove maior segurança já que agora as áreas são separadas, diminuindo as chances de furtos dos produtos. No restante a configuração de ruas seguiu o modelo anterior mantendo os corredores no mesmo sentido das docas, porém agora existem seis ruas e um corredor que faz a interligação dessas ruas com alguns racks aramados destinados para excesso caso venha ocorrer um aumento de demanda não 50 previsto. Cada rua possui um sistema de armazenagem diferente da outra, sendo assim, o endereçamento dos produtos fica de forma mais clara pro operador e o corredor operacional está direcionado de acordo com o equipamento de movimentação que vai operar no local. A rua 1 é o corredor de porta-paletes, ou seja, os equipamentos de movimentação que serão utilizado neste corredor são: empilhadeira elétrica e também o transpalete, sendo assim, o corredor operacional é maior que os demais possuindo um espaço livre de 2,40m. O porta-palete previsto no projeto possui dois pares de longarinas de 3,40 m, que resulta em três níveis de armazenagem com capacidade para nove posições paletes por montante de porta- palete. 1,00 m 6, 00 m 3,40 m 4, 10 m PORTA-PALETE Figura 17: Vista frontal do porta-palete Fonte: INTERLOGIS (2009) 51 Esta figura ilustra o montante de porta-palete que o projeto visa à instalação, com três níveis de armazenagem e com capacidade de três paletes PBR por nível. O pé direito do armazém suportaria o quarto nível, porém, a capacidade de armazenagem já é o suficiente com apenas três níveis, e ainda, o custo com a compra da empilhadeira seria maior, já que seria necessário um equipamento com maior alcance. As ruas 2, 5 e 6 são os corredores que serão utilizados os rack aramados e a cada endereço será utilizado dois níveis de equipamento. A dimensão do corredor operacional é de 1,10 m, e será utilizado o carrinho industrial para movimentar os produtos, levando em consideração que o carrinho tem 0,75m o operador tem espaço para se locomover com muita segurança. Nas ruas 3 e 4, também será utilizado o carrinho industrial, então o corredor operacional segue com a dimensão de 1,10 m, esses corredores possuem prateleiras de ambos os lados e conta com o mezanino que possui prateleiras montadas sobre sua estrutura e os corredores operacionais seguem a tendência do corredor inferior, logo, caso venha ocorrer uma saturação na demanda, os produtos de mesma dimensão podem ser alocados nos endereçosacima do mezanino. Em especial a rua 6, ficou reservada para atender a nova demanda da empresa denominada de brinquedos, onde será utilizado rack aramado de dimensão reduzida para acomodar a nova linha de produtos da empresa, esse corredor possui capacidade de aproximadamente 19 m³. 52 7.6 Especificações do projeto e cubagem do novo armazém Os sistemas de armazenagem foram analisados criteriosamente para que atendesse a necessidade da empresa, a grande maioria dos produtos é de pequena dimensão, mas eles são embalados de forma que vem em grande volume na embalagem, portanto quando armazenados em rack aramado não se tem noção exata de quantas embalagens estavam no rack, uma forma de evitar esse problema foi adotar caixas plásticas sobre o palete e acomodar as embalagens nas caixas, segue abaixo a figura que ilustra o processo: Figura 18: Caixas empilhadas sobre o palete Fonte: INTERLOGIS (2009) Com essa configuração sobre o palete é possível saber a quantidade exata de produto armazenado, portanto caso seja um pedido de grande volume é possível entregá-lo ao cliente a carga já paletizada acelerando o processo e reduzindo os custos. Mas essa configuração serve apenas para produtos de grande quantidade, os pedidos fracionados continuam sendo armazenados em rack aramado e a separação feita à mão. 53 Segue abaixo a descrição da cubagem dos endereços de cada sistema de armazenagem do projeto: Tabela 3: Dimensões e cubagem dos endereços Equipamento de armazenagem Frente (m) Comprimento (m) Altura (m) Cubagem unitária (m³) Palete 1,00 1,20 1,00 1,20 Rack aramado 1 0,30 0,60 0,80 0,14 Rack aramado 2 1,00 0,60 0,80 0,48 Rack aramado 3 0,90 0,80 0,80 0,58 Fonte: INTERLOGIS (2009) As prateleiras são reservadas para produtos de menor volume, pois os endereços facilitam a separação dos produtos garantindo maior variedade de produtos em um mesmo equipamento de armazenagem, os dois modelos diferentes adotados são para acomodar os produtos de acordo com a necessidade, a prateleira maior tem: 1,45m de largura, 0,60m de comprimento e 1,90m de altura, servem para acomodar os itens com comprimento superior a 1,00m. O outro modelo serve para acomodar os itens que necessitam ser separados devido à variedade, mas não possuem grandes dimensões. Por fim os três modelos de rack aramado que são diferentes apenas na cubagem, sendo utilizados de acordo com a dimensão dos produtos que serão armazenados. Lembrando que o rack aramado possui grande cubagem, mas não permite diversidade de produto no mesmo endereço, sendo assim, utilizado para produtos que tem grande quantidade, mas que são vendidos em sua grande maioria de forma fracionada. Abaixo segue a tabela que ilustrada a quantidade de equipamentos utilizados no projeto e por final a cubagem alcançada com os sistemas de armazenagem do projeto: 54 Tabela 4: Quantidade de equipamentos e cubagem do armazém Equipamento de armazenagem Quantidade Cubagem unitária (m³) Cubagem total (m³) Cubagem total (%) Palete 99 1,20 118,80 32% Prateleira A 84 1,00 84,00 23% Prateleira B 22 1,58 34,76 9% Rack aramado 1 132 0,14 19,01 5% Rack aramado 2 108 0,48 51,84 14% Rack aramado 3 68 0,58 39,17 11% Rack para excesso 33 0,58 19,14 5% TOTAL 366,72 100% Fonte: INTERLOGIS (2009) Através dessa tabela é possível perceber que houve um acréscimo na cubagem do armazém, no armazém atual a capacidade máxima é de 250,00 m³, com essa configuração a capacidade de armazenagem aumentou cerca de 46% e o layout não fica sobrecarregado igual acontece hoje em dia. Os paletes utilizados são PBR, que oferecem uma boa cubagem e são fáceis de adquirir em caso de necessidade. No total o armazém terá 99 posições paletes, que representa 32% da armazenagem total do armazém. As prateleiras somam mais 32% de da armazenagem total, divididas em dois modelos, afim de, acomodar com mais eficiência os produtos. E os rack aramados contam com três modelos com cubagens diferentes, para atender demandas de produtos com diferentes volumes, o rack aramado 1 com dimensões mais reduzidas, é para atender os produtos da linha de brinquedos. 55 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS O grande desafio da logística no armazém é conseguir conciliar uma grande capacidade de armazenagem sem que a parte operacional fique comprometida, resumindo é como se fosse um ponto de equilíbrio, não pode ser favorável apenas para um lado que a operação não fique prejudicada. No caso da empresa GRAMPOLA PEÇAS AUTOMOTIVAS sua capacidade de armazenagem é superior a sua demanda, porém, sua parte operacional está comprometida, o armazém está sobrecarregado e essa combinação pode vir a gerar atrasos nos pedidos e também gerar acidentes de trabalho já que o operador trabalha em um espaço extremamente reduzido. Além disso, uma doca estava sem funcionamento porque não tinha espaço para a área de expedição, tendo assim, que se alojar logo a frente da doca, perdendo 50% da capacidade de escoamento dos pedidos. Os responsáveis pela empresa entraram em acordo com uma consultoria em logística, e o fruto disso foi o projeto apresentado nesse trabalho, cuja finalidade seria ampliar a capacidade de armazenagem atual, sem deixar o cenário pesado, facilitando a separação de pedidos otimizando os processos e reduzindo os custos. O projeto atendeu as expectativas da empresa já que com esse cenário possui sistemas de armazenagem de acordo com a necessidade da empresa, com maior qualidade na armazenagem dos produtos e gerando maior segurança para os colaboradores da empresa, tudo isso graças ao grande estudo que foi elaborado pela consultoria com o intuito de maximizar o potencial de armazenagem e o mais importante deixar o armazém com um arranjo físico limpo. Em suma, o objetivo desse trabalho foi mostrar que sem um 56 planejamento personalizado de acordo com a necessidade do cliente o cenário poderia ser outro e o arranjo físico é um fator fundamental para ser analisado, pois, sem sombra de dúvida grande parte dos atrasos dos pedidos e acidentes de trabalho são porque as empresas não se atentam ao layout da sua empresa, favorecendo em muitas vezes apenas a capacidade de armazenagem e gerando gargalos na parte operacional. Vale ressaltar que o projeto da consultoria foi aprovado pela empresa e tem previsão de instalação no primeiro trimestre de 2010. 57 REFERÊNCIAS ALPHAQUIP. Disponível em: http://www.alphaquip.com.br/loja/popup_image.php?pID=224&osCsid=9873793376 91a56e09eee54eb1647946 . Acessado em: 25/04/2009. ALPHAQUIP. Disponível em: http://www.alphaquip.com.br/loja/popup_image.php?pID=171&osCsid=9873793376 91a56e09eee54eb1647946 . Acessado em: 25/04/2009. ALTAMIRA. Disponível em: http://www.altamira.com.br/images/im_estante4.jpg. Acessado em: 25/04/2009 ALTAMIRA. Disponível em: http://www.altamira.com.br/images/desenho-drive2.jpg. Acessado em: 25/04/2009 ALTAMIRA. Disponível em: http://www.altamira.com.br/images/desenho-drive1.jpg. Acessado em: 25/04/2009 ALTAMIRA. Disponível em: http://www.altamira.com.br/images/desenho-drive1.jpg. Acessado em: 25/04/2009 ARAUJO, Jorge Siqueira de. Administração de Materiais. São Paulo, 5° edição. São Paulo, Editora Atlas, 1981. ARAUJO, Jorge Siqueira de. 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