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Antropologia aula 6

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Gabarito
A partir da charge podemos pensar na reflexão realizada pelo antropólogo Eduardo Viveiro de Castro (2002) sobre a relação existente entre o discurso do antropólogo e o do nativo.
O autor critica o fato dessa relação, geralmente, se apresentar como uma vantagem epistemológica para o antropólogo, que sempre foi aquele que deteve o sentido do discurso nativo: “ele [o antropólogo] quem explica e interpreta, traduz e introduz, textualiza e contextualiza, justifica e significa esse sentido (p. 115).
A partir dessa reflexão, Viveiro de Castro nos leva a pensar sobre uma nova maneira de se fazer Antropologia, ou seja, uma recusa aos modos de investigação antropológicos no qual o antropólogo “é aquele que detém a posse eminente das razões que a razão do nativo desconhece” (p. 116).
E, assim, não seria mais o caso de procurarmos problemas comuns (universais) com respostas culturalmente diferentes (particulares), e sim essa mudança radical; não supomos quais são os problemas e deixarmos que os “nativos” os apresente a nós.
A Especificidade da Prática Antropológica
O trabalho de campo
 O antropólogo Evans-Pritchards em seu trabalho de campo entre os nuer. ( Fonte: //metodoetnografico.blogspot.com/.)
A abordagem antropológica primordial, a que todo antropólogo considera hoje como incontestável, qualquer que sejam suas opções teóricas, consiste em uma ruptura inicial em relação ao conhecimento abstrato e especulativo, isto é, que não estaria baseado na observação empírica dos comportamentos sociais a partir de uma relação entre observador e sujeito observado.
Não podemos estudar os homens à maneira como o físico observa as partículas dos elétrons ou o botânico examina a samambaia; só podemos fazê-lo comunicando-se com eles, compartilhando suas experiências.
A etnografia 1 não consiste apenas em coletar, por meio de um método indutivo, uma grande quantidade de informações, mas de impregnar-se dos assuntos fundamentais de uma dada sociedade, de seus ideais, de seus medos.
O etnógrafo é aquele que deve ser capaz de viver nele mesmo a essência da cultura que estuda. Se, por exemplo, a sociedade que estuda tem preocupações com a feitiçaria, ele próprio deve proteger-se como faz a comunidade que lhe acolhe contra os poderes do mal.
Assim, o antropólogo Evans-Pritchard (2005), para poder compreender a bruxaria entre o povo azande mudou suas categorias lógicas, e assim escreveu:
Desse modo, vemos que a bruxaria tem suas próprias lógicas, suas próprias regras de pensamento, e que estas não excluem a casualidade natural. A crença na bruxaria é bastante consistente com a responsabilidade humana e com uma apreciação racional da natureza.
Antes de mais nada, um homem deve desempenhar qualquer atividade conforme as regras técnicas tradicionais que consistem no conhecimento testado por ensaio e erro a cada geração. É apenas quando ele fracassa, apesar de sua relação a essas regras, que vai imputar a sua falta de sucesso à bruxaria (EVANS-PRITCHARD, 2005, p. 59).
A etnografia consiste na aculturação do investigador que deve compreender a sociedade estudada não apenas em suas manifestações externas, mas, deve, antes de tudo, interiorizá-la nas significações que os próprios indivíduos atribuem a seus comportamentos.
A esse respeito, em sua aula inaugural da cadeira de Antropologia Social dada no Collège de France, em 1960, o antropólogo Claude Lévi-Strauss (1976) começa sua exposição homenageando o “pensamento supersticioso”, e ainda diz: “contra o teórico, o observador deve ficar com a última palavra; e contra o observador, o indígena”. Termina seu discurso enfatizando tudo o que deve a esses índios do Brasil, de quem se considera um aluno.
A marca distintiva da Antropologia é, portanto, a apreensão da sociedade, tal como é sentida pelos atores sociais com os quais o antropólogo mantém uma relação direta. Laplantine (2006) chama a atenção para as principais diferenças da prática etnológica — prática de campo — quando comparadas a do sociólogo.
Assim, de acordo com Laplantine (2006, p. 150-151), a investigação sociológica comporta:
1. Um distanciamento em relação a seu objeto, e algo distante, e, “desencarnado” como diz Lévi-Strauss a respeito do pensamento durkheimiano.
2 . Diante de qualquer problema que lhe seja apresentado, parece ser capaz de encontrar uma explicação e fornecer soluções. Objetar-se-á que pode, é claro, ser o caso do etnólogo. Com a diferença, porém, de que este se esforça por razões metodológicas (e evidentemente afetivas), em colocar-se o mais perto possível do que é vivido por homens de carne e osso, arriscando-se a perder, em algum momento, sua identidade e a não voltar totalmente ileso dessa experiência.
3 . O etnólogo evita, não apenas por temperamento, mas também em consequência da especificidade do modo de conhecimento que persegue, uma programação estrita de sua pesquisa, bem como a utilização de protocolos rígidos, de que a Sociologia clássica pensou poder tirar tantos benefícios científicos. A busca etnográfica, pelo contrário, tem algo de errante. As tentativas abordadas, os erros cometidos no campo, constituem informações que o pesquisador deve levar em conta. Como também o encontro que surge frequentemente com o imprevisto, o evento que ocorre quando não esperávamos.
Atenção
Um grande número de estadia passadas em contato com uma sociedade a qual se procura compreender, não o transformará em um etnólogo. Isso depende de algumas condições necessárias. Como enfatizou Laplantine (2006, p. 151), a “prática antropológica só pode se dar com a descoberta etnográfica, isto, é, com uma experiência que comporta uma parte da aventura pessoal”.
O estudo do cotidiano
 O antropólogo Claude Lévi-Strauss.
Uma das características principais da Sociologia clássica é a prioridade dada ao estudo da sociedade global, bem como às formas de organizações instituídas. Assim, por exemplo, quando estudam os partidos políticos, privilegiam nitidamente os grandes, suscetíveis de influenciar diretamente os sindicatos, o empresariado e as associações em detrimento dos partidos com menos influência política.
O fato que queremos chamar a atenção é que a vida cotidiana do homem passa desapercebida, torna-se insignificante. Assim, os fenômenos sociais não escritos, não formalizados, não institucionalizados são deixados de lado pela Sociologia.
A prática etnológica leva em consideração justamente esses fenômenos que foram rejeitadas por outros campos de conhecimentos. De acordo com Laplantine (2006, p. 152-153), a prática antropológica consiste:
Leitura
“[...] numa abordagem claramente microssociológica, que privilegia, dessa vez, o que é aparentemente secundário em nossos comportamentos sociais. Disso resulta um deslocamento radical dos centros de interesses tradicionais das Ciências Sociais para o que chamarei de infinitamente pequeno e cotidiano. [...]
Assim, a atenção do pesquisador passa a interessar-se para condutas mais habituais e, em aparência, mais fúteis: os gestos, as expressões corporais, os hábitos alimentares e a higiene, a percepção dos ruídos da cidade e dos ruídos dos campos”.
Percebemos que, inicialmente, as atenções dos etnógrafos estavam voltadas para o estudo das sociedades ditas tradicionais – ágrafas, sem escrita e baseadas na oralidade. Contudo, seu campo atual de investigação não se limita ao estudo das sociedades de pequena dimensão.
O etnólogo poderá, se o desejar, estudar as sociedades de larga escala, mas voltará, em primeiro lugar, sua atenção para:
A comunidade camponesa (e não a industrial)
A família tradicional (e não a desmembrada)
As pequenas organizações religiosas (e não as grandes)
De modo sucinto, seu objeto de estudo dentro da sociedade global serão os grupos sociais que se localizam mais no exterior da sociedade global do observador.
Se, por um lado, o etnólogo prioriza o estudo das sociedades menos pesquisadas por outros campos de conhecimentos, não há propriamente nenhum campo de estudo que seja específico da Etnologia.
Se o etnógrafo, como escreveu Lévi-Strauss (1958):Interessa-se, sobretudo, por aquilo que não é escrito, não é tanto porque os povos que estuda são incapazes de escrever, mas porque aquilo que o interessa é diferente de tudo que os homens pensam habitualmente em fixar na pedra e no papel.
Assim, segundo Laplantine (2006, p. 155):
Leitura
A Etnologia não tem objeto que lhe seja próprio (e que poderia ser-lhe ipso facto designado pelo caráter “primitivo ou “tradicional” das sociedades estudadas), e sim, uma abordagem, um enfoque particular, um olhar, ao meu ver, absolutamente único no campo das ciências humanas, e passível de ser aplicado a toda realidade social.
O estudo da totalidade
 O antropólogo brasileiro Eduardo Galvão. ( Fonte: https://goo.gl/RVDnxM.)
Outra característica da prática antropológica é o estudo da totalidade, ou seja, tudo na sociedade investigada deve ser levado em consideração.
Assim, o antropólogo deve manter-se sempre atento para que nada possa lhe escapar a observação. No trabalho de campo, tudo deve ser anotado, mesmo aqueles eventos aparentemente desprovidos de significado e que não estejam diretamente associados com o objeto de pesquisa do investigador.
Todo comportamento humano deve ser apreendido na multiplicidade de suas dimensões. Dito de outra forma, todo comportamento humano tem um aspecto econômico, político, psicológico, social, cultural etc. E para adquirir significação antropológica deve ser relacionado à sociedade como um todo a qual pertence e dentro da qual constitui um sistema complexo.
Toda abordagem que tem como método isolar, experimentalmente, seu objeto de estudo afasta-se do modo de conhecimento próprio da Antropologia, pois essa tem como propósito estudar o próprio contexto no qual esse objeto está situado e a rede de conexões estabelecida com a totalidade social em movimento.
Na opinião de Laplantine (2006, p. 157) a especialização científica é mais problemática para o antropólogo do que para qualquer outro pesquisador em Ciências Humanas:
Leitura
O antropólogo não pode, de fato, se tornar um especialista, isto é, um perito de tal ou tal coisa particular (econômica, demográfica, jurídica) sem correr o risco de abolir o que é a base da própria especificidade de sua prática.
As ciências políticas se dão, por objeto de investigação, certo aspecto do real: as instituições que regem as relações de poder; as ciências econômicas, outro: os sistemas de produção e troca de bens; as ciências jurídicas, o direito; as ciências religiosas, os sistemas de crença... Mas todos estes são para o antropólogo fenômenos parciais, isto é, abstrações em relação ao enfoque não parcelar que orienta sua abordagem.
Essa abordagem antropológica caracterizada pela observação da totalidade dos fenômenos descritos na multidimensionalidade de seus aspectos está relacionada à abordagem menos diretiva e programática da própria prática etnográfica, comparada a outros modos de coleta de informações.
Isto significa que todos os questionários usados pelos antropólogos, em seu trabalho de campo, por mais aperfeiçoados que sejam, devem fazer surgir um questionamento mútuo.
Por último, a prática antropológica está baseada em uma extrema aproximação do antropólogo à realidade estudada, mas, supõe também um grande distanciamento desse em relação à sociedade que procura compreender.
Análise Comparativa
 O antropólogo Eduardo Galvão e o sertanista Orlando Villas Bôas. ( Fonte: https://goo.gl/UoEdFp.)
A análise comparativa está associada à problemática de maior envergadura da Antropologia que é a questão da diferença. No encontro com a sociedade estudada, o antropólogo deve estranhar e afastar-se de sua própria sociedade, isto é, ele deve procurar uma ruptura total com qualquer forma de etnocentrismo 2 .
É somente quando entramos em contato com outras sociedades que conseguimos visualizar o emaranhado de regras, normas, tabus, ritos, e cerimônias presentes em nossa própria cultura, mas que não percebíamos em nosso cotidiano.
Essa experiência de aculturação às avessas age como um verdadeiro revelador de si mesmo e da própria sociedade a qual pertence o antropólogo. Vejamos alguns exemplos:
Exemplo
Margaret Mead (1901-1978) A antropóloga norte-americana embarcou, em 1928, para a ilha de Tau, na Samoa americana a fim de testar uma hipótese: a rebelião, o tumulto e a angústia eram naturais ou culturais.
O resultado dessa pesquisa foi publicado em seu primeiro livro Adolescência, sexo e cultura em Samoa (1928), no qual ela chegou à conclusão que as angústias e crises dos jovens samoanos estão também presentes entre os adolescentes norte-americanos.
Edward E. Evans-Pritchard (1902-1973) O antropólogo, em 1937, publicou sua etnografia sobre o povo azande da África Central: Bruxaria, oráculos e magia entre os azande. Nesta etnografia, Evans-Pritchard está interessando em demonstrar como o povo azande possui um sistema de crenças dotado de uma coerência interna capaz de explicar a vida humana e os infortúnios do dia a dia.
Contudo, ao estudar a feitiçaria entre os azande do Sudão compreende alguns aspectos do comunismo soviético.
O que os antropólogos, atualmente, comparam em suas investigações são costumes, comportamentos, instituições, dentro de seus contextos específicos fazendo parte de um sistema de relações.
Começam por fazer uma descrição, e depois seguem para uma análise de tal instituição, de tais regras, procurando descobrir lentamente o que Lévi-Strauss chamou certa vez de “estrutura inconsciente”, ou seja, os termos da comparação não devem ser os fatos empíricos em si, mas sistemas de relação que o pesquisador constrói, enquanto hipótese, a partir desses fatos.
O observador
 o antropólogo alemão Kurt Unkel. ( Fonte: https://goo.gl/2EBLLN.)
Na prática antropológica, faz-se necessário distinguir aquele que observa daquele que é observado, contudo, é impossível separá-los.
Ao realizar sua pesquisa de campo o antropólogo não é uma testemunha objetiva observando um objeto, e sim ator social observando outros atores. Em suma: jamais observamos os comportamentos de um grupo tais como se dariam se não estivéssemos presentes.
Por vezes, o antropólogo pode, mesmo com sua presença, criar novas situações no grupo em que estuda. Aquilo que o pesquisador vive em sua interlocução com os sujeitos é parte integrante de sua pesquisa.
A cientificidade da Antropologia deve sempre vir expressa pelas motivações pessoais do pesquisador e da sua natureza da pesquisa. Não cabe à pratica antropológica uma neutralidade absoluta, onde os fatos recolhidos “objetivamente” eliminam a relação existente entre o pesquisador e o grupo estudado.
A Antropologia, como diz Laplantine (2006, p. 171):
É também a ciência dos observadores capazes de observarem a si próprios, e visando que uma situação de interação (sempre particular) se torne o mais consciente possível. Isso é realmente o mínimo que se possa exigir do antropólogo.
Temos também que considerar a questão da subjetividade do pesquisador, pois esta é parte integrante da pesquisa. A falsa ideia de que podemos construir um objeto de observação independente do próprio observador, advém da construção de um modelo “objetivista” como foi o da Física do século XIX.
Foi a ideia de que seria possível recortar, isolar e objetivar um campo de estudo do qual o observador estaria ausente, ou pelo menos poderia ser substituído. Porém, em se tratando de comportamentos humanos, esse modelo não pode ser aplicado, pois não é conveniente para compreender as teias de significações, sentimentos e valores humanos.
Até hoje, as Ciências Humanas tendem a eliminar duplamente o sujeito: os atores sociais são objetivados, e os observadores encontram-se ausentes. Isso se justifica na ideia de que os sujeitos sociais são resíduos não assimiláveis aos critérios da objetividade cientifica.
Paradoxalmente, o retorno do observador ao campo da observação, como é dito por Laplantine (2006, p. 172-173):
“[...] não se deu por meio das Ciências Humanas nem da Filosofia, e sim por intermédio da Física moderna, que reintegra a reflexão sobre a problemáticado sujeito como condição de possibilidade da própria atividade científica [...]. A perturbação que o etnólogo impõe por meio de sua presença àquilo que observa e que perturba a ele próprio, longe de ser considerada um obstáculo que seria conveniente neutralizar, é uma fonte infinitamente fecunda de conhecimento”.
Podemos dizer que a prática antropológica comporta não somente a análise da reação dos outros à presença do antropólogo, mas também a reação do antropólogo às reações dos sujeitos observados.
Atividade
2. A divisão das disciplinas comporta um risco eminente: o desmembramento do homem que passa a ser estudado não em sua totalidade, mas como um ser social produtor, consumidor, cidadão, parente etc.
A Sociologia está cada vez mais especializada, pois estuda fenômenos particulares, tais como: a criminalidade, a homossexualidade, a adolescência, o divórcio, o tabagismo, entre outros.
O sociólogo tende a se tornar um especialista de um campo particular: Sociologia da saúde, dos lazeres, da sexualidade etc. Na contramão dessa tendência, a Antropologia pratica uma abordagem da totalidade dos fatos. Responda em que consiste essa abordagem?
Gabarito
Na atualidade, a própria prática antropológica é levada a participar desse processo de parcelamento do homem. Entretanto, ela procura operar com a pluridisciplinaridade, ao invés da mutilação do homem. Desse modo, a Antropologia procura dar conta a partir de um evento concreto da totalidade complexa, no qual está inserido tal evento, e da sua significação inconsciente para o grupo estudado
Analise a charge a partir do conceito de Etnocentrismo.
Gabarito
O Etnocentrismo é um dos conceitos centrais na prática antropológica. Pode ser definido como o ato de julgar o outro, ou seja, sociedades e suas culturas como ruins quando comparados a minha própria sociedade.
Na charge, observamos dois grupos agindo de forma etnocêntrica (nós [us] e eles [them]). Contudo, vale chamar a atenção para as semelhanças existentes entre esses grupos. Essa charge nos leva a refletir sobre os absurdos do etnocentrismo.