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Plano de Aula: Comunicação Pública e Privada COMUNICAÇÃO PÚBLICA E PRIVADA - CCA0843 Título Comunicação Pública e Privada Número de Aulas por Semana Número de Semana de Aula 2 Tema Avançando no conceito de comunicação pública Objetivos - Levar os alunos a compreender o conceito de comunicação pública - Apresentar a definição de cidadania - Localizar na história as leis que proporcionaram a ampliação dos direitos humanos e o surgimento das ações de responsabilidade social por parte de governos, empresas e do terceiro setor. Estrutura do Conteúdo A comunicação pública apresenta significados distintos, mas com um ponto em comum: a de se referir a um processo de comunicação que se estabelece entre o Estado, o governo e a sociedade, com o objetivo de difundir informações e, assim, possibilitar a construção da cidadania (a ser aprofundada na aula 5 com roteiro de estudo_ Neste ponto, é fundamental definir o que é ser cidadão. Para isso, vale utilizar Cicília Peruzzo: ´´É ter direito de ver-se protegido legalmente, de locomover- se, de interferir na dinâmica, de votar e ser votado, de expressar-se. É também ter o direito de morar numa casa digna, de comer bem, de poder estudar e trabalhar. É, por fim, ter o direito de participar, com igualdade, na produção, na gestão e na fruição dos bens econômicos e culturais´´. (PERUZZO, 1999, P. 287) Seguindo essa lógica, cabe observar que o direito à informação é a única senão a maneira mais eficiente de assegurar a cidadania, tendo em vista o fortalecimento\empoderamento dos indivíduos, a partir do conhecimento\reconhecimento de seus direitos e deveres. Lembrando o que foi visto na aula 1 (Declaração Universal dos Direitos Humanos), que prevê o direito à informação como essencial à vida cidadã, deve-se estabelecer um link com a Constituição Federal que, na parte dedicada aos Direitos Fundamentais, assegura: ´´é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença.´´ Desta forma, cabe observar que os fundamentos da comunicação pressupõem o acesso à informação como um direito natural do ser humano e também assegurado por leis e regulações (Declaração Universal dos Direitos Humanos, Constituição Federal, etc). Na trajetória da constituição do conceito de comunicação pública, deve-se destacar ainda a preocupação com a imagem pública das diferentes organizações, públicas e privadas. Com base no primeiro capítulo do livro organizado por Jorge Duarte (Conceito de Comunicação Pública, de Elizabeth Paziro Brandão, e o texto de Jorge Duarte intitulado Comunicação Pública), é importante conhecer como se deu o processo que levou as organizações públicas e privadas a adotarem ações socialmente responsáveis e demandadas pelos cidadãos. Devem ser destacados os aspectos de ordem legal : a defesa dos direitos humanos, uma das marcas do processo de constituição do jornalismo desde os seus primórdios; a constituição de estados e nações, bem como os códigos de defesa dos consumidores, entre outras leis e ações ? e também a própria organização social. Com isso, a responsabilidade social passou a pautar a ação de empresas, governos e do terceiro setor, especialmente a partir da década de 1980. Outro ponto a ser observado é o da comunicação pública ter origem na comunicação governamental, historicamente constituída como de natureza publicitária (focada na divulgação das suas ações). Inicialmente, essa comunicação era marcada pelo viés autoritário (anos 1930, quando foram adotadas políticas de controle da informação, especialmente até 1945, com o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) e uma ação destinada a controlar a imprensa, e no período da Ditadura Militar, com foco na difusão do ideal de governo então em vigor e no controle da informação). A partir da Constituição de 1988, o panorama muda. Começam a ser retomados sistemas e ações de participação social, numa demonstração clara da evolução das responsabilidades dos diferentes atores sociais da sociedade brasileira. Avançamos na direção de trabalhar a informação para a cidadania. No Governo Lula, por exemplo, citado pela autora Elizabeth Pazito Brandão como exemplo, a ação de comunicação se apoia em grandes conceitos, anunciados na Política Nacional de Comunicação, lançada no início do governo: 1. Contribuir para a elevação do Brasil à condição de um país poderoso, justo e solidário; 2. Difundir ou criar um sentimento de patriotismo sadio; 3. Motivar o povo para ações úteis e solidárias; 4. Difundir comportamentos positivos e saudáveis; 5. Difundir a imagem do Brasil para o exterior e do Brasil para o Brasil; 6. Mostrar o caráter do governo de equipe; 7. Mostrar a conduta dos nossos governantes como expressão de conduta ética exemplar e de habilitação moral para o exercício da coisa pública. De acordo com Jorge Duarte, a Comunicação governamental `´diz respeito aos fluxos de informação e padrões de relacionamento envolvendo os gestores e a ação do Estado e a sociedade´´. O Estado, observa o autor, não deve ser confundido com governo, mas como conjunto de instituições ligadas ao Executivo, Legislativo e Judiciário. Desta forma, vale observar ainda que a comunicação pública está relacionada à interação e ao fluxo de informação sobre temas do interesse coletivo. As ações de comunicação pública apoiam-se na difusão de informações categorizadas como: institucionais (papel, responsabilidades e funcionamento das organizações); de gestão (metas, intenções, motivações relativos aos processos decisório e de ação dos agentes que atuam em áreas de interesse público); de utilidade pública (prestação de serviços e orientações); de prestação de contas (explicação e esclarecimento de políticas e uso de recursos públicos); de interesse privado (dizem respeito exclusivamente ao cidadão, empresa ou instituição); mercadológicos (produtos e serviços que disputam o mercado); e dados públicos (normas legais, estatísticas, decisões judiciais, legislação e normas, etc). Para finalizar a parte expositiva, é importante chamar a atenção para o fato de a comunicação pública se constituir por conceitos como cidadania, democracia, participação, diálogo e interesse público, tendo como ideia central o espírito público e o compromisso, em primeiro lugar, pelo interesse coletivo da sociedade. Dessa forma, a comunicação pública apresenta-se como fundamental para a identificação das demandas sociais, a promoção e a implementação de políticas públicas, a participação coletiva na definição, implementação e avaliação das políticas e ações públicas, entre outros aspectos. Aplicação Prática Teórica Texto para leitura: Usos e significados da Comunicação Pública, de Elizabeth Pazido Brandãohttp://www.portcom.intercom.org.br/pdfs/38942022201012711408495905478367291786.pdf http://www.portcom.intercom.org.br/pdfs/38942022201012711408495905478367291786.pdf
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